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sexta-feira, 8 de março de 2024

Investir em músicas do U2 é a mais nova opção de ativos do mercado que podem pagar dividendos


Ganhar dinheiro com algumas de suas músicas favoritas: esta é a proposta da startup norte-americana JKBX (se pronuncia "jukebox"). Em forma de títulos lastreados nos fluxos de royalties de músicas do U2, por exemplo, a pessoa física comum agora poderá explorar este novo mercado e investir em músicas.
Na semana passada, a Securities and Exchange Commission (SEC, a CVM dos Estados Unidos) aprovou a primeira oferta desta nova modalidade oferecida pela JKBX.
Segundo a reportagem do Wall Street Journal, o objetivo da empresa é "trazer os investimentos em música para as massas".
A JKBX permite que investidores individuais, pelo seu site, comprem fatias da receita gerada por dezenas de músicas – efetivamente, títulos lastreados com base nas reproduções.
Entre as músicas e artistas para investir disponíveis na JKBX está o U2.
A oferta inicial contou com muitas músicas do produtor Ryan Tedder, que vendeu seus royalties, ao passo que os artistas não venderam a sua parte.
Ryan Tedder trabalhou com o U2 nos álbuns 'Songs Of Innocence' e 'Songs Of Experience'.
As canções que estão na JKBX do U2, têm Ryan Tedder creditado na composição:"Song For Someone" e "Every Breaking Wave".
A transformação dos direitos autorais de músicas em produtos financeiros é um processo que Wall Street já vem tentando fazer há décadas, desde os Bowie Bonds, do próprio David Bowie, em 1997.
Além disso, investidores institucionais de renome já aplicaram em royalties de músicas. É o caso do Apollo Global Management e KKR. Por outro lado, esses ativos sempre foram restritos à uma classe mais seleta de investidores.
Agora, a proposta da JKBX é fazer esses investimentos chegarem ao cidadão comum. A empresa nasceu em 2022 e desde então tem a ambição em transformar royalties em uma nova classe de ativos.
Segundo o CEO Scott Cohen, ao jornal Wall Street Journal, as expectativas são de que "a JKBX atraia investidores que buscam diversificar suas carteiras, assim como fãs de música que gostam da ideia de comprar uma parte de suas músicas favoritas".
Quando compra este ativo, o investidor passa a ter direito a uma distribuição trimestral das taxas pagas ao detentor dos royalties. Essas taxas podem vir da receita de serviços de streaming como Spotify, vendas de álbuns, royalties de rádio por satélite ou taxas de uso em filmes e programas de TV.
Assim como os dividendos tradicionais, o tamanho desse pagamento pode variar de trimestre para trimestre a depender da arrecadação que a música obteve.
Recentemente, os royalties das ações de "Halo" têm rendido um retorno anual de cerca de 3%, de acordo com dados da JKBX. Um valor comum entre as listagens iniciais da JKBX, mas que não são muito atraentes para o investidor norte-americano que encontra fundos do mercado monetário oferecendo retornos de cerca de 5%.
Entretanto, existe ainda uma desvantagem nas negociações: a JKBX ainda não permite a venda dos ativos.
Segundo a empresa, ela planeja permitir tanto a compra quanto a venda ainda este ano, depois de superar obstáculos regulatórios adicionais.
Fontes próximas ao assunto também comentaram para o WSJ que a JKBX também que já teve conversas com corretoras sobre oferecer suas ações de royalties em suas plataformas online, para que o trading aconteça em paralelo ao de ações e opções.
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