Agência Folha
28/01/1998
O público que assistiu o primeiro show do U2 no Brasil teve que enfrentar muitos problemas. A desorganização foi geral. Os problemas foram do trânsito à falta de latas de lixo, passando pelos banheiros sem água e luz. Veja a seguir uma lista dos problemas:
- TRÂNSITO: o engarrafamento começou no aterro do Flamengo, tomou a Lagoa e o túnel Rebouças, se estendeu por vários bairros das zonas sul e norte e parou todas as vias de acesso ao Autódromo Nelson Piquet (Zona Oeste). O trânsito ficou parado por pelo menos quatro horas.
- ESTACIONAMENTO: o esquema prometido pela Prefeitura do Rio, com vagas a R$ 2, fracassou diante da invasão dos flanelinhas, que cobravam R$ 10 pela vaga. Os carros começaram a estacionar nos acessos ao Autódromo, o que ajudou a estrangular o trânsito.
- SEGURANÇA: muitos seguranças venderam ingressos a fãs retardatários. Os homens contratados pela produção não conseguiram impedir a invasão ao gramado. Alambrados e grades perfurados facilitaram a passagem dos fãs de um setor para outro.
- INGRESSOS: a distribuição dos fãs nos setores de cadeira especial, pista, arquibancada e gramado foi confusa. Quem comprou ingresso de R$ 175 para as cadeiras especiais ficou numa arquibancada vizinha à arquibancada ocupada por quem pagou R$ 20. A visibilidade nas cadeiras especiais era ainda pior, por causa dos postes de iluminação.
- ILUMINAÇÃO: vários portões estavam às escuras. Os seguranças tinham dificuldade até para conferir o ingresso.
- INFORMAÇÃO: os seguranças contratados não sabiam informar os acessos corretos ao público.
- BANHEIROS: não tinham água nem luz.
- RESTAURANTES: ficaram concentrados nos armazéns dos boxes e não distribuídos pelo Autódromo, dificultando a chegada do público.
- SUJEIRA: não havia latas de lixo.
- CAMAROTES: não havia lista de convidados vips na entrada. Muitos convidados, com ingresso na mão, foram barrados.