Em uma entrevista para Oprah em 2005, Bono contou:
"Quando eu tinha 10 anos de idade, aprendi o que desbloqueia a criatividade. Estávamos estudando William Butler Yeats, um dos grandes poetas do século XX, e meu professor explicou que houve um período em que Yeats tinha bloqueio de escritor. Levantei minha mão na sala de aula e perguntei: "Por que ele não escreveu sobre isso?" e foi como "Oh, cale a boca". Desde então, aprendi que há algo em ser sincero. As Escrituras dizem que a verdade o libertará. A verdade está na raiz de cada peça de criatividade. Então, se você é sincero sobre a sua situação, seja ela qual for como artista - seja desespero, esperança ou ambição - de repente você está lá.
A verdade é bela. Isso pode ser uma coisa difícil de dizer, porque algumas coisas não são tão atraentes na superfície. Mas, ao reconhecê-las, nós as mudamos - apenas falando. A primeira linha da página pode ser "Não tenho nada a oferecer. Estou vazio hoje". É por isso que a confissão pública - seja parte da prática religiosa ou do seu show- é tão importante.
Na minha música, tento ser o mais sincero possível. Não tenho certeza se posso ser tão honesto na minha vida quanto na minha música, porque com boas maneiras vem a falta de sinceridade. Como "como vai você?" "Estou muito bem." Mas eu não estou. Eu estou em uma ressaca enorme. A verdade às vezes é difícil.
Eu não sou a pessoa mais feliz, e certamente não sou feliz de bater palmas. Há um pouco de "coitado de mim" que vem com a melancolia, a coisa irlandesa, e é drenante.
A alegria é a coisa mais difícil possível de conseguir como um artista. É fácil descrever raiva, ira, felicidade. Mas a alegria é difícil.
Há uma vibe alegre na nossa banda. Eu tenho alguns dias ruins por semana".
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