No ano de 2014, depois de horas de vigilância, policiais disfarçados em um carro sem identificação viram um suspeito entrar em seu quarto de hotel. Quando o suspeito entrou, a equipe da SWAT nas proximidades assumiu posições em torno de possíveis saídas, os policiais iluminaram o quarto com luzes no local e o detetive da polícia de Santa Mônica, Chad Goodwin, deu um telefonema para o quarto.
Ele disse ao suspeito que estava cercado e que saísse pacificamente. No outro lado da linha estava David Guyer, um ex-guarda costas de celebridades, ex-fuzileiro naval que havia escapado da prisão por dois anos após pelo menos sete assaltos a bancos locais. Guyer obedeceu e os policiais de Santa Mônica foram capazes de levar um dos fugitivos mais procurados do condado sob custódia.
Guyer chamou a atenção da polícia em 2012, embora na época eles não soubessem o nome dele. Em dezembro de 2012, os policiais de Santa Monica estavam investigando um assalto a banco e conseguiram recuperar um chapéu usado pelo assaltante enviado para análise de DNA.
Guyer tinha antecedentes criminais, mas suas detenções anteriores ocorreram antes dos departamentos de polícia começarem a coletar e armazenar evidências de DNA.
Guyer tinha uma história incomum. Ele esteve brevemente nos fuzileiros navais, em um ponto havia sido um membro contribuinte da sociedade com uma esposa e filhos e trabalhou como segurança do U2. No entanto, algo deu errado com sua vida levando-o pelo caminho do crime.
O FBI oferecia uma recompensa de US$ 5.000. Um dos roubos cometidos por Guyer foi durante um test drive, onde ele pegou um carro no W.I. Simonson Mercedes-Benz em Santa Monica. Guyer forneceu uma carteira de motorista do estado do Arizona e saiu com um vendedor.
Durante o test drive, Guyer parou o carro, disse ao vendedor que ele tinha uma arma e ordenou que a pessoa saísse do carro, segundo a polícia. Guyer foi embora. O carro foi recuperado seis dias depois em Hermosa Beach.
David Guyer trabalhou com o U2 por dezesseis anos, como guarda costas de Larry Mullen. Ele é citado em histórias no livro 'U2 At The End Of The World' de Bill Flanagan.
Ele serviu no Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA e era conhecedor de artes marciais.
O próprio David detalhou suas façanhas na estrada com o U2 em um livro chamado 'Road Rash W U2', onde contou que leva consigo uma cicatriz de quando abordou um fã que tentava se aproximar de Bono em um show em Boston no ano de 2001, que estava no palco: "Ele pesava mais de 110 quilos, e eu 90. Dei-lhe uma cabeçada de maneira precisa e saímos voando". A multidão o aplaudiu, mas Guyer percebeu que havia feito mais do que seu trabalho permitia, quando Bono aparentemente chateado com a situação, o agrediu com sua guitarra. "De repente senti um baque na parte de trás da minha cabeça e de meus ombros. Olhei e era Bono me acertando com sua maldita guitarra. Foi aí que comecei a odiá-lo, e por sinal, ele nunca se desculpou por me bater".
Mas apesar desse incidente, Guyer diz ter tido grandes momentos como guarda costas do U2 e do baterista Larry Mullen, durante a Elevation Tour, e admite que os integrantes se comportaram. "A banda nunca transou com nenhuma groupie, e quase nunca os vi embriagados".