Em entrevista à Rolling Stone, o fundador e ex integrante do Pink Floyd, Roger Waters, falou sobre a estreia nos cinemas do filme de sua polêmica turnê que passou pelo Brasil em 2018 e que causou enormes confusões pelo tema político.
E na entrevista, Waters citou Bono e o U2:
"Eu posso dizer que eu inventei os espetáculos. Eu entrava em grandes locais e pensava: "Cristo, isto é tão chato". Lembro-me do Dark Side Of The Moon, quando tivemos alguns risers com luzes construídas por Arthur Max, que era um cara de iluminação que roubamos de Bill Graham. E ele meio que inventou a tela circular que usamos. Pensei: "Como podemos preencher esses espaços com algo teatral?" Foi quando comecei a trabalhar com pessoas que faziam coisas infláveis e a pensar mais em projetar imagens e disparar fogos de artifício que se transformavam em ovelhas de pára-quedas no ar e em aviões voadores, todas essas coisas.
Ter um Stuka (avião) saindo da plateia, como aconteceu na turnê The Wall, é uma técnica teatral perfeitamente aceitável.
Lembro que na época que fizemos The Wall (1979), Bono nos criticou. O U2 era uma banda pequena e disseram (Roger imita o sotaque irlandês): 'Oh, não podemos suportar todos esses exageros teatrais do Pink Floyd. Nós apenas tocamos nossa música para o público e para nós, só precisamos de músicas e blá blá blá'. Sério? Então, para o resto da porra de sua carreira não fizeram nada além de copiar o que eu fiz e ainda faço. Desejo-lhes sorte, é claro, mas quanta besteira. Se você os liderar, as pessoas seguirão".
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