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segunda-feira, 30 de setembro de 2019

Ex-baixista do Barão Vermelho gravou uma versão de "Stay (Far Away So Close)" do U2


O baixista e vocalista Rodrigo Santos foi durante 26 anos integrante do Barão Vermelho (entre 1991 e 2017).
Músico profissional há mais de 35 anos, Rodrigo Santos já acompanhou artistas como Léo Jaime, Lobão, e Moska, e integrou bandas como Prisma, Front, João Penca e Seus Miquinhos Amestrados, Kid Abelha, Os Britos e Barão Vermelho.
Em 2007, lançou o seu primeiro álbum solo, 'Um Pouco Mais de Calma'. Dois anos depois, foi a vez do conceitual 'O Diário do Homem Invisível', repleto de participações especiais.
Em 2010, Rodrigo começou a gravar seu terceiro disco, 'Waiting On A Friend' (de regravações em inglês, pelo selo Discobertas).
No álbum ele fez uma versão para "Stay (Far Away So Close)" do U2:



No ano de 2009, Rodrigo Santos concedeu uma entrevista ao SRZD-Esquina da Música, e sobre seus gostos revelou:

1) Um disco:

'The Dark Side Of The Moon' (Pink Floyd). Se puder colocar mais: 'Sgt. Peppers', 'Abbey Road' e 'Álbum Branco' (Beatles), 'Black and Blue', 'Tatoo You' e 'Exile On Main Street' (Rolling Stones), '4th Way Street' (Crosby, Stills, Nash, Young), 'Rumours' (Fleetwood Mac), 'Sinchronicity' (The Police), 'Joshua Tree' (U2), 'Acabou Chorare' (Novos Baianos), 'Secos & Molhados' (idem) e 'Desire' (Bob Dylan).

2) Uma música:

"One" (U2) e "Beast Of Burden" (Rolling Stones)

3) Um cantor:

Cat Stevens, Bono, Rod Stewart, Renato Russo, Mick Jagger e James Taylor

4) Um guitarrista:

The Edge (U2)

O susto de Bono durante um exame do coração


Bono em uma entrevista de rádio no ano de 2017: "Eu meio que tive alguns sustos ao longo dos últimos anos, alguns deles cômicos e sem importância. Mas alguns foram um baque para minha mortalidade. Tive um acidente de bicicleta e machuquei minhas mãos. Desde então, tive outros problemas. Então eu disse 'o que está acontecendo aqui?'"
Vale lembrar que além do acidente de bicicleta no Central Park no final de 2014, a banda estava em Paris durante os ataques terroristas no final de 2015 e teve que ser tirada as pressas do local de ensaio, e Bono estava em Nice quando teve de se abrigar dentro de um restaurante em 2016 durante outro ataque terrorista.
Bono também revelou em 2016 que ele chegou a ficar cara a cara com o terrorismo dos extremistas islâmicos do Boko Haram, o mesmo grupo que sequestrou 276 meninas em 2014 de Chibok, para serem vendidas como escravas.
Bono não entrou em detalhes, mas disse que o grande golpe veio no Natal de 2016, onde ele pensou: "Ok, eu posso não ser indestrutível. Um momento eu parei e, naquela pausa, pensei: eu vou olhar para a mortalidade e como ela afeta a maneira como vejo minha família, amigos e fé"
Como resultado, 'Songs Of Experience' - que vê Bono seguindo o conselho dado pelo poeta irlandês Brendan Kennelly para "escrever como se estivesse morto" - é amplamente concebido como uma série de cartas finais para sua família, amigos e fãs. "É apenas um daqueles momentos em que nada mais importa", diz ele. "Então, o que você quer dizer a si mesmo e o que você quer dizer às pessoas que o amam?".
Mas duas décadas antes, na fase do disco 'POP', lançado em 1997, Bono disse: "Simplesmente não me preocupo com isso, com a ideia de morrer".
Ele então contou uma história sobre a época em que foi submetido a um exame cardíaco: "Eles encontraram algo no meu coração, uma espécie de inchaço. Eu tive que entrar nessa grande máquina. E eles disseram: 'Apenas espere do lado de fora por 30 minutos, e nós lhe contaremos o que está acontecendo'. Então ele esperou - por 30 minutos, 40 minutos, mais de uma hora.
"Havia telefonemas de pessoas lá de cima, pessoas de jaleco branco entrando nesta sala. Todos pareciam muito sérios. E eu pensei por um segundo sobre isso. Na morte. Então eles saíram e disseram: 'Olha, nossa máquina está quebrada. Você se importaria de fazer isso de novo?' Então eu tive que entrar e fazer de novo. Fui ver o médico depois e ele disse: 'Não há nada errado com você. Você tem o que chamamos de coração excêntrico'. Eu apenas olhei para ele e disse: 'Eu poderia ter lhe dito isso'."

"O que papai está fazendo em uma banheira com aquela garota?"


Bono é uma visão comum na Riviera Francesa. Todo mundo que mora lá já esbarrou com ele, festejando em Saint Tropez, tomando uma bebida tranqüilamente em um bar de Antibes ou passeando pela praia da vila de Eze-sur-Mer, onde ele tem sua mansão.
A vila de quatro andares tem uma praia particular e também foi o local que o U2 gravou o videoclipe de "Electrical Storm".
Se você pegar a linha de trem de Nice, passará pela parte de trás da mansão a caminho de Mônaco - a linha de trem passa logo atrás da vila.
A subida íngreme da praia até a vila de Eze é chamada Chemin de Nietzsche.
Bono disse: "Uma coisa sobre "Electrical Storm" é que o vídeo foi gravado na frente da minha casa na França. Havia todas essas crianças olhando por cima do muro, incluindo os filhos de Larry dizendo: "O que papai está fazendo em uma banheira com aquela garota?" Este é o único vídeo que já fizemos, aliás, onde Larry teve que acordar às seis da manhã para filmar - e ele não reclamou".

domingo, 29 de setembro de 2019

Paula Toller: "Bono, na minha opinião, é quase um padre"


Em julho de 2009, Paula Toller, vocalista da banda Kid Abelha, falou com o Vírgula sobre o lançamento de um CD e DVD ao vivo em sua carreira solo.
No papo sobre rock:

Emílio: O rock and roll acabou.
Paula: Agora, está tudo meio pronto.
Carioca: As bandas são de condomínio.
Paula: Tudo é muito comercial.
Carioca: Hoje em dia, é tudo Emo.
Emílio: E são todos bonzinhos. Não tem mais aquela coisa bacana do rock.
Paula: Hoje, quando o cara chega para fazer sucesso, ele já encontra tudo pronto e formatado.
Emílio: Não existe mais uns caras malucos tipo o Cazuza. Isso é rock.
Paula: Total.
Emílio: Você não acha que este é o espírito do negócio? Hoje, todos dão chocolate na Páscoa.
Paula: O Bono, na minha opinião, é quase um padre.
Emílio: Isso é chato.
Pior: Isso é excesso de dinheiro.
Emílio: O mundo mudou.
Paula: Se você não fizer essas coisas, você é mal visto. A moda é doar e adotar. Não dá para saber se a pessoa faz por vontade própria ou por obrigação.

sábado, 28 de setembro de 2019

Depois de 8 anos, aparece o áudio de "Skyscrapers", colaboração entre Swizz Beatz, Kanye West e Bono


No início de 2011, quando o U2 ainda estava na estrada com a turnê 360°, Bono entrou em estúdio para gravar uma parceria com o rapper Kanye West.
Bono e Kanye emprestaram sua voz à uma faixa chamada "Skyscrapers", que faria parte do segundo disco do produtor Swizz Beatz, que tinha o título de 'Haute Living'.
"Eu, Bono e Kanye nos dividimos em "Skyscrapers"", contou Beatz ao Paper Megazine. "Gravei com o Kanye em um estúdio e com o Bono em outro estúdio".
O que se estranhou é que o tempo passou e este álbum de Swizz Beatz não foi lançado. Então se imaginava que a colaboração com Bono tinha sido arquivada e que não veria mais a luz do dia.
Mas em dezembro de 2012, um vídeo em estúdio com Swizz mostrou uma prévia de uma das das faixas do álbum que estava prometido para ser lançado em 2013. No pequeno clipe, Swizz e amigos estavam no estúdio ouvindo exatamente um trecho da música intitulada "Skyscrapers", e que se confirmava a participação de Kanye West e Bono. Tanto que no vídeo, eles brincam e se mostram surpresos quando Swizz diz que a faixa tinha a participação de Bono.
Mas mais uma vez, o disco não foi lançado, e a canção não viu a luz do dia.
Em 2018, depois de mais de uma década de teasers, singles e mudanças de títulos, Swizz Beatz enfim anunciou o lançamento de seu segundo álbum solo, com o título de 'Poison'. E a gravação de Bono com Kanye West foi cortada do disco. E também não se sabia se ela havia permanecido com o título de "Skyscrapers" e se era a mesma gravação da época.
Swizz explicou: "Eu tirei todos os hits do meu disco, porque elas eram grandes músicas e significaria que resto do álbum não viveria". E por isso a canção com Bono ficou de fora. "Pode estar no meu próximo disco, mas nesse disco eu queria ocupar o andar térreo, do qual eu venho, polir isso, e então deixar as pessoas virem comigo até o meio do prédio ou da cobertura ou do telhado, e então basta começar tudo de novo".
Agora, 8 anos depois, a colaboração entre Swizz Beatz, Kanye West e Bono, com o título mantido de "Skyscrapers", finalmente apareceu na internet!


sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Bono faz aparição surpresa para entregar Prêmio Donostia para Penélope Cruz


Bono fez uma aparição surpresa no Palácio Kursaal para entregar o Prêmio Donostia para a atriz Penélope Cruz.


Apresentado pelo diretor do Festival de San Sebastian, José Luis Rebordinos, Bono entrou no palco e provocou delírio entre o público que o aplaudiu em pé.
Ele se ajoelhou diante dela - ela fez o mesmo - ela o abraçou e o beijou. "Significa muito para mim que você esteja aqui ...", ela agradeceu.


Bono destacou a importância da família para Penélope Cruz, dentro e fora da tela, e se declarou "orgulhoso" por fazer parte de sua família na vida real.
"Os artistas tendem a se perder em nós mesmos. Penélope se perde em todos os outros e é por isso que nos perdemos em você", disse Bono.


Penélope Cruz tornou-se a segunda atriz espanhola a receber esse reconhecimento.
Com o troféu em mãos e em lágrimas, a atriz confessou que seus dois sonhos de infância haviam sido realizados: ser mãe e ganhar a vida com a interpretação. Ele dedicou o prêmio a seus dois filhos e seu marido Javier Bardem.
Ela lembrou todos os diretores com quem colaborou, começando com Bigas Luna, Pedro Almodóvar e Fernando Trueba, e terminou seu discurso enfatizando que este ano já são 44 mulheres mortas por violência sexista. "Só espero que da próxima vez que uma mulher relatar um caso de violência, nós a ouviremos primeiro", concluiu.


Derrick Green, vocalista do Sepultura, faz mais revelações sobre a escolha da banda em gravar "Bullet The Blue Sky" do U2


Derrick Green, vocalista do Sepultura, faz mais revelações sobre a escolha da banda em gravar "Bullet The Blue Sky" do U2:

"Letras foram a principal razão. O U2 é uma banda muito popular e era muito improvável que fizéssemos um cover de uma canção deles, por isso foi outro motivo. Mas as letras são muito fortes e poderosas. Foi um desafio. Quero dizer, sobre ser uma música do U2.
Eu realmente gosto do U2 e queríamos mostrar às pessoas uma das músicas revolucionárias, o que fez do Sepultura o que é agora.
Não precisamos parecer exatamente como essas bandas, mas elas têm um impacto. Nós gostamos de ouvir vários estilos de música e temos a mente aberta, mas queríamos fazê-la do nosso jeito e mostrar que sentimento temos conectado à música. No geral, foi desafiador e legal ao mesmo tempo, pois fizemos algo totalmente diferente.
Eu amo videoclipes e queria que as pessoas pensassem durante isso; ele está fugindo de alguma coisa ou correndo para alguma coisa? ... E pular do telhado, foi ideia do diretor. Ele disse que é necessário torcer as coisas um pouco. Queríamos um vídeo simples, que não deixasse você sair da tela. É aberto principalmente para a imaginação das pessoas e foi divertido fazê-lo".

O atrevido anúncio colocado por Adam Clayton na seção de classificados da New Music Express em 1978


O site ATU2 mostra um scan de algo interessante dos primeiros dias do U2!
Quando a banda foi formada, Adam Clayton assumiu a responsabilidade de agendar shows, geralmente como uma banda de abertura. Em seu papel de manager do The Hype, Adam criou e imprimiu cartões de visita anunciando seu cargo.
No início de 1978, em um momento tipicamente maravilhoso e divertido daquela época da vida de Adam, ele conseguiu uma menção no New Musical Express naquele ano, com um anúncio atrevido que ele próprio colocou na seção de classificados parabenizando o The Hype por "um show incrível" em Howth atribuindo o escritor (e manager) como sendo nada mais nada menos que seu próprio pai, "Brian"!

Manager seeks the whereabouts of The Hype after amazing Howth gig. Please ring Brian 450822 (Malahide, Dublin). It was great lads.

Manager procura o paradeiro do The Hype após um show incrível em Howth. Por favor, ligue para Brian 450822 (Malahide, Dublin). Foram ótimos, rapazes.

Bono e The Edge falam para a Billboard sobre mal-estar político global e a apresentação na Índia pela 'The Joshua Tree Tour 2019'


O concerto final da 'The Joshua Tree Tour 2019' do U2 acontecerá na Índia, marcando também a primeira visita da banda ao país.
E mesmo que não seja por design, há um pouco de destino no fato de que 'The Joshua Tree', de 1987, álbum que é uma meditação sobre os mitos espirituais da América, os abrirá para um subcontinente que deu origem a várias religiões importantes do mundo.
Ou, de outra maneira, quando os roqueiros irlandeses fecharem o livro em um álbum mergulhado em sua percepção da líder mundial em democracia, eles estarão se abrindo para a vida dentro da maior democracia do mundo quando tocarem no DY Patil Stadium de Mumbai no dia 15 de Dezembro.
Bono e The Edge recentemente estiveram no Electric Lady Studios em Nova York para falarem com vários meios de comunicação indianos.
Com Bono tocando trechos de "Don't Let The Sun Go Down On Me" de Elton John em um órgão exigente, a dupla falou à Billboard sobre o porque demoraram tanto para chegar ao país, e sobre o conceito indiano de Ahimsa (respeito por todos os seres vivos e não-violência) que é algo a ter em mente para enfrentar o Brexit e o que The Edge chama de "o mal-estar político global".

Vocês sentem algum tipo de conexão espiritual com a Índia?

The Edge: Para mim é curioso. Se você pensa na história antiga da Índia, muitas religiões importantes começaram por aí. Hinduísmo, Budismo, Jainismo ...

Bono: Cargas de ismos! Ahimsa, essa é a palavra para não-violência [no hinduísmo, budismo e jainismo] - é uma palavra bonita. Há algo no caos naquele país: são realmente tradições antigas e também são ultramodernas. Estão brincando lá fora com o futuro da democracia de algumas maneiras. A Europa é bastante séria, a América se baseia nesse conceito e, na Índia, trata-se de "pode ​​sobreviver nessa escala com as pressões?" Com tantos grupos étnicos diferentes, todos obviamente devem ser respeitados. O pluralismo e a democracia são menos estáveis e confiáveis ​​lá do que em outras partes do mundo. É claro que todos temos interesse em sobreviver como democracia.

The Edge: É incrível essa estabilidade que foi alcançada com a maior democracia do planeta. Isso é algo, realmente.

Seus shows são produções intensas e a Índia é um desafio geográfico. Vocês já pensaram em fazer um show mais simples na Índia, ou sempre foi 'precisamos da experiência completa'?

Bono: Realmente isso é verdade. Poderíamos ter vindo para a Índia há muitos anos com um show mais simples. Mas sentimos que, se iríamos, queríamos que a Índia nos visse como fazemos em qualquer outro lugar. Continuamos pensando: "bem, na próxima turnê, descobriremos" e "na próxima turnê, descobriremos", e não o fizemos. Demorou tanto tempo. Em um ponto, estávamos conversando sobre fazer um show acústico no Taj Mahal. Isso seria um sonho. Apenas os jeitos e a meditação sobre o amor que é; sentimos que nossa música é essa meditação sobre o amor. Mas não o amor no sentido sem personalidade - é o amor na ação. É o que realmente significa amor em termos de como você trata seu vizinho, seu parceiro, as pessoas com quem você discorda - o que de fato é mais revelador do que com as pessoas com quem você concorda. E esse era o assunto dos Beatles. Existem alguns grupos da era do rock que fizeram do amor seu assunto, mas apenas alguns; certamente somos um deles. É por isso que pensamos em tocar no Taj Mahal.

Sobre o que vocês estão mais nervosos ou empolgados, seja para o show ou algo pessoal?

The Edge: Para mim, é realmente conhecer nosso público indiano e ver quem eles são.

Eu sinto que vocês devem ter fãs em todo o mundo, incluindo a Índia.

Bono: Nós ouvimos falar disso. As pessoas ocasionalmente dizem: "venha e podemos tentar conseguir que tal empresa ou tal empresa paguem por isso". Mas nós não fazemos shows corporativos. Entendemos que você pode estabelecer relacionamentos com empresas que ajudam a manter o preço do ingresso baixo, mas isso chega ao ponto em que você ainda tem seu público real - não tocamos para um público a menos que seja real, precisa ser real. Desta vez, temos a sensação de que será uma audiência real para nós.

Voltando à democracia - vocês estão de olho no Brexit, em termos da fronteira Irlanda / Irlanda do Norte?

The Edge: Sim, nós estamos. Mas também estamos cientes do fato de que isso está acontecendo fora da nossa esfera de influência. É uma questão do Reino Unido, estamos na Irlanda. Estamos muito preocupados com o andamento, a forma que vai tomar, mas acho que a Irlanda está em um lugar muito bom agora, economicamente e socialmente. Isso pode nos atrapalhar. Mas a outra coisa, o mal-estar político global em que parecemos estar nas políticas de medo predominantes e as reações a essas manipulações da população por meio da mídia, particularmente da mídia social. Há coisas acontecendo lá, onde estamos atrás da curva e precisamos estar por cima disso. Já é ruim o suficiente agências estatais usarem as mídias sociais como arma contra outros estados, mas quando você tem conglomerados de mídia privados usando sua influência para seus próprios ganhos egoístas, envolvidos em campanhas massivas, isso é um desenvolvimento muito perturbador. Estou ansioso para um momento em que isso seja encerrado e não possa mais ser feito. É apenas a lei da maioria dos países que está por trás. Mas também temos que estar muito mais conscientes de como estamos sendo levados. Os indivíduos precisam estar cientes e essas empresas de mídia social também precisam se fortalecer.

Bono: Esta invenção da Índia, Ahimsa, é um presente para o mundo, da Índia e de Mahatma Gandhi. Nunca foi tão importante no mundo. Com todas as tensões na Índia, mantenha-se firme nisso, Ahimsa. Brexit, nem é britânico - é inglês. É um desenvolvimento do nacionalismo inglês. É uma revolta nacionalista inglesa e provavelmente perderá a Escócia e a Irlanda do Norte. Não sei se o País de Gales vai aguentar, talvez, mas é algo com que ter muito cuidado. As pesquisas sobre o futuro da Inglaterra valem a pena ser lidas, você percebe que esses nacionalistas ingleses não têm muito tempo para a Irlanda do Norte ou a Escócia, e isso foi divulgado. Eu acho que só precisamos ter muito cuidado. Meu pai amava a Irlanda e queria se livrar da fronteira na Irlanda, mas ele me ensinou a desconfiar das pessoas que despertaram o nacionalismo.

Como isso se compara ao que vocês viram quando a banda estava se formando?

The Edge: O irmão de Joe Strummer entrou para a Frente Nacional. Parte da reação do The Clash contra o fascismo e sua tentativa de se envolver em questões sociais e políticas foi porque ele perdeu o irmão duas vezes - uma vez quando se juntou à Frente Nacional e depois quando ele morreu. Essa foi uma das razões pelas quais Joe se opôs com tanta veemência à política restrita da direita. Na Irlanda, na verdade, entramos na política de uma maneira diferente através da influência de Gandhi e Martin Luther King, essa ideia de resistência não violenta. Que infelizmente havia sido esquecido na Irlanda do Norte. Mas foi uma grande inspiração para nós tentarmos promover esse pensamento em um momento em que, infelizmente, havia violência por toda parte. Era uma ocorrência diária. Haveria um bombardeio ou um assassinato. Mas esse instinto de responder através do nosso trabalho nasceu durante os primeiros dias crescendo na Irlanda durante os The Troubles.

Bono: Ouvimos histórias de Mahatma Gandhi lendo Tolstoi, então ele estava olhando a tradição cristã com algum respeito também, mas ele disse a melhor frase que eu já ouvi sobre o cristianismo, que é: "Eu me tornaria cristão se alguma vez conhecesse um". Mas Edge, você lembrou de uma fonte para nós, e isso está correto. Aos 22 e 23 anos, estávamos pegando nossa bandeira, a bandeira irlandesa, pegando o verde [significando católicos irlandeses] e o laranja [significando protestantes irlandeses] e os separando e segurando a bandeira branca [significando unidade entre os dois]. Era juvenil, você pode argumentar, mas era poético - e eu permaneço com isso ainda.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Outro livro de Tony Bellotto, outra referência ao U2


Tony Bellotto é guitarrista dos Titãs e desde 1995 se aventura na literatura. De lá pra cá publicou Bellini e a Esfinge, Bellini e os Demônios, Bellini e os Espíritos, BR 163, Os Insones e O Livro do Guitarrista.
No Buraco, lançado pela Companhia das Letras em 2010, é seu livro mais pessoal, narrando a história de um guitarrista em crise de identidade.
As aventuras de Teo Zanquis - ex-ídolo do rock nacional, guitarrista decadente e solitário de uma banda de um único sucesso - são narradas com humor ácido e contundente, ao lado de emoções intensamente humanas.
Como em seus outros livros, No Buraco traz uma referência ao U2:

"O que eu não conseguia entender era que Tales Banabek se interessasse por arte. Bem, ele conhecia o refrão de Trevas Da Luz. "Chegará o dia em que não pensaremos mais nos Beatles atravessando a Abbey Road, Teo Zanquis!"
"Tudo bem, espero estar morto até lá. Mas o que aconteceu?
O que você fez para sair da lama e reconstruir esse....", olhei para o teto do estúdio, buscando a palavra certa. Senti uma vertigem.
Por um momento tive a impressão de que estava no centro da basílica de São Pedro, no Vaticano. Ou no meio do palco do U2".

Bono e John Lewis: dois homens em nome do amor


John Lewis é um líder do movimento por direitos civis e político americano.
Em 'The Unforgettable Fire' do U2, as canções "Pride (In The Name Of Love)" e "MLK" são sobre Martin Luther King Jr., cujo legado fascinou Bono depois que um escritor da Rolling Stone presenteou-o com uma cópia da biografia de King, 'Let The Trumpet Sound'.
Bono: "Lendo sobre Martin Luther King aos 24 anos de idade, ele mudou a direção da minha vida. E quando Martin Luther King falou sobre o sonho, ele não estava apenas falando sobre o sonho americano, ele estava falando sobre algo muito maior, ele estava falando sobre igualdade no resto do mundo".
John Lewis disse: "Não me lembro do momento exato em que ouvi "Pride (In The Name Of Love)", mas tenho certeza de que foi logo após o lançamento da música. Eu me identifiquei com as músicas do U2 por causa das semelhanças que reconheci entre situações na América e na Irlanda do Norte. Eles tiveram um Domingo Sangrento lá, semelhante ao Domingo Sangrento que tivemos em Selma. A luta pela liberdade e pela libertação é universal".
As marchas de Selma a Montgomery de 1965 foram três manifestações, sendo a primeira conhecida como Domingo Sangrento, do movimento pelos direitos civis dos negros nos Estados Unidos que conduziram à aprovação da Lei dos Direitos ao Voto de 1965, uma conquista histórica do movimento negro da década de 1960.
Lewis, nascido no Alabama, é uma figura-chave no movimento pelos direitos civis. Ele contou como, apesar das advertências de seus pais para não causar problemas, "Eu entrei no problema. Mas foi um bom problema. Era um problema necessário. E eu não era o único a ter problemas".
Em 1961, Lewis participou do Freedom Rides para protestar contra a segregação em ônibus interestaduais e foi severamente espancado por multidões. De 1963 a 1966, foi presidente do Comitê de Coordenação Não-Violenta de Estudantes, que organizou protestos. Ele participou da Marcha em Washington e da histórica Marcha Selma, que ficou conhecida como Domingo Sangrento.
"Acredito que a violência e a guerra sejam obsoletas", afirmou Lewis. "Espere aí. Não desista. Fique de olho no prêmio. Ande com o vento. E deixe o espírito de liberdade, coragem e justiça ser o seu guia".
Lewis contou sobre crescer em uma fazenda. Ele disse que as galinhas na fazenda, junto com seus irmãos e irmãs e primo, seriam sua congregação. "E eu pregava para essas galinhas. Mas estou convencido de que algumas dessas galinhas que eu pregava tendiam a me ouvir muito melhor do que alguns de meus colegas me ouvem hoje no Congresso".
Em 2004, Bono recebeu em Memphis o Prêmio Internacional da Liberdade e o deputado norte-americano John Lewis o Prêmio Nacional da Liberdade do Museu Nacional dos Direitos Civis.
Quando subiu para seu discurso, o vocalista declarou: "Meu nome é Bono, e eu sou uma das galinhas de John Lewis. Eu ficaria honrado em estar em qualquer lugar com John Lewis ... um dos maiores americanos que já se sentaram em um balcão para almoçar em Memphis, isso é certo. Um dos maiores americanos que já marcharam através de uma ponte em Selma, um dos maiores americanos que já andaram pelos corredores do Congresso: John Lewis. Tenho orgulho de estar em um palco com ele".
John Lewis disse: "Obrigado por tudo o que você faz ao redor do mundo para construir a comunidade amada. Se o Dr. King pudesse falar conosco hoje, e ele estivesse falando comigo, Bono, ele nos diria repetidas vezes que a guerra é obsoleta, que a violência é obsoleta, que o caminho da paz, o caminho do amor é o melhor caminho".

Larry Mullen na Popmart: "O arco, as luzes de discoteca, a tela grande são ideias que eu amo, mas a coisa do supermercado é que estou tendo problemas"


U2 e Paul McGuinness ficaram confusos com as suposições feitas por amigos e parceiros de negócios musicais após o fim da ZooTV.
"Nós nos deparamos com pessoas", lembra Paul McGuinness, "que diziam: 'Eu sei o que você fará da próxima vez. Você vai voltar ao básico e voltar com uma produção enxugada e voltada para a música'. Todos nós dissemos: 'Não, não vamos. Por que alguém pensaria assim?' Tendo efetivamente reinventado o espetáculo musical de estádio e aprendido de uma maneira cara como fazê-lo" - viajando sem patrocínio corporativo, o U2 obteve um pequeno lucro líquido na Zoo TV, atribuível diretamente às vendas de camisetas - "tivemos um instinto completamente oposto".
Como Adam Clayton disse: "No final do dia, você quer ver Liz Taylor com os diamantes. Você não quer vê-la em um traje de treino".
A única coisa que Bono estava determinado a ter no novo show era uma bola de espelhos no estilo de salão de baile. Há alguns anos, enquanto estava na ilha caribenha de Barbados, ele foi a um clube local, onde lembra: "Era caras mais velhos e suas esposas, em uma ilha, dançando valsa com música country e Elvis. E não havia nada lá - apenas uma bola de espelhos. Eu fui nocauteado".
Para a Popmart, a bola de espelhos se tornou algo mais radical: um objeto monstruoso em forma de limão que se moveu para a multidão e se abriu como uma nave espacial. Um LWA - limão com atitude.
O diretor Willie Williams queria que a bola de espelhos em forma de limão passasse pela platéia durante "Theme From Mission: Impossible". "Mas a posição de Edge era: 'Não vamos fazer isso", conta Williams. "Se enviarmos essa bola de espelhos e a trilha sonora for estranha ou parecida com um transe, podemos tornar isso um pouco perturbador".
"Estou sempre procurando o porquê", afirmou The Edge com sinceridade. "Quero ter uma visão do que estamos fazendo, por que estamos indo nessa direção".
Larry Mullen estava perplexo com o porquê da Popmart: "O arco, as luzes de discoteca, a tela grande são ideias que eu amo, mas a coisa do supermercado é que estou tendo problemas", ele admitiu. Por causa da ênfase na descartabilidade e na plasticidade - a antítese de tudo o que a banda busca na música?
Larry pensou por um segundo. "Sim", ele conclui. "Mas você sempre acaba com um pouco de comércio no final do dia. Ao usar o supermercado, houve uma admissão: é um pouco trash, sabemos do que se trata e estamos vendendo".

"Ela foi vender um quadro e ganhou um marido"


Renato de Albuquerque é o fundador do bairro Alphaville em São Paulo. Aos 45 anos, juntamente com o sócio, Yojiro Takaoka (que faleceu em 1994), ele comandava as obras do que se tornaria o bairro e o maior case de sucesso em bairros planejados do país.
Renato de Albuquerque também é dono da melhor coleção de porcelana chinesa do mundo, segundo a revista 'The Economist'.
Na família, apenas a neta Mariana Teixeira de Carvalho trabalha com arte. Ela é a diretora da galeria e editora Hauser & Wirth, em Londres. A proximidade com a arte se estreitou em 2013, quando Mariana se casou com Adam Clayton, baixista do U2.
"Ela trabalhava numa galeria em São Paulo e conheceu o Adam, que é colecionador de arte contemporânea", diz Albuquerque, que esteve no casamento em Cannes, onde Adam Clayton tem casa. "Ela foi vender um quadro e ganhou um marido", diz ele, dando risada.

quarta-feira, 25 de setembro de 2019

As pistas do Digital: CC para os títulos de álbuns e canções do U2


No ano de 2004, o U2 se preparando para lançar seu novo disco, e o título ainda era um segredo.
À partir de pistas, se acreditava que o álbum, que seria lançado em novembro, já tinha um nome definido: 'Vertigo'.
Em julho daquele ano, três domínios foram registrados na web: U2vertigo.com, U2vertigo.net e U2vertigo.org. Os domínios foram registrados por James Cooke, de Dublin, e todos os domínios apontavam para servidores da Digital: CC - empresa de produção de multimídia e web com sede em Dublin da qual o irmão de Adam Clayton, Sebastian, era sócio.
Cooke era listado como a pessoa de contato do Digital: CC na lista da empresa no CreativeIreland.com.
Regine Moylett, diretora de publicidade do U2 em Londres, não confirmou nem negou se 'Vertigo' era o novo nome do álbum ou um dos nomes considerados. Ela disse que o nome do álbum ainda não era conhecido.
"Vertigo" acabou sendo o título do primeiro single do disco.
No ano 2000, antes do título 'All That You Can't Leave Behind' ser divulgado, a Digital: CC registrou dezenas de endereços com diferentes frases que poderiam fazer referência ao novo disco: U2talkingjubilee.com , talkingjubilee.com , U2jubilee.com, U2allthatyoucantleavebehind.com, allthatyoucantleavebehind.com, U2atheart.com, U2atheartzero.com, U2loveandpeace.com
"Love And Peace" era o título de trabalho do que se tornou a canção "Love And Peace Or Else".
Foram feitos esboços de capas para o álbum com os títulos 'U2 At The Heart Zero' e 'Love & Peace'.




"Jubilee" foi o título de uma canção demo trabalhada para o disco.
A Digital: CC já trazia em seu site, portfólios incluindo designs para o U2.
No ano de 2005, a Digital: CC foi a responsável pelo design e autoração do CD ROM U2. Communication, o brinde para os associados do site U2.COM

Ryan Tedder confirma que juntamente com Brent Kutzle, outro membro do OneRepublic, escreveram parte de "Summer Of Love" para o U2


Ryan Tedder, além de ser o líder do OneRepublic, é um dos produtores de 'Songs Of Innocence' do U2, e também de 'Songs Of Experience'.
O site www.rockol.it da Itália trouxe uma matéria com Ryan onde ele revela que irá trabalhar em canções para um próximo disco do U2.
Ryan confirma na matéria que ele juntamente com Brent Kutzle, outro membro do OneRepublic, escreveram uma parte de "Summer Of Love" na Itália, em Veneza.
A canção, que está no disco 'Songs Of Experience', é produzida por Ryan Tedder e traz uma guitarra adicional tocada por Brent Kutzle.
A declaração de Tedder confirma o que já se imaginava. Em um vídeo de fevereiro de 2016, de ensaios do OneRepublic para as gravações de seu disco Oh My My!, que foi lançado em outubro de 2016, aos 26 segundos se ouve um trecho de uma canção chamada "West Coast".
Na época, foi divulgada em sites como sendo uma nova canção que eles estavam trabalhando para o disco dele.
Já logo de cara se reconhece a mesma introdução de "Summer Of Love".
Chegou a ser cogitado que naquele momento Ryan Tedder e Brent Kutzle trabalhavam em uma demo da canção enviada pelo U2, mas agora Ryan confirma que ele e Brent escreveram esta parte para o U2.


Inhaler, banda de filho de Bono, lança videoclipe trazendo seu próprio Macphisto


Gerry Ryan foi um apresentador irlandês de rádio e televisão empregado pela Raidió Teilifís Éireann. Ele apresentava o The Gerry Ryan Show na estação de rádio RTÉ 2FM todas as manhãs de 1988 até horas antes de sua morte súbita no ano de 2010.
O corpo do apresentador foi encontrado em sua casa, após ele não comparecer ao seu programa na rádio.
Gerry deixava bem claro que o U2 era sua banda predileta.
A rádio 2FM da Irlanda transmitiu uma mensagem de adeus feita por Bono em tributo à Gerry.
Falando direto de NY especialmente para esta homenagem, Bono dedicou uma gravação de "With Or Without You" feita especialmente para um último adeus à Gerry Ryan.



Agora, o filho de Gerry Ryan, o ator Rex Ryan, e o filho de Bono, Elijah Hewson, se unem no novo videoclipe do Inhaler.



Rex interpreta um demônio vermelho que se apaixona por um anjo interpretado pela atriz India Mullen, e dança na pista.


Falando sobre o single "Ice Cream Sundae", que tem mais de 250 mil visualizações desde o seu lançamento, Elijah disse: "Trata-se de perder e ganhar. Gosto de escrever sobre experiências normais de adolescentes com as quais todos possam se relacionar. Só estou tentando escrever sobre a alegria de estar vivo, ser adolescente e as coisas ruins que podem vir com isso".
Rex disse ao The Irish Sun que ele aproveitou a chance de desempenhar o papel. "Demorou quatro horas e meia para fazer a maquiagem do diabo, o que é incrível. Foi uma excelente filmagem, pois India é uma amiga e eu realmente gostei de trabalhar com ela. A banda também foi ótima. Quando o diretor Hugh teve a ideia de eu interpretar o Demônio, eu apenas tive que mergulhar".
"Ice Cream Sundae" é o terceiro single da banda e viu a base de fãs da banda crescendo. A canção marca o primeiro lançamento por sua nova gravadora, Polydor.



Elijah cresceu vendo seu pai vestido como o diabo MacPhisto, mas foi o diretor Hugh Mulhern que decidiu escalar Rex como o Demônio.
Um membro da indústria fonográfica disse: "Todo mundo está perguntando quem está interpretando o diabo debaixo da máscara. Rex é um dançarino sério".
Hugh explica sobre o personagem: "Eu queria capturar os temas nas letras de Eli de uma maneira visualmente envolvente desde o início. Abrir o vídeo com uma imagem desse todo-poderoso demônio parecendo triste e inseguro foi uma maneira de criar um personagem que você entende instantaneamente que está em conflito interno.
É o mesmo com o nosso Anjo / Elvis. Eu tinha uma ideia na cabeça que Balf, nosso demônio, era este romântico sem esperança distraído demais para ajudar Lúcifer tentando derrubar os Arcanjos. Como punição, ele foi confinado a um círculo de inferno, onde ele se apaixona pela mesma pessoa repetidamente, mas assim que eles se abraçam, ela desaparece. Ele sabe que isso vai acontecer? Ele o faz conscientemente, e aposta novamente no amor".
Conversando com a Rolling Stone da Índia, Bono revelou que Elijah batizou sua banda de Inhaler (Inalador), porque ele é "levemente asmático".
Bono disse: "Meu único conselho para meu filho, que partiu para fazer música, é: não ouça seu pai. E ele está seguindo esse conselho".

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Ryan Tedder diz que trabalhará em canções para um próximo disco do U2


Ryan Tedder, além de ser o líder do OneRepublic, é um dos produtores de 'Songs Of Innocence' do U2, e também de 'Songs Of Experience'.
O site www.rockol.it trouxe uma matéria com Ryan onde um sub título traz: "o próximo disco do U2".
A matéria revela:

Trabalhar com uma banda como o U2, que consolidou a dinâmica interna, é bastante difícil, admite Tedder, que colaborou na produção de 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience'. Nesses dois casos, Ryan recebeu créditos como produtor, mas não aparece como autor de canções, embora ele diga que ele e Brent Kutzle, outro membro do OneRepublic, escreveram uma parte de "Summer Of Love" na Itália, em Veneza. "Bono e The Edge são como condutores. Eles ouvem as fitas em audições e montam as músicas tirando a melodia de uma demo, os acordes de outra, as cordas de uma terceira audição. Com eles, uma música nunca é finalizada. Você passa três meses trabalhando em uma peça, vai embora e todo mundo parece feliz com o resultado. Bono e os outros partem para Eze, na França, passam três semanas e ligam para você [imita a voz de Bono]: 'Ryan, Ryan, estamos pensando em acelerar a música e talvez colocar algo punk nela, como uma nova linha de baixo. Ah, sim, outra coisa: reescrevi completamente a letra'. E isso acontece com todas as peças de música! O U2 é o melhor grupo do planeta, mas com eles não é incomum produzir 70 versões de uma única música".
A colaboração de Ryan Tedder com o U2 continua para o próximo disco da banda. "Falei com eles na semana passada. Trabalharemos juntos em algumas peças novas quando eu estiver em Los Angeles. Eu acho que é a intenção deles fazer um disco completamente diferente dos dois últimos. Será mais fácil. Você sabe, é como um pêndulo. Quando você faz um álbum com muita produção, com tantos instrumentos, no próximo projeto você o quer mais escasso e se pergunta: e se o disco tivesse o som de quatro músicos tocando em uma sala?".

As ideias iniciais do que poderia ter sido a Popmart


O U2 teve sua primeira conferência séria de produção para a turnê que viria a se tornar Popmart, com o diretor do show Willie Williams, em fevereiro de 96. "Lembre-se de que não havia título para o álbum, nem letra", contou Williams, "Então, eu estava indo pelo instinto".
Sua primeira proposta - que a banda tocasse com o público ao seu redor, com os chamados Riot Rigs, movendo caminhões equipados com telas de vídeo e palcos por satélite - caiu por terra, principalmente por razões logísticas. A banda também tomou conhecimento de outro conceito inicial de Williams, um festival noturno do milênio chamado U2000, com um enorme relógio mostrando a hora até quando chegasse meia-noite de 31 de dezembro de 1999 - e nesse ponto, o U2 tocaria seu grande hit "New Year's Day".
Willie Williams e o cenógrafo Mark Fisher descobriram que, quando as sessões de gravação não estavam indo bem, a banda podia se distrair, e até se irritar nas reuniões.
"Eu, Adam e o Edge estávamos no estúdio, tocando por seis horas seguidas", disse Larry Mullen, "então alguém pede para você sentar e conversar sobre um limão gigante". "Ah, e o que você quer vestir?" "Foda-se - essa é a resposta simples para essa pergunta".
Mas o cabo de força intuitivo entre a energia irreprimível de Bono e a intensidade mais composta e fundamentada dos outros membros - uma característica distintiva da música do U2 - foi crucial para tomar decisões difíceis sobre o conceito, execução e custo da PopMart.
A turnê foi notável por seu imenso arco amarelo e uma tela de LED gigante, projetada por Willie Williams e Mark Fisher para representar temas de consumismo, com adereços semelhantes a vastos supermercados e centros comerciais fora da cidade.
O gigante limão espelhado que girava como um globo de discoteca com os membros da banda dentro, esteve lá todas as noites.

Por que a cor amarela no design do palco da iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2?


Na turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE do U2, a cor amarela é destaque no design cênico, como evidenciado pelo logotipo da turnê desenhado pela Stufish Entertainment Architects.
"O palco retangular, que é o palco Innocence, tem um grande "I" à sua frente e está ligado pela passarela ao palco Experience, que é o palco redondo", explica o cenógrafo Ric Lipson. "Existe um grande 'E' no palco redondo. O design do logotipo da iNNOCENCE + eXPERIENCE feito pela Stufish tem uma tinta amarela que acende no palco, literalmente. Trabalhamos muito de perto com a Tait para criar essa faixa amarela. Cada deck teve que ser contruido e customizado. É uma peça bastante complexa, é inteiramente recortada, por CNC, neste piso com ranhuras pretas".
Por que amarelo?
"Não há razão, motivo. Nós apenas gostamos, por algum motivo, para mim o amarelo representa a bondade em um mundo complicado", confidenciou o diretor Willie Williams.
Os psicólogos demonstram que todas as pessoas possuem uma escala de cores própria e que neles é possível expressar seu humor, seu temperamento, sua imaginação e seus sentimentos. Também está demonstrado que por sua vez o homem é influenciado pelas cores.
O amarelo irradia sempre em todas as partes e sobre todas as coisas, é a cor da luz e pode significar adolescência, otimismo, riso, prazer, alegria.




segunda-feira, 23 de setembro de 2019

A entrevista de Bono e The Edge para a Rolling Stone da Índia sobre a 'The Joshua Tree Tour 2019' - Parte II


As bandas de hoje, na era digital, provavelmente nunca terão o tipo de jornada que vocês tiveram - de desenvolver seu som ao longo do tempo. Hoje, os artistas têm um período de desenvolvimento mais curto e precisam ter suas melhores versões da noite para o dia, caso contrário eles estarão fora da corrida. E por isso também há um problema de descoberta. Será que o U2...

Bono: Será que ainda seríamos descobertos nesses tempos?

The Edge: Essa é uma pergunta interessante.

Bono: Poderíamos ter existido nesta era?

The Edge: Nós realmente nos tornamos o U2 não tanto pelos nossos discos, mas pelas nossas apresentações e shows. E acho que é para onde olhar hoje em dia. Para os artistas que têm longevidade real e significam algo - Chance The Rapper, que eu adoro, você sabe que ele não tem um contrato com uma gravadora. Ele começou a tocar em shows e construiu sua reputação e seguidores a partir disso. Eu acho que é uma maneira muito melhor, como você diz que a música na vida de muitas pessoas é uma mercadoria. É como água da torneira. Você quer que feche a torneira, e pronto, quando você a fecha, não ouve mais. Acho que esse fator de conveniência foi ótimo em um certo nível.
Mas também, em outro nível, tornou o relacionamento com o artista menos profundo, e é mais sobre conveniência e é um pouco mais trivial. Mas se você gasta tempo para ir a um show, para ver a banda tocar ao vivo, é um compromisso. E você fica lá por duas horas do show deles, e essa conexão dá ao artista e ao público a oportunidade de construir algum tipo de compreensão e profundidade reais. Então eu acho que, provavelmente, esse é o futuro do desenvolvimento de novos artistas jovens, é no contexto ao vivo.

Bono: O ao vivo é onde vivemos. É aí que o U2 existe - nesse meio, mais do que qualquer outro.

The Edge: É engraçado como você descobre suas músicas quando as toca na frente de uma platéia ao vivo. A música que você gosta em um estúdio, você está ouvindo a música em uma situação perfeita e, às vezes, pode se sentir muito bem com uma peça de música e, então, você a tira do estúdio e a coloca em um palco. Diante de uma platéia ao vivo, você descobre o que realmente tem. Às vezes é humilhante e às vezes você tem uma surpresa muito boa - você entende como uma música tem uma ressonância para o público que você não entendeu ou imaginou no começo.

Vocês já sentiram medo do fato de que algumas das músicas que vocês irão escrever nunca serão ouvidas, ou que elas se perderão na bagunça da Internet?

Bono: Sim ...

The Edge: Mão vou dizer que é um medo, mas certamente é uma ansiedade que seja muito mais difícil capturar a atenção das pessoas. E eu sei, estávamos conversando sobre o nosso bom amigo Bruce Springsteen, e ele tem uma música ...

Bono: "There Goes My Miracle"

The Edge: E uma ótima música!

Bono: Está no TOP 10 ...

The Edge: Mas certamente será muito mais difícil para ele transmitir isso aos fãs do que as músicas de seus álbuns anteriores, onde o pipeline ou os canais para as pessoas ouvirem novos álbuns e novas músicas foram muito mais claramente definidos e artistas como Bruce tinham uma compostura de que sua música encontraria seu público. Agora está mais difícil.

Enquanto vocês dizem que o ao vivo é onde vocês vivem, hoje muitas bandas também têm a chance de serem lançadas sem ter realizado um único show ao vivo.

Bono: Isso chega até o quarto deles, eles estando apenas na frente do computador ...

Sim, e eles ainda encontrarão públicos ...

Bono: Bom para eles! Quero dizer, alguns deles são incríveis. Quando você pensa em Billie Eilish e no que ela fez com o irmão dela, Finneas O´Connel, eles estão trabalhando em casa e a próxima coisa que você conhece é de classe mundial. Mas ela está habilmente tentando descobrir o ao vivo ... Ela sabe o que está fazendo.
Mas você está certo, você não pode ser apenas produto de gravação e eu acho que é real como Chance The Rapper ou Billie, você tem que chegar lá. Você vê se as pessoas realmente têm aquela coisa, e é aí que descobrimos o ao vivo. Você não pode se esconder ... E a outra coisa é que as 10 melhores lembranças que as pessoas terão em suas vidas geralmente incluem um concerto. Porque acho que há algo sobre uma experiência comunitária, acima de um filme. Os filmes não aparecem nas 10 melhores memórias das pessoas. Não sei porque. Porque acho que é assim que o cérebro recebe isso. Este show em Mumbai será o nosso último. Não temos planos de fazer mais shows depois disso. Então, você sabe, será um grande momento.

Vocês vêem esse novo relacionamento com a Índia inspirando seu trabalho?

The Edge: Bem, estou fascinado com a ideia de que a Índia é essa combinação do muito antigo e do super moderno. É uma enorme democracia, lidando com tantas questões que outras democracias também precisam fazer, mas a Índia é multiplicada por 100. Por isso, estou interessado em ver como ela funciona e as lutas e desafios que existem lá. E apenas aprender. Acho que é algo que me anima mais: aprender sobre esse incrível subcontinente. Subcontinente - nem sequer é um país, é um subcontinente!

Bono: Eu também - antiga e moderna, eu gosto disso. Sociedades hierárquicas não vão vencer no século XXI. E embora a Índia possa ter começado dessa maneira, uma das mudanças mais milagrosas é esse tipo de cultura empresarial anárquica - para resolver problemas de software, é preciso pensar de maneira diferente. É preciso uma certa coragem, e acho que é por isso que os irlandeses são bons em resolver problemas de código e software - nós temos isso. As sociedades muito estratificadas, você pode nomear, é mais difícil para elas entrarem no século XXI. Nas sociedades em que você precisa saber seu lugar - você sabe, a Inglaterra é estratificada pela França.
Mas você sente que, na Índia, é apenas um caldeirão de ideias. Agora, conseguir às pessoas acesso igual para seguir essas ideias é uma tarefa monumental. E eu entendo que todos vocês estão frustrados com isso. Mas vocês fizeram um progresso incrível. Estou apenas começando a jornada para tentar conhecê-los, conhecer este lugar, este lugar antigo e moderno.

Existem artistas indianos que vocês tem ouvido ultimamente?

The Edge: Estou ansioso para fazer um mergulho profundo, porque, para ser honesto, não é algo que eu conheça bem. Então, para mim, parte da emoção de ir para lá será para isso.

Bono: AR Rahman, todo mundo sabe. E isso é em outro nível. Mas há coisas interessantes acontecendo no hip-hop, artistas femininas interessantes que são muito inspiradoras. Acho que a primeira vez que viajei para a Índia foi com 'Midnight's Children' (risos).

A turnê The Joshua Tree é especial por vários motivos e as músicas continuam sendo relevantes até hoje…

The Edge: O show realmente nasceu do sentido de que as músicas haviam desenvolvido uma nova pungência. E realmente a política mundial havia quase completado um círculo, e essas músicas tinham alguma relevância. Eu acho que as perguntas que estamos fazendo nesse álbum ainda são questões importantes a serem respondidas agora e os princípios em que nossa banda sempre acreditou estão um pouco ameaçados, você sabe - direitos humanos, questões de justiça e, portanto, achamos que é um álbum importante, certamente para nós e para nossos fãs.

Bono: Foi dedicado principalmente à paisagem da América e, de certa forma, erotizou a paisagem da América. Não é apenas isso, uma espécie de América mitológica - porque não é apenas um país, é uma ideia, especialmente para o povo irlandês, que essa ideia foi uma tábua de salvação e, portanto, temos esse relacionamento com a América. O que acontece na América é que sentimos que temos interesse e, portanto, éramos fãs e críticos, e levamos ele para a América porque somos irlandeses.
E sim, a Índia é a maior democracia da Terra. É uma conquista estupenda, inspiradora. E acho que vocês tem uma democracia funcional, mesmo que discorde do eleitorado. Ninguém sente que não são os desejos do eleitorado, em um mundo de democracia disfuncional e que está em todo o mundo. A democracia está encolhendo em todo o mundo, mas na Índia, não. É realmente importante para nós que vocês prosperem, continuem seguindo em frente como estão, é um lugar não para apenas fazer uma turnê, mas um lugar para visitar, investir e um lugar para manter uma alta estima. Mas tenham muito cuidado, porque a democracia não é algo que devemos considerar como garantido. Na história da civilização, é um pontinho e não uma certeza. Então, trate isso com cuidado.

Vocês já conheceram todos os níveis de fama. O que vocês gostariam de dizer aos artistas de hoje sobre a fama - especialmente aqueles que se tornam populares da noite para o dia e ganham milhões de seguidores?

The Edge: Eu realmente não posso falar com eles diretamente, mas o que eu diria sobre minha própria experiência foi a importância de, quando se trata de seus velhos amigos, sua família, é deixar tudo isso na porta. É uma tendência terrível para as pessoas que lutam para se tornarem conhecidas, que isso realmente começa a mudá-las, e nós crescemos na Irlanda e a Irlanda é uma comunidade muito pequena, então a fama não opera na Irlanda como tal. Você só pode ser famoso na Irlanda, porque todo mundo conhece todo mundo. Então isso nos ajudou a manter os pés no chão. Mas no final, é como - você pode manter todos os seus amigos originais? Você e sua família se tornam âncoras cruciais, você sabe. Esses relacionamentos são tão importantes para impedir que você mude e se torne alguém de quem se arrependa mais tarde.

Bono: Meu único conselho para meu filho, que partiu para fazer música, é: não ouça seu pai. E ele está seguindo esse conselho! (risos) Ele é levemente asmático e chamou sua banda de Inhaler (Inalador). Não preciso dizer mais nada! (risos)
Eu acho que a única coisa, em um nível sério, é entender que a fama é uma moeda e como você gasta ela o definirá. Você pode gastá-la consigo mesmo, você pode gastá-la com os outros. Esteja ciente de que é moeda e acho que há uma obscenidade - oops, grande palavra! Há algo sobre a fama que é um tanto nocivo.
E acho que isso meio que prejudica a ordem de Deus, que é, você sabe, enfermeiras ou sei lá, serviços de emergência ou mães - essas pessoas são heróis, verdadeiros heróis. Atores, músicos - você sabe, somos muito recompensados ​​e muito respeitados e fazemos o que amamos quando ninguém mais consegue fazer o que ama. Isso não nos qualifica como heróis. Eu apenas sinto que a fama e a cultura de celebridades podem torná-lo interessante porque parece ser bonito. Você sabe, essas coisas são apenas riqueza herdada. Até talento - isso é apenas riqueza herdada. Não tem nada a ver com você - veio através do seu DNA. Isso deve torná-lo muito humilde. Mas não no meu caso. (risos)

Você mencionou sobre AR Rahman e como você tem conferido a música dele. E quando muitos artistas globais vêm para a Índia, muitas colaborações se materializam…

Bono: Ah, eu adoraria colaborar com ele!

Você poderia fazer isso?

Bono: Absolutamente!

A entrevista de Bono e The Edge para a Rolling Stone da Índia sobre a 'The Joshua Tree Tour 2019' - Parte I


Para a Rolling Stone da Índia, os lendários companheiros de banda em entrevista exclusiva discutem questões existenciais, a primeira vez na Índia, o futuro da música na era digital e sucessos e medos do U2.

"Nossa ambição criativa no momento é escrever a melhor música de todas", diz Bono quando Nirmika Singh pergunta a ele que tipo de objetivos uma banda com sucesso como o U2 pode ter hoje. Acontece que, mesmo após uma gloriosa carreira de 43 anos, ainda resta muito a provar. "Você escreverá uma música e tentará manter um padrão de pungência criativa, e isso não é algo fácil", acrescenta The Edge.
Eles estão no Estúdio A, no lendário Electric Lady Studios, em Nova York, e os músicos, sentados à frente de Nirmika Singh em um sofá de couro vintage, estão em casa. O estúdio, construído por Jimi Hendrix em 1970, é um lugar familiar para o U2 - eles gravaram e mixaram suas músicas aqui no passado e até se apresentaram no telhado em 2013.
O significado cult do Electric Lady na história da música, sem mencionar suas paredes caleidoscópicas no estilo dos anos 60, serve como um excelente cenário para a conversa, que também é vibrante e livre. O U2 estará indo pela primeira vez à Índia em dezembro para tocar a data final de sua icônica turnê The Joshua Tree em Mumbai, fechada pela empresa BookMyShow e produzida pela Live Nation. É um grande momento para a famosa banda de rock irlandesa e seus fãs na Índia. Quando perguntado a eles por que demoraram tanto tempo, Bono brinca que ele não tinha certeza se havia uma "audiência grande o suficiente na Índia". Ele diz: "As pessoas continuavam dizendo: 'Não, não, você definitivamente tem pessoas em todo o país que gostam de sua música'. Mas, neste momento, mesmo que essas pessoas não estejam nos dizendo a verdade, estamos chegando! Será emocionante!"

Primeiro, como é ser uma banda que tem um efeito tão incrível nas pessoas ao redor do mundo - do tipo que eu provavelmente estou sentindo agora?

The Edge: Bem, você sabe, não é algo em que você pensa muito!

Bono: Como é ser como o Edge, Edge? (risos) Vamos, sério, acorde, Edge!

The Edge: Eu tento não pensar nisso. Quando estamos fazendo os shows, é uma ótima sensação. Quando você está lá, você mesmo se perde nas suas músicas e vê todos na platéia perdidos na mesma música. Você percebe que todo mundo está lá por causa da música. Realmente, sentimos um grande privilégio de ser as pessoas que ajudaram essas músicas a ganhar vida. Mas, na verdade, sabemos que não as possuímos mais. Elas agora pertencem aos nossos fãs. Para nós, é uma grande emoção - subir no palco, tocar essas músicas e ver a reação da multidão. Mas nós mesmos somos fãs e algumas vezes e um pouco confusos de onde essas músicas vieram. De onde elas vêm é muito misterioso para nós.

Bono: Você está dizendo, The Edge - desculpe-me, estou fazendo o trabalho de Nirmika - que The Edge é a parte menos interessante de ser The Edge?

The Edge: Algo assim.

Bono: Eu definitivamente estou dizendo isso sobre mim e é um pequeno segredinho sujo que é o rugido de uma multidão, aqueles gritos, urros, esses gritos não são realmente para nós, são para o apego das pessoas às músicas. E você se curva, diz muito obrigado, mas, na verdade, o que está acontecendo é muito mais particular. As pessoas namoraram, tiveram intimidade com suas músicas, se casaram com suas músicas, terminaram relacionamentos com suas músicas, perderam seus entes queridos e essas são as coisas reais às quais as pessoas se apegam ... É apenas uma coisa engraçada, as pessoas não confessam isso, mas é meio que uma verdade. A música é muito mais interessante que o músico.

No passado, houve muitos rumores sobre vocês virem para a Índia. Por que vocês demoraram tanto para finalmente fazerem isso acontecer?

Bono: Adoramos ir a novos lugares, e a Índia está na nossa lista de desejos. Mas essas turnês são agendadas e é uma série complexa de decisões com base em muita logística e financiamento. É a primeira vez que há planos sérios e ajustados e definitivos para irmos à Índia. Antes disso, era apenas uma consulta. Mas desta vez, está acontecendo. Quaisquer que fossem os rumores antes, isso agora vai acontecer.

The Edge: No passado, houve muitos problemas logísticos que o impediram, mas desta vez estávamos muito determinados a descobrir um jeito de fazer isso. Então, com a ajuda da Livenation e Arthur Fogel, houve uma campanha para que isso acontecesse.

Bono: Todas as pessoas - elas foram realmente úteis - Ashish [Hemrajani, CEO e fundador] e BookMyShow, todas essas pessoas. Nós sentimos que muitas pessoas fizeram isso acontecer. Só para você entender, nossos shows têm sido bastante técnicos ao longo dos anos. A fim de diminuir a distância entre a banda e o público, desenvolvemos tecnologias e o transporte dessas tecnologias pode acabar aumentando o preço dos ingressos e estávamos muito conscientes sobre aumentar o preço dos ingressos na Índia.

Neste ponto de suas carreiras, em que vocês escalaram todas as alturas possíveis e conquistaram todos os elogios possíveis, quais permanecem seus maiores objetivos criativos?

The Edge: Toda vez que você cria um álbum, quando escreve uma música, tenta manter um padrão de potência criativa para o trabalho, e isso não é algo fácil de manter. Portanto, é uma direção vertical constante sempre presente que estabelecemos para nós mesmos, em primeiro lugar. Não é uma crítica externa, é nossa crítica interna e acho que a música e a cultura estão continuamente avançando, então para nós, como banda, sempre foi o nosso foco - tentando permanecer de alguma forma conectados com essa conversação e essa cultura. Então, são essas duas coisas: nossos próprios padrões e, de alguma forma, nos conectamos com o que está acontecendo - isso é grande parte. Ainda temos ambição de fazer outras coisas, mas acho que esse é o foco principal para mim, de forma criativa.

Bono: É interessante para romancistas, poetas ou cineastas, ter mais de 40 anos nunca é um problema. Mas para músicos, parece mais difícil. Ouvimos um dos maiores artistas do mundo, Prince, por exemplo. Estou tentando me lembrar de muitas músicas nos últimos 20 anos da vida dele e não consigo me lembrar de tantas. Você está olhando para o maior fã de Prince que existe. Mas alguns artistas refutaram isso - artistas como Miles Davis, Bob Dylan, você sabe ...

The Edge: Leonard Cohen

Bono: Leonard Cohen, meu Deus! E David Bowie esteve ao redor, ele vagou por lá por um momento, mas todos nós fazemos. Eu deveria saber disso (risos). Então eu acho que a ambição criativa, para responder sua pergunta, é escrever a melhor música de todas. Com "Every Breaking Wave" em 'Songs Of Innocence', alcançamos nossas cinco principais músicas. E "Ordinary Love" - ​​eu estou tentando pensar no último álbum - e "Love Is Bigger Than Anything In It's Way" certamente teve a reação de "Pride (In The Name Of Love)" anos e anos depois.

Bono, aqui está uma pergunta existencial. Você falou no passado sobre como sente o desejo compulsivo de escrever músicas. Conte-me mais sobre isso - por que você sente a necessidade de criar?

The Edge: Eu acho que é verdade, eu tenho escrito sobre isso recentemente, que há pessoas que cantam para viver e há pessoas que vivem para cantar, e você sabe, você está segurando firmemente essa coisa que equilibra seu navio e permite que você personifique uma pessoa normal. Bem, não existe uma pessoa normal. Mas os artistas geralmente lhe faltam alguma coisa. Há um vazio na vida do artista que ele está tentando preencher e é daí que a música vem. Então, sim, essa é uma resposta muito existencial para sua pergunta. Certo?

Ah, sim, e falando da necessidade do artista de preencher uma lacuna, no passado, vocês também abordaram como desejam ser úteis como artistas, o que é interessante, porque a maioria dos artistas se preocupam mais em criar arte do que em ser úteis. Eles também podem ter um senso de direito de que sua arte também deve ser celebrada ...

Bono: Tendo um pressentimento, deve ser importante, esse tipo de coisa?

Sim

Bono: Sim, temos que ter cuidado com isso.

Não se fala muito sobre a utilidade da arte.

The Edge: Esse é o objetivo, não é? Qual é o objetivo do trabalho? Um objetivo pode ser simples, você sabe, ganhar a vida para a sua família - não há nada de errado nisso. Mas eu acho que para nós, desde a fase inicial como uma banda, vimos além da coisa direta de ter uma carreira, ter fãs e colocar comida na mesa para algo um pouco mais ambicioso.
E eu acho que isso se deve em parte aos grupos que estávamos ouvindo ... bandas como The Clash que saíram daquele movimento [político], eles estavam tentando se opor ao movimento de extrema direita que estava acontecendo na Inglaterra na época e que estava em ascensão da frente nacional, que era um movimento fascista na juventude da Grã-Bretanha ... Então, para nós, acho que houve essas influências e algumas de nossas próprias crenças espirituais e não sei nada sobre a experiência irlandesa - nós apenas queríamos empurrar nossa música ainda mais e queríamos que isso significasse alguma coisa.

Bono: Eu ouvi Sinead O'Connor cantando um hino irlandês, uma oração: "Faça de mim um canal de sua paz" e isso literalmente me deixou de joelhos. Antes de tudo, ela é uma das maiores cantoras que já existiu, mas essa é a nossa oração - para ser útil. Você sabe, pense em paz e amor, que surgiu nos anos sessenta e no rock & roll e no western, e foram fortemente influenciados pelos indianos. Ficou um pouco conceitual, e acontece que amor e paz não são pensamentos altos. São coisas para as quais você deve voltar em sua labuta diária, sua disciplina diária, sua prática diária - a maneira como você honra alguém, a maneira como trata seu parceiro, a maneira como trata seu vizinho, a maneira como trata as pessoas de quem você discorda é provavelmente o princípio mais definidor, não ter as pessoas com quem concordamos.

Bono diz que Chris Blackwell deixou o U2 ser "espíritos independentes"


Quem vê aquele senhor de 82 anos com cabelos e barba brancos, passeando de bermudas por algumas propriedades da Jamaica, nem imagina que já foi o dono de uma das gravadoras mais importantes do século XX. Chris Blackwell hoje se preocupa em administrar uma fazenda; um resort de luxo chamado The Caves in Negril; Strawberry Hill, casa nos arredores de Kingston, onde Bob Marley se retirou após ser baleado em 1976; e em seu refúgio paradisíaco em GoldenEye, onde vive a maior parte do ano e onde o escritor britânico Ian Fleming escreveu todos os 14 de seus romances de James Bond.
Todo esse patrimônio é resultante de seu trabalho à frente da Island Records, que criou em 1959 de forma quase descompromissada. Aos 22 anos, nascido na Inglaterra, ele estava trabalhando como instrutor de esqui aquático na costa norte da Jamaica quando se apaixonou por uma banda local e decidiu gravar sua música. O primeiro passo para um negócio que mudaria completamente sua vida. Hoje o selo revolucionário está fazendo 60 anos, e Chris, aplaudindo de longe, realizado.
Dos primeiros anos vendendo compactos na mala de seu Mini Cooper pelos bairros de Londres e tentava licenciamentos no estrangeiro para DJs como Coxsone Dodd e Duke Reid, Blackwell chegou a impulsionar as carreiras de nomes como U2, Stevie Winwood, Cat Stevens, Robert Palmer, Roxy Music, e a de um jovem cantor jamaicano chamado Bob Marley.
Ao longo da carreira, ele encabeçou acordos de distribuição inovadores que redefiniram o que uma gravadora independente poderia fazer. Ele abriu dezenas de subsidiárias que permitiram que a Island se expandisse para a música africana, hip-hop, folk e dança - tudo sem diluir sua marca. Ele também fundou uma editora, a Blue Mountain Music, em 1962, e vendeu uma participação de 80% para a Primary Wave no ano passado por US$ 50 milhões.
Comemorando 60 anos em 2019, a Island Records - que Blackwell transformou de uma indie britânica insignificante entre gigantes como Decca e EMI em uma marca mundial - é uma das principais gravadoras do mundo, ostentando atualmente nomes como Shawn Mendes, Demi Lovato e The Killers, além de um catálogo impressionante de clássicos que cruzam gêneros e culturas.
"Ele sempre foi a bússola, a luz que guia os presidentes antes de mim e, espero, os presidentes depois de mim”, diz Darcus Beese, atual presidente da Island, que começou como estagiário na empresa em 1989. "O legado que ele construiu para Island com todos os artistas, seja Traffic ou Bob, seja a música africana e mundial ou os acordos de selos Delicious Vinyl ou Priority que nos deram a NWA, ele era e ainda é o nosso guia", elogia o executivo.
Hoje em dia, é mais provável encontrar Blackwell conversando sobre a lua cheia ou participando de reuniões sobre rum. Afinal, vendeu a Island em 1989 para a PolyGram por US$ 300 milhões, ainda ficou por lá mais uns anos até decidir se voltar para a expansão de seus negócios imobiliários. "A gravadora perdeu sua identidade, ficou corporativa demais para o 'desajustado dissidente'", diz Blackwell em entrevista à revista Billboard.
"Ele é um dos cinco principais músicos da Era de Ouro", diz Bono. O vocalista diz que Blackwell os deixou ser "espíritos independentes". "Ele saiu do nosso caminho, o que eu acho que foi o maior elogio que ele poderia nos dar", avalia Bono. No momento em que o U2 cresceu, Blackwell estava se tornando mais ativo com os negócios em geral. A Island era grande demais para ser indie, mas pequena para competir com o poder financeiro das grandes empresas, e parte de seu brilho começava a se desgastar.
Em 1978, Cat Stevens — o maior artista naquele momento — se converteu ao Islã e abandonou a carreira. E então, em 11 de maio de 1981, Marley morreu de câncer. "Isso foi um desastre", diz Blackwell.
Sob certo aspecto, a Island também parou de precisar dele. Em 1984, a gravadora lançou 'Legend', o disco de maior sucesso de Bob Marley e The Wailers, que venderia 15 milhões de cópias apenas nos Estados Unidos, e passaria 588 semanas na Billboard 200, onde permanece, até hoje, como o segundo lugar mais duradouro de todos os tempos. Em 1987, o U2 lançou 'The Joshua Tree', que o consolidou como uma das maiores bandas do mundo.

Do site: Reverb

domingo, 22 de setembro de 2019

'A Garra' do U2 já está sendo montada no Loveland Aquarium de Utah


A peça central da renovação do Loveland Living Planet Aquarium já está em preparação e será visível nos próximos dias.
A estrutura do enorme palco originalmente usado para a turnê 360° do U2, anteriormente conhecido como 'The Claw', se tornará a peça central da praça ao ar livre do aquário Draper.
No início e final desta semana, a estrutura será erguida, disse Brent Andersen, fundador e CEO do aquário.
Logo abaixo do antigo palco do U2, haverá um 'Eco Command Center' interativo para atividades simuladas de formação de equipes.









Do site: Deseret.com
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