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terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Bono fala sobre ter assistido os ensaios do U2 para o novo disco 'Songs Of Experience'


Após as últimas sessões reportadas com o produtor Andy Barlow do Lamb e com Jacknife Lee (que trabalhou em 'How To Dismantle An Atomic Bomb' em 2004), o U2 anunciou que irá reensaiar as músicas de 'Songs Of Experience', com a ideia de cortar algumas delas ao vivo no Electric Lady Studios em Nova Iorque no mês de março, com o produtor Steve Lillywhite.
"A banda está lá ensaiando agora", diz Bono, "e assim vamos passar da fase de ensaios, para a fase de gravações. Eu entro e saio. Eles não gostam que eu fique dando voltas durante os ensaios (risos)."
"Uma vez que eles haviam decidido fazer isso, eu fui ver os ensaios de fora. Eles são realmente bons. Mais do que bons. São geniais. Quero dizer, eles têm isso que você simplesmente não pode aprender, na prática ou o que quer que seja. Quando eles tocam como uma banda e realmente estão comprometidos, é como ... te deixa de boca aberta. Então, eu estou interessado em ver onde isso vai dar. É uma referência ao passado, mas isso é onde estamos agora."
"Red Flag Day" e "Summer Of Love" fazem referência à crise de refugiados na Europa. Bono conta: "Duas canções têm um tema semelhante, sobre pessoas correndo por suas vidas no Mediterrâneo, mesmo lugar onde estamos correndo através das sombras. "Summer Of Love' é muito bonita e vazia. Poderia ser uma grande canção e é pequena. São melodias verdadeiras. A doença do rock progressivo foi derrotada. Ele está morto. Mas não o espírito de inovação, não o espírito de experimentação."
O plano, por enquanto, é que 'Songs Of Experience' seja lançado no segundo semestre de 2017. Bono reconhece: "Foi arrogância dizer a todos que desta vez é sério, que 'Songs Of Experience' será lançado muito em breve. E, é claro (risos), a flagelação pública do cantor só encanta a banda ainda mais."

Revista MOJO - Edição N° 281

Do site: U2 News (noticierou2.blogspot.com)

30 Anos de 'The Joshua Tree': American Dreams


O anúncio da The Joshua Tree Tour 2017 é algo surpreendente por dois motivos. Em primeiro lugar, o U2 sempre tem resistido a nostalgia de álbuns clássicos. Em segundo lugar, já tinham falado sobre os planos para o lançamento do novo álbum este ano, 'Songs Of Experience', que está sendo gravado, e terminarem a segunda parte da turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE. Então, o que mudou?
"Bom, as músicas novas já estavam prontas para serem lançadas", disse Bono, "e então o mundo mudou. Tivemos um daqueles momentos onde você diz: vamos adiar ele um pouco'. É um disco muito pessoal e não vai se converter em um disco político da noite para o dia. Mas agora ele precisa ser atualizado com o que está acontecendo no resto do mundo. Todos nós pensamos que seria melhor nos dar um momento para pensar sobre isso. Realmente, nós queremos refletir a nossa resposta."
A ideia inicial do U2 era fazer apenas dois shows, possivelmente em festivais no Reino Unido e nos Estados Unidos, então deixaram o plano de lado, e marcaram três meses de shows nestes locais. Uma inspiração pode ter sido a aclamada The River Tour de Bruce Springsteen, de 2016 - tanto para a maneira em que permitia que Springsteen fizesse um balanço, como seu sucesso monetário (The River Tour foi a maior bilheteria do ano). "Bruce Springsteen disse recentemente", observa o baterista Larry Mullen Jr, "que as canções te trazem de volta e o levam para frente. Eu acredito nisso."
"Se você se recorda, fui um dos que queria cortar a árvore do Joshua", brinca Bono. "Mas acho que a experiência de 'Songs Of Innocence' teve um efeito profundo em todos nós. Se você quiser seguir em frente, você tem que, pelo menos uma vez, ir visitar o passado. Você não tem que ficar lá, mas você tem que visitar."
'The Joshua Tree' - com cerca 30 milhões de cópias vendidas em todo o mundo atualmente - foi a carta de amor ambivalente do U2 para os Estados Unidos, um álbum composto e lançado na era Reagan, que agora vai ser revivido em uma era incerta de Trump. Em 1987, Bono foi citado como tendo dito que as letras do álbum foram sobre "minha paixão pela América e meu medo do que a América poderia se tornar." Três décadas depois, continua a ser uma declaração poderosa.
Quando se trata da recente posse do Presidente de n º 45, o U2 já estabeleceu sua posição, incluindo vídeos da campanha de Trump em seus dois shows que fez no ano passado. Em Las Vegas em setembro, durante a canção "Desire", Bono mostrou um eco do candidato republicano repetindo a frase "O que temos a perder?" com a resposta "Tudo"! Na Califórnia, no mês seguinte, o cantor furiosamente debateu com vídeos de Trump durante "Bullet The Blue Sky" antes de gritar "... candidato, você está demitido!"
"Bem, meus atos contra Trump foi muito mais pessoal do que político, na verdade", diz Bono. "Era uma questão de consciência para mim. Sua ameaça à manifestantes com violência me colocou em guarda diante dele, porque naturalmente eu sou um dos protestantes".
Claro, poucos previram que Trump chegaria à Presidência. Mas agora que ele tem o cargo mais importante, Bono está em um dilema. Como artista, ele vai continuar criticando Trump, sabendo que, como imagem principal da campanha ONE, que luta contra a pobreza global, tomou uma posição bipartidária com Bush e Barack Obama, terá que diminuir sua ira se tiver alguma esperança de trabalhar com ele? É uma pergunta que o cantor ainda está claramente trabalhando a resposta.
"Eu sou um artista, bem como, um membro da ONE, e às vezes, tenho que me levantar e dizer a verdade. No meu trabalho na ONE, se pudermos encontrar terreno comum para trabalhar, estarei muito feliz em fazê-lo. Recebi uma mensagem de um parceiro de muito tempo atrás do Presidente Trump que veio até mim e disse: 'Olha, não estamos pensando no passado, estamos pensando no futuro e por favor esteja pronto para trabalhar junto."
Mas Bono pode realmente se imaginar fazendo isso?
"Meus pensamentos são... se há algo de verdade por trás disso, há compromissos reais - e se a sua filha Ivanka está muito interessada em questões do gênero - então trabalharíamos juntos. Mas eu ainda tenho sentimentos muito fortes sobre a América e é improvável que me detenham."
Em outras palavras, Bono está observando este movimento rápido de notícias, e ficando pronto para qualquer coisa. No entanto, ele insiste que a perna norte-americana da The Joshua Tree Tour 2017 será baseada em problemas e em uma "meditação sobre a América".
"Então, quando eu cantei "Red Hill Mining Town", onde era, é ressonante agora", diz ele. "A América que encontramos quando tínhamos vinte e poucos anos não é diferente do que está lá agora."

Revista MOJO - Edição N° 281

Do site: U2 News (noticierou2.blogspot.com)

30 Anos de 'The Joshua Tree': Adam Clayton, o protetor


Trinta anos depois, em um clima estranho de retrospectiva, o U2 está trazendo 'The Joshua Tree' novamente para a estrada, apenas para descobrir perturbadores paralelos entre 1987 e 2017. "Parece que nós completamos um círculo todo", diz a banda.

SUN DEVIL STADIUM, TEMPE, ARIZONA, 20 DE DEZEMBRO DE 1987. Na última noite da The Joshua Tree Tour, no palco, nas mentes atentas de todos os quatro membros do U2, um clima de perigo. O FBI está aqui, revistando uma infinidade de 55 mil pessoas, por um potencial invasor que ameaçou de morte o cantor Bono, afirmando que ele irá atirar nele hoje à noite se ele se atrever a cantar o terceiro verso de "Pride (In The Name Of Love)", que aborda diretamente o assassinato de Martin Luther King, há 19 anos.
Apenas sete anos haviam se passado do assassinato de John Lennon em Nova York, e foi por isso que o FBI estava levando a sério as ameaças de morte contra estrelas do rock. No palco, o cantor de 27 anos de idade está pensando: ele está neste estádio? Pode estar no telhado das tribunas? Nas vigas?
O U2 tinha causado problemas há oito meses atrás, quando eles tinham escolhido começar a turnê em Tempe, chegando à cidade para descobrir que o recém-eleito governador republicano do Arizona, Evan Mecham, tinha cancelado o dia do MLK, um feriado remunerado para os empregados em honra de King, alegando que tinha sido ilegalmente comprovado pelo seu antecessor. Como resultado, Stevie Wonder já havia anunciado que ele iria boicotar o estado. Mais tarde, o Public Enemy iria mais longe, com "By The Time I Get To Arizona", uma canção de protesto com um vídeo onde aparentemente colocavam uma bomba na parte de baixo do carro do governador. Antes do lançamento da turnê no Activity Center em Tempe com capacidade para 12 mil pessoas em 2 de abril, o U2 fez uma "significativa contribuição financeira" para o Comitê de Vigilância de Mecham, uma organização que se comprometia a retirá-lo do poder e, naquela noite, Barry Fey, o promotor dos shows, leu a declaração da banda: "Mecham é uma vergonha para o povo do Arizona..."
"Fizemos um ataque contra ele", diz Bono hoje, recordando o show de 20 de dezembro. "O circo itinerante tinha chegado e nós estávamos em uma batalha campal pela honra do Dr. King. Tivémos muitas ameaças de morte e uma delas foi levada a sério. O FBI veio e disse a todos: 'Vocês querem ir em frente com o show?' E nós fomos."
Dezessete canções mais tarde, o U2 iniciou "Pride (In The Name Of Love)". No terceiro verso, Bono agachou na frente do velho palco e fechou os olhos para cantar. "Cheguei ao fim do verso e claramente não estava morto", ele diz, rindo. "Mas não foi só isso... Adam Clayton estava de pé na minha frente."
Surpreendentemente, o baixista do U2 tinha o protegido se colocando entre Bono e o público, pronto para receber a bala ou dissuadir o atirador. "É estranho o que passa pela sua cabeça", diz Clayton hoje. "Ou talvez até na sua cabeça. Talvez seja apenas algo instintivo, desafiando alguém para cumprir uma ameaça assim."
The Edge disse "Eu pensei, isso sim é um parceiro..."

Revista MOJO - Edição N° 281

Do site: U2 News (noticierou2.blogspot.com)

30 Anos de 'The Joshua Tree': como Brian Eno mudou o U2


EU NÃO QUERIA QUE THE JOSHUA TREE SOASSE COMO UMA BANDA

Como Brian Eno mudou o U2

Por Brian Eno

Eu não conhecia muito sobre o U2 antes deles entrarem em contato comigo para 'The Unforgettable Fire', conhecia uma ou duas de suas canções. Eu gostava muito de "Sunday Bloody Sunday". Eu estava vivendo na América do Norte naquele tempo e eu não estava pensando muito sobre produzir. Na verdade, fui pego de surpresa quando eles foram colocados em contato comigo.
Lembro-me da primeira conversa que estive no telefone com eles, eu falei com Bono: "a única coisa é que, sabe, se eu trabalhar com você, provavelmente vou empurrar a música para uma direção completamente diferente." Ele me disse: "isso é exatamente o que queremos fazer", mas ainda assim me senti muito cauteloso sobre isso porque eu sou muito teimoso. Nunca fui esse tipo de produtor que se senta lá e que sorri com algo que está acontecendo e não está gostando. Sempre acreditei que a minha responsabilidade é de tentar fazer a melhor música possível que você possa imaginar.
Viemos de diferentes origens musicais. Eu estava caminhando para uma música mais calma e tranquila, que foi o contrário de onde queriam ir. Eles tinham um plano de carreira óbvia na frente deles, que eles queriam tomar e não fizeram. Eles queriam fazer algo mais do que isso.
A relação de trabalho, como de costume, precisava de tempo para se estabelecer. Os diferentes papéis que as pessoas tomaram foram muito rápidos. Claro, Bono é muito ambicioso e visionário. Uma das coisas que me impressionou sobre a banda era que eles eram muito relutantes em se contentar com algo menos do que absolutamente brilhante. Eles são muito trabalhadores. Muito determinados e obstinados. Quase teimosos. Você tende a pensar, Deus, eles dificultam as coisas para eles mesmos as vezes.
Uma das coisas que eu trouxe comigo foi que a música moderna é feita nos estúdios. Então você possivelmente perde muitas oportunidades se você só ensaiar sua música e você ficar na frente de microfones e interpretá-las. Um monte de coisas que eles estavam ouvindo e apreciando, musicalmente, realmente eram produtos de estúdio, por exemplo, gravações do Talking Heads. Eles começaram a compreender que existem essas coisas que você pode fazer em estúdios, que não poderiam ser feitas de outra maneira.
Eu não queria que 'The Joshua Tree' soasse como uma banda, nunca fico feliz quando eu ouço a música e vem uma imagem na minha cabeça de quatro pessoas tocando instrumentos. O que eu quero é algo diferente disso. Quero algum tipo de filme. Sempre quis criar grandes imagens nas mentes das pessoas e uma das maneiras em que eu pensei foi dizer, não quero que a música tenha uma moldura clara. Não quero que as pessoas só ouçam a guitarra, baixo, bateria e voz. Eu quero que esses sons sejam localizados em um mundo sônico de alguma forma. Isso foi o que pensei - tentar expandir a música de alguma forma, tornando a imagem muito maior.

Revista MOJO - Edição N° 281

Do site: U2 News (noticierou2.blogspot.com)

Compositor britânico acusa U2 de plágio em canção de 'Achtung Baby'


Paul Rose, guitarrista e compositor britânico, acusou recentemente o U2 de ter plagiado uma canção sua, "Nae Slappin", durante a criação de "The Fly" de 'Achtung Baby', de 1991.
Rose já deu entrada com um processo num tribunal de Manhattan. O músico alega que o U2 escutou a sua canção em 1989 quando Rose entregou uma demo da canção a representantes da Island Records, gravadora do U2. Ele diz que a banda se inspirou e pegou elementos de sua faixa quando estavam gravando 'Achtung Baby'.
Segundo ele, ouvintes comuns “achariam as músicas substancialmente similares”.
O guitarrista pretende, com este processo judicial, ser creditado como um dos compositores de "The Fly" e, ainda, receber cerca de 5 milhões de dólares de indenização. Nem o U2 nem a Island Records se pronunciaram sobre este caso.

Ouça a canção de Paul Rose:

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

20 Anos de 'POP': as críticas no lançamento no Brasil


Folha de São Paulo - 28 de Fevereiro de 1997

No dia 3 de março chega às lojas de disco do mundo inteiro 'POP', o novo álbum da banda irlandesa U2.
O grupo, que já vendeu 70 milhões de cópias ao redor do mundo, não lançava disco de carreira desde 1993. O último trabalho foi 'Zooropa'.
Em 1995, eles lançaram o disco 'Original Soundtracks Vol.1', usando o nome de Passengers e com participações especiais do tenor Luciano Pavarotti, do DJ Howie B. e de Brian Eno.
'POP' -o 11º disco de carreira do grupo- foi distribuído na quarta-feira à noite à imprensa, que participou de audições do álbum em dois clubes noturnos, um em São Paulo e outro no Rio de Janeiro.
O U2 é a principal banda dos anos 80 a sobreviver nos 90. Não é por acaso. Em 'POP', o grupo mantém um pé no passado e outro no futuro.
O problema é que, na maior parte do tempo, não consegue manter o equilíbrio.
'POP' reflete essa busca desesperada pela sobrevivência nas paradas de sucesso, pela aceitação da crítica e, se possível, uma tentativa de mostrar algum lado vanguardista.
Convenhamos que é muita pretensão para um disco só e uma alquimia bem difícil de ser realizada. Não é que o disco seja ruim, mas não é homogêneo.
A banda se arrisca a fazer algumas canções com influência da música eletrônica -estilo que, segundo alguns críticos, "apontaria o caminho do futuro música pop".
É o caso de "Discothèque", que abre o disco, e das faixas seguintes, "Do You Feel Loved" e "Mofo". Foi uma aposta arriscada da banda. E que cheira a vanguardismo de butique.
A questão é saber se o fã padrão do grupo aceita o flerte do grupo com a música eletrônica, que ainda é um estilo confinado a guetos em algumas partes do mundo e ignorado nas demais.
Em suma, uma música que faz muito barulho com poucos seguidores -nem de longe comparáveis aos 15 milhões de fãs que compraram 'The Joshua Tree' (1987).
Justamente para não perder seus milhões de fãs, a maior parte do novo disco mostra o U2 de sempre.
Na parte mais tradicional há bons momentos, como "The Playboy Mansion", ou na balada "If God Will Send His Angels".

Folha de São Paulo - 3 de Março de 1997

O lançamento de um novo disco do U2, uma das bandas mais mainstream do planeta, é a perfeita oportunidade para pensar nas relações entre música e indústria. 'POP' se presta especialmente, pois é todo definido por tal tensão.
A banda talvez estivesse querendo vencer fronteiras, explorar outros territórios, mas, se o fizesse com a cara e a coragem, corria o risco de ver sua popularidade se desintegrar aos olhos do mercado.
O que fez então? Um disco em cima do muro, muito menos ousado que o anterior 'Zooropa' e que nunca se decide entre os experimentos pop de vanguarda e o velho rock'n'roll de arena.
'POP' seria, segundo os discursos, o disco de contato do U2 com gêneros como o tecno e os mantras do trip-hop, gênero de gueto que tem feito a fama de nomes como Massive Attack e Tricky.
Mas, mais que trip-hop, "Pop" é um disco de "Tricky-rock" -as batidas eletrônicas e a síncope do darling inglês trocam figurinhas -com resultado amorfo- com o velho e conhecido messianismo roqueiro de Bono e sua trupe.
Assim, mesmo nos momentos inspirados, como no já hit "Discotheque", a tentativa de tematizar o humor "bubble gum" do pop -via disco music- tropeça nos vocais épicos, moldados no amor pelos Beatles, de Bono.
Na mesma linha, "Do You Feel Loved" parece Madonna no começo e vira um rockão messiânico orientado pela entonação épica da interpretação. Não combina.
"Mofo" começa parecida com "Rhythm is a Dancer", do Snap!, ataca zombeteiramente o rock e cede espaço a "If God Will Send His Angels", baladão melancólico que é menos Tricky que um Elvis em momento tristeza. A cafonice da composição é explorada sem humor, e algo fica fora de lugar.
Deixando de lado o tecno épico (exceção feita a "Miami", que assume o humor e o ridículo da situação), sobra a intervenção de Nellee Hooper, co-idealizador de baladas que até se poderiam dizer trip-hop, como "Wake Up Dead Man", laivo de ousadia que nem deve ofender os fãs ortodoxos.
E há "The Playboy Mansion", em que o U2 confessa que sempre foi velhusco e faz bonito só com rhythm'n'blues. O tema é de novo o pop, e a letra afirma que Michael Jackson é história -bonito de ouvir de um roqueiro. Aí, sim.

Folha de São Paulo - 8 de Março de 1997

A nova fase do U2, com tendências tecno, não agradou aos fãs da banda irlandesa.
Dono de seis discos do grupo, o estudante de engenharia civil André Tripoloni, 20, estava ansioso para comprar 'POP'.
Assim que ouviu trechos do álbum, em uma loja de discos do Shopping Eldorado, Tripoloni disse preferir "o estilo antigo do U2". Mesmo assim, decidiu comprar o CD: "Gosto da voz do Bono".
Segundo Luis Antônio Rodrigues, gerente da Hi-Fi do mesmo shopping, dos 400 discos que a loja esperava vender esta semana foram comprados cerca de 50 até quinta-feira.

Leah Hewson, a sobrinha de Bono


Leah Hewson é uma artista. Ela também trabalha em cenografia. Depois de falhar no seu primeiro ano de exames universitários, ela então decidiu seguir a sua verdadeira paixão - arte. Sua exposição está atualmente na RHA. Nascida em Dublin, vive em Kimmage com suas companheiras de casa.

"Acordei com o barulho da casa. Moro com duas garotas em Kimmage; uma delas é da área de atuação e a outra é da área da música, mas ambas têm empregos. Há uma boa mistura de criatividade na casa.
Desde que comecei a fazer uma residência artística de sete meses na RHA [Royal Hibernian Academy], eu percebi que sou uma pessoa da manhã. Trabalho melhor no início do dia. Não é a ideia romântica de que as pessoas podem ter do artista - ficar acordado a noite toda, bebendo vinho e chegando com suas melhores obras, às 04:00. Quando me levanto, eu gosto de ir para o estúdio na RHA o mais rapidamente possível. É muito fácil se levantar de manhã quando se está fazendo o que você ama.
No período do manhã, depois do banho, faço uma meditação. Eu comecei a fazer isto porque tenho medo de falar em público. Quero conseguir superar isso, porque eu vou ter de falar sobre o meu trabalho em público. Eu faço uma meditação guiada através de um vídeo do YouTube. Eu estou nisso há apenas duas semanas, mas já notei que me ajuda no dia a dia. Você organiza melhor o dia. Estou vivendo mais o momento, e apreciando o que tenho. Vou para o estúdio.
Minha exposição, Scintilla, que está atualmente no RHA, é sobre uma pequena faísca de uma emoção específica. É sobre algo que aconteceu em minha mente inconsciente nos últimos seis meses. Eu tirei um tempo para se reagrupar. Eu precisava pensar sobre ir por este caminho e ser uma artista em tempo integral. Eu podia lidar com isso? Passei algum tempo com o artista Sean Scully em Nova York. Ele está no auge de sua carreira. Ele me deu uma boa perspectiva da vida do artista.
Alguns anos atrás, eu estava sufocada pensando em grandes metas. Então eu percebi que você só tem que manter tiquetaqueando. Pelo menos uma vez por semana, eu aplicaria para competições, exposições ou residências. Então eu tiraria a tinta. O estúdio no RHA é tão grande que permitiu para o meu trabalho, tornar-se maior. No passado, sempre tive estúdios que eram isolados, mas este aqui me dá a oportunidade de ser parte de uma comunidade artística. Todos são muito encorajadores. São as coisas pequenas, como as conversas ao mesmo tempo fazendo café na cozinha. Estamos todos aqui para fazer arte e nós somos apaixonados pelo que fazemos.
Eu tento ter uma rotina rigorosa. Primeiro eu verifico e-mails e, em seguida, leio. Eu fiz um pouco de pesquisa em psicologia e Carl Jung para esta exposição. Antes deste projeto, eu costumava ser muito frustrada. Eu tinha todas essas ideias na minha cabeça, mas quando eu tentei colocá-las no papel, eles não sairam direito. Eu usei isso como ponto de partida. Agora eu tento criar trabalho antes que se torne uma ideia. Estou trabalhando em meu inconsciente.
Às vezes, paro na Evans Art Shop no caminho e pego alguns materiais novos. Se eu tiver uma cor nova ou uma nova tela, é a coisa mais excitante. Assim como algumas mulheres são atraídas por diamantes, sou atraída por cores fluorescentes. Elas são muito edificantes. Eu coloco uma música e trabalho para fora daquilo. Gosto de acrílicos, porque eles trabalham mais rápido. Então, de repente, é o fim do dia.
Desde o início desta residência, comecei a me levar mais a sério como artista. Nenhum dos meus pais são artistas, mas o meu avô costumava pintar. Em casa, sempre fui encorajada a fazer as coisas. Mas eu tinha um caminho tortuoso para arte. Eu fiz um ano de uma licenciatura em artes, mas não era para mim. Eu tentei me encaixar, mas me senti perdida. Depois que eu falhei, meu pai sugeriu de eu fazer um curso de portfólio com a ideia de ir para a faculdade de arte. Nesse ponto, a ideia de se tornar uma artista era um sonho irreal. Mas meu pai me incentivou a fazer as coisas que eu amava e encontrar uma maneira de fazê-las. Ele sempre quis ser um piloto, mas acabou no negócio de restaurante. Agora ele dirige um app, Bizimply, que saiu disso.
Bono é meu tio. Acho que ele é um bom modelo para alguém que passou toda a sua força em algo que ele sempre teve uma paixão. Quando está tão perto de casa, torna-se mais que uma realidade, algo que é possível. Uma coisa que ele disse foi... "trabalho duro agora compensa mais tarde". Que ressoou em mim da forma que eu trabalho agora.

Eu ainda estou um pouco longe de ser capaz de sustentar-me em tempo integral como uma artista, mas espero chegar lá, em algum momento. Entretanto, eu também trabalho na série de TV 'Vikings', fazendo a cenografia. Estou lá na parte inferior da escada. Antes disso, eu era garçonete três dias por semana. Não por culpa própria, as pessoas assumem que sou rica e privilegiada. Isso é um equívoco comum quando ouvem o meu sobrenome, mas somos uma família diferente.
Também faço pintura de retrato, e fiz uma capa de álbum para uma nova banda chamada Columbia Mills. Estas são colaborações interessantes. A coisa mais difícil sobre ser um artista é colocar um preço sobre o que fazer. Quando você fizer uma licenciatura em belas artes, eles não ensinam sobre ser uma artista profissional - preços, fazer um site e ter um cartão de visita. Eu me formei em 2010, e levou seis anos para eu entender todo esse lado da coisa.
Deixo o estúdio por volta das 18:00. Porque eu estou no centro da cidade, eu posso ir para algumas galerias, ou encontrar um amigo para jantar. Então, vou para casa e converso com minhas colegas de casa. Então eu vou para a cama por volta das 22:00. Eu adoro dormir. É tudo muito normal.
Estou na cena do namoro, e estou de olho em torno de Dublin nos dias de hoje. Eu costumava usar o Tinder, mas já desisti disso. Eu conheci algumas pessoas realmente interessantes nele, e depois de fazê-lo por tanto tempo, você se torna tão bom em conversa fiada que você poderia falar com uma parede de tijolos. Encontrei todos os tipos - de superficial para tímido para as pessoas que te deixam irritada. Então eu percebi que eu estava sentada em casa, jogando para a direita e esquerda no meu telefone. Não é tão natural. Teve até um ponto onde eu esqueci de sair e conhecer pessoas em situações reais."


Do site: Independent

sábado, 25 de fevereiro de 2017

De 'U2 Three' à 'POP' com Steve Averill, designer das capas dos discos do U2


Steve Averill, designer das capas dos discos do U2 (além de ter sido quem sugeriu esse nome a eles), fala sobre seu trabalho com a banda:

"Eu estive envolvido na primeira sessão de fotos deles, direção de arte e design dos primeiros singles que eles fizeram para a CBS Ireland. A primeira capa que fizemos foi a do U2-3. Antes disso, fizemos um poster pra shows. Foi a primeira peça impressa em que trabalhamos juntos, e tudo se desenvolveu a partir daí. A foto para o primeiro álbum já tinha sido feita. Hugo McGuinness, um amigo da banda, havia tirado as fotos, então escolhemos uma delas que eu achei que funcionaria e essa foi a que a usamos, bastante clara e emocionante. Tiramos muitas fotos no estúdio enquanto eles gravavam o álbum. A capa foi uma decisão corajosa para um primeiro álbum porque o design não realça o nome da banda, e nem o título do disco aparece. É engraçado que o álbum seguinte, October, parece muito mais com um primeiro álbum, porque tem o nome bem grande e uma foto da banda na frente. Mas aquele primeiro álbum se tornou quase um ícone, associado com a sensação de inocência que eles tinham como banda. Para cada capa de álbum que fizemos juntos desde aquela, sempre há muita discussão sobre como as coisas funcionam e o que eles fazem, é um caminho muito sólido que temos seguido. Você sempre tem que surgir com algo que eles gostem, que achem excitante, que eles achem que representa bem sua música. Você não pode ficar preguiçoso, tem que estar sempre afiado. Graficamente e musicalmente você tem que se encaixar no que eles estão fazendo.
October foi obviamente a capa em que eles quiseram trazer a banda um pouco mais para a frente, então tiramos as fotos na região das docas em Dublin. Foi algo bem direto. Eu acho que havia um sentimento no Bono àquela altura de que ele gostava de algumas das capas de discos dos anos 60, onde o título aparecia na frente, como Bob Dylan e outros. Foi uma capa simples de fazer. Acho que, de certa forma, foi uma das capas mais fracas. Foi a capa certa para aquela época, mas podíamos ter escolhido fotos mais fortes.
War foi mais complicado, porque eles já tinham o título bem cedo e falavam muito em tentar conseguir autorização para usar fotos do famoso fotógrafo de guerra Don McCullin, ou alguém como ele. Encontrar a imagem certa era crucial. Falamos em procurar uma foto existente que representasse a ideia inteira. Mas isso te deixaria preso a um lugar, como o Oriente Médio ou Belfast ou outro lugar. Eu havia visto um documentário alguns anos antes sobre os nazistas que perseguiam pessoas no gueto polonês. Uma cena ficou gravada na minha mente: um menino parado contra um muro com as mãos atrás das costas, visivelmente aterrorizado. Isso é o que eu estava tentando capturar, essa sensação de medo. Inicialmente pensamos "que garoto vamos usar?" E então, porque já haviam feito uma capa com Peter Rowen e o conheciam, ele pareceu uma escolha óbvia. Suponho que, se eu tivesse me sentado e pensado um pouco mais, teria dito "não, não usem o mesmo garoto - fica muito parecido com aquela capa." Mas acabou ficando muito bom. A parte tipográfica imita o esquema de cores preto e vermelho das capas da revista Life.
Eu sabia que o título The Unforgettable Fire vinha de uma exposição sobre Hiroshima e eu entendia o seu significado. De fato uma das capas que eles me apresentaram continha uma vista aérea de Hiroshima, com um alvo desenhado. Mas nós sabíamos que não seria muito apropriado, então tentamos pensar em lugares ou épocas onde o fogo tivesse criado algo que fosse intrinsicamente belo e diferente. Então pensei em castelos e casas incendiadas, onde a estrutura remanescente tivesse presença e estilo. O fogo destrói uma coisa e cria outra. Consegui alguns mapas e num período de três dias visitamos alguns castelos com o fotógrafo Anton Corbijn. Nos demos conta rapidamente de que muitos dos castelos ficavam dentro de vilarejos, ou tinham sido transformados em celeiros, ou não eram assim tão bons para serem fotografados. O que aparece na capa do álbum é um lugar chamado Moydrum Castle no Condado de West Meath, e é na verdade uma antiga mansão, não um castelo.
The Unforgettable Fire definiu o tom para o The Joshua Tree, quase trazendo a presença física da banda pra dentro da paisagem. Acho que o título provisório para o The Joshua Tree era The Two Americas. O conceito do Bono era que o lugar onde o deserto encontra a civilização é um lugar bruto. Então inicialmente decidimos encontrar uma cidade fantasma que pudesse expressar isso - e achamos. A capa foi fotografada em preto e branco perto de Zabriskie Point.
Com o Rattle And Hum eu fui com a banda para Los Angeles e gastamos algum tempo discutindo ideias com eles e as pessoas na Paramount Pictures. Ficou óbvio pra mim bem cedo que não havia sentido em fingir estar fazendo alguma coisa, porque eu não tinha o equipamento em Los Angeles que eu tinha em Dublin e eu estava até contente com isso. Eu sabia como a capa iria ser, então gastei 10 horas pesquisando e editando imagens de shows ao vivo até encontrar aquela imagem do Bono com o holofote apontado para o Edge. A foto veio de Bullet The Blue Sky no show, onde o Bono queria passar a sensação de uma guerra com o holofote, e a música tinha um som pesado e cru. Isso veio até certo ponto de suas experiências quando esteve na América do Sul. Bem cedo ele sabia, mais ou menos, que essa era a imagem que ele queria mostrar. No fim, acabou sendo refeita em estúdio com o Anton Corbijn.
Achtung Baby foi o próximo, e representou uma imensa mudança em termos de reinvenção da banda. A sensação de ironia e divertimento, de brincar de ser um rock star, era a tônica do momento. E foi provavelmente um dos períodos mais extensamente fotografados para eles - Santa Cruz de Tenerife, Berlim, Marrocos. Começamos tentando achar uma imagem apenas que pudesse projetar o que eles queriam fazer e, passo a passo, essa imagem única se transformou em múltiplas imagens, de forma a refletir essa mudança completa. Decidimos então fazer uma montagem, com o maior número de imagens possíveis na capa. Existem cerca de 36 fotos no pacote completo, e isso causa uma impressão extraordinária. O sistema de grade foi introduzido, e depois seguido em ambos, Zooropa e Pop. Nós trouxemos o mesmo tema através de todas aquelas imagens em todas aquelas capas.
Achtung Baby representou uma imensa abertura para a forma como fazíamos as coisas. Zooropa aconteceu muito rapidamente. A turnê Zooropa se desenrolava na Europa e eles voltavam para o estúdio em Dublin com a frequência possível, quase a cada 2 dias, pra trabalhar nas gravações. Gastamos muitas noites no estúdio deles trabalhando em ideias, enquanto eles trabalhavam nas músicas. Era para ser um EP e depois virou um álbum, então o título da turnê foi sugerido. Inicialmente propusemos ideias baseadas na bandeira da União Européia, mas já haviam sido criadas uma ou duas capas com essa imagem. Em vez disso, criamos uma bandeira eletrônica usando computadores e imagens sobrepostas. Pegamos imagens da contracapa e sobrepusemos com títulos e outras coisas. Foi também a primeira capa que fizemos num Mac, então estávamos ainda experimentando com tecnologia informatizada. Ao longo dos anos, desenvolvemos um certo entrosamento com as pessoas. Você tem uma ideia do que eles estão pensando ou pra onde estão indo.
A próxima capa de álbum que fizemos para o U2 foi a do Pop, pra qual nós queríamos um design que de certa forma refletisse artistas pop como Andy Warhol e Lichtenstein, não como uma homenagem, mas mais como algo que eles teriam feito se tivessem a tecnologia de computadores que nós temos. Nós queríamos que o programa da turnê se expandisse além disso. Por si só aquela turnê era fenomenal, e a capa do programa se transformou num reflexo exatamente do que acontecia naquela época."

Do livro U2 Show - Tradução de Maria Teresa

Blog U2 Vision Over Visibility

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2017

30 Anos de 'The Joshua Tree': duas mortes em visita ao local da foto icônica do disco


No ano de 2011, o músico holandês Guus Van Home, de 44 anos, e sua esposa Helena Nuellett, de 38 anos, da Alemanha, morreram perto do local onde um famoso fotógrafo holandês, Anton Corbijn, fotografou a capa do álbum do U2 para 'The Joshua Tree' em 1986 - um marco que Van Hove disse aos colegas que "queria visitar".
Van Hove falou com os colegas de trabalho "com uma paixão" sobre parar para conhecer este marco da música pop ... em sua viagem para a América.
"É irônico que ele e Helen morreram em 22 de agosto onde uma das capas de álbuns mais impressionantes de Anton Corbijn foi feita".
O local da sessão de fotos de 1986 se tornou uma atração para os turistas do mundo todo. Sites de fãs trazem riqueza de informações sobre a história da localização da árvore e como chegar lá.
Mas Van Hove e Nuellett estavam viajando no calor do verão, muito forte, e levar muita bebida para se hidratar é obrigatório.
Danyte Mockus, uma epidemiologista do Departamento de Saúde Pública do condado de Riverside, disse que "alguém que não é desta área não está acostumado" às condições do deserto. "Eles não esperam que seja tão quente quando eles chegam lá, e provavelmente não estão preparados."
Mockus disse que se Van Hove e Nuellet ficaram desidratados totalmente, a transição da exaustão de calor (que pode ser marcado por algo tão pequeno como uma dor de cabeça ou tonturas) para a insolação fatal pode ter levado apenas algumas horas.
A Associated Press informou que os dois corpos foram encontrados no Parque Nacional Joshua Tree cerca de uma milha de distância uns dos outros na Black Eagle Mine Road. Um carro abandonado foi encontrado também na mesma estrada, cinco milhas afastado.
Danyte Mockus acrescenta que a Black Eagle Mine Road "parece um lugar estranho para eles estarem, longe do caminho" mas que provavelmente a dificuldade da linguagem deles e não conseguirem ler a sinalização de "somente para veículos Off-Road" poderiam ter contribuído para o problema.
(Embora a localização real da árvore na foto esteja localizada algumas horas ao norte, perto o Vale Da Morte, parece ser um equívoco comum, em toda a Internet, acreditar que o parque homônimo tenha sido o local da foto da árvore).

30 Anos de 'The Joshua Tree': The Armin Family e o arranjo de cordas em "One Tree Hill"


Ao pegar o encarte de 'The Joshua Tree', você se depara nas notas com a seguinte informação: "One Tree Hill - Radd Strings: Recorded by Bob Doidge. Played by the Armin Family."
The Armin Family, do Canadá, foram os responsáveis pelo arranjo de cordas em "One Tree Hill"!

Três músicos de Toronto, Dick, Paul e Adele Armin, gravaram os trechos de cordas para a música no Grant Avenue Studio, em Hamilton, Ontário. Em um telefonema de seis horas com The Edge, e sob a supervisão do produtor Daniel Lanois, os Armins utilizaram um "sofisticado instrumento de cordas 'eletro-acústico" que desenvolveram chamado Raads, para gravar uma peça criada para a música. Dick Armin disse: "O U2 estava interessado ​​em utilizar cordas, mas não no estilo convencional de doçura. Eles não queriam um grupo do século 19, tocando por trás deles."
Inicialmente o trio era conhecido como The Armin Electric Strings, fundado em 1976, co-fundado por Dick com seus irmãos Otto, Paul e Adele. Em 1981 eles criaram uma tecnologia que resultou em um novo tipo de instrumento elétrico de cordas. Os projetos básicos de RAAD, envolvendo pick-ups e efeitos, foram incorporados como RAAD Technologies Inc em 1983, mas os instrumentos só emergiram artisticamente e se tornaram viáveis em 1986, na mesma época que o U2 gravava 'The Joshua Tree', e então o The Armin Electric Strings foram chamados para tocar os instrumentos RAAD na faixa "One Tree Hill".

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2017

Relembrando Kirsty MacColl, a responsável pela ordem das faixas de 'The Joshua Tree' do U2


No ano 2000, a cantora e compositora Kirsty MacColl morreu aos 41 anos de idade em um trágico acidente durante férias no México. Ela fazia mergulho com os filhos quando uma lancha seguiu na direção do grupo. Na tentativa de salvá-los, ela foi atingida pela hélice e seu corpo foi dividido ao meio. A embarcação pertencia a um importante empresário mexicano e embora seu empregado tenha assumido a culpa, muitos acreditam que o patrão era quem pilotava.
Filha do cantor folk Ewan MacColl, Kirsty foi originalmente da banda punk Drug Addix e lançou seu primeiro single solo, "They Don't Know", em 1979.
Kirsty era amiga do U2 desde seus primeiros dias, e durante muitos anos foi casada com Steve Lillywhite, produtor de longa data da banda.

"Eu me lembro de Kirsty McColl como uma garota muito inteligente, divertida", disse Bono. "Cujo o modo de escrever canções vinham de todas as tradições diferentes. Ela tinha essa coisa popular mesmo que ela lutasse contra isso, mas eu só me lembro de seu bom humor, era muito engraçada."
Bono também lembrou que Kirsty McColl desempenhou um papel até então desconhecido, mas significativo em um dos maiores álbuns do U2 - decidir sobre a ordem de execução das faixas.
"Ela realmente sequenciou o 'The Joshua Tree', acredite ou não", disse Bono. "Quando terminamos de fazer aquele álbum, ela estava no estúdio com Steve Lillywhite que produziu o disco com Brian Eno e Daniel Lanois e foi ela quem disse 'essa deve ser a faixa 1, essa deve ser a faixa 2'... eu tenho lembranças muito especiais dela'.
Na verdade, a banda falou para Kirsty que "Where the Streets Have No Name" deveria ser a primeira e "Mothers of the Disappeared" a última, então que ela decidisse o resto da sequência.
Bono lembrou ao público sobre o acidente que vitimou Kisrty, em um show do U2 em Monterrey, no México, em fevereiro de 2006, e isso fez com que o governo mexicano dissesse que tomaria uma providência sobre o acidente.

30 Anos de 'The Joshua Tree': fatos que você (provavelmente) não sabia sobre o álbum


O 30º aniversário do álbum 'The Joshua Tree' será comemorado pelo U2 com uma super turnê. A 'The Joshua Tree Tour 2017' começará em Vancouver no dia 12 de maio e seguirá por mais algumas noites na América do Norte e inclui a primeira aparição do U2 no Festival de Música e Artes Bonnaroo. Em seguida, a turnê irá para a Europa, com a primeira parada em Londres, em 8 de julho, e terminando em Bruxelas em 1º de agosto.
Lançado em 9 de março de 1987, o trabalho liderou as paradas americanas, inglesas e em mais de 20 países, e transformou o U2 em uma banda de estádios. Perto de completar 30 anos de seu lançamento, o site NME listou alguns fatos que você (provavelmente) não sabia sobre o álbum.

1. A gravadora não gostou do nome do álbum

De acordo com Bono, o nome 'The Joshua Tree' surgiu após uma viagem ao Deserto Mojave. “As pessoas da indústria discográfica esperam que tenhamos ideias tão grandiosas como os Beatles tiveram. Quando nos perguntaram sobre o título do disco e respondemos ‘The Joshua Tree’, eles não ficaram muito satisfeitos. Talvez esperassem algo como ‘Born In The Joshua Tree’ ou ‘Dark Side Of The Joshua Tree'”, disse o cantor à Rolling Stone norte-americana na época.

2. O trabalho foi inspirado por uma viagem à Etiópia

Depois de uma viagem humanitária com sua esposa Ali, Bono contrastou a pobreza do país africano com uma vida de riqueza e apatia em casa. “Passei um tempo na África vendo pessoas no fosso da pobreza, mas também vi um espírito muito forte no povo, uma riqueza de espírito que eu não vi quando cheguei em casa. Eu vi a criança mimada do mundo ocidental. Comecei a pensar: ‘Eles podem ter um deserto físico, mas temos outros tipos de desertos’. E isso me atraiu para o deserto como um símbolo de alguma forma.”

3. Kirsty MacColl ajudou a escolher as faixas do disco

A cantora se ofereceu para selecionar a ordem das canções de 'The Joshua Tree' enquanto o álbum estava sendo mixado. As únicas confirmações eram que “Where the Streets Have No Name” abriria os trabalhos e que “Mothers Of The Disappeared” encerraria o disco. O resto era com ela. Sejamos justos: ela fez um ótimo trabalho.

4. Uma das faixas de maior destaque quase foi desmantelada por Brian Eno

Brian Eno teve grande influência na feitura de 'The Joshua Tree'. The Edge afinava cada vez mais os seus riffs para que funcionassem em grandes estádios e o grupo era encorajado a ser auto-suficiente em vez de trabalhar com estranhos. E tanto Eno como o co-produtor Daniel Lanois chegaram com a influência da música americana, que define o registro. Mas Eno quase faturou o papel de vilão ao quase desmantelar “Where The Streets Have No Name”. O produtor tentou apagar acidentalmente as fitas, mas um engenheiro no estúdio o impediu de fazê-lo. Dizem que os dois chegaram às vias de fato. Escapou por um triz.

5. Uma das maiores músicas da banda foi um Lado B

Na época, o U2 sentiu que “The Sweetest Thing” não se encaixava com a vibe de 'The Joshua Tree'. Como tal, eles usaram a canção como o b side do single “Where The Streets Have No Name”. Mas devido a seu legado como uma das favoritas dos fãs, a canção foi regravada e relançada como parte da compilação 'The Best Of 1980-1990', em 1998. O single chegou ao topo das paradas na Irlanda e no Canadá, além de ter alcançado o 3º lugar no Reino Unido.

6. A morte do roadie da banda inspirou uma das melhores músicas do álbum

“One Tree Hill” foi escrita em memória de Greg Carroll, roadie da banda e um dos amigos mais próximos de Bono. Um trágico acidente de moto em Dublin matou Greg em 1986, e a canção foi escrita um pouco depois a partir de uma jam session entre Bono e Brian Eno. O cantor gravou seus vocais de uma só vez, muito sobrecarregado pela emoção. O que o fez desistir de tentar outra tomada.

7. A Biblioteca do Congresso preserva o disco em sua coleção

Em 2014, 'The Joshua Tree' foi adicionado à coleção do Registro Nacional de Recordações de obras consideradas “culturalmente, historicamente ou esteticamente significativas”. Induzidas por serem feitos invencíveis, são essencialmente preservadas para a descoberta das gerações futuras.

8. A verdadeira Joshua Tree não teve o mesmo destino

A capa icônica do disco, clicada por Anton Corbijn no deserto da Califórnia, ajudou a tornar o local um marco reverenciado. Infelizmente, o ponto lendário não ultrapassou o disco em si. A árvore da capa morreu em 2000 e foi vítima de vandalismo em 2015, tendo seu pedaço restante cortado sem nenhuma razão aparente. A depredação foi descoberta por um fã devastado em sua caminhada anual perto da árvore.

9. Um casal morreu à procura da árvore

Em 2015, o turista holandês Guus Van Home e sua esposa Helena Nuellett teriam morrido perto da localização da Joshua Tree em busca do famoso local. O casal “queria visitar” o local, de acordo com amigos.

10. Bono quase impediu o lançamento do disco

Assim que 'The Joshua Tree' estava sendo fabricado e perto de ir para as lojas, a insegurança abateu-se sobre Bono, que entrou em pânico e questionava se o álbum era bom ou não. Felizmente ele foi convencido a desistir da ideia.

Tradução: Portal Rockline

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Anton Corbijn ainda é assombrado pelo seu videoclipe desastroso de "Pride (In The Name Of Love)"


Em entrevista para o site U2 France, o fotógrafo principal do U2, o holandês Anton Corbijn, fala sobre os videoclipes que dirigiu para a banda:

"Eu não conto a minha versão de "Pride (In The Name Of Love)", pois se tratava de um experimento. Além do problema com aquele videoclipe, eu acho que minha versão de "One" também causou um problema inicial para eles. Acho que eles me chamaram novamente para fazer outros porque eles percebem que olhando para os vídeos, os meus mantém o seu impacto, pois não dependem de novidades técnicas ou coisas assim, e se você os vê fora das paradas de sucesso ou fora de exibições para promoção comercial, eles realmente possuem algo.
Eu tenho muito orgulho de "One" porque foi uma conquista e um grande envolvimento na época (eu mesmo pintei os carros vistos lá) - obviamente que eu queria fazer o melhor que eu poderia para eles e provar que eu poderia fazer um grande videoclipe após o desastre de "Pride (In The Name Of Love)".



Eu também adoro o videoclipe de "Electrical Storm", é tão diferente de tudo o que você vê na tv e Samantha Morton foi incrível e Larry também foi muito bem.
Eu também adoro "Please", apesar de nunca ter sido um grande hit, e consequentemente, não foi exibido tanto e tal como acontece com um monte de meus vídeos, vai sobre a cabeça das pessoas. Bono me envia canções de vez em quando para ver se eu posso lhe dar ideias ou podemos falar sobre ideias de outras pessoas para videoclipes e lhe faço comentários e dou ideias para ele brincar com isso."

30 Anos de 'The Joshua Tree': Stephen Raindford fala sobre as gravações do disco


Stephen Raindford trabalhou como técnico de guitarras para o U2 e The Edge em particular, de 1983 a 1986. Ele conta sobre as gravações de 'The Joshua Tree':

"Eu trabalhei em todas as gravações demo para o álbum 'The Joshua Tree', até eles irem para o Windmill Lane Studios. Eu trabalhava 24 horas por dia às vezes. Bono podia ficar por lá até à 1:30 h da madrugada, improvisando em algo, e então ele aparecia de novo às 8:30 h da manhã e queria tocar blues por algumas horas, antes que os demais aparecessem. Bono me deixava pirado algumas vezes, ao aparecer tão cedo. Ele não fazia isso todo dia, mas alguns dias por semana ele vinha bem cedo e eu procurava facilitar as coisas pra ele. Um dia ele chegou e começou a tocar música clássica no piano. Eu disse "Meus Deus - de onde você tirou isso?" Ele disse que alguém havia mostrado algumas coisas pra ele, e ele estava literalmente inventando, mas ele estava compondo em um gênero que alguém tinha apenas lhe mostrado, lhe dado uma ideia a respeito. Ele fazia o mesmo com o blues naquela época. Eu acho que todo o relacionamento com o B.B.King nasceu da perspectiva dele sobre o blues e a cultura norte-americana.
O que o Edge tem de diferente como guitarrista? Bem, ele nunca tentou imitar o som de outros guitarristas. Eu acho que tem a ver com o seu senso de ritmo, ele é ótimo nesse aspecto, com certeza. Ele abraça toda e qualquer inovação e isso o faz completamente único como guitarrista. E ele canta muito bem também."

Do livro U2 Show - Tradução de Maria Teresa

Blog U2 Vision Over Visibility

Arquivo "Miss Sarajevo" (Live Version)


A segunda versão do videoclipe de "Miss Sarajevo" usa imagens gravadas por Bill Carter para seu documentário 'Miss Sarajevo', mas ele é editado em conjunto com a filmagem da performance ao vivo onde Bono, The Edge e Brian Eno se juntaram à Pavarotti em Modena, para o concerto 'Pavarotti and Friends'. O concerto foi realizado no Parco Novi Sad, em Modena. Como mostra o vídeo, esteve presente a princesa Diana de Gales, que é vista no vídeo chegando no concerto em Modena. O concerto foi realizado em 12 de setembro de 1995.
As imagens da performance ao vivo da canção é mesclada com imagens do documentário, incluindo cenas filmadas durante o concurso 'Miss Sarajevo', realizado em 1993 em um porão em Sarajevo, imagens de moradores de Sarajevo nas ruas e imagens da cidade sitiada pela guerra. O áudio usado para este vídeo é uma mixagem diferente, abrindo com o ruído da multidão mixado na abertura e termina com os sons de tiros e explosões, como podemos ver uma torre sendo atacada em Sarajevo.
O primeiro vídeo para a canção trazia em grande parte as mesmas imagens do conflito na Bósnia, mas não continha nenhuma das filmagens da performance de Modena.



Da nova seção do site: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

Makes The Future The Past: com o Castelo de Cashel ao fundo em 1982



Um jovem U2 sendo fotografado em 1982 próximo ao Castelo de Cashel (Rock of Cashel), também conhecido como Cashel dos Reis, localizado em Cashel, no Condado de Tipperary, na Província de Munster, na República da Irlanda.


UM VÍDEO EM 360°


Agradecimento: Márcio Fernando, músico e colaborador do blog

Lançado Blu Ray nacional não oficial de show do U2 no Glastonbury Festival 2011


A distribuidora Music Brokers Brasil Produções Fonográficas colocou à venda no mercado brasileiro o Blu Ray 'U2 - Live At Glastonbury Festival 2011'. Não é um lançamento oficial da banda. Esta apresentação foi exibida na época pela BBC em alta definição de som e imagem, e um DVD, também não oficial, já tinha sido lançado com este conteúdo.

Descrição

Formado na Irlanda no ano de 1976, o U2 nunca mudou sua formação; Bono (vocal e guitarra), The Edge (guitarra, teclado e backing vocal), Adam Clayton (baixo) e Larry Mullen Jr. (bateria e percussão). Se no começo foram classificados de pós-punk, eventualmente a quantidade de influências tornou o som do grupo uma referência e não mera classificação. Não importa quantos shows do grupo você assista, pois sempre será uma nova experiência hipnótica e multissensorial.
Nesta apresentação histórica de 2011, no icônico festival de Glastonbury, uma plateia inteira na chuva compunha um cenário perfeito para dar início a um show único na carreira da banda que faz um dos melhores shows da atualidade. Uma metáfora para o título da canção de abertura “Melhor que a coisa real” (Even Better Than The Real Thing).
Bono tem o poder de focalizar seu público, faz esquecer que estamos diante da formação mais básica do rock, vocal, guitarra, baixo e bateria; soa como uma orquestra desfilando hits que sempre parecem uma novidade; o U2 tem mesmo o poder de se renovar a cada show.
Uma sobrecarga visual frenética faz com que cada ponto do palco traga um encanto ou um símbolo. O grupo tem a capacidade de atravessar as décadas em que esteve em atividade e no show fazer parecer mesmo que viajamos dos anos 80 aos anos 2000. A interação palco, tela e plateia é única; uma propriedade do U2 que só se renova através dos tempos! Uma banda atemporal faça sol ou chuva; um palco que sempre brilha!

Faixas do Disco:

1. Even Better Than The Real Thing (Remix Version)
2. The Fly
3. Mysterious Ways (With 'Independent Women' Snippet)
4. Until The End Of The World
5. One
6. Where The Streets Have No Name (With 'Jerusalem' Intro)
7. I Will Follow
8. I Still Haven't Found What I'm Looking For (With 'Movin' On Up' Snippet)
9. Stay (Faraway, So Close!)
10. Beautiful Day (With 'Rain' Snippet)
11. Elevation
12. Get On Your Boots (With 'She Loves You' Snippet)
13. Vertigo (With 'Garageland' Snippet)
14. Sunday Bloody Sunday
15. Bad (With 'Jerusalem' Snippet)
16. Pride (In The Name Of Love)
17. Encores:
18. With Or Without You (With 'Love Will Tear Us Apart' Snippet)
19. Moment Of Surrender (With 'Yellow' Snippet)
20. Out Of Control (With 'Pretty Vacant' Intr)

Título: U2 - Live At Glastonbury Festival 2011
EAN: 7798093711776
Estúdio: Music Brokers
Data de lançamento: 17/02/2017
Tipo de mídia: Blu-Ray
Quantidade de discos: 1
Região: Blu-Ray Região A - América do Norte, América do Sul, Leste da Ásia
Duração: 96 minutos
Formato de tela: Widescreen
Sistemas de som: Dolby Digital 5.1
Preto e Branco/Colorido: Colorido
Classificação indicativa: Livre
Idiomas: Inglês
Peso: 120g
Dimensões: 170mm x 135mm x 15mm

Agradecimento: Anselmo Carlos Lopes

Bono elogia o vice-presidente dos EUA, Mike Pence, pelo seu apoio a políticas de combate à AIDS


Bono esteve no sábado passado em Munique, onde se encontrou com o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence.
Segundo a revista People, o músico conversou com Pence sobre uma lei norte-americana de 2003, que visa combater o vírus da AIDS e auxiliar os seus portadores, principalmente na África.
Durante o encontro, Bono disse que Pence era "o segundo homem mais ocupado do mundo" e elogiou o seu apoio à lei em questão. "Foi um acontecimento histórico, e [Pence] teve um importante papel na sua aplicação", afirmou.
“Duas vezes você defendeu isso no congresso. É assim que o conhecemos, e realmente damos valor a isso”, disse Bono. Pence respondeu: “Foi uma realização histórica e extraordinária e você teve um papel de liderança ao levar esse projeto adiante”.
Apesar deste dado, Mike Pence é considerado por muitos como o principal responsável por uma epidemia do vírus no Indiana, durante o seu mandato enquanto governador desse estado.
Em 2015, Pence retirou fundos estaduais à organização Planned Parenthood, que em algumas zonas do Indiana era o único local onde era possível fazer o teste da AIDS, tendo-se igualmente se oposto à troca de agulhas gratuitas para toxicodependentes, o que levou a um aumento de novos casos de AIDS.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

O duo Suicide serviu de referência para a gravação de "With Or Without You" em 'The Joshua Tree'


U2 com 'The Joshua Tree' é capa da nova edição da MOJO. O artigo apresenta uma entrevista com Bono discutindo o álbum, bem como uma história de como o álbum surgiu e de passagem menciona como "With Or Without You" teve seu início como uma faixa:

A referência para a canção originalmente veio dos playbacks de estúdio dos discos do Suicide (não menos importante, Cheree, do disco de estreia de 1977 da dupla eletrônica de Nova Iorque) e a chegada da guitarra Infinite do amigo de Daniel Lanois, Michael Brook – um protótipo de instrumento prometendo sustentação final, que se montada de maneira errada, daria um grande choque elétrico em quem estivesse tocando. Nas mãos de Edge produziu o som atmosférico, e o zumbido que é o coração da faixa.

Suicide foi uma banda influente no cenário musical dos EUA. Formado em Nova Iorque, o Suicide é um duo composto por Alan Vega, o vocalista, e Martin Rev.

O estilo único de Suicide é considerado pioneiro no movimento Punk. Ouça "Cheree", uma das influências para "With Or Without You":



Bono revisitou 'The Joshua Tree' e disse: "posso ouvir alguns artistas que eu que estava escutando, como Nick Cave & The Bad Seeds ou Echo And The Bunnymen. Eu posso ouvi-los nas letras. Também posso ouvir, de maneira um pouco irritante, no canto. É um grande canto e eu entendo. E eu entendo que é declarativo e está aberto. Mas estraga um pouco a minha diversão."
O álbum de Nick Cave & The Bad Seeds seria 'The Firstborn Is Dead' de 1985.

Agradecimento: U2 Songs (antigo U2 Wanderer)

Segredos Revelados: 30 anos depois, a The Arklow Silver Band será ouvida em "Red Hill Mining Town"


Se você pegar o encarte de 'The Joshua Tree' de 1987, estará escrito lá: "Red Hill Mining Town - The Arklow Silver Band. Red Hill Mining Town - Brass Arranged and Conducted by Paul Barrett."
Uma banda de metais chamada The Arklow Silver Band tocou na canção "Red Hill Mining Town" do U2, com arranjos feitos e conduzidos pelo engenheiro de som Paul Barret?

Na nova edição da MOJO, foi revelado que o U2 vai lançar uma versão atualizada de "Red Hill Mining Town". E um parágrafo traz:

"O que explica por que, para uma nova mixagem de "Red Hill Mining Town", produzida por Steve Lillywhite e destinada a um futuro lançamento, Bono voltou para a fita master e regravou seu vocal. ' Também recuperamos os sons da mina de carvão, de uma banda de metais, que foi gravado na época', diz ele. "Você não pode ouvir isso na mixagem original.'"

Está explicado! Não se pode ouvir na mixagem original de 1987 a participação da The Arklow Silver Band, mas o U2 recuperou isso para a nova versão de 2017 que será lançada em breve!

Fundada em Arklow Co. Wicklow, Irlanda, em 1968, a The Arklow Silver Band, as vezes chamada de Arklow Shipping Silver Band, tem uma história incomum. Foi criada a partir de um coro de rapazes muito bem sucedidos que fazia parte do Arklow Youth Club. Embora existissem Brass Bands em Arklow há muitos anos atrás, não havia experiência para ajudar no desenvolvimento da banda, mas a partir dessas origens humildes, a banda gradualmente se desenvolveu e, em 1972, começou a competir nas seções inferiores da Irish Band Championships que foram realizadas todos os anos na Câmara Municipal em Dun Laoghaire, eventualmente ganhando a seção do Campeonato em 1981.
Em 1987, a banda forneceu uma faixa de apoio (backing track) para "Red Hill Mining Town" no álbum do U2 'The Joshua Tree', mas o próprio Bono afirmou agora que na mixagem da canção para o disco, ficou quase impossível de ouvir a contribuição destes arranjos de metais da The Arklow Silver Band.

"Red Hill Mining Town" é a única canção de 'The Joshua Tree' nunca tocada ao vivo em um concerto do U2. A banda chegou a tocá-la em passagens de som, como em 28 de novembro de 1987 antes de um concerto em Murfreesboro, Tennessee, mas ela nunca fez parte de um setlist.

domingo, 19 de fevereiro de 2017

Bono regravou os vocais de "Red Hill Mining Town" em Dublin e Steve Lillywhite remixou a faixa em Jacarta


Na nova edição da MOJO, foi revelado que o U2 vai lançar uma versão atualizada de "Red Hill Mining Town".

"O que explica por que, para uma nova mixagem de "Red Hill Mining Town", produzida por Steve Lillywhite e destinada a um futuro lançamento, Bono voltou para a fita master e regravou seu vocal. ' Também recuperamos os sons da mina de carvão, de uma banda de metais, que foi gravado na época', diz ele. "Você não pode ouvir isso na mixagem original.'"

Através de seu twitter, Steve Lillywhite escreveu: "Sobre a nova versão de "Red Hill Mining Town". Bono regravou versos em Dublin e eu remixei em Jacarta. Não é EDM, desculpe....."

EDM: Electronic Dance Music, a música "do momento" que os mais novos curtem.

Em setembro de 2016, durante uma entrevista ao talkSPORT, Steve fez menção que ele estava trabalhando com um "super" grupo de "velhos amigos". Ele não confirmou qual grupo era, e disse que a canção era "muito especial".
Depois, em uma conferência de música em Cingapura, ele revelou que estava mixando o novo single do U2.
O jornalista musical canadense Alan Cross estava na conferência e escreveu sobre isso em seu blog:
"Steve está com um celular em mãos disse a todos durante uma entrevista que Bono entrou em contato e perguntou se ele poderia mixar o novo single do U2. Este mix está neste telefone celular dele."
Todos acharam que era uma canção inédita de 'Songs Of Experience'. Mas não era. Ele só vai trabalhar no disco a partir deste próximo mês. Ali ele trabalhava numa "nova velha canção".
Assim, Bono provavelmente regravou os vocais de "Red Hill Mining Town" em 2016 em Dublin, e entregou para Steve trabalhar nesta canção muito especial, como ele mesmo disse!

sábado, 18 de fevereiro de 2017

"The Showman", "The Best Thing About You Is Me" e "Summer Of Love" são os títulos de canções inéditas do U2, e Steve Lillywhite é o novo produtor de 'Songs Of Experience'


O site @U2 trouxe uma informação da nova edição da MOJO, que o U2 vai lançar uma versão atualizada de "Red Hill Mining Town" para promover 'The Joshua Tree Tour 2017', e a produção ficou por conta de Steve Lillywhite!
O mesmo @U2 agora traz mais novidades reveladas na nova edição da MOJO:

O U2 voltará ao Electric Lady Studios no mês que vem para continuar o trabalho em 'Songs Of Experience', agora com Steve Lillywhite produzindo! Steve Lillywhite estava trabalhando com o U2 em 2016. Ele havia dito que estava mixando um single para a banda, a canção estava em seu celular, e todos acharam que era uma canção inédita de 'Songs Of Experience'. Mas não era, era "Red Hill Mining Town". Mas agora ele vai trabalhar em canções novas da banda.
Um artigo separado, intitulado "Blake Expectations" oferece mais detalhes sobre os planos do álbum do U2. O autor Tom Doyle escreve:

O U2 tem re-ensaiado as faixas para 'Songs Of Experience', com o objetivo de editar algumas novamente ao vivo no Electric Lady Studios em Nova Iorque em março com Steve Lillywhite.
O artigo aborda comentários anteriores da banda, sobre querer repensar algumas coisas após mudanças políticas do ano passado nos EUA e na Europa. "Estive escrevendo e mudando as coisas mais um pouco", diz Bono. "Apenas ajustes. The Edge, também." Edge oferece um pouco mais de detalhes: "algumas músicas poderão ser atualizadas em suas letras, e podemos estar escrevendo uma ou duas canções novas".

Adam ultrapassa o clima político como a razão para não ter sido lançado ainda 'Songs Of Experience' e oferece algumas razões musicais, também:

"Não havia clareza a algumas das mixagens de 'Songs Of Experience' e precisamos ser um pouco mais criativos sonoramente. O que eu quero dizer, é que esse disco, quando tocamos ele ao vivo, as canções tornaram-se muito, muito viris e muito duras e nós realmente não capturamos isso no disco. Então, novamente, uma das razões por que estamos tentando abrandar um pouco isso é que realmente queremos acertar na mixagem. Não queremos uma sopa. Queremos um caldo".

Adam diz que o U2 está "na marca de 85%" de finalizar o disco, e tem cerca de 15-16 canções e que 12 ficarão para o novo álbum.

Bono menciona uma nova canção, "The Showman" e diz que é a sua favorita no momento. "É como uma canção do 'Rubber Soul' dos Beatles", diz ele. "É sobre cantores. Não sobre mim." Ele cita um trecho de sua letra no artigo:

The showman give you front row to his heart
The shaman prays that his heartache will chart
Making a spectacle of falling apart
Is the heart of the show

Outras duas novas canções mencionadas são "The Best Thing About You Is Me" e "Summer Of Love". Essa última Bono descreve como "dolorosamente linda e vazia." Ele diz que ela e "Red Flag Day" ambas fazem referência a crise de refugiados na Europa.
O artigo da MOJO informa que o U2 está planejando lançar 'Songs Of Experience' na "segunda metade de 2017", e a turnê iNNOCENCE + eXPERIENCE será retomada na primavera de 2018.

"The Best Thing About You Is Me" parece ser o título oficial da canção primeiro citada como “You’re The Best Thing (About Me)” pelo DJ Kygo, que apresentou ao vivo um remix da faixa que ele fez em colaboração com o U2.
Mas Bono ou a revista podem ter trocado o "you" de lugar e pode ser "you're", o que então seria mesmo “You’re The Best Thing (About Me)”!


30 Anos de 'The Joshua Tree': U2 aplaudido em show de Frank Sinatra em Las Vegas


The Edge, sobre o histórico reconhecimento de Frank Sinatra ao sucesso do U2 em 1987:

"Ah, Frank Sinatra foi fantástico... que vibe!
Você pode imaginar estar indo à Las Vegas, "Never Never Land" e ir de verdade a um show de Frank Sinatra? Quero dizer que o cenário era perfeito, provavelmente, se nós tivéssemos visto ele no McGonagles em Dublin, não teria sido tão mágico, mas no Golden Nugget em Las Vegas, a uma da manhã após a luta de boxe entre Hagler/Leonard, foi incrível. A voz dele estava ótima, ele em grande forma. Ele também parecia estar nos dando uma autobiografia áspera nas canções, dando um vislumbre de que ele era como pessoa. Cada canção mostrando um lado diferente dele, e ele é incrivelmente chauvinista e incrivelmente antiquado naquele sentido, mas ao mesmo tempo era honesto.
Antes de Frank continuar, eles apresentaram o U2 para o público, o que foi um verdadeiro barulho. Nos pediu para levantarmos, disse quem nó éramos e fomos aplaudidos. Foi histeria, Gregory Peck estava lá e todo esse tipo de gente, e eles fizeram uma verdadeira música e dança sobre aquilo. Foi engraçado.
Depois do set do Sinatra, fomos conhecer ele e trocamos umas palavras com ele. Ele era grandioso, é difícil fazer uma avaliação de alguém em 5 minutos, mas ele estava falando de música, que era bom. Você sabe, depois de todos esses anos, ele foi falando sobre a Orquestra de Tommy Dorsey e trabalhos com Buddy Rich e nós estávamos falando sobre sua banda e o que pensávamos sobre.
Frank obviamente foi muito influenciado pelo Blue Nile, mas você pode perdoar-lhe por isso!"

Confirmado: U2 vai lançar nova versão de estúdio de "Red Hill Mining Town" para promover a 'The Joshua Tree Tour 2017'


Em janeiro, Paul Healy, jornalista do Irish Daily Star, escreveu em seu twitter que o U2 lançaria um single remixado, para acompanhar e promover a turnê de 30 anos de 'The Joshua Tree'. Ele estava certo!
O @U2 traz uma informação da nova edição da MOJO, que o U2 vai lançar uma versão atualizada de "Red Hill Mining Town" para promover a turnê!
A revista apresenta uma longa entrevista com todos os quatro membros da banda sobre a turnê e suas memórias do tempo em que 'The Joshua Tree' foi gravado e lançado. Perto do final do artigo há este parágrafo:

"O que explica por que, para uma nova mixagem de "Red Hill Mining Town", produzida por Steve Lillywhite e destinada a um futuro lançamento, Bono voltou para a fita master e regravou seu vocal. ' Também recuperamos os sons da mina de carvão de uma banda de metais, que foi gravado na época', diz ele. "Você não pode ouvir isso na mixagem original.'"

Steve Lillywhite estava trabalhando mesmo com o U2 em 2016! Ele havia dito que estava mixando um single para a banda, a canção estava em seu celular, e todos acharam que era uma canção inédita de 'Songs Of Experience'. Mas não era, era "Red Hill Mining Town"!
A canção original seria single em 1987, teve um videoclipe gravado, mas a banda não gostou do resultado do vídeo, e todos acharam que Bono teria muita dificuldade de atingir as notas ao vivo, e assim, deixaram ela de lado, o single foi substituído por "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e arquivaram o videoclipe.
Steve Lillywhite foi o produtor na época, e agora ele volta a trabalhar na faixa com a banda!

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O estúdio em Bahamas onde o U2 gravou "Fire"


Durante uma pausa na turnê de 'Boy', na primavera de 1981, em abril, o produtor Steve Lillywhite foi chamado pela Island Records para a gravação de um single que faria parte do próximo disco do U2. Com a hospitalidade oferecida pelo chefão em suas instalações, "Fire" foi gravada no Compass Point Studios em Bahamas. Foi fundado em 1977 por Chris Blackwell, o dono da gravadora.



À medida que os outros interesses empresariais de Chris Blackwell aumentavam constantemente, ele foi forçado a gastar menos do seu tempo diretamente cuidando do estúdio. Com a morte do produtor e gerente Alex Sadkin em 1987, o estúdio começou um período de declínio. Com ninguém supervisionando o estúdio, equipamentos do estúdio começaram a sofrer de falta de manutenção adequada e upgrade.


Em 1992, Blackwell tomou medidas para salvar o estúdio contratando Terry e Sherrie Manning, proprietários e operadores de um estúdio de gravação e de uma casa de produção de vídeo nos EUA. O casal supervisionou totalmente o Compass Point Studios. Após sua chegada no final de 1992, os Mannings começaram a restaurar os dois grandes estúdios, os separou e atualizou com modernos equipamentos de gravação.
O estúdio foi fechado no final de setembro de 2010, segundo os responsáveis, por uma série de incidentes e acontecimentos sócio-políticos. Homofobia teria sido um dos principais motivos. Uma mensagem no site oficial agradece a todos aqueles que ajudaram a construir a história do estúdio, e diz que novas instalações serão construídas em algum outro lugar do planeta.
Terry Manning disse que foi devido a "uma série de incidentes que tinham ocorrido no passado recente, que tornou insustentável para continuar a fazer negócios em Bahamas. Todos os envolvidos concordaram que não poderíamos mais trazer nossos amigos e clientes para uma atmosfera que sabíamos ser ameaçadora. Os incidentes devem permanecer privados neste momento."



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