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terça-feira, 16 de agosto de 2016

U2 Tattoo Project: nova exposição explora a marca da banda através das tatuagens dos fãs


O conceito para o U2 Tattoo Project, que pode ser vista em forma de exposição a partir de segunda feira na Galeria De Arte da Universidade da Florida (UNF), surgiu no ano passado.
Era meados de maio. Beth Nabi e seu amigo Chris LeClere foram no primeiro show da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE em Vancouver. Nabi tinha encorajado LeClere a se juntar a ela para experimentar a emoção de ver a banda tocar ao vivo.
Ele acabou por ser a escolha certa para um companheiro de viagem. Nabi é professora assistente de design gráfico e mídia digital da UNF e uma fã de longa data do U2. LeClere é um fotógrafo e antropólogo visual.
Ela tinha dado apresentações sobre a "identidade visual" da banda — imagens associadas com o U2 como a Joshua Tree, a foto de um garoto de Dublin com olhar perturbado da capa do álbum 'War', e o desenho do 'Zoo Baby' do álbum 'Zooropa'.
Uma coisa que atingiu Nabi foi a falta de uma imagem icônica dominante para a banda. Não havia nenhum logotipo oficial, como os lábios e a língua dos Rolling Stones, o "T" alongado para os Beatles, a seta saliente no "o" do The Who.
Ela implorou a questão de como os fãs do U2 marcam seu amor pela banda. Ainda assim, "não havia nenhum projeto em mente quando fomos para Vancouver", disse Nabi.
Mas, como ela notou fãs entrando e saindo da arena com tatuagens inspiradas no U2, "a ficha caiu".
Ela lançou a ideia de documentar as tatuagens, contando as histórias por trás delas. Nabi faria as entrevistas, LeClere iria tirar as fotos, e seu projeto ia mostrar a identidade visual do U2, uma vez passada para os corpos dos fãs.
"Chris não sabia para o que era", disse Nabi. O que começou como quatro shows em duas cidades, tornaram-se 19 shows em sete cidades em três países, terminando em Dublin, na Irlanda.
O resultado: 'Tinta, Ícones, Identidade: Explorando a Marca do U2 Através das Tatuagens dos Fãs', a exposição multimídia na UNF.
Com curadoria de Nabi, vai estar em exibição à partir de sexta-feira, 26 de agosto. No final de setembro, a exposição vai viajar para o Rock and Roll Hall of Fame em Cleveland, como parte de uma celebração de fãs pelos 40 anos da banda.
Ela e LeClere têm usado vários métodos para coletar informações para o projeto, que eles consideram estar em curso.
A abordagem mais prática foi ficar do lado de fora dos locais dos shows — no Canadá, Estados Unidos e eventualmente, Dublin — segurando uma placa pelas filas: "tem uma tatuagem do U2? Posso tirar uma foto?", enquanto vestiam suas camisetas do 'U2 Tattoo Project'. Eles também usaram as mídias sociais — Facebook e Twitter — para divulgação.
A tatuagem mais comum, Nabi disse, tem sido o "coração em uma mala", uma imagem associada com a música do U2 "Walk On" do álbum de 2000, 'All That You Can't Leave Behind' (A música é comumente interpretada para significar que o amor é a única bagagem que você não pode deixar para trás.)
A Joshua Tree foi a segunda tatuagem mais comum. Uma foto da árvore apareceu na capa do álbum de 1987, 'The Joshua Tree'. Não só é o álbum favorito da maior parte dos fãs, Nabi disse, mas a imagem em si tornou-se para muitos um "símbolo de descoberta" inspirado por quatro jovens irlandeses que vieram para a América.
Títulos de músicas do U2, frases de letras, e até canções inteiras, são tatuadas. "Beautiful Day" e 'Dream Out Loud' estão entre as mais populares, disse Nabi, e braços (onde as imagens podem ser mais facilmente compartilhadas), ombros, costas, peito e tornozelos foram os lugares mais escolhidos para as tatuagens.
Parte da procura de Nabi era descobrir "por que é importante ter uma tatuagem em seu corpo e não apenas ter algo como um boné ou uma camiseta que se pode usar."
Ela encontrou histórias de "perda, amor e vida" por trás de muitas das tatuagens. "Eu aprendi que o U2 tem dado aos seus fãs uma maneira para processar a vida", ela disse.
Nabi conheceu uma mulher em Toronto com a letra "Eu sei que isto não é um adeus" da música "Kite", tatuada em suas costas, bem como a imagem de um coração em uma mala.
Alguns anos antes, a mulher tinha dado à luz a meninos gêmeos, um dos quais morreu semanas depois.
Nabi aprendeu durante a entrevista "muito triste" que a mulher ouviu "Kite", juntamente com outras canções de 'All That You Can't Leave Behind', enquanto ela lutava para lidar com sua perda. As tatuagens também faziam parte do seu esforço para se curar.
Nabi não tem uma tatuagem inspirada no U2. Não tem nenhum tipo de tatuagem.
"Eu não sinto que preciso ser tatuada para estudá-las", ela disse. "Se eu fosse fazer uma tatuagem, sem dúvida seria inspirada pelo U2".
Nabi se apaixonou pela música do U2, quando ela tinha 13 anos. Ela foi introduzida em 1991 com o disco 'Achtung Baby'.
"Eu encontrei algo que me pegou, então eu me apeguei neles", ela disse. Ela disse que algumas das canções eram "um pouco obscuras, mas quando se tem aquela idade, você está um pouco angustiada."
Ela então voltou para os discos anteriores da banda e permanece fã até hoje. "Amor incondicional", ela disse.
Nabi conheceu Bono cerca de nove meses antes de embarcar no U2 Tattoo Project, em um boutique hotel em Miami Beach. Ela foi uma das vencedoras de um concurso, permitindo que um pequeno grupo de fãs assistissem à uma entrevista de rádio ao vivo com os membros da banda.
"Foi um dos melhores dias da minha vida", disse ela. "Também permitiu-me fazer a transição de fã para pesquisadora."
Quando eles viajaram para Dublin em novembro, Nabi e LeClere se encontraram com dois membros da equipe criativa do U2 — Steve Averill, que começou como designer gráfico do U2, em 1978, e Shaun McGrath, que é designer gráfico para a banda desde 1990. Perguntaram à eles o que eles pensavam sobre os fãs expressando sua devoção e inspiração através de tatuagens.

"Eles estavam surpresos, espantados, felizes e um pouco chocados ao ver os seus trabalhos neste meio", disse Nabi. "Não pensaram na pele humana quando criaram imagens associadas com a banda e sua música."
Averill, que também é creditado por batizar a banda, disse à Nabi que a criação de um logotipo para a banda nunca ocorreu a eles.
"Ele disse que a banda é sobre mudança e uma nova expressão com cada álbum e turnê", ela disse.
A exposição é um reflexo de "fãs pegando a marca do U2 e se apropriando delas de maneira pessoal", Nabi disse, mas não é estritamente uma exposição do U2 para os fãs do U2.
"É sobre cultura pop, identidade pessoal, design gráfico e antropologia", ela disse.














Do site: jacksonville.com
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