A inédita "Window In The Skies" e a regravação "The Saints Are Coming" vieram à tona, mas a banda decidiu que iria interromper os seus esforços com Rick Rubin. O produtor e a banda tinham uma diferença fundamental na abordagem: Rick queria que a banda trouxesse seu material finalizado para o estúdio, mas o U2 queria seguir com sua prática de composição e construção do material juntos no estúdio.
Assim, o material gravado com Rick Rubin foi arquivado, e The Edge disse que nenhuma dessas canções seriam aproveitadas em 'No Line On The Horizon', mas talvez poderiam aparecer em futuros trabalhos do U2.
Agora, o guitarrista do U2 dá mais detalhes sobre este trabalho com o produtor: "Bem, começamos a trabalhar nas músicas novas quase imediatamente depois do final da turnê Vertigo. Daquela maneira muito casual que tendemos a depois de uma turnê, estarmos tão elétricos que você realmente não consegue voltar correndo para dentro de um estúdio. Então eu estava escrevendo no meu próprio material e Bono estava rabiscando letras por conta própria, e lentamente começamos a estar em volta da ideia de fazer um pouco de música. Fiz alguns trabalhos um à um com Rick em Los Angeles, e então nós finalizamos algumas músicas que tinham sido feitas as demos no Abbey Road, no Studio 2, que foi uma experiência fantástica.
Uma delas foi "Window In The Skies", que foi a faixa que lançamos na coletânea de singles. Essa compilação foi um pouco de uma distração, mas era algo que queríamos fazer. Era o que chamamos de "CD de paradas de caminhões".
Nós apenas sentimos que estava faltando ser lançado algo para os fãs casuais no resto do mundo - algo como um CD que fosse uma espécie de resumo do que tinhamos feito ao longo dos anos. Então nós colocamos "Window" junto, como a nova canção, mas um monte de outras coisas que nós trabalhamos com Rick nós realmente não finalizamos, mas soavam muito boas. E depois, fizemos "The Saints Are Coming", que gravamos com o Green Day para o evento de Nova Orleans da reabertura do Superdome. Então, estávamos muito ocupados com Rick fazendo coisas, e foi tudo progredindo bem. Fizemos diversas sessões preliminares de gravações demos e havia algumas músicas que estavam mostrando serem promessas.
E então, durante esse tempo nós dissemos a nós mesmos: "por que estamos com essa pressa aqui?"
Na verdade não costumamos ter a chance de começar a fazer música em uma atmosfera de sem pressão, sem expectativas, sem julgamento, literalmente para o bem disso. Então nós dissemos: "vamos dar um passo para trás e, por curiosidade, vejamos o que podemos mudar sobre a dinâmica da nossa escrita de canção. Por que não convidamos o Brian e o Danny no processo e ver o que acontece?" Só para ver se houve uma faísca naquele line-up estendido de escrita, por assim dizer. Então nós fizemos algumas sessões muito rápidas com eles e se tornou muito claro quase imediatamente que isto ia ser uma experiência muito proveitosa.
Foi naquele momento que decidimos colocar o trabalho com o Rick em espera e concentrar-se onde a música parecia estar nos trazendo. Então, colocamos o projeto de Rick para um lado e entrou o projeto da escrita de material com Brian e Danny. E ainda, mantivemos essa ideia de que não queremos pensar sobre onde ele vai ou o que vai acontecer com ele. Só queríamos fazer música para a alegria de fazer música. E nós estávamos achando uma experiência muito libertadora. Uma libertação. E todos estavam realmente nele e de ótimo humor. Lembrei-me de muitos caminhos de desde o início e por que entramos em uma banda em primeiro lugar. Apenas esta alegria em tocar."
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