Johnny Davis da Q Magazine fala sobre ter entrevistado Adam Clayton em 2009 durante uma pausa nas gravações de 'No Line On The Horizon' do U2:
Adam Clayton entra na sala, serve-se de um copo de leite de soja e junta-se a Brian Eno e a mim para almoçar. Ele está vestindo um sobretudo Alexander McQueen. Tem uma gola de pele de leopardo.
"Belo casaco", pisca Eno.
"Não é todo dia que você usa um casaco como este", diz Clayton.
"De fato", sorri Eno, enquanto volta para sua salada.
Desde que passou no teste de baixo na cozinha dos pais de Larry Mullen Jr em 1976, Clayton passou a ser o pino quadrado (em um buraco redondo) do U2.
Nascido em Chinnor, Oxfordshire, ele foi o primeiro empresário da banda, ficou de fora quando os outros "abraçaram" a religião em 'October' de 1981, saiu dos trilhos durante a turnê 'Zooropa' de 1993 e continua sendo o único da banda a perder um show - por "excesso de indulgência".
Ele foi noivo de Naomi Campbell, já teve aulas com o autor de Bass Guitar For Dummies e está orgulhosamente livre de tóxicos desde 1994.
Hoje ele aparece com a saúde mais rudimentar. De fato, revela-se surpreendentemente au courant: tendo gostado de ver o Fleet Foxes no Shepherds Bush Empire de Londres, ele não perde tempo em me questionar se The Black Keys vale a viagem para a Brixton Academy.
Criado em uma família de mulheres, ele é levemente exagerado, fala em parágrafos completos e se diverte fazendo curtas-metragens para o U2.COM em que demonstra o preparo do chá verde ("Com folhas!") e sai para um passeio de carro pela costa francesa - em tela dividida ("Muito anos 1960!"). Subimos para conversar. A sala contém um sofá e uma poltrona. Ele se joga no sofá.
"Serei paciente!" ele diz, brilhantemente.
Após a entrevista, Adam Clayton sai da sala e decide dar uma chance ao The Black Keys. Há muito para ser feito com o álbum do U2. "Provavelmente precisamos seguir em frente e examinar algumas mixagens", diz ele. Ele pega seu casaco com gola de pele de leopardo de onde o colocou cuidadosamente sobre alguns alto-falantes. "Acho que não podemos estragar tudo agora", diz ele.