Na década de 80, os palcos dos shows do U2 eram mínimos, modernistas e monocromáticos. Para a turnê Lovetown, a banda queria dar ao palco um olhar novo, mais colorido e empregaram o artista de mural chileno René Castro para projetar cenários e pintar o palco em si.
René conheceu o U2 em 1986 na turnê da Anistia Internacional. Bono visitou depois uma de suas maiores obras em mural: Balmy Alley em São Francisco.
Na turnê Joshua Tree, René e sua equipe pintaram um pano de fundo para o U2 durante um show no Oakland Coliseum.
Para esta turnê, René tinha um pouco mais de tempo para terminar o trabalho e um ambiente mais calmo para se trabalhar. Toda a etapa foi instituída em Birmingham, Inglaterra, onde René começou a trabalhar, auxiliado por Christine Goodchild, Derek Hawkins e Linda Farrow. Entre eles, eles pintaram três cenários enormes, além de várias partes do palco, a barreira de acidente e até mesmo alguns banners para pendurar nas áreas do lobby dos locais.
A perspectiva única de latino-americano de René Castro, se misturava com outras influências culturais para criar arte política que era exibida por todo o mundo. Após o golpe militar de 1973 no Chile, Castro passou dois anos num campo de concentração depois que ele foi exilado por apoiar a revolução socialista. As fontes de seu trabalho incluiam El Salvador, Nicarágua, Chile e territórios palestinos ocupados da Cisjordânia e de Gaza. Ele dizia: "Eu arrisco a zonas onde as pessoas são oprimidas e abusadas e denuncio isso no meu trabalho."
Desde 1980 ele foi vivendo e trabalhando em São Francisco, onde fundou a serigrafia líder e oficina de design, Mission Grafica. Além de seu trabalho de cartazes, Rene também ensinava a imprimir em São Francisco.
Suas pinturas para a turnê Lovetown do U2 foram ousadas e simples, com várias imagens usadas de maneiras diferentes. Uma guitarra, Hawkmoon, vela, cobras, cifrões, estrelas e listras estavam todas interligadas. Essas imagens também apareceram em cartazes, ingressos e camisetas da turnê.
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