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domingo, 26 de janeiro de 2014

Adquirindo os telões para a turnê ZOOTV

Um elemento essencial para o empreendimento total da turnê ZOOTV era a compra de um Videowall, um telão de TV gigante. A má notícia era que isto custaria entre quatro e cinco milhões de dólares. A boa notícia era que o Videowall era construído pela Philips, a companhia que era dona da Polygram, a companhia que havia acabado de comprar a Island, a gravadora com a qual o U2 tinha contrato!
Paul McGuinness já vinha a espera que a banda se reunisse com Alain Levy, o cabeça da Polygram. A banda criou um plano de convidar Levy para aparecer e amaciá-lo. Eles convidaram ele para um jantar na casa do Adam e passar a noite na casa de Bono, para acertá-lo com a noção de que seria maravilhoso para todo o mundo se a Philips desse ao U2 o material de vídeo para a ZOOTV de graça, como uma demonstração de sinergia corporativa. Aqui está o hardware da Philips, o álbum da Polygram e a música do U2.
Ao jantar, Levy, um francês, não pareceu antipático ou excessivamente social. Ele certamente era esperto. Bono se deu conta que se eles tentassem jogar com o cara, eles iriam apenas insultá-lo. Afinal, a Philips/Polygram tinha acabado de pagar 300 milhões de dólares pela Island, essencialmente para ficar com o U2. Eles deveriam gostar da banda. Então, durante o jantar, Bono se atirou e perguntou: O que você acha de pedir a Philips para nos dar os monitores de vídeo? Levy olhou friamente para Bono e disse: "Você nem espera pela sobremesa para me perguntar isto?"
Bono ficou surpreso. Levy continuou friamente: "Eu não sou estúpido. Eu sei porque vocês me convidaram para vir aqui. Eu vou ver o que posso fazer. Vamos ver."
Para o desapontamento (e ressentimento) do U2 a Philips rejeitou a proposta de Levy. O U2 teve que providenciar o dinheiro para os seus Videoscreens como todo o mundo. Levy conseguiu que a Polygram disponibilizasse meio milhão de dólares ou um pouco mais para apoiar a turnê, como um gesto de boa-vontade.
Paul McGuinness em entrevista recente, comentou sobre isso: "Eu acreditei, ingenuamente, que seria uma espécie natural do patrocínio de empresas e que iria pagar alguma coisa para ter essa tecnologia em exibição. Tivemos que comprar um monte de equipamento da Philips, que era extremamente irritante. Inexplicável, realmente.
Anos mais tarde, Jan Timmer, que era o chefe da Philips, veio a um show do U2 na Holanda e viu toda essa tecnologia fabricada pela Philips, e Bono disse-lhe: 'Jan , como é que você ainda não tem umas TV's?' e Jan disse uma coisa muito estranha: 'Bono, deixe-me te explicar: Às vezes em uma grande corporação como a Philips, até mesmo o chefe não pode conseguir o que quer', que era uma coisa patética a dizer."
Quando os grandes monitores de TV chegaram, eles foram depositados no Factory, o prédio onde o U2 ensaiava, e Bono caminhava entre eles explicando o funcionamento como um garoto contemplando um novo trem que ganhou de Natal.

Agradecimento: 

U2 Ultraviolet Brasil (tradução do livro U2 At The End Of The World, de Bill Flanagan) 

U2BR (tradução da entrevista de Paul McGuinness para a Billboard)
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