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quarta-feira, 13 de julho de 2022

Eamon Dunphy, autor de biografia encomendada pelo U2: "quando você cruza o caminho do U2, você fica com marcas negras. O peso total da máquina do U2 caiu sobre mim. Eles tentaram me moer"


O U2 declarou guerra em 1988 contra o escritor / comentarista esportivo Eamon Dunphy, autor da biografia 'Unforgettable Fire – Past, Present and Future - The Definitive Biography of U2', que vai até a fase 'The Joshua Tree'. 
Embora a biografia tenha sido encomendada à Dunphy pelo U2 e Paul McGuinness, o empresário da banda acusou Dunphy de incluir no livro segredos e histórias pessoais da banda que deveriam permanecer "intocáveis". 
A biografia já havia sido criticada anteriormente por Bono, que não gostou do termo "banda hierárquica" usado pelo autor. Segundo McGuinness, o escritor quebrou a promessa de submeter o manuscrito à aprovação do grupo antes da publicação. 
O livro no ano de sua publicação alcançou o topo das listas de best-sellers dos dois lados do mar da Irlanda. Houve alguma controvérsia sobre as imprecisões contidas no livro, o que levou a relações tensas entre Eamon Dunphy e Bono.
Quando saiu da premiere irlandesa do filme 'Rattle And Hum', Eamon Dunphy admitiu ser um fã quando se trata da música do U2, mas sua principal reclamação foi com a forma como a banda abraçou o mundo corporativo: "Há dois U2: há as pessoas na música e há o U2 corporativo".
Uma das críticas levantadas pelo U2 foi de que o livro contém imprecisões, especialmente em relação às suas crenças cristãs, mas isso definitivamente não é verdade, afirmou Dunphy,
"Eu era um biógrafo, tive que lidar com isso e acredite em mim, eles sabem e eu sei e estou lhe dizendo que eu não enganei. Eu fiz isso com a maior simpatia possível".
Em 1996, Joe Jackson, jornalista do The Irish Times, sentou-se com Eamon Dunphy, a seu pedido, e o entrevistou 11 horas em um período de dois dias. Foi uma das entrevistas mais longas que Jackson já realizou e ainda é considerada por Dunphy como "definitiva". Na época, criou um furor na mídia na Irlanda, particularmente em termos de despejar seus ataques a lendas da transmissão irlandesa como Gay Byrne, Gerry Ryan e Pat Kenny.
Uma seção inexplicavelmente foi cortada da matéria feita para a publicação em duas partes, na qual Dunphy reflete sobre seu papel como biógrafo oficial do U2 e critica a banda. 
Ele diz que "quando você cruza o caminho do U2, você fica com marcas negras. O peso total da máquina do U2 caiu sobre mim. Eles tentaram me moer".
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