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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Histórias De Bono: "Eu acho que nós temos que superar coisas deste meio político e ver que algumas pessoas podem ter visões diferentes e ainda serem pessoas com princípios"


No ano de 2018, em entrevista para a Q Magazine, Larry Mullen disse que Bono andava com más companhias.
"Meu maior problema realmente é com as companhias que ele mantém às vezes. Mais as pessoas da política do que do mundo financeiro. Em particular, Tony Blair - quer dizer, eu acho que o Tony Blair é um criminoso de guerra. E eu acho que ele deveria ser julgado como um criminoso de guerra. E aí eu vejo Bono e ele como colegas, e penso: 'Eu não gosto disso'", esbravejou Larry.
O baterista no entanto deu uma aliviada para Bono em relação ao presidente George W. Bush, a quem Blair se aliou nos conflitos no Oriente Médio. "George Bush tem sido muito generoso com a causa (de caridade de Bono)... a diferença entre ele e Tony Blair é que Blair é inteligente. Portanto ele não tem desculpa para o que fez. Ao passo que George Bush, creio, poderia encontrar algumas desculpas para o seu comportamento".
Na mesma reportagem, Bono se justificou dizendo que "foi embaraçoso para a banda. Edge sempre me diz 'você é um artista, se lembre disso. Não é um político'. Mas se você olhasse a face de uma mãe ou de um filho que tenha morrido nos seus braços sem um bom motivo, veria que eles não se importam quem é o presidente dos Estados Unidos. É algo que, uma vez que você testemunha, não consegue tirar da sua cabeça".
Bono têm posições políticas muitos diferentes daquelas defendidas pelo ex-presidente republicano.
Em recente entrevista no The Today Show, para o Dia Mundial Da Luta Contra A Aids, a filha de Bush, Jenna Bush Hager, perguntou para Bono como ele conheceu o pai dela.
Ele elogiou a iniciativa de saúde global do ex-presidente dos EUA e contou: "Eu me tornei muito afeiçoado por ele. Debaixo de sua armadura há paixão, compaixão. Ele tem isso".
Bono disse no ano passado que estimou que "mais de 11 milhões de pessoas estão vivas graças à criação deste homem, o PEPFAR, o programa de Aids dos EUA que vem salvando vidas e prevenindo novas infecções pelo HIV há mais de 10 anos".
"Na primeira vez, ele não queria me ver, o que é justo. Diferentes visões políticas e qualquer outra coisa. Eu era o cara que tinha que entrar no escritório e fazer com que ele olhasse por cima de sua grande mesa de carvalho, lá no Salão Oval, para deixar seus valores dizerem a ele o que fazer. Eu não sei se é uma coisa do Texas, mas seu pai sentiu o peso da responsabilidade presidindo essa grande crise de saúde. Eu acho que nós temos que superar coisas deste meio político e ver que algumas pessoas podem ter visões diferentes e ainda serem pessoas com princípios. Espero que os americanos lembrem o que você pode conseguir quando trabalha com pessoas com as quais você não concorda.
Eu tenho esse tipo de relacionamento cômico com seu pai. Nós estávamos em uma carreata. As pessoas estavam acenando do lado da estrada, e eu disse a ele: 'Oh, você é muito popular. Não achei que você fosse tão popular, Sr. Presidente!' Ele disse: 'Quando cheguei aqui pela primeira vez, eles acenavam para mim com o dedo do meio!'".
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