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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

North Side Stories - Parte3

'North Side Story: U2 In Dublin 1978-1983', o novo brinde do site U2.COM para novas assinaturas e renovações, é o relato definitivo sobre os 6 primeiros anos do U2, do seu surgimento à ascensão em sua cidade de origem.
Uma publicação exclusiva, encomendada da equipe Hot Press na Irlanda, este livro em formato grande de 274 páginas está cheio de fotos raras e inéditas, resenhas, diários, cartas, entrevistas da banda, mapa poster de Dublin e peças originais da época.

O U2.COM está disponibilizando algumas prévias do conteúdo do livro, e neste último, Gavin Friday recorda Dublin na década de 1970, e como o Virgin Prunes cresceu com o U2:

"Dublin em 1978 era um lugar cinzento, sem graça, miserável. Foi assim até a recessão. Mas você não pensa assim quando se é um garoto.
Quando adolescentes, o Northside de Dublin foi o lado principal de onde saímos. Havia um muro invisível na O' Connell Street, então os Northsiders nunca se aventuravam no Southside. Mas o punk rock mudou isso. Criou esta cena onde você teria que ir para mostrar as suas roupas ou ir na Advance Records na South King Street. Então, foi por isso que começamos à ir para o Southside – e também porque shows estavam acontecendo daquele lado da cidade.
Se bem me lembro, havia uma violência incrível em Dublin naquele momento. Eu escolhi vestir bastante flamboyantly, então a quantidade de espancamentos que recebi foi incrível, até mesmo descendo do ônibus. Imagine quando eu estava no centro da cidade. Não eram apenas punk rockers ou pessoas assim. Era como um tipo de bomba-relógio prestes a explodir, como se a geração mais jovem tivesse tido o suficiente da velha Irlanda. Senti que era como um terreno baldio. Gangues de bootboys: eles não eram tão elegantes como os skinheads em seus Dr. Martens e seus jeans apertados. Estes eram apenas arruaceiros, sabe? Eu me lembro de ir a um show do U2 no Baggot Inn, e a platéia que se denominavam Black Catholics, começaram a atirar coisas no palco. Acho que o Bono pulou e foi para cima deles. Mas eu geralmente ficava escondido. Eu não posso lutar. Verbalmente, eu poderia botar fogo no lugar, mas era sempre Bono, Guggi que me defendiam.
E não havia dinheiro. Estou falando de nada de dinheiro. Para ir e poder entrar e ver shows, sempre havia um dilema: 'Será que entramos para ver o Ramones, e usamos o dinheiro para comprar uma garrafa de cerveja e um pacote de batatas fritas, ou pegamos o ônibus?' Era uma cidade pobre, cinzenta e sem graça, mas para mim, quando criança, era David Bowie e, em seguida, Johnny Lydon que dava este flash de cor. E juntamos aquele clube muito rapidamente e depois nós saímos da cidade muito mais.
O Trinity College se tornou um grande centro para nós porque Dik Evans, que é irmão do The Edge, era guitarrista no The Virgin Prunes, e ele tinha um alojamento lá. Assim se tornou como nosso ponto de encontro: se você perdesse o ônibus para casa haveria seis ou sete de nós dormindo no chão do quarto do Dik. O The Buttery em Trinity era um lugar vibrante para shows. Então, Trinity foi nosso QG junto com o Coffee Inn. Isso foi um grande e ótimo lugar para encontros, onde todos se reuniam, e dividiamos seis fatias de pão e batatas fritas entre quatro. Aquilo nos preenchia.
Em um estágio, no início, o U2 estava residindo em um hotel muito ruim em Sutton Cross, e tiveram que fazer um set de duas horas, onde eles estavam tocando algumas novas canções e alguns covers. E Bono já estava cansado, pingando de suor, e disse: 'Gav, você irá subir?' e eu faria duas músicas dos Ramones, ou qualquer outra coisa, com o U2 me ajudando. Foi a primeira vez que subi em um palco.
Agora, o primeiro show com o The Virgin Prunes foi em uma discoteca em 1978, e a banda de apoio era todo o U2, além de Dik e Guggi. Strongman não estava. Ninguém mais. E para camuflá-los - eu tinha trabalhado no frigorífico Dublin Meat Packers - e cobri a cabeça com um tipo de rede de carcaça de ovelha e lhes colocamos casacos brancos: eles pareciam o Devo. Nós tocamos uma versão 22 minutos de "Satisfaction", bem lentamente, só para provocar todos. Foi depois daquele concerto que Dik se juntou a nós e nós tivemos nosso próprio baixista e baterista – e essa foi a verdadeira gênese do The Virgin Prunes..."
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