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domingo, 25 de setembro de 2011

Exit

Bono tinha ido para o oeste em sua leitura. Ele estava interessado em Flannery O’Connor, Raymond Carver, Norman Mailer, procurando por insights sobre o povo do lugar vasto que os tinham abraçado. Maneiras de compreender as ações ordinárias e então os forasteiros, madeiras flutuantes - aquelas à margem da terra prometida, cortadas do sonho americano. Ele leu The Executioner’s Song, de Norman Mailer, soberbo relato da vida de Gary Gilmore. ‘Exit’ não é sobre Gilmore. E não é sobre Charles Manson também. Mas redes de arrastão estão em um ou ambos.
Musicalmente ‘Exit’ é como nada que o U2 tinha feito antes. A antítese de seu brilho, toque, otimismo inspirador; ela era suja, irada, alta, discordante, repetitiva, barulhenta, negra. Se a intenção era chamar um sentimento mal para fora, então eles conseguiram, com a intensa bateria de Larry e o baixo de Adam despudorado, insistente, criando uma poderosa sensação de estar dentro da pele de alguém, de sentir palpitações na sua rota para algum desenlace indizível.
“Pode-se dizer que este é um terreno proibido para os U2, pois nós somos um ‘grupo otimista’", Bono confidenciou na época. “Mas ser um otimista não significa ser cego e surdo para o mundo ao seu redor. ‘Exit’, eu não sei mesmo que ato está nessa canção. Alguns vêem como um assassinato, outros um suicídio. E eu não me importo. Mas o ritmo e a letra são quase tão importantes na transmissão do estado de espírito”. Esse foi o ponto de ‘Exit’: transmitir o estado de espírito de alguém que foi levado, por qualquer impulso forte, à beira do desespero. A corrente de imagens religiosas reflete uma nova consciência sobre os perigos do fanatismo implícito na fé. Mas não havia nenhuma outra mensagem em ‘Exit’, exceto que é assim que é lá fora: lidar com isso. E de certa forma, era um método de purgar os próprios demônios da banda, sua própria raiva e fúria com as vicissitudes que o destino tinha empurrado em cima deles. Era uma maneira de chegar a termos com a morte e dor. Foi um exorcismo.
Como tal, não foi sem seus próprios custos psíquicos.
Nos EUA, o homem acusado do assassinato de Rebecca Shaeffer, atriz de TV, alegou que foi inspirado pela audição de ‘Exit’. Pode ter sido não mais do que um advogado de defesa inteligente chegando com um apelo meio plausível de atenuação, mas não era o tipo de acusação que você queria que pairasse sobre você, mas então, houve toda uma lista de lições positivas a serem aprendidas com The Joshua Tree também.

Agradecimento: Rosa - U2 Mofo
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