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terça-feira, 16 de dezembro de 2014
Histórias de Adam
Do livro 'U2 At The End Of The World', de Bill Flanagan
A família britânica de Adam Clayton se mudou para a Irlanda quando seu pai, um piloto, aceitou trabalho na Air Lingus quando Adam tinha cinco anos. Estabeleceram-se em Malahide, um belo subúrbio de Dublin que ainda parece e dá sensação de ser uma vila dos anos 1940. Os Claytons tornaram-se amigos de uma outra família de britânicos na cidade, os Evans. O jovem Adam ia à escola primária com o pequeno David Evans antes de ele ser conhecido como Edge. Os meninos foram então separados pelo cruel conselho de diretores da escola. Depois que Adam foi chutado para fora da escola por absolutamente não se importar, ele aterrissou com Dave na escola Mount Temple, onde se encontrou com Larry e Bono.
Bono conta uma história sobre ir, com Adam, aos dezesseis anos, invadir o internato, St. Columba, depois que Adam foi expulso. Sendo protestante, Bono tinha-se encontrado com algumas pessoas ‘estilosas’ – havia algumas até mesmo em Mont Temple - mas não como este: ele não conseguia acreditar. Eles pularam o muro e um amigo de Adam convidou-os para ir ao dormitório. Um camarada, bastante solicito, chamado Spike, enfiou a mão no bolso de sua jaqueta e apareceu com um tijolo de haxixe. O quarto estava decorado com pôsteres de Hendrix e diziam coisas como, “você tem ouvido o álbum novo do Beck?” Então todos pegavam guitarras e as tocavam com um estupor hippie, extasiados. Ali, imaginava Bono ao escutá-los, era onde Adam aprendia todos aqueles termos técnicos - “gig”, “fret”, “jamming” – que tanto havia impressionado Bono, Edge, e Larry que eles imaginaram que ele era algum tipo do gênio musical e eles tinham que tê-lo na banda. Bono estava impressionado ao imaginar que todos naquele lugar falavam daquele jeito!
O diretor geral descobriu sobre as aparições noturnas de Adam e enviou a seus pais uma carta educada mas sutilmente ameaçadora, que ficava emoldurada sobre o vaso sanitário na mansão de Adam, a mansão de onde se avista St. Columba.
A marca que St. Columba deixou em Adam, clamam seus companheiros de banda, era o hábito do internato de ficar próximo à suja lixeira dos pratos, com um garfo à espera para aproveitar as sobras de comida de outras pessoas. Edge diz que Adam espera pela sobra de uma batata, vigilante como um falcão e a espetará do lixo. “Mesmo hoje,” Edge insiste, “se Adam estiver andando por um corredor de hotel e ele ver algo deixada do lado de fora, em uma das bandejas do serviço de quarto, ele vai estender a mão e pegar.”
“Eu o vi salvar a metade de um hambúrguer,” Bono argumenta, exaltado, “com a dentadura de um outro hospede ainda nele!”
Agradecimento pela tradução: Forum UV Brasil (Ultraviolet Fã Clube)
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