O Live Aid deixou um impacto indelével no que ficou conhecido como "rock de causa". Bono em entrevista no ano de 2003 comentou:
"A história tem uma maneira de tornar ridículas ideias que antes eram aceitáveis.
Eu penso nos anos 80. O que era aceitável tornou-se ridículo pela história – os mullets, as ombreiras, as jaquetas de seda com números de estações de rádio nas costas.
Mas o Live Aid não se tornou ridículo. Músicos entraram em um vazio deixado pela política e simplesmente disseram não".
Nesse mesmo ano, Bono e sua esposa Ali fizeram um trabalho voluntário na Etiópia. Bono contou como essa experiência alimentou seu ativismo:
"Muito. Nos colocou em contato com a beleza arrebatadora daquele continente, a força do espírito dos africanos e uma ideia dos obstáculos no seu caminho, alguns dos quais há que dizer que são obra deles.
Eles substituíram o bullying colonial e o comércio de escravos com seu próprio despotismo um pouco rápido demais. Mas alguns de seus problemas são estruturais, e nós, no Ocidente, fazemos parte de relacionamentos muito corruptos – serviço de dívidas e resgate de crianças pela morte de seus tataravós, alardeando o livre comércio sem deixá-los colocar seus produtos em nossas prateleiras.
Você não pode resolver todos os problemas, mas os que você pode, você deve".