Designer Ric Lipson, da Stufish Entertainment Architects, que trabalhou em 'U2:UV Achtung Baby Live At Sphere':
"A maioria dos projetos começa de maneira semelhante. A banda coloca todos nós em uma sala – então lá está Willie; a própria banda; Morleigh Steinberg, coreógrafa e diretora que trabalha com a banda há muitos anos e casada com Edge; Gavin Friday, diretor criativo de longa data do U2; Sharon Blankson, que faz todo o guarda-roupa; Joe O'Herlihy, que é um cara do som e está com eles há mais de 40 anos; e depois nós como uma espécie de arquitetos de palco. Às vezes trazemos o gerente de produção, Jake Berry.
Com a turnê iNNOCENCE+eXPERIENCE, estávamos ouvindo a nova música. Então era: "Aqui está a nova música, esta é a história que estamos tentando contar. É a história de quatro caras que cresceram em Dublin, no Troubles, tornando-se homens, indo para Londres, blá, blá, blá". Então foi assim que esse show começou. E então começamos a pensar sobre o que isso significa? Qual é o significado por trás das letras?
Em algo como a turnê 360, a ideia era como fazer um show em um estádio onde nos conectamos com todos de uma maneira diferente e tornamos a estrutura tão grande que não se tornasse uma obstrução silenciosa? Como isso se torna a experiência mais insanamente conectada? Não sobre como fazer a maior estrutura de todos os tempos?
Esse nunca é o ponto de partida. O ponto de partida é como nos conectamos com mais pessoas? Então foi assim com a iNNOCENCE+eXPERIENCE e a 360. Com a Joshua Tree, foi um brief muito simples: "Vamos sair e fazer a Joshua Tree. Como podemos tornar a mais bela experiência cinematográfica das paisagens de Anton Corbin que estamos filmando em super alta definição?"
Em 2017, fizemos a primeira Joshua Tree – uma tela daquela escala com aquela definição nunca tinha sido feita ao ar livre. Já haviam tido telas maiores, mas nunca houve aquela resolução, uma tela de 8K.
Então entrando no Sphere, sempre temos uma história que queremos contar e então desenvolvemos uma estrutura que nos permite mostrá-la. E como a maioria dos shows do U2 normalmente são turnês, grande parte da infraestrutura, como o PA, a iluminação e a tela, se torna uma espécie de dispositivo cênico escultural, tipo, como vamos construir o espetáculo para representar a história que estamos tentando contar?
Mas aqui, a iluminação foi colocada, mas os alto-falantes e a tela fazem parte do prédio. Então isso não era algo que tivéssemos que enfrentar. Então temos uma nova questão: como criamos a intimidade que a banda exige?
E então a escala massiva, quando ligamos a tela? Quando desligamos a tela? Qual é a jornada através do álbum 'Achtung Baby'? Tocamos o álbum de uma só vez e martelamos na cabeça das pessoas com um álbum bastante intenso? Você faz o primeiro ato, faz uma espécie de parte intimista e depois toca um segundo ato?"
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