1997. Os especialistas em vendas de discos afirmaram que a magia de varejo do U2 havia diminuído desde 'Achtung Baby', que vendeu mais de 10 milhões de cópias em todo o mundo.
Durante sua primeira semana de lançamento, 'POP' vendeu 350.000 cópias nos EUA, de acordo com o SoundScan.
Bono ressaltou que 'POP', de fato, vendeu mais de um milhão de cópias em todo o mundo em sua primeira semana. "Não vivemos apenas nos EUA", disse ele, um pouco irritado. "Era o número um em 28 países. Não acredito que as pessoas pensem que isso não é suficiente. O que eles querem de nós? Eu gostaria que este álbum vendesse 10 milhões de cópias. Eu acho que provavelmente irá vender. Mas e daí? É bom?"
O empresário Paul McGuinness foi mais sucinto sobre o assunto - "temos uma agenda muito mais ampla do que apenas os discos" - e citou algo que ele disse uma vez a Chris Blackwell, chefe da gravadora da banda, Island: "Eu não estou no ramo de gravações. Estou no negócio do U2".
Para Bono, a única coisa mais assustadora do que tocar em uma taberna vazia ou em um estádio de beisebol lotado era ser reduzido à uma caricatura - confundido com um daqueles adereços extravagantes, os símbolos comerciais exagerados da turnê PopMart.
Ele sempre adorou uma audiência. Ele também sabia que em uma época de alta resolução e pouco conteúdo de transmissão, poderia haver uma grande diferença entre a intenção e, por outro lado, a recepção.
"A celebridade ficou tão desagradável e opressiva. As pessoas chegam. OK, tudo bem. Eu digo: 'Jogue as pedras'. Gosto de uma briga. Mas o U2 realmente é o alvo? Você é famoso, está em todas as revistas, tem muito dinheiro. Você não pode ser a coisa real? Isto é errado. Se fizermos um trabalho do qual nos orgulhamos, vou levá-lo aonde puder. Estou preparado para enfrentar a tempestade de merda".
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