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quarta-feira, 15 de novembro de 2017

Andreas Kisser do Sepultura, sonha em tocar com o U2


Em entrevista para a Rolling Stone em 2013, foi perguntado para Andreas Kisser: "Você já tocou com inúmeros artistas. Ainda falta algum com quem gostaria de trabalhar?"
Ele respondeu: "sempre falo que um grande sonho é fazer alguma coisa com o U2. Fizemos a cover da música "Bullet the Blue Sky", que até hoje, depois da versão para "Orgasmatron" [Motörhead], foi uma das covers mais reconhecidas do Sepultura."
Andreas Kisser já odiou o U2, mas conta que mudou de ideia com o tempo. "O U2 influenciou muito o Sepultura. Essas influências podem não ser tão óbvias, mas elas estão lá. Admiro muito as parcerias inusitadas que o U2 fez, principalmente com B. B. King e o Green Day. O dueto de Bono com Frank Sinatra é histórico, e isso me mostrou que na música, ou na arte, tudo é possível."
"A banda é um exemplo de união e longevidade: é raro ver no cenário musical uma banda de pelo menos 25 anos que não tenha mudado a formação original, seja qual for o motivo. O U2 permanece junto e isso é que mantém a identidade de sua música, apesar das mudanças visuais e sonoras nas diferentes fases da banda, na primeira nota que se escuta de qualquer música você imediatamente sabe que são eles", diz Andreas Kisser, no prefácio do livro 'U2 - A Biografia'.
Este ano, pouco antes dos shows da 'The Joshua Tree Tour 2017' do U2 no Brasil, Andreas disse: "Poderia dar frutos diferentes, tanto para eles como pra gente. Lógico que o contato com os músicos do U2 é mais difícil. Sei que eles convidam artistas locais. Infelizmente não estarei no Brasil durante a passagem deles, mas se rolar, eu volto".
Os fãs do Sepultura são mais radicais, conservadores, e Andreas fala sobre fazer covers de canções como a do U2: "Cada um é cada um. Com o 'Roots' também teve gente que não gostava ou que começou a gostar. Quando o Max saiu, teve gente que não gostava do vocal do Max e gosta do vocal do Derrick. É natural. Do 'Bestial Devastation' ao 'Roorback' não é um estilo só. Nós respeitamos quem gosta do Bestial assim como respeitamos quem gosta de "Bullet The Blue Sky". Fazer U2, fazer Prodigy, são desafios maravilhosos que a música possibilita. E fazendo cover é uma grande escola, eu mesmo comecei a tocar guitarra fazendo cover, tocava desde Whitesnake até Venom, Twisted Sister e Kreator, no mesmo show e tudo, então é uma escola fantástica onde eu aprendi a tocar todos esses estilos diferentes, tocando essas bandas que eu curtia. A gente não estava interessado em fazer um show político, mas é o nosso gosto pessoal mesmo e cabia tudo ali. Então acho que não tem que se explicar nada, meu, tem que fazer aquilo que você tá afim de fazer e independente do que você falar vai ter sempre alguém metendo a boca e espero que continue assim, porque se for unânime, aí fudeu, você tá fazendo alguma coisa errada."
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