Artistas elogiaram uma decisão europeia de estender os direitos autorais para registros de músicas de 50 para 70 anos, depois de uma campanha que durou anos e que incluiu artistas como Paul McCartney e Cliff Richard, os quais corriam o risco de verem seus direitos expirarem enquanto ainda estivessem vivos.
A medida vai ajudar a indústria da música a recuperar parte da receita perdida enquanto luta para responder à revolução digital que permitiu ampla pirataria musical na internet com o crescimento da distribuição online.
"Num momento em que alguns interesses buscam enfraquecer os direitos autorais para seus próprios propósitos, isso envia uma mensagem importante de que o direito dos criadores de ganhar a vida é levado a sério pela UE", afirmou a Associação das Empresas Independentes de Música.
A venda das gravações musicais no mundo caiu 9 por cento no ano passado, passando a 15,9 bilhões de dólares.
"A União Europeia finalmente agiu para dar aos artistas e músicos na Europa um período maior de proteção para garantir que eles se beneficiem de seus trabalhos, pelo menos enquanto viverem", disse o ex-cantor e compositor do grupo ABBA Bjorn Ulvaeus. "Agora não terei que ver o ABBA ser usado em um comercial de televisão."
"Esse é um grande passo para os artistas", declarou o agente do U2 Paul McGuinness. "Quase 40.000 artistas assinaram uma petição para essa mudança e passaram uma mensagem em alto e bom som que os políticos escutaram."
Reuters Brasil