Bono revela que canção dos Beatles tem a melhor letra de música que ele já ouviu e continua sendo sua favorita até hoje

Em 31 de março de 2022, Bono aceitou o Prêmio Fulbright para Entendimento Internacional em Washington, D.C., enquanto estava na cidade com sua organização ONE para fazer lobby com líderes no Capitólio e na Biden Administration para aumentar o financiamento para a luta global contra a AIDS e a COVID-19.

Bono em seu discurso disse: "Alguns dias atrás, em um vídeo, que todos vocês já viram, o presidente Zelenskyy convocou todos nós, "músicos, atletas, empresários, políticos, todo mundo realmente… a defender a Ucrânia".

Então, como músico, não me deixe pedir desculpas de onde eu venho. Venho do ruído e da intenção de encontrar algum sinal nesse ruído.

Venho da informalidade, do cabelo despenteado ocasionalmente.

Eu venho do rock and roll, e letras pop que soam como se fossem linhas descartáveis, e elas são, mas elas significam muito.

Eu estava pensando sobre os Beatles, "I Saw Her Standing There". É a melhor letra de uma música que eu já ouvi. Não se descreve como poesia. É melhor. É adolescente e é transcendente. É instantânea e é eterna. É divertida, mas não engraçada... embora engraçado seja bom.

Eu gosto de "Short People" de Randy Newman.

Eu também gosto de alguns limericks...

Há um cantor de rock chamado Bono. Sim, há... estéreo, mono... oh, não...

Eu gosto de agit prop, bem como de sátira política. "What's Going On", de Marvin Gaye, "The Times They Are A Changing" de Bob Dylan. Mas "I Saw Her Standing There" ainda é o minha favorita. Ouvi quando era criança. Apenas prendeu minha imaginação. 'Quem foi que inspirou essa música', pensei comigo mesmo? Quem era a 'ela' na música? Naquela época, pode ter sido a garota da casa ao lado. Antigamente, eu poderia ter pensado nela como minha mãe. Mas agora percebo para quem Paul McCartney estava cantando.

Era liberdade. Dele e nossa.

Você vê, rock and roll, se é alguma coisa, é o som da libertação – política, sexual, espiritual. É libertação. É o uivo, o estrondo da pancada, você sabe, o grito de uma alma se incendiando. Acho que o rock and roll é o som da libertação e a libertação está no cerne de quem eu sou, não apenas como cantor, mas como europeu".