Na 'The Joshua Tree Tour 2017', o U2 tocava a primeira parte do show, representando seus primeiros anos, sem imagens na tela de vídeo. Era só a banda e o público ali, como na turnê original de 1987.
O diretor dos shows, Willie Williams, teve essa ideia 16 anos antes, quando ele quis que os shows da Elevation Tour não tivessem imagens na tela de vídeo.
Foi naquela turnê que o U2 deixou os estádios e voltou a tocar em locais menores, arenas fechadas, depois de mais de 10 anos.
Willie contou sobre a concepção para a Elevation Tour: "Eu estou chamando de 'avançar para o básico'. Claramente, o que eles estão fazendo não é um retiro. Mas eles estão usando um monte de princípios básicos de performance rock. Tem sido muito claro que, mais do que tudo, esse show é sobre a relação entre a banda e o público. Meu trabalho tem sido para descobrir a melhor forma de utilizar essa relação, mas também fazer o show satisfatório para uma geração que é totalmente saturada e sobrecarregada com imagens visuais".
Naquela época, a maneira "polêmica" que o U2 criou para aumentar o relacionamento entre banda e fãs foi tirar qualquer lugar sentado no piso da arena.
Bandas como Nine Inch Nails, Beastie Boys e Red Hot Chili Peppers já faziam isso há anos - e U2 também, pela Europa - mas mortes que aconteceram em shows do Pearl Jam e Limp Biskit deixaram algumas pessoas da indústria da música com medo. No entanto, Gary Bongiovanni, da Pollstar, observou que o público mais velho do U2 fazia com que o risco fosse improvável. "Eu certamente esperaria ver alguma energia lá embaixo", ele disse sobre a arena, "mas eu não acho que você vai ver um mosh pit ao estilo Limp Bizkit na frente de um palco do U2".
"Estamos confiantes de que os riscos são absolutamente mínimos", disse The Edge. "Fazemos isso na Europa há anos e temos um histórico muito bom".
Além do piso sem cadeiras, Willie Williams disse que as "coisas mais simples" sobre o show seriam as "mais cruciais". Inicialmente, por exemplo, Willie não queria nenhuma tela de vídeo, mas os aspectos práticos o forçaram a recuar um pouco. "Essas pessoas na parte de trás precisam ver", ele conta, "mas eu estava determinado a encontrar uma maneira de fazer isso sem cair na armadilha de pensar que você tem que fazer um especial da HBO em cada lado do palco. O problema é que as pessoas sentem que, se não estiverem olhando para a tela, vão sentir falta de algo, eu quero remover esse obstáculo entre a banda e o público".
0 Comentários
