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domingo, 10 de maio de 2015

55 Anos de Bono - Parte I


Bono completa hoje 55 anos de idade!

Conheça mais um pouco dele, através de suas próprias palavras:

"A primeira lembrança que tenho é de ter minha foto tirada com meu irmão e não estar gostando daquilo. Eu estava com cerca de três anos de idade. Eu acho que nós tínhamos dois pequenos leopardos, como enfeites, sobre a lareira e no final da sessão de fotos, havia apenas um leopardo, e eu fui castigado por causa disso.
Fui apresentado à um cara certa vez, James Mann, que, aos quatro anos de idade, tinha a ambição de ser um físico nuclear, e um dos caras mordeu sua orelha. E eu peguei a sua cabeça e bati contra um corrimão de ferro. É terrível, mas é o tipo de coisa que me lembro. Lembro-me das árvores lá fora atrás da casa onde morávamos e quando derrubaram elas para construir um empreendimento horrível. Lembro-me de minha raiva."

"Fui o primeiro punk da minha classe. Mas era tudo um teatro. Eu estava interessado em Patti Smith e, em seguida, nos Sex Pistols. E a grande coisa sobre os Ramones era que você poderia tocar todas as suas músicas com três acordes, que era tudo que eu sabia, e na verdade, é tudo o que eu sei agora. Antes disso, eu estava interessado em música folclórica irlandesa. Era próximo da minha família. Havia muita monotonia. E meu irmão me ensinou aqueles três acordes. Ele costumava tocar "Ruby, Don't Take Your Love to Town". Eu ainda sou fascinado por essa música."

"Depois que minha mãe morreu, quando eu tinha 14 ou 15 anos, eu senti um ressentimento de verdade, porque eu realmente nunca tive a chance de sentir o amor incondicional que uma mãe tem por uma criança. Depois que ela morreu, minha casa jamais foi um lar.
Tentar falar com o meu pai era como tentar falar com uma parede de tijolos.
A primeira vez que ele realmente falou comigo foi na noite de sua festa de aposentadoria do correio. Eu fui à sua festa de despedida. Eu costumava ouvir todos os nomes, Bill O'This e Joseph O'That e eu nunca sabia quem eles eram, e não sabia o que eles faziam. Mas nesta festa, em 1985, eu conheci todas essas pessoas. E eles foram incríveis. Foi em um pub e tinha um cara com um violino, e eles estavam todos cantando músicas. Havia um cara que tinha pintado um bigode de Hitler que nos apresentou a sua filha, e eu disse, "quem é você?" E ela disse "a jovem Hitler". Foi como um filme de Fellini. Era um mundo, um mundo de irlandeses em Dublin. E depois, ele me mostrou o lugar em que ele trabalhou, onde nunca estive. E ele me mostrou o lugar que ele costumava sentar-se. E naquela noite, eu falei com meu pai pela primeira vez. Tomamos um copo de uísque, e ele começou a me contar algumas coisas sobre como era crescer."

"Eu nunca soube o que queria ser. Um dia acordei e quis ser um jogador de xadrez, o melhor. Li um livro sobre isso e à meia-noite, estudei os grandes mestres, e fiquei fascinado. No dia seguinte eu pensei: "não, eu vou ser um pintor". Porque eu sempre tinha pintado, desde meus quatro anos de idade. Sempre fui assim. Eu quero tudo e quero agora."

"Naquela fase antes de formamos a banda, eu estava interessado em teatro. Quando eu era jovem, eu fugi de casa um dia para me inscrever em uma escola de atuação. Mas não havia nenhuma escola. Meu pai costumava atuar em um teatro, e eu sentava na primeira fila. Quando eu tinha 13 ou 14 anos, montei uma companhia de teatro na escola que eu estava, porque não havia nenhuma. Em uma das peças, eu cantei. Lembro-me da sensação de cantar através de um microfone e a audiência saltando fora das paredes. Não sei se eu seria um bom ator. Agora, eu gostaria de escrever uma peça, mais do que estar no palco. Então, quando apareceu a nota no mural da escola para formar uma banda, eu tive que ser convencido por um amigo.
Mas mesmo depois que nós começamos a tocar, Adam foi a única razão de irmos mais longe. Ele dizia: "eu acho que sei onde podemos conseguir um show". E eu dizia: "onde é isso?" Ele dizia: "um lugar onde podemos tocar." Eu dizia: "você quer dizer na frente das pessoas? Mas nós somos uma porcaria". Ele dizia: "assim são os Sex Pistols"."

"O objetivo do U2 é inspirar as pessoas a fazer coisas por si mesmas. Inspirar as pessoas a pensar por si mesmas. Mas não é por isso que eu estou no U2. Estou no U2 porque isso me inspira. Estou aqui porque eu não poderia encontrar trabalho em qualquer outro lugar. E os verdadeiros motivos para estar em uma banda de rock são provavelmente muito mais próximo do ego, de estar no palco e as pessoas olhando para você e achando que você é um cara legal. Essas são as verdadeiras razões. Pelo menos quando você tem 15 anos e canta em um microfone."


"Eu estou tendo um tipo bastante surreal da vida, eu aceito. A música me diz o que fazer sempre, me diz que sapatos usar, que vídeos fazer. Ela te diz como se comportar. A música.... música realmente era a coisa, o despertador. Rock ' n' roll foi o despertador que me acordou... e ainda me mantém afiado.
Eu me lembro quando éramos uma banda de punk rock e eu estava, sei lá, com 16, 17 anos, bandas de garagem, terreno de garagem, lembro de pensar: "se e quando fizermos isso, sabe, e chegarmos lá, só não quero esquecer, sabe, que existe outro mundo lá fora. Nesse sentido, você sabe, música traz com ela a libertação de uma forma. É o que o rock ' n' roll significa para mim. Libertação. Sexual, espiritual e em alguns casos, política.
Estou tendo a vida mais extraordinária. Realmente me sinto abençoado. Dou muitas risadas. Eu me sinto agora fazendo a melhor música com a melhor banda de rock ' n' roll do mundo. Você sabe, é como estas grandes pessoas lá fora. Mas agora, acho que não há ninguém tão interessante como o U2, porque há mais dimensão. Há pessoas lá fora que partem seu coração. Há pessoas por aí que tem algo a dizer, mas não tem as músicas. Então nossa banda parece-me muito relevante agora. É fácil ser bem sucedido. É muito difícil ser relevante."
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