Bono em entrevista em 1983, logo após o lançamento de 'War':
"As pessoas dizem que um concerto do U2 e um concerto do The Clash são semelhantes em termos de reação, mas acho que são mundos separados.
Gosto do The Clash e do Joe Strummer, acho que ele é um homem honesto e não quero ser duro com eles, mas às vezes as pessoas vão a um concerto, qualquer concerto e ficam nervosas. Há tensão lá e, em alguns shows que eu já estive, a tensão ainda existe no final quando as pessoas estão indo embora.
O show do U2 parece ser diferente, e isso é a coisa da cura, da coisa da lavagem. Eu realmente acredito que o rock 'n roll é muito poderoso.
Há unidade por uma hora e meia - os músicos podem fazer o que os políticos não podem fazer e acho esses sentimentos, esses sentimentos comunitários são bastante viciantes. Você sente esse calor e vai atrás dele.
O rock 'n roll deve ser um alívio. Se a Garda Siochana percebeu que em nossos shows no estacionamento do Gaiety Green, houve uma explosão real, uma liberação real, o vapor saindo da válvula ... o rock 'n roll é para isso e é melhor expresso na música, o que é positivo, do que expressar tudo no rosto de alguém com um golpe.
Eu quero inspirar as pessoas e incendiá-las. Você sabe: 'Deite-se em sua própria bagunça'. Nossa música não é algo para se curvar por ela, fugir por ela, morrer, cometer suicídio. Não é uma trilha sonora de um colapso nervoso.
As pessoas não reagiriam se eu fosse lá e continuasse como Elvis Presley, Mick Jagger ou David Bowie. As pessoas reagem se eu for lá e seguir em frente como Bono. E eu gosto disso. Essa é a melhor indicação de que sou correto para o meu tempo".
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