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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Por muito tempo, continuaremos cantando esta canção.....

A nova matéria para o Fã Clube UltraViolet Brasil (www.ultraviolet-u2.com) já se encontra disponível para leitura!

O link se encontra abaixo:
O LINK DA MATÉRIA NO SITE DA ULTRAVIOLET

Bono certa vez disse que "Sunday Bloody Sunday" do U2, foi escrita com raiva, e que era uma canção de rebeldia feita para acabar com todas as outras canções de rebeldia.
A letra descreve o horror sentido por um observador dos "Troubles" (conflitos) na Irlanda do Norte.
Em 1921, a contra-inteligência do exército da República Irlandesa original descobriu as identidades dos agentes britânicos que metodicamente mataram membros do movimento político Sinn Fein. O IRA invadiu as casas dos espiões e assassinou-os em suas camas. Em retaliação, os britânicos enviaram sua força policial implacável, conhecida como Black and Tans, para o Croke Park, onde eles abriram fogo sobre a multidão que assistia uma partida de futebol lá. Doze pessoas, entre homens e mulheres, foram fuziladas e outras 60 pessoas ficaram feridas. Ficou conhecido como Domingo Sangrento. Este evento foi ecoado em 1972 quando o Regimento de Pára-Quedistas do Exército Britânico abriu fogo durante uma manifestação pacífica pelos direitos civis em Derry, em um Domingo de Páscoa, e matou 14 pessoas desarmadas, ferindo outras.
A raiva e descrença na Irlanda havia amadurecido. A escalada da violência ao longo daquela década e na próxima, tornou os Dubliners insensíveis à violência.
Foi este Domingo Sangrento de 1972 que fez Bono e Edge sentirem que os irlandeses não poderiam esquecer, e nem eles queriam.
Adam Clayton disse que após os dois primeiros álbuns gravados e diversas turnês, o U2 sentiu que tinha chegado o momento de lidar e pensar sobre aquilo, de certa forma, porque até ali, quando você vinha de um país que tinha esse tipo de coisa acontecendo, a tendência era que caísse em esquecimento, ao invés de ser enfatizado.
Então a banda decidiu que tinha que começar a pensar naquilo e ter a responsabilidade de mostrar às pessoas o que eles pensavam.
"Acho que foi no momento que nós estávamos examinando tudo que estava acontecendo, que nós ficamos irritados. Acho que estávamos com raiva por causa da frustração da situação. Vida de pessoas estavam sendo bagunçadas, pessoas sendo mortas ou mutiladas sem nenhuma culpa, e não havia nenhuma luta que realmente justificasse aquilo. Havia maneiras mais fáceis de resolver esses problemas", disse Adam.
Ao escrever a linha "quanto tempo precisaremos cantar esta canção?", o U2 esperava que fosse a última canção composta por eles com aquele tipo de abordagem.
Nas primeiras performances ao vivo da música, Bono introduzia: "Esta não é uma canção rebelde", ou seja, as letras não poderiam ser tomadas em apoio à causa republicana. Era uma resposta emocional à terrível realidade política.
"Sunday Bloody Sunday" não é apenas sobre a Irlanda do Norte. É sobre qualquer situação política. Ela diz: continue, há mais coisas para serem ditas.
As últimas linhas da canção dizem: "E é verdade que somos imunes / quando o fato é ficção e a TV a realidade / e hoje milhões choram / ​​comemos e bebemos enquanto amanhã eles morrem."
Bono revelou: "Eu estava tentando chegar ao ponto, que talvez seja até muito simples, mas enquanto nós estamos brigando sobre as fronteiras territoriais, enquanto nós estamos brigando sobre religião, há outras pessoas lá fora, que estão sem comida em suas barrigas. Esta é a verdadeira batalha, e esquecem sobre isso."
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