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terça-feira, 9 de abril de 2024

Frank Zappa nunca tinha ouvido falar em The Edge (pelo menos não em 1984)


Frank Zappa foi um compositor, cantor, guitarrista, multi-instrumentista, produtor, considerado um dos maiores músicos e compositores do século XX.
Com uma carreira de mais de trinta anos, a sua obra musical estendeu-se pelo rock, fusion, jazz, música eletrônica e música clássica. Zappa compôs e produziu quase todos os seus 60 álbuns. Os Mothers of Invention, banda que o acompanhou em grande parte da carreira, eram apenas o conjunto de músicos que o acompanhava nos seus shows e gravações não tendo por isso uma estrutura estática, mudando constantemente os seus elementos. Apesar de sempre se ter considerado como um músico averso e contrário à indústria musical, principalmente contra a sua máquina comercial, esta não pode deixar de reconhecer a sua genialidade.
Entre os inúmeros prêmios que ganhou em vida, e que continua ganhando postumamente, destacam-se dois prêmio Grammy (1985 e 1988), e um Grammy Lifetime Achievement Award, em 1997. Foi considerado o 22º Melhor Guitarrista de todos os tempos pela Revista Rolling Stone, um dos 100 Maiores Artistas de todos os Tempos (posição 71) pela mesma revista, e um dos 100 Maiores Artistas/Bandas de Hard Rock de Todos os Tempos (posição 36) pelo canal VH1. É, ainda, a única pessoa a ter sido incluída no Hall da Fama tanto do Jazz quanto do Rock and Roll.
Na adolescência, adquiriu um gosto por compositores de música de vanguarda baseada na percussão, como Edgard Varèse, e também pelo rhythm and blues dos anos 1950. Zappa começou a escrever música clássica no ensino médio, à mesma época em que tocava bateria em bandas de rhythm and blues - ele fez a troca para a guitarra posteriormente. Compositor e performista da sua própria música, com influências diversas, o seu trabalho é praticamente impossível de ser categorizado. O seu álbum de estreia com o Mothers of Invention, 'Freak Out!', combinava canções no formato convencional do rock and roll com improvisações coletivas e colagens de som realizadas em estúdio. Os seus últimos álbuns também continham essa abordagem eclética e experimental, independentemente de o formato fundamental ser rock, jazz ou clássica. Ele escreveu as letras de todas as suas canções, as quais - frequentemente humorística - refletiam a sua visão iconoclástica dos processos sociais e políticos, estruturas e movimentos estabelecidos. Era um grande crítico do método de educação e das religiões, e um forte defensor da liberdade de expressão, da autodidática e da abolição da censura.
Frank Zappa faleceu, em decorrência de um câncer de próstata em 4 de dezembro de 1993.
Em uma entrevista, de acordo com a estimativa mais próxima baseada no contexto da mesma, que deve ter sido realizada entre o início e meados de 1984, ele falou sobre diversos guitarristas.

Chuck Berry?
Chuck Berry? Bem, eu gostava de Chuck Berry quando estava no ensino médio. Músicas como "Havana Mill" e "Wee Wee Hours" que eram os lados B dos sucessos que ele tinha – as coisas mais blues. Sua principal inovação, além da coreografia do duck walk, foram os solos de guitarra com múltiplas cordas – as linhas eram harmonizadas porque ele tocava duas cordas ao mesmo tempo. Havia outro guitarrista que fazia isso, chamado Jimmy Nolen, por quem eu tinha muito respeito.

BB King?
Eu não gosto de B.B. Eu o vi na televisão antes de sair em turnê.

Keith Richards?
Não sei nada sobre Keith Richards.

Jimi Hendrix?
Eu conhecia Jimi e acho que a melhor coisa que se poderia dizer sobre Jimi era: era uma pessoa que não deveria usar drogas.

John McLaughlin?
Eu conheci John. Eu acho que ele é um ótimo guitarrista e provavelmente fez muito para educar o público americano sobre alguns aspectos da música oriental com os quais eles não teriam tido contato antes. Fizemos uma turnê com McLaughlin e o velho Mahavishnu, fizemos 11 shows com eles.

Lowell George?
Outro cara que não deveria usar drogas.

Eric Clapton?
Eu conheço Eric, não o vejo há anos. Outro cara que não deveria usar drogas.

Jeff Beck?
Um dos meus guitarristas favoritos do planeta. Do ponto de vista melódico e apenas em termos da concepção do que toca, ele é fabuloso. Eu gosto de Jeff.

Rory Gallagher?
Trabalhamos em dois empregos com Rory Gallagher nesta turnê e, uh,...... ele ainda toca blues.

Jimmy Page?
Não sei nada sobre Jimmy Page.

Peter Green?
Eu também não o conheço.

Jerry Garcia?
Fizemos um show com Garcia nessa turnê, mas fomos a banda de abertura e eu não vi nenhum show dele.

Pete Townshend?
Conheci Pete, mas não sei o que posso dizer sobre seu jeito de tocar guitarra.

Roberto Fripp?
Nunca ouvi falar de Robert Fripp.

Ritchie Blackmore?
Eu conheci o Ritchie também e... não estou muito familiarizado com o trabalho dessas pessoas porque você tem que entender que não sou um consumidor de pop e não ouço muito disso.

Carlos Santana?
Trabalhamos com Carlos Santana em Colônia em 1980 ou 1981 e foi uma situação parecida. Fizemos dois shows no Sport Palace em Colônia. Eles abriram o primeiro show, nós fechamos. Aí abrimos o segundo show e eles fecharam então eu nunca mais ouvi ele tocar.

Eddie Van Halen?
Eu conheço Eddie. Ele vem em casa porque sai com meu filho. Ele e meu filho tocam juntos e ele é fabuloso, mas é outro cara que não deveria usar drogas.

Presumo que você não conheça The Edge do U2?
The Edge?

Sim.
Não.

Stuart Adamson do Big Country?
Não.
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