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sábado, 19 de janeiro de 2019
Em seu álbum solo, Marcelo Yuka se inspirou em frase que Brian Eno disse para Bono
O baterista e compositor Marcelo Yuka, um dos fundadores da banda O Rappa, morreu no fim da noite de sexta-feira (18), aos 53 anos, no Rio de Janeiro.
Marcelo Yuka escreveu letras sobre temas como violência, racismo e desigualdade social. Seus retratos da vida urbana eram duros, mas às vezes tinham sinais de esperança e resistência.
O compositor era dependente de cadeira de rodas desde que foi baleado em um assalto no Rio, em 2000.
Em 2017 lançou um álbum solo, e concedeu uma entrevista num quarto de hospital, onde passou "muito tempo" naquele período, segundo ele disse, sem detalhar as razões de saúde que o levaram à internação.
No álbum, chamado 'Canções Para Depois Do Ódio', lançado pela Sony Music, cinco das 16 músicas autorais que compõem o repertório são parcerias com o DJ e produtor Apollo 9. As cantoras Céu e Cibelle figuram no disco, assim como o rapper fluminense Gustavo Black Alien, o cantor carioca Seu Jorge e o cantor de origem belga Bukassa Kabenguele, nome recorrente na ficha técnica.
Marcelo Yuka disse na entrevista:
"A Céu fez uma interpretação que é um sussurro. Me lembrei uma vez que o Brian Eno produzindo o U2 falou pro Bono que um sussurro pode ser mais agressivo que um grito. Ela fala no ouvido o quanto é importante não se deixar levar no rancor. Eu tinha todos os motivos pra me deixar levar pelo rancor. Para dizer que "bandido bom é bandido morto". Mas, não. Não posso parecer com aqueles que sempre neguei".
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