O U2 é uma das poucas bandas da história do rock que sobrevive há mais de três décadas com sua formação original e vitalidade criativa intacta. "Nós sabemos que é uma coisa muito estranha estarmos nesta fase, ainda trabalhando juntos", admitiu Adam Clayton. "Mas todos nós sabemos que nós pertencemos à isto aqui. Tratamos uns aos outros com respeito e generosidade, e funciona muito bem."
"Temos sorte que nós crescemos juntos e ainda há muita confiança e amizade genuína na banda", diz Edge. "Eu acho que é realmente isso o que faz o U2 especial. Podemos não ser o melhor grupo, mas somos mais um grupo do que qualquer outra coisa lá fora, e já há alguns anos. Nós realmente não queremos deixar isto terminar. No final, o trabalho justifica todas as dificuldades de estarmos em uma banda por trinta ou quarenta anos. A obra faz valer a pena".
O U2 construiu um poderoso corpo de trabalho ao longo dos anos, e Adam e Edge comentam sobre a trilogia inicial de discos da banda, com produção de Steve Lillywhite:
BOY
Adam: "Foi nossa primeira vez em um estúdio, e era um esforço muito grande. Conhecendo nossos instrumentos, tentando tocar no tempo certo. Em retrospecto, 'Boy' realmente soa como um disco bem arredondado, e o material representa absolutamente a adolescência que fazia parte da banda. Não sabia na época como aquilo era único."
OCTOBER
Edge: "Fizemos 'Boy' fomos para a estrada, que foi um verdadeiro abrir de olhos para todos nós, vendo o mundo pela primeira vez. Então tivemos que voltar no estúdio e fazer o nosso segundo disco. Basicamente tivemos duas semanas para chegar na música, e Bono estava tentando trabalhar em palavras, porque ele tinha perdido muitas de suas letras. Alguém roubou a maleta dele um camarim em Seattle. Ele alega que ele perdeu 24 letras concluídas. Eu duvido disso (risos). Eram provavelmente apenas alguns rabiscos. Há muita energia nele. "Desespero" é uma palavra que vem à mente, e uma incrível sensação de força de vontade: "Isso vai acontecer".
WAR
Adam: "Foi aí começamos a encontrar nossa agenda - que foi um registro sobre ser levados à sério. "Sunday Bloody Sunday" foi uma música que precisávamos fazer. Como nós fomos ao redor do mundo, nós estávamos sendo perguntados: "E sobre a guerra na Irlanda do Norte?" e precisávamos de saber qual era a nossa posição. Sentimos que era um assunto válido, ao contrário da feliz e brilhante música pop."