Dermott Hayes, 1993: "o Andrew Morton da indústria da música irlandesa", biógrafo de Sinead O'Connor, um observador de Bono e colunista de rock da Evening Press: "Existem memórias de uma juventude curta e atarracada e um palco minúsculo em um estábulo abandonado e alagado, cantando com o coração saltando pra fora, numa tarde de sábado, em Dublin. O desempenho foi ainda mais convincente pelo autocontrole total do cantor em face da forte oposição de alguns da platéia e sua própria inaptidão amadora, um desafio ao tom, melodia e harmonia. Eu o odiava.
Isso é o que você fazia na época. Uma nova banda em Dublin era "fudidamente brilhante" ou "fudidamente horrível". O U2 era "fudidamente horrível", Bono era "fudidamente idiota" e ele e seus amigos eram um bando de garotos falando besteira e lendo a bíblia. Meu próprio preconceito estúpido me manteve longe de sua música, depois de 'Boy'. Com esse álbum, eu pensei, eles tinham dito o que poderiam dizer, agora eles desapareceriam. Mas eles não fizeram isto.
Em Dublin eles são temidos e admirados. A escala impressionante de sua operação e sua presença nesta pequena cidade sempre atraiu medo e amor, curiosidade, atração e repulsão. Como a banda cresceu muito, tem assim a sua imagem. Eles vendem jornais agora - o nascimento da primeira filha de Bono e Ali, foi notícia de primeira página das estrelas do rock, como se tivesse sido uma notícia da família real.
Uma semana antes do lançamento de 'Achtung Baby', eu o conheci no parque de estacionamento da sede da Mother Records nas docas de Dublin. Ele falou sobre do que a sua vida dependia: U2. Ele falou sobre a necessidade de explicar e do medo de explicar.
Bono é uma grande estrela que só quer ser um rapaz normal. Ele nunca aprendeu o jeito, e é tarde demais para começar....."