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quarta-feira, 31 de outubro de 2012

51 anos de Larry Mullen Jnr.

"Ainda há muita diversão em tocar com o U2. Na verdade nos agrada tocar juntos. A gente se gosta. Aproveitamos. Quero dizer que sempre é uma surpresa porque imagine isso: 'bem, está cansado disso e todos fazem de maneira separada, e tudo simplesmente desaparece.' E é sempre uma surpresa que não nos havia ocorrido, e que o valor e a força dessas relações é de alguma maneira confirmada a cada noite quando saímos e tocamos. E creio que para muita gente, quatro pessoas que estão juntas por todo esse tempo, indo ao palco juntos é uma coisa muito poderosa, mas também é altamente poderoso pra gente." - Larry Mullen

Uma performance ao vivo do U2 da rara "When I Fall Down"

Bono, na Universidade de Lancaster durante a War Tour, em 2 de março de 1983: "Algumas pessoas têm me acusado em momentos, de subir em uma caixa de sabão. Eu não tenho tempo para caixas de sabão. Esta é uma canção sobre fracasso. É uma música chamada "I Fall Down."
Na música, Bono fala sobre uma garota chamada Julie. Ela era a filha de um rico advogado em Nova York, que tinha acabado de se mudar para a Irlanda e se envolveu no mesmo grupo religioso chamado Shalom, e mais tarde ela se envolveu com Pod, um roadie do U2 na época, o John na canção.
No dia 15 de maio de 1981, o U2 fez um show no California Hall, em São Francisco. A turnê ainda era do álbum "Boy". Mas o U2 já tinha esta canção que só viria fazer parte do próximo álbum da banda, 'October'.
No show, ainda com uma letra diferente, Bono anunciou a performance da canção que tinha o título de "When I Fall Down". Confira esta raridade:

terça-feira, 30 de outubro de 2012

K'naan e sua versão para "Stuck In A Moment You Can't Get Out Of"

O cantor da Somália, K'naan, cantou a música "Stuck In A Moment You Can't Get Out Of" do U2 ao vivo em julho de 2010 para o Iheartradio. Esta performance sofrível você confere abaixo:

Sinead O'Connor conta como conheceu Bono

Sinead O'Connor, quando estava junto com The Edge nas sessões de gravação das músicas que seriam tema da trilha sonora do filme 'Captive', conheceu Bono: "A primeira vez que eu o vi, ele me deu um álbum da Ella Fitzgerald e eu amo Ella Fitzgerald. Eu realmente não conhecia ele. Ele é um bom compositor e ele é um grande cantor. Ele é um menino."
Só que logo depois, por causa de seus ataques virulentos contra Bono e U2 nos primeiros anos desta amizade, desanimaram Bono.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Bono, George Michael e Andrew Ridgeley juntos no palco

A foto acima é do Live Aid, um dos maiores concertos de música de todos os tempos, que aconteceu no dia 13 de julho de 1985. Nela podemos ver Bono, que participou juntamente com o U2; George Michael e Andrew Ridgeley, que na época formavam o Wham!
Talvez você nunca tenha ouvido falar do Wham! ou de Andrew Ridgeley, certo? Então vamos lá: Wham! foi um duo inglês de música pop, formada em 1981 por George Michael (que todos conhecem) e Andrew Ridgeley, na cidade de Londres. Nos Estados Unidos foram conhecidos como Wham!UK porque já existia outro grupo com o mesmo nome. 
Suas canções mais conhecidas são: "Wake Me Up Before You Go-Go","Freedom", "Everything She Wants", "Last Christmas" e "The Edge Of Heaven".

Mas o maior hit da dupla é mesmo "Careless Whisper", que é um single de George Michael lançado em 1984, mas creditado nos EUA como uma canção do Wham com George Michael. Andrew Ridgeley co-escreveu a letra da canção, que surgiu três anos antes.

A banda se separou em 1986 e George Michael iniciou uma bem sucedida carreira solo.

Bob Hewson teria amado "Sometimes You Can´t Make It On Your Own"

Bono: Eu cantei "Sometimes You Can´t Make It On Your Own" no funeral do meu pai. Ele era um cara durão, da velha escola, irlandês, dublinense, do lado norte de Dublin, super cínico sobre o mundo e as pessoas, sabe, mas muito charmoso e engraçado também. Com ele a coisa toda era "“Não sonhe, sonhar é se desiludir."” Eu acho que esse foi realmente o conselho dele pra mim. Ele não falou desse jeito, mas foi o que ele quis dizer, e com certeza essa é uma receita para a megalomania, não é? Quero dizer, eu sempre me interessei só por grandes idéias, e não tanto em sonhar mas em pôr os sonhos em ação, pôr em prática as coisas que você tem na cabeça se tornou algo muito importante pra mim. A canção "Sometimes You Can´t Make It On Your Own" foi dedicada à ele, e é um retrato dele. Ele era um grande cantor, um tenor, um cara vindo da classe operária de Dublin que ouvia ópera e conduzia o estéreo com as agulhas de tricô da minha mãe. Ele simplesmente amava ópera, então nessa canção eu alcanço uma daquelas notas altas típicas dos tenores, que ele teria amado tanto. Eu acho que ele teria amado mesmo, pelo menos espero que sim.

Edge: É muito difícil quando as pessoas se referem à uma das nossas músicas antigas e dizem “vocês podem escrever outra canção tão boa quanto "Where the Streets Have no Name" ou "One"?” É a esse tipo de música que as pessoas se referem, mas eu acho que em 'How To Dismantle An Atomic Bomb' temos algumas canções tão boas quanto essas, talvez até melhores. De certa forma, eu ainda estou muito ligado a elas pra realmente dizer, com certeza, se eu mesmo acredito nisso, e no final das contas no que eu acredito não é tão importante, é o que todo mundo pensa que decidirá se as músicas desse disco são tão boas quanto as nossas melhores, então eu fico feliz em apenas observar os que as pessoas pensam.

"Who's Gonna Ride Your Wild Horses" traz uma referência ao livro Sidarta, de Hermann Hesse

Sidarta (Siddharta) é um romance escrito por Hermann Hesse, um dos maiores escritores alemães. 
Vencedor do Prêmio Nobel de Literatura em 1946. A sua primeira publicação foi em 1922 e conta passagem da sua vida e pensamento durante a sua estadia na Índia em 1910, inspirado na tradição contada de Siddhartha Gautama, o Buda. O livro trata basicamente a busca pela plenitude espiritual, e o alcance de estados em que a mente humana se encontra absolutamente completa e plena. Em 1972, o grupo inglês de rock progressivo Yes inspirou-se no livro para escrever as letras da música "Close To The Edge".
O U2 em 1991, também se inspirou no livro e colocou um trecho do livro na canção "Who's Gonna Ride Your Wild Horses". A linha é "under the trees the river laughing at you and me".
Bono tirou esta linha da passagem: "mas o rio limita-se a rir, rir de mim, de mim e de você também, dá gargalhadas em face da nossa tolice. A água corre para a água. A juventude procura a juventude. Teu filho não se encontra no lugar que lhe convém. Seria bom se tu também consultasses o rio. Fazer o que ele te sugerir."

domingo, 28 de outubro de 2012

Larry Mullen novamente nas telas do cinema

O baterista do U2, Larry Mullen Jr (que fez sua estréia no cinema no remake de 'The Man On The Train'), e os atores Nikolaj Coster-Waldau e Maria Doyle Kennedy são os mais recentes nomes ligados a 'A Thousand Times Good Night', o novo filme de Erik Poppe, que já conta com Juliette Binoche.
Na obra, Binoche será Rebecca, uma fotógrafa que vive dividida entre a sua vocação profissional e a família que ama (Coster-Waldau será o seu marido)- que não quer mais conviver com a possibilidade de um dia receber a notícia da sua morte e por isso lhe faz um ultimato para que escolha a vida que pretende seguir.
O filme, que conta com um orçamento de 5,3 milhões de euros e que será filmado nas paisagens de Dublin, Marrocos, Quenia e Cabul, é a quarta obra do realizador Erik Poppe, responsável igualmente pelo argumento, em parceria com Harald Roseløw Eeg.

Artigo retirado do site www.c7nema.net

sábado, 27 de outubro de 2012

Macphisto no telão da Popmart Tour

Em 1997, a PopMart Tour do U2 foi outro espetáculo multimídia extravagante destinado a rivalizar com a ZooTV. Embora os personagens criados por Bono não tenham feito aparições explícitas no palco, ficou claro que a banda não tinha esquecido Mr. MacPhisto - sua presença poderia tranquilamente ser sentida em certos momentos do show, principalmente quando eles executavam "Hold Me Thrill Me Kiss Me Kill Me". Com o público esperando pelo encore final em um estádio escuro e (relativamente) tranquilo, eles eram subitamente saudados com um som alto de sirenes - semelhante à introdução de alguns remixes de "Lemon"- e versão do Bat Sinal com o desenho de Macphisto, aparecia e sumia em partes do telão. Esta referência carinhosa à um velho amigo era invariavelmente mesclada com gritos de alegria do público presente. Quando a música poderosamente se iniciava, Bono saia gargalhando diabolicamente antes de ter um ataque violento de tosse.
A letra da canção sobre as pressões e contradições do estrelato são impregnadas de personagens de Bono na ZooTV, e o telão exibia uma série de imagens da animação do videoclipe promocional que eles produziram em 1995. Em algumas performances da música, como na presente no registro Popmart Live From Mexico City, Bono faz uma pausa durante a ponte, e inicia uma mímica, com um par de chifres de diabo feito com os dedos. O espírito de MacPhisto parece permear no resto do desempenho, especialmente no tom triste em que Bono canta "Star ...", e o sorriso diabólico no rosto depois de olhar produdamente na câmera, para depois beijá-la.
A canção fecha com uma montagem rápida de rostos de celebridades que tiveram finais trágicos, como Marilyn Monroe, James Dean, Jimi Hendrix, Elvis Presley, John Lennon, Kurt Cobain. E paralelamente a estes, o próprio MacPhisto - o símbolo máximo da influência corruptora da fama , do excesso de rock ' n' roll levado ao extremo.
As telas gigantescas da Popmart exibiam um clipe de MacPhisto no espelho com um sorriso arrogante, bem como a inclusão de uma imagem dos desenhos animados dele na mistura de rostos famosos.

www.canadanne.co.uk/macphisto/offstage.html#popmart

"One Minute Warning" foi inspirada pelo filme de animação 'Alphaville'

A canção instrumental "One Minute Warning" toca durante os créditos finais do filme de animação japonês 'Ghost In The Shell', dirigido por Mamoru Oshii e criado por Masamune Shirow. O U2 escreveu isto enquanto assistiam filmes e tocavam músicas para eles, em uma cura para aliviar o tédio que aparentemente sofreram durante o hiato entre a gravação de Zooropa em 1993, até POP em 1997.
Originalmente, "One Minute Warning" foi escrita enquanto a banda assistia à outro filme de animação chamado 'Alphaville'. No entanto, quando 'Ghost In The Shell' foi concluído, Brian Eno interveio e retocou a canção um pouco para ser utilizada no filme. Os vocais são feitos por Holi e a música (como muitas no álbum 'Original Soundtracks 1') é praticamente desconhecida.

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Para orgulho dos fãs brasileiros, "Bad" foi tocada pela primeira vez na turnê Popmart, aqui no Brasil

Em 1997, o U2 anunciou que finalmente viria tocar pela primeira vez no Brasil no ano seguinte, depois de 20 anos de existência da banda.
A MTV Brasil, que anunciou a transmissão ao vivo do segundo show em São Paulo, começou com uma maratona diária com programas sobre a banda, entrevistas, notícias, videoclipes, shows, e tudo que se possa imaginar. Foram dois meses fantásticos, para fã nenhum botar defeito. Um trabalho digno da emissora na época.
Um destes programas, foi uma entrevista que o VJ Fábio Massari fez com o U2 em Barcelona. Ao conversar com Paul McGuinness, o empresário, ele informou qual era o setlist que a banda vinha tocando. Massari então perguntou se teríamos no Brasil alguma surpresa, e McGuinness desconversou e respondeu que a lista poderia mudar até a chegada do U2 na América Do Sul.
Foi então que Paul McGuinness revelou que a única canção que as pessoas sentiam falta no setlist era "Bad", e que talvez ela entrasse no setlist mais tarde. Ele deixou claro que a canção é venerada pelos fãs do U2.
O U2 não tinha tocado ela em nenhuma apresentação da Popmart Tour em 1997, e sua última aparição ao vivo tinha acontecido em 28 de agosto de 1993 em Dublin, num show da turnê ZooTV.
Confira no vídeo a seguir, Paul McGuinness conversando com Fábio Massari sobre o setlist da Popmart Tour:

No dia 30 de janeiro de 1998, o U2 entrou no palco para a primeira noite de apresentações em São Paulo, e o Brasil foi abençoado naquela noite, pois, depois de longos 5 anos, a banda incluiu novamente "Bad" em um setlist de seus shows, para delírio dos fãs no mundo todo, e para orgulho dos brasileiros, que esperaram por longos 20 anos pela vinda da banda ao país, e tiveram a honra de serem os primeiros na turnê, à ouvir depois de meia década, uma canção tão especial.

O desentendimento entre Bono e Macphisto

Em seu discurso em Sydney no ano de 1993 durante a ZooTV, MacPhisto prometeu estar sempre conosco - e ele, de fato, sobreviveu à turnê.
Algum tempo depois, quando a ZooTV chegou ao fim, Bono e seu alter-ego demoníaco aparentemente tiveram um desentendimento. Bono foi entrevistado na premiação da Revista Q em 09 de novembro de 1994, com a transcrição publicada na edição 100 da revista. Ele incluiu o seguinte diálogo:

Q: MacPhisto foi embora?
Bono: Ele foi para a cama, cobriu a cabeça e não se levantará até segunda-feira.
Q: Onde ele mora?
Bono: Eu não quero saber de mais nada. Eu falei isso para ele. Perguntaram à ele se ele queria estrelar o filme do Batman, que achei que foi uma idéia muito boa.

Tempo depois, Bono e MacPhisto conseguiram resolver suas diferenças. Quando perguntado novamente sobre Mac em março de 1996, Bono disse à revista Juice:

"O palco é um sapato plataforma, afinal. Tudo que faz é nos fazer parecer maiores. Eu acho que vestir-se como o diabo era grandioso, e eu apreciei cada minuto disto. Na verdade, eu sinto falta do velho pássaro..."

www.canadanne.co.uk/macphisto/offstage.html#afterzoo

A camiseta utilizada por The Edge na versão do videoclipe de "Walk On" gravado no Rio de Janeiro

Na versão do videoclipe de "Walk On" que traz cenas gravadas no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro, The Edge está com uma camiseta em que está escrito: 'IF YOU COULD CHOOSE ANY PROFESSION OTHER THAN A MUSICIAN WHAT WOULD IT BE?'
A tradução: 'Se você pudesse escolher qualquer outra profissão do que um músico, o que seria?'
Esta cena pode ser vista quando o U2 está tocando junto aos pilares do vão livre do MAM (Museu de Arte Moderna) no Aterro do Flamengo.

The Edge declarou que "Miracle Drug" seria tocada em shows do U2 por muito tempo

The Edge: Uma das coisas excitantes sobre 'How To Dismantle An Atomic Bomb' foi que, tendo trabalhado em muito material diferente, tendo gravado de várias formas diferentes durante um extenso período, assim que o álbum começou a se definir ao final, todos nós começamos a pegar o jeito não só das canções individualmente, mas da coleção inteira, e como estava tudo se encaixando. Naquele momento todo mundo ficou tão inspirado que nós escrevemos uma porção de canções nos últimos meses e uma delas foi "Miracle Drug", que chegou até bem rápido. É uma música com muita ressonância e uma daquelas canções que será tocada em shows do U2 por muito tempo.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Daniela Mel, a intérprete que ensinou Bono à falar português nos shows do U2 no Brasil em 1998 e 2006

Durante muito tempo, Daniela Mel foi uma superprofissional do show business: trabalhou como intérprete de banda e na produção dos maiores shows que já rolaram aqui no Brasil. 
Ela já levou o Ian Anderson, do Jethro Tull, para jantar num restaurante japonês. Conversou sobre gurus indianos com o Robert Plant, e ensinou Bono a falar algumas palavras em português em 1998 e 2006. Ela conta sobre um momento descontraido com Bono: “Em 98, eu tinha gravado um disco de música infantil e queria dar de presente ao Bono. Perguntei se ele tinha filhos, e a resposta foi: ‘Por que? Você quer ter filhos comigo?’. Fiquei sem graça, mas devolvi a pergunta: ‘Agora?’”, recorda Daniela. O cantor se desculpou pela brincadeira, aceitou o disco e pediu para a locutora autografar, dedicando o CD para cada um dos seus filhos: duas meninas e dois meninos. “A única coisa que eu pensava era que não tinha nenhum amigo para me ver dando autógrafo para o Bono”. Em 2006, mais uma vez Daniela esteve com ele. Na época, ela pediu para o cantor tirar os óculos e mostrar os olhos azuis. Bono respondeu que não e a locutora ficou sem graça. “Em seguida, ele foi tirando os óculos devagar e mostrando os olhos”.
Um dos roqueiros que ficaram mais amigos de Daniela foi Axl Rose, que ela conheceu em 1993, quando ele ainda tinha mania de atirar cadeiras no hall de entrada do Maksoud Plaza. Dez anos depois, os dois se reencontraram e passaram horas na piscina de um outro hotel conversando sobre a vida. Mas nem tudo foram flores. Daniela contou que os garotinhos do N’Sync, além de cantarem com playback, só queriam aprender a falar baixarias em português. Ossos do ofício à parte, ela pode se gabar hoje de ter conhecido os Ramones, Stones, Paul McCartney, Sting. Enfim, uma constelação. 
Depois disso, Daniela já fez um monte de outras coisas: trabalhou no rádio, na TV, escreveu contos e poemas picantes, fez um blog (http://aindabemqueeunaodei.zip.net).
Confira esta postagem do blog dela:
“I Still Haven`t Found What I`m Looking For”. Quando eu era adolescente, essa era a minha música. De uma eterna busca.
Certa vez gravei-a num estúdio, só voz e piano, numa versão acústica, de tanto que eu gostava dela.
Quando o U2 veio ao Brasil em 98, eu estava trabalhando na produção internacional, ralando muito, uma zona, às vezes até sendo maltratada pelos italianos que estavam produzindo o evento em parceria com o Franco Brunni (produtor do show no Brasil). Um dia, quando eu menos esperava, quando eu passava apressada pelos corredores da produção, veio para mim um gringo que eu nunca tinha visto antes e perguntou se eu poderia ajudá- lo, se eu tinha uns 10 minutinhos. Sim, lógico. Para que? Ele não respondeu, apenas me levou pelo braço, pelos corredores e camarins, e de repente, inacreditavelmente, estava ali, na minha frente, Bono. Como assiiim??? Meu coração disparou ao mesmo tempo que eu precisava aparentar calma, profissionalismo e tranqüilidade. O tal gringo era assistente pessoal do Bono e precisava de alguém para ensinar algumas poucas palavras em português para ele. Eeeeeuuu??? Lógico que sim!!!. Calma, calma, calma. Não era possível. O Bono sorriu, me deu um beijo, prazer, pediu 1 minuto que já voltava e perguntou se eu podia esperá-lo. Ele tinha que terminar de ensaiar com a bateria da Salgueiro, que entraria mais tarde no palco com eles para tocar em “Desire”. Eu, esperar o Bono? Como assim??? Assisti a o ensaio da bateria da Salgueiro com o Bono, Edge e Larry e o tal assistente. Era tão surreal eu estar ali, e não ter com quem dividir, para quem ligar...
Quando acabou o ensaio, o Bono sentou do meu lado num sofá e disse que queria aprender algumas coisas em português. Fora “E aí galera? Tudo bem?”, ele queria dizer algo diferente, ligado ao futebol. Então, como a Irlanda tinha sido desclassificada nas eliminatórias da Copa do Mundo daquele ano (98), ele pediu ”Por favor, ganhem a Copa pela Irlanda!!!” A galera delirou. Pena, aquele ano a gente perdeu na final para França...
Enquanto eu ensinava ele a falar, lembrei das minhas pirações de adolescente, quando encanei que o pai dos meus filhos tinha que ter olhos azuis, e quase surtei quando descobri que o Bono preenchia esse quesito, portanto era forte candidato. Essa minha lembrança durou 2 segundos, tempo suficiente para eu virar para ele do nada e pedir ”Can you take off your glasses, just for one moment?” Tipo, pedindo para ele tirar os óculos, aquele vemelho, só um minutinho...Para consumar meus delírios juvenis. Ele disse não, é lógico. Bem-feito para mim. Quem mandou você não se colocar no seu lugar, sua louca?, pensei. Meu, passaram mais 5 segundos e ele foi abaixando devagarzinho os óculos e sorrindo, mostrando que estava brincando comigo. Então eu vi seus olhos azuis. Lindos e azuis. Foram segundos que pareceram uma eternidade.
Continuamos com os ensinamentos por mais alguns minutos, e, antes de eu ir embora e voltar à minha função de produtora, fui dar um disco meu para ele, que eu tinha acabado de gravar, que por acaso, estava na minha bolsa/pochete. O disco era infantil, gravei com crianças de uma creche, se chama “O Sonho da Sereia”. Para não ficar ridícula a situação, perguntei na maior inocência se ele tinha filhos. Na hora ele respondeu: “Why, do you want to make some?” Mal sabe ele o que aquilo significava, que eu ia levar a sério...”Now?” Perguntei, meio que afirmando. Ele então beijou minha mão, pegou o disco e me fez autografá-lo em nome dos 3 filhos dele. Soletrou nome por nome. COMO ASSIIIIMMMM????? Eu, dando autógrafo pro Bono??? Fiquei feliz pro resto da vida. Cheguei a pensar que aquilo era um sonho e eu não queria acordar.
Eu ainda teria mais uma surpresa. Duas horas depois, quando o show começou, ele falou tudo o que eu ensinei em português durante a introdução de “I Still Haven`t Found What I`m Looking For” (aquele lance de "seus país é lindo, seu povo é lindo, suas vozes são lindas), a música que sempre foi a mais especial de todas pra mim, e ficava olhando pro lado do palco onde eu estava buscando aprovação, tipo vendo se a pronúncia estava certa. Foi lindo. Chorei que nem criança. Isso tudo foi no show do Rio. Nos reencontramos em São Paulo, novamente, novo show, novas palavras.
Foi o cara mais incrível que conheci, de todos eles. Fala baixo, olha nos seus olhos, é bem humorado, pede conselhos para garganta(gengibre), pede sua opinião sobre o U2 vir fazer shows menores por aqui, luta pela paz no mundo e ainda canta que é uma beleza. E tem olhos azuis...
Em um bate papo do UOL em 2006, ela disse: "acho o Bono um cara supertranquilo. Eu fui com eles juntos para o Morumbi nos shows da Vertigo. E cada um vai num carro diferente! E o Bono driblou todo o esquema de segurança e, ao chegar, foi falar com os fãs da primeira fila! Ele é um louco! Uma curiosidade: achei o cabelo do Bono horrível. Acho que ele fez um alisamento estranho. E o Edge tem um gorro que ele não tira nunca da cabeça."

VIDEO COM DANI MEL:

Contando a história do videoclipe de "Hold Me Thrill Me Kiss Me Kill Me"


A decisão da não partipação de Macphisto no filme Batman Forever não foi totalmente ruim, pois, como resultado, o U2 contribui com uma de suas melhores canções para a trilha sonora do filme - "Hold Me Thrill Me Kiss Me Kill Me", lançada como single em Junho de 1995. E graças ao seu videoclipe de animação, MacPhisto enfim, se tornou um vilão cômico.
O vídeo, dirigido por Maurice Linnane e Kevin Godley, combina trechos do filme com cenas em desenhos animados do U2 em Gotham City. O primeiro personagem animado a aparecer no vídeo - MacPhisto é visto sorrindo diabolicamente e dançando em um telhado, como o resto da banda tocando em torno dele. Mais tarde, seu rival The Fly pode ser visto rastejando, como o homem-aranha, em um sinal de néon escrito "THINGS" (Coisas) (seria uma referência à 'deslizando para baixo da superfície das coisas', linha da canção "Even Better Than The Real Thing"). Ele cai no chão e é visto brevemente enfrentando MacPhisto com a câmera virando para baixo para uma outra cena do filme. Os dois alter-egos se revezam para cantarem linhas do refrão, sorrindo à medida que eles surgem da escuridão e, em seguida, desaparecerem novamente.
Conforme o vídeo avança, os elementos de U2 e Batman tornam-se fortemente mais entrelaçados. Uma versão animada do Charada (The Riddler) aparece na frente dos telões da ZooTV, no telhado de MacPhisto, talvez em referência à aliança planejada entre os dois personagens. Outra cena mostra o bat-sinal se transformando em um logotipo de MacPhisto, que, em seguida, aparece em todas as telas de vídeo. 
Na turnê Popmart do U2, ocorrida em 1997 e 1998, a banda acabou utilizando este logo no telão, durante a performance da canção.
Durante a ponte da canção, The Fly perde seus óculos, enquanto salta entre os edifícios e encontra-se vulnerável à luz dos flashs dos fotógrafos que se aproximam (uma referência ao próprio Bono, que usa óculos por ter os olhos extremamente sensíveis à luz). Isso corta para uma cena de flashback, em que uma tira de quadrinhos declara que "este homem é chamado uma estrela do rock. Tão puro! Tão justo! Tão honesto! E DAÍ?" Bono responde arrancando sua auréola e transformando-a em um desses famosos óculos de olhos arregalados, uma metáfora para a blindagem da ironia e humor que U2 criou para destruir a sua imagem séria dos anos 80. Voltando ao presente, The Fly é encurralado por um paparazzi e cai do telhado, mas é salvo quando Larry lança seus óculos de volta para ele - transformando-o em um super-herói ágil, imediatamente após colocá-lo. The Fly vai imediatamente para o confronto com MacPhisto, que é visto com o suporte familiar de um telefone. Este confronto é interrompido pelo Bat-plane estourando através das telas de vídeo, e o U2 atacando com lança-chamas construídos em suas guitarras. MacPhisto e a banda pulam para seu próprio carro voador (com o símbolo de 'BatPhisto' decorando as calotas) e começa uma perseguição.
A próxima seqüência do U2 parece ser outro flashback, e mostra a banda deixando o Mr Pussy's Café De Luxe(o clube cabaré de Dublin de propriedade conjunta de Bono - renomeado para 'Mister Swampy's' na versão americana do vídeo, devido à palavra 'Pussy's' ser um termo mais vulgar para o orgão sexual feminino). Larry, Edge e Adam escapam da frente de um carro em alta velocidade para não serem atropelados, mas Bono vagueia através da estrada com a cabeça enterrada em uma cópia de 'The Screwtape Letters' e, consequentemente, é atropelado por Elvis Presley!
Vemos então Bono amarrado em uma cama de hospital, onde aparentemente morre... apenas para ressuscitar como MacPhisto, tanto para o choque de seus companheiros de banda, como para os médicos!
Enquanto a música chega ao fim, um MacPhisto eufórico é visto sobre o telhado em outra situação familiar, dançando com uma garota (assim como Bono nos shows do U2) - embora ela esteja amordaçada e olha aterrorizada. As cordas exuberantes do encerramento da canção são tocadas por uma orquestra sombria de diversos Batman, e MacPhisto vai arrancando fora uma série de máscaras e capas, repetidamente transformando-se em Batman e nele outra vez.
No comentário dos diretores no DVD 'The Best Of 1990-2000', tanto Godley quanto Linnane expressam sua apreciação por MacPhisto. Em um ponto eles dizem: : "Gostaria de voltar nele, alter-egos lado a lado, MacPhisto se classifica juntamente com o Charada e o Pingüim como um perfeito personagem de Batman, não é?" Linnane responde: "Absolutamente".

www.canadanne.co.uk/macphisto/offstage.html#hmtmkmkm

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Adam Clayton explica como Jacknife Lee transformou em canção do U2, uma demo de Bono e Edge

Adam Clayton: Jacknife Lee trouxe novos ares para nós nas gravações de 'How To Dismantle An Atomic Bomb', ele nunca havia trabalhado com a gente antes. Nós meio que falamos: "“olha, vá em frente e faça o que você acha que é certo, não tenha idéias pré-concebidas”". Então ele tinha um segundo estúdio, pra trabalhar com teclados e pro-tools em cima do que nós já havíamos feito. Ele praticamente trabalhou "A Man And A Woman" à partir de seu estágio mais básico, que na verdade era uma demo que Bono e Edge haviam trabalhado no Sul da França. Todo mundo gostou dela em sua forma demo, ninguém queria realmente muda-lá, mas ele começou a mexer com ela – ele me fez colocar o baixo nela, daí ele alterou novamente e fez soar ainda melhor, daí eu acho que o Bono apareceu e gravou um pouco de guitarra, e o meio da canção realmente se desenvolveu. Edge adicionou teclados e mais guitarras e gradualmente ela se transformou na canção que é hoje. Bono terminou de escrever a letra e gravou os vocais, daí Jacknife fez a mixagem. Essa música tem muito de seu trabalho.

Your Blue Room - Music For Films 4

É 1995, final de julho, uma quarta-feira. Dublin está quente. Os membros do U2 e a equipe de Brian Eno estão em um estúdio de gravação na beira do rio, com a promessa de terminar de fazer seu álbum conjunto em três dias. Depois que os membros do U2 sairem em suas férias e a equipe de Brian Eno iniciarem a finalização do álbum 'Your Blue Room - Music For Films 4'. Exceto, é claro, que não vai ser este título. Mas já que era este, então é este agora. Entre os Passengers se cogita 'Original Soundtracks 1'. Esta é um pouco da história de um dia no estúdio:
Bono e Edge estavam no estúdio até tarde ontem à noite, e eles são os primeiros desta manhã. The Edge está tocando um sintetizador no estúdio, escrevendo um tema para o novo filme de James Bond (Goldeneye). Um trabalho paralelo dele e Bono, sendo que eles têm apenas três dias para terminar o álbum de trilha sonora com Brian Eno. The Edge está escrevendo uma peça diferente que não estará no álbum. Bono está vagando ao redor das instalações, supostamente em busca de um acorde ausente. The Edge deu à ele isto na noite passada, mas ele já perdeu, obviamente. "Nós temos até sábado," diz o guitarrista. "Mas nós temos algumas nozes para quebrar ainda."
Bono está animado com o material que o U2 e Eno estão fazendo. Ele tenta operar intimamente uma grande máquina de fita, em uma tentativa de encontrar a última versão de "Your Blue Room", que eles escreveram para um filme que o lendário diretor italiano Michelango Antonioni começou e seu colaborador de longa data Wim Wenders está ajudando a terminar. A canção é para uma cena de amor, uma cena erótica, Bono explica, rindo com a idéia de Wim Wenders dirigindo isto.
The Edge chega, querendo saber onde está aquela cena de TV do alcoólatra falando com o sacerdote. Eles estão escrevendo músicas para ele. É uma cena de um novo filme (Entrophy) de Phil Joanou - o cara que dirigiu Rattle And Hum.
Brian Eno, um quinto membro do grupo crescente de músicos que fazem este registro, está sentado na frente de um sofisticado computador Mac da Apple e mexendo em imagens digitalizadas da banda em algo que poderia se tornar a capa do álbum. "Há uma série de Brian Eno" Bono explica: "Esta é a obra de arte de Brian Eno."

terça-feira, 23 de outubro de 2012

"Lady With The Spinning Head" veio de um livro de Charles Bukowski

"Hollywood", de Charles Bukowski, foi escrito em 1989 e narra todo o périplo do autor em criar o argumento, conviver com astros do cinema e as notórias dificuldades de se produzir um filme. Está tudo lá: produtores sem dinheiro, atrizes em crise profissional, diretores suicidas, magnatas endividados e lógico, muito álcool para suportar tantos egos e "personalidades". Um prato cheio para um especialista em diálogos rápidos, irônicos, certeiros.
Um livro indispensável de Bukowski, comparado pela crítica européia à Céline, Hemingway e Henri Muller.
Na página 14 do livro, um trecho é: "Sobre a mesa ele tinha uma pequena roleta giratória, controlada eletricamente, que parava de girar com o apertar de um botão. Ele tinha fichas empilhadas e uma longa folha de papel cheia de cálculos. Também tinha uma prancha de apostas. Ele colocou suas fichas, apertou o botão e disse: “É a minha dama da cabeça giratória (my lady with the spinning head)."
Em 1990, para o álbum 'Achtung Baby', o U2 escreveu a canção "Lady With The Spinning Head", que acabou sendo descartada do disco e entrou como Lado B do single de "One" em 1992.
Esta clara alusão à Bukowski no título da música, permite uma compreensão mais clara do conceito que Bono usa na letra da canção. A metáfora estendida de sorte/providência/destino para uma mulher, usa a linha de Bukowski como ponto de partida. Uma vez que é uma comparação, as imagens na canção descrevem tanto uma mulher, como uma roda de roleta de um jogo. Por exemplo: "lá vem ela / a senhora sortuda novamente / figura de oito / seis e nove novamente."
Seis e nove formam um oito quando colocados juntos, um símbolo do infinito e uma conjunção sexual entre homem e mulher (onde se dá a interpretação do 6 e 9, como a posição sexual 69). Estes também são números da roleta, uma imagem promovida pelas cores mencionadas nas linhas "ela tem o vermelho / ela me colocou no preto". Sorte, como uma senhora ou aposta de um jogador, vem e vai, formando o 8 mencionado no final da canção.

Detalhes sobre a não participação de Macphisto no filme 'Batman Forever'

Hollywood acenou para o Sr. MacPhisto, quando os criadores de Batman Forever expressaram o interesse em dar à ele um papel no cinema.
Há histórias conflitantes sobre o que exatamente eles tinham em mente, e quem eventualmente decidiu contra isto acontecer. O diretor Joel Schumacher disse à imprensa que Bono "pediu-lhe para estar no filme" e que "eu queria ele nele", mas não havia um papel para ele. Um site afirma que produtores do filme "queriam muito Bono para fazer uma aparição como MacPhisto, supostamente cantando com o coração, em cima de um piano". Eles dizem ter ficado fascinados pelo personagem e sentiram que poderiam fazê-lo caber dentro do filme, mas infelizmente Bono recusou a oferta. Em vez disso, propôs contribuir juntamente com o U2, com uma canção para a trilha sonora. Schumacher confirma que discutiram a idéia dele participar em uma cena da festa, embora ele não diz nada sobre Bono, recusando-se a ressuscitar o personagem: "pensei que poderia tê-lo em pé em um piano no traje como MacPhisto. Mas eu não tinha certeza do que seria trabalhar para ele cantar uma música inteira e aconselhei que a idéia não seria uma boa para ele. Ele concordou."
A ShowBiz da Irlanda deu mais detalhes e sugeriram que Bono foi cotado "para o papel como um vilão do mal", mas Schumacher foi forçado a deixá-lo de lado depois de definir os papéis do Charada e o Duas-Caras. O diretor é citado como dizendo: "me encontrei com Bono enquanto eu estava trabalhando Batman Forever e ele queria interpretar um vilão no mundo do Charada. Mas tinhamos Jim Carrey e Tommy Lee Jones e eu não tinha um papel para ele. Ele entendeu meu raciocínio e, em seguida, ele escreveu essa canção fabulosa para nós que foi maravilhosa."
Seja qual for o tamanho e a importância do papel, teria sido verdadeiramente fantástico ver MacPhisto imortalizado nas telas do cinema, mas, infelizmente, não era para ser.

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segunda-feira, 22 de outubro de 2012

O surgimento de "Elvis Ate America" nas sessões de 'Original Soundtracks One'

1995: Howie B. chega de outro estúdio em Dublin, onde ele passou a noite mixando faixas para o U2, sugeridas por Brian Eno. Bono conheceu Howie recentemente em uma performance dele no The Kitchen, e prontamente o recrutou para trabalhar neste novo projeto.
"Deixe-me mostrar-lhe este poema de Elvis que eu tenho," diz Bono. "Eu me pergunto se você pode fazer qualquer coisa com isso." Bono lê o poema em estilo rap e Howie B. vai até o equipamento providenciar um groove. "Louco pra caralho" diz Howie B. em seu forte sotaque de Glasgow. "Eu tenho algumas coisas aqui de ontem à noite, Edge soou selvagem pra caralho".
Howie B. reproduz a faixa de Bono e Eno escuta também, embora fazendo ainda parte da frente do álbum em seu computador. Enquanto a música toca, Howie B. está dobrando e soprando como um judeu devoto de ácido no muro das lamentações. Bono entra no grooving, pensando que esta "viagem" se encaixaria no humor da gravação. Howie B. é alarmado com um click bruto na gravação, mas Eno avalia que ele pode se livrar dele. "Porra, obrigado por isso" diz Howie B.
"Melhor seria ir depois para a trilha sonora de Blade Runner," diz Bono, "que se encaixaria perfeitamente."
É um pouco longa, mas isso não é problema: "vai desaparecer em algum momento" diz Howie B.
Bono diz que é material perfeito para o Million Dollar Hotel, em uma cena em que ele descreve um trem chegando em um aeroporto. "Ela tem um pouco de estilo havaiano," diz Howie B.
"Estilo havaiano dos anos 90" diz Adam, que está satisfeito como Bono, com o que Howie B. produziu, e eles enviam-lhe com o poema de Elvis. Entretanto, a busca é sobre algo chamado "After The Jungle", ou pelo menos uma versão disto que todo mundo gostou - e aprovaram - na semana passada. "Nós poderíamos fazer outra versão", diz algum deles.
"Nós não queremos 94 porras de mixagens para ficarmos escolhendo", diz Eno.
Eno tem um tipo diferente de papel nesta gravação, do que em outros registros do U2. Adam explica: "Como nós deixamos a química das sessões se desenvolver, colocamos Brian então no papel de escolher o material e decidir até que ponto era necessário finalizar. Estamos realmente trabalhando sob a instrução de Brian, quando então tivemos essas peças identificadas, nós entramos com outras idéias para melodias e letras. A química tem sido diferente, de uma gravação normal de um disco do U2".
"Basicamente fizemos de Brian o capitão", brinca Bono. "É seu navio e tornamos nós mesmos disponíveis."
Em seguida, uma ressalva: "Ao mesmo tempo, não é assim tão simples, porque nós somos uma banda com uma identidade muito forte e idéias fortes sobre o que queremos fazer. Inevitavelmente algumas músicas, por exemplo, têm aparecido, que não faziam parte do plano original."
Mas funcionou bem: "Não é um disco do U2, é um registro de Brian Eno e U2, por isso é muito melhor", diz o cantor.

"Electrical Storm": outra canção das sessões de 'All That You Can't Leave Behind'

"Electrical Storm" do U2 foi originalmente escrita durante as sessões de gravação de 'All That You Can't Leave Behind'.
Bono diz que, embora a sua intenção tenha sido de escrever "Electrical Storm" sobre o rescaldo dos atentados de 11 de setembro, ela acabou se tornando uma canção de amor: "É difícil. Quando estou escrevendo as letras das músicas, eu tento colocar em palavras o que a banda está fazendo musicalmente. Você sabe, a letra tende a crescer fora da melodia, e a melodia cresce fora dos acordes. O título de "Electrical Storm" veio para mim como uma espécie de sugestão sobre os tempos tensos em que vivemos, e pós 11 de setembro, e tudo isso, mas na verdade acabou sendo uma música apenas sobre amantes que tentando limpar o ar, realmente. E eu deixei lá.

Nota: foi ventilado na época que "Electrical Storm" ficou de fora do álbum 'All That You Can't Leave Behind' porque era mais uma canção escrita sobre Michael Hutchence, e o álbum já trazia uma letra sobre isso: "Stuck In A Moment You Can't Get Out Of'.
As teorias: o casal rivais na canção "Electrical Storm" lembram Hutchence e sua namorada Paula Yates na época de sua morte.
O U2 utiliza muito em "Electrical Storm" a frase 'baby, don't cry'. O INXS tem uma canção chamada "Baby Don't Cry", e esta música também fala sobre um casal brigando e um dos parceiros fazendo uma tentativa de reprimir a rivalidade.

domingo, 21 de outubro de 2012

Frank Sinatra se transforma em Macphisto no videoclipe de "I've Got You Under My Skin"

Bono gravou um dueto fabuloso com Frank Sinatra na canção "I've Got You Under My Skin", que foi lançada em novembro de 1993 no single Double A Side "Stay (Faraway So Close!). Duplo A Side, pois as duas canções tiveram videoclipes.
No vídeo promocional de "I've Got You Under My Skin", Sinatra pode ser visto brevemente se transformando em MacPhisto e voltando ao normal, aos 24 segundos da canção.
Há um trecho adicional de MacPhisto ao vivo em 2 minutos e 27 segundos, erguendo os braços para a platéia.

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"Love And Peace Or Else" foi inicialmente produzida por Brian Eno e Daniel Lanois ainda nas sessões de 'All That You Can't Leave Behind'

Bono: "Love And Peace Or Else" começou há alguns álbuns atrás de 'How To Dismantle An Atomic Bomb' e nós nunca conseguimos decifrá-la. Era apenas esse espírito no ar, esse riff psicodélico dos anos 60. Brian Eno estava no comando, e com aquele som grave, soava como o fim do mundo e a base subterrânea e esse tipo de glam-rock, day-glo, cerimônia gospel. "Lay down, lay down your guns, all you daughters of Zion (deponham suas armas, todas vocês filhas de Zion)", ela tinha um certo groove a la T Rex, e também algo de Garry Glitter, com um boom ba boom ba boom.
Ela ganhou essa imagem legal na qual é "“as you enter this life, I pray you depart, with a wrinckled face, and a brand new heart (assim como você entra nessa vida, eu rezo pra que você parta, com uma face enrugada, e um coração novo em folha)" esse ser, bebê e alma. E aí tem uma discussão entre amantes no meio dela, bem no meio desse som ritmado, sobre onde nós estamos nesse mundo agora mesmo, tem uma virada a la Brian Wilson, e você está ao telefone, “"oi querida"”. Você está discutindo com sua namorada e diz, “olha, tudo bem, podemos resolver isso, as coisas vão melhorar...” e enquanto você fala, tem uma TV por perto, e a TV está ligada, mas sem som, e as tropas na área estão a ponto de atacar, e eu imagino "onde está o amor, onde está o amor"... Você tem aspectos pessoais e políticos chegando juntos nessa pequena cena, bem cinematográfica.

Adam: "Love And Peace Or Else" foi uma faixa na qual tivemos muita dificuldade pra encontrar identidade quando estávamos trabalhando no 'All That You Can´t Leave Behind'. O que nos inspirava era aquele teclado e baixo distorcido pelo Brian Eno, bem no começo. E então Larry apareceu com essa batida bem anos 70 a la Garry Glitter e aí pensamos, isso vai ter que chegar em algum lugar, temos que fazer algo com isso. Tentamos terminá-la para o 'All That You Can´t Leave Behind', mas nunca funcionou legal. Sempre que ouvíamos os outtakes do disco, ela se sobressaia, então voltamos a ela em 'How To Dismantle An Atomic Bomb', e eu acho que Edge criou uma parte de guitarra matadora que, de certa forma, aglutinou tudo, e Bono já tinha a melodia e os vocais mais ou menos planejados. Eu acho que o meio dela ainda estava intacto, então uma vez que Edge colocou aquele trecho de guitarra lá, a música surgiu completa.

Edge: "Love And Peace Or Else" começou como improvisação, e ela deve muito ao inacreditável som do sintetizador de Brian Eno, que abre a canção, e também à Daniel Lanois e seu shaker, em parceria com o Larry na bateria. Nós tínhamos esse fantástico groove e o som, mas na verdade não havia canção, e levou algum tempo pra desenvolvê-la a partir de uns poucos pedaços de música que eram parte da primeira versão. Nos agarramos à aquela versão porque sabíamos que havia algo muito bom lá, e só precisávamos de uma canção pra detornarmos. Nós a reescrevemos algumas vezes, e ela mudou muito, mas reteve os melhores momentos daquela improvisação porque era só um som e uma idéia naquela época. Ela tem toda essa ressonância da era glam-rock, como o melhor de Eno, eu acho, e em cima disso você também tem esse elemento sônico do século XXI, vindo de longe no futuro. É sempre muito bom em qualquer disco ter algo que você nunca ouviu antes e é uma das minhas preferidas por essa razão.

sábado, 20 de outubro de 2012

A briga entre U2, Sinead O'Connor e Fachtna O'Ceallaigh

No começo de sua carreira, Sinead O'Connor se uniu à um empresário experiente, Fachtna O'Ceallaigh, que era o ex-chefe da gravadora Mother Records (onde Sinead iniciou sua carreira), propriedade dos integrantes do U2. Ele era repórter do Evening Press de Dublin e descobriu o Boomtown Rats. O'Ceallaigh havia sido demitido pelo U2 por reclamar sobre eles em uma entrevista, chamando-os de intrometidos e pretenciosos. Ele foi franco com suas opiniões sobre música e política, e O'Connor adotou os mesmos hábitos, tomando as dores do empresário e também namorado: ela defendeu as ações do IRA e disse ironicamente que a música do U2 era "bombástica". Ridicularizou também Bono e sua bandeira branca da paz.
Fachtna nunca gostou do U2 e saiu da Mother Records frustrado, aparentemente porque o U2 nunca lhe concedeu o poder que ele queria, para decidir quem ou que a gravadora iria lançar.
Tempos depois, Sinead e Fachtna se separaram, e Bono e Sinead se reconciliaram.

Bono deu uma entrevista à revista Rolling Stone em 4 de março de 1993, onde ele passa por cima da briga pública com Sinead O'Connor:

AL: O que você achou do incidente de retalhamento do Papa no ano passado por Sinead O'Connor?

BONO: Talvez você tenha que ser irlandês para entender sua amargura para com o Papa. Você pode argumentar que o Papa é sincero, mas negar as pessoas em contracepção neste momento é um ato muito irresponsável. É mais do que um ato irresponsável. Você não pode comprar preservativos nneste país tão facilmente, assim quando Sinead fala sobre ele ser o inimigo, eu imagino que é o que ela está falando.
Eu não quero ser o seu defensor, e ela não precisa de um. Eu me senti muito próximo a ela, nos primeiros dias, e eu ainda me sinto fortemente sobre ela. Rompemos com ela, com seu empresário, na verdade, que era o namorado dela, e, como resultado, nós eramos os diabos por algumas semanas. Mas agora que ela é o diabo [risos], eu acho que estamos ficando muito melhores. Para viver suas emoções é um mal necessário se você é um cantor, mas não faz por uma vida fácil.

Nota: algumas pessoas juram que a canção "Please" do U2 é sobre Sinead O'Connor e a percepção de que ela acreditava que a sua importância e pontos de vista religiosos eram mais importantes do que os eventos que consumiam seu país. A linha "your converse shoes...your stick-on tatoo's..." seriam atributos de Sinead.

sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Produtor do U2 está no Brasil para a Mostra Internacional de Arte Pública

Na sexta-feira (19) à noite os arcos da Lapa irão se transformar em uma grande pintura ao vivo, orquestrada pelo ex-tecladista do Roxy Music, Brian Eno. Conhecido pelos seus tempos de rockstar nos anos 1970 e por ser produtor de bandas como U2, Coldplay e David Bowie, o músico vem ao Rio com o iPad debaixo do braço a fim de produzir um "tipo de experiência que a pessoa veja, lembre que tem algo no forno em casa, mas ainda assim não consiga ir embora de tão legal".
A performance faz parte da mostra internacional de arte pública OiR - Outras ideias para o Rio. As imagens serão construídas por Eno em seu iPad durante a projeção a partir de um aplicativo chamado Scape, desenvolvido pelo músico e já à venda na iTtunes Store. Ao todo serão oito projetores focando na parte central dos arcos, produzindo imagens que se transformam em sons a partir do comando do músico.
"O maior problema da Lapa é que o ambiente ao redor é incontrolável", explica Eno, entusiasmado com a resposta das pessoas com a instalação. "Ao ver o lugar, a primeira ideia que tive é que tenho que fazer um tipo de som que faça esse tipo de trânsito soar como música".
"Estarei na Lapa, e vou compor uma música ao vivo. Mas quero ficar anônimo, senão acabo atraindo a atenção do público e da imprensa. Aí todo o conceito da apresentação pode se perder", disse Eno. "Na verdade, nem deveria ter dito isso a vocês", divertiu-se o artista.
Eno diz que é comum que o público que acompanha seus trabalhos passe até seis horas admirando as obras. "As pessoas passam por uma transição, chegam inquietas e depois de um tempo começam a relaxar até ficarem estáticas. Gosto da total entrega".
Acostumado a expor majoritariamente em galerias, o músico, que se considera antes tudo um "artista virtual", diz preferir a exibição ao ar livre. "A audiência que frequenta galerias no geral não entende o meu trabalho. Eles têm uma ideia fixa do que aquilo deve ser e não conseguem assimilar. O público da rua, como o da Lapa, passa e se interessa bem mais".
Batizada de 77 milhões de pinturas, uma vez que as imagens que serão projetadas nos arcos nunca se repetem, a exposição vai de 19 a 21 de outubro, das 19h às 22h. No sábado Eno dará uma palestra gratuita no Circo Voador às 13h sobre o seu processo criativo.

Do site: Terra

O raríssimo e oficial videoclipe do U2 para "Lemon (Bad Yard Club Mix)"

O videoclipe oficial de "Lemon" do U2, foi lançado em setembro de 1993, para promover o álbum 'Zooropa'. Dirigido por Mark Neale, produzido por Debbie Mason e editado por Jerry Chater foi filmado em preto e branco com um fundo em grade como um tributo à Eadweard Muybridge.
Um segundo e raríssimo videoclipe foi editado em outubro, trazendo o áudio do remix "Lemon (Bad Yard Club Mix)".
Foi exibido pouquíssimas vezes na época de seu lançamento. Ele traz cenas inéditas que foram deletadas na versão original do videoclipe, além de cenas outtakes:

"Original Of The Species" veio das sessões de gravação de 'All That You Can´t Leave Behind'

Edge revelou no ano de 2004: Essa canção começou nas sessões de gravação de 'All That You Can´t Leave Behind'. O primeiro rascunho da letra foi escrito muito rápido, ao fim de um projeto onde Bono se sentiu inspirado, eu acho, por uma jovem mulher que se fazia passar por uma adolescente. Mas então ele trabalhou nela, e outras influências apareceram na letra. É bem mais geral agora, não tão pessoal, e se transformou de uma boa canção, para uma excepcional. Acho até que poderia ser a melhor do álbum 'How To Dismantle An Atomic Bomb'.
Me lembro da noite em que a mixamos, éramos apenas eu e Flood no estúdio, foi ao final de um dia de diferentes mixagens e finalmente conseguimos esse mix e então colocamos pra tocar no carro, e eu fiquei lá sentado por mais de uma hora, só ouvindo e ouvindo essa música . Eu simplesmente não podia acreditar no que havíamos feito naquela noite.
Às vezes você chega em casa e na manhã seguinte você põe o último mix que conseguiu pra tocar e pensa, "“onde é que eu estava com a cabeça?"”, mas o jeito que ela se conectou comigo ainda é o mesmo daquela noite, e é muito forte.

Bono: "Original Of The Species" é uma música muito especial pra mim, ela é bela, uma espécie de jornada melódica. E sobre observar algumas pessoas, como eu faço, pessoas com vergonha de seus corpos, e especialmente adolescentes com, você sabe, distúrbios alimentares, que não se sentem confortáveis consigo mesmas e com sua sexualidade. Então é só pra dizer a elas “você é um tipo único, você é a primeira de sua espécie, você é um espécime original, você se sente como ninguém jamais se sentiu, você rouba bem debaixo da minha porta, eu me ajoelho porque quero mais um pouco de você, eu quero muito do que você tem e nada do que você não é, a todo lugar que vai você chama a atenção, você não tem que ser tímida por causa disso.”
Então é apenas isso, um tipo de hino “seja quem você é”. Mal posso esperar para tocá-la ao vivo, e o Edge toca um piano extraordinário nessa música, isso trouxe a complexidade para que esses versos equilibrem a canção.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Larry Mullen salvou a performance de Macphisto no videoclipe de 'Lemon' do U2

Esta canção sublime do álbum 'Zooropa' do U2 é certamente a mais forte associação com MacPhisto. Não só por trazê-lo para a vida na performance da música na parte Zoomerangue da turnê, mas também por desempenhar um papel de protagonista no vídeo promocional da canção, lançado em setembro de 1993.
Bono, como ele próprio, praticamente não aparece no video (é visto apenas rapidamente junto com a banda), e em vez disso, é MacPhisto e seu alter-ego The Fly que se apresentam ao lado de seus companheiros de banda. MacPhisto assume funções de cantor, enquanto The Fly é visto chegando para as suas habituais travessuras de posar com um suporte de microfone, pulando de canal, girando em torno de si com uma handycam e assim por diante.
MacPhisto aparece no vídeo sem os chifres, mas é imediatamente reconhecido a partir de seu terno, maquiagem e comportamento teatral! Ele canta perto da câmera, sorrindo diabolicamente, mostrando seu amplo leque de expressões faciais de brincalhão ao trágico. Em outros momentos (principalmente durante o refrão atmosférico), MacPhisto e os membros da banda são vistos em meio à um círculo de fumaça, em pé, separados um do outro com a câmera deslizando em torno deles. Essas cenas são lindamente captadas, especialmente a cena de Macphisto se apoiando nos ombros de Adam. O vídeo capta bem seus gestos exagerados para uma platéia imaginária ou lançando seus braços em uma pose majestosa. Outro bom momento é a gravação em câmera lenta como no canto "devagar, devagar, devagar ..." após o primeiro verso. Para MacPhisto são dadas as legendas descritivas de "Homem cantando", "Homem gesticulando", "Homem segurando a mão sobre o rosto", "Homem acenando", "Homem colocando a mão à testa", e a melhor: "O homem tremulando os dedos"!
Em seu comentário no DVD Best Of 1990-2000, o diretor Mark Neale opina: "o lado MacPhisto dele é provavelmente a coisa mais notável sobre o vídeo. Muybridge foi originalmente fazendo o que ele chamou de estudos da figura humana em movimento. E eu acho que este é um estudo de MacPhisto em movimento." Ele continua dizendo que "Bono como MacPhisto, penso eu, fez algo que nunca tinha feito antes, que se tornaria irreconhecível", e que ele é atingido pela combinação dele olhando "tão absolutamente bizarro" com o uso de lente grande-angular. Ele revela que Bono ficou inicialmente "assustado" quando ele viu as filmagens e parecia descontente com o vídeo, até o ponto onde Neale ficou preocupado das filmagens serem deletadas. Felizmente quando Larry chegou, ele simplesmente disse à Bono "Acho que esta filmagem é o desempenho mais incrível que já vi de você", que foi o suficiente para mudar a mente do cantor e salvar o vídeo!


www.canadanne.co.uk/macphisto/offstage.html#lemon

O Rancho Fantasma da canção "Heartland"

O U2 escreveu "Heartland" inspirados pelo coração americano. A letra cita: o sol do delta do Mississippi, o calor do algodão e da rodovia que fala, 66.
Route 66 é uma rodovia interestadual histórica dos EUA.
A composição é de 1986, e a música faria parte do álbum 'The Joshua Tree', mas o U2 optou por deixá-la de lado e incluir no álbum a música "Trip Through Your Wires", que era uma canção mais fácil de ser tocada ao vivo.
A música então foi lançada em 'Rattle And Hum', de 1988. Um trecho diz: "through the ghost-ranch hills" (através das colinas do rancho fantasma).
O Rancho Fantasma, fica no Novo México (sudoeste dos Estados Unidos), e foi descoberto pelo paleontólogo Edwin Colbert, em 1947. É uma área rica em fosséis.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

MacPhisto andou pelas ruas de Roma em 1993

Depois de tocarem duas noites em Roma, durante a turnê Zooropa, MacPhisto eo os outros três integrantes do U2 decidiram fazer uma filmagem pouco antes de deixarem a cidade. Isto começou com uma sessão de fotos no Hotel Majestic, em 8 de julho de 1993, e a gravação de uma mensagem de vídeo especial que, infelizmente, nunca viu a luz do dia, e permanece inédita até hoje. B.P Fallon descreveu tudo em seu livro U2 Faraway So Close:
"Bono em seu terno dourado e botas de plataforma de glitter dourado é envolto em um sofá verde-amarelo berrante no Hotel Majestic em Roma. Ele está sendo filmado por Maurice e Ned. Fintan coloca o cabelo de Bono no lugar, Nassim verifica sua maquiagem branca no rosto. Agora Bono lê algumas linhas para a câmera, algumas linhas foi Edge que escreveu para este personagem, todos os olhos escuros e mentiras brilhantes e sonhos palmados. "Eles dizem" Bono entoa para a câmera, "quem ama a sua vida, perde-a". Ele faz uma breve pausa e continua: "Eu digo, odeie a sua vida o suficiente e você pode mantê-la para sempre."
No dia seguinte, os moradores e turistas foram confrontados com a visão peculiar do diabo vagando no Vaticano. Bono recorda a ocasião em U2 BY U2:
"Durante os nossos shows na Itália, em um momento de performance artística, eu me filmei andando pela praça do Vaticano. Nesse momento o MacPhisto desenvolveu uma maneira de andar mancando, e eu tinha uma bengala e ia enxotando os pássaros, vestido como o diabo, andando pela praça do Vaticano, murmurando ‘Um dia, tudo isso vai ser meu. Ah não, eu esqueci, isso é meu’."
B.P. também comentou sobre isto em seu livro:
"Ele bate contra as pedras de São Pedro, em Roma, gritando "Shoo, shoo, fora do meu caminho, menino". Pombos voam para fora do seu caminho, freiras olham nervosas. O 'Diabo' está visitando seu antigo reino. "Eu poderia ter tido tudo isso", geme ele, "mas eu não quero."

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A gravação de "Slow Dancing"

Do livro U2 At The End Of The World, de Bill Flanagan:

1993: Bono tinha desde 1989, uma letra chamada "Slow Dancing". Ele estava tão animado sobre a canção que um dia depois que a escreveu, ele disse a um entrevistador de TV que ele tinha acabado de escrever uma canção para Willie Nelson. Antes de ter feito qualquer contato com Nelson. A MTV pegou a declaração e à divulgou.
"Você pode imaginar?" diz Bono. "Willie Nelson, um dos maiores compositores vivo, me ouvindo na TV dizendo que escrevi uma canção para ele. Sem ele ter pedido por isso! Ele provavelmente pensou, 'Bom, foda-se.'" Bono treme só de pensar. Em seguida, ele diz, "Johnny Cash disse que provavelmente o Willie nunca viu essa fita." Ele disse, "Bem Bono, o Willie já tem um monte de problemas."
Sim, eu digo, provavelmente algum representante do IRS está tocando a sua música agora mesmo. Bono dedilha seu violão e eu peço que ele cante "Slow Dancing". Eu não a ouvia desde o meu aniversário em Kitty O’Shea’s, há mais de um ano. Ele canta a música lindamente. Apesar de sua simplicidade, "Slow Dancing" contém todos os mesmos conflitos das músicas do Achtung Baby.
"E eu não sei porque um homem procura por si mesmo no olho de sua amada. E eu não sei porque um homem vê que a morada da verdade precisa da mentira."
Quando Bono terminou, eu disse, "Isto não soaria grandioso depois de passar por todas essas vibrações e estruturas distorcidas do Eno?"
"Esta é uma grande idéia," diz Bono, então ele se dirige ao Flood: "Você quer gravar isto?"
Flood responde, "Você acha que eu não ia querer?". Ele aponta para o microfone que estava na frente do Bono e depois para o equipamento de gravação. Bono canta mais uma vez, o violão sobre seu colo e seus lábios tocando levemente o microfone.

Agradecimento: Forum UV Brasil
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