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segunda-feira, 9 de maio de 2016
U2 na turnê 'A Conspiracy Of Hope' - Parte 02
A gravação começa com "MLK", então "Pride (In the Name Of Love)" e, em seguida, "Bad", do álbum 'The Unforgettable Fire', uma canção sobre a luta do vício em heroína, e uma das mais angustiantes do U2.
Sua performance é muito mais convincente do que a gravação de estúdio e inspira Bono em direção a novos níveis de paixão emocional. "Sunday Bloody Sunday", politicamente carregada, representa o disco 'War' de 1983. Impulsionada pela batida militar de Larry Mullen e contendo as letras que descrevem o horror de Derry, incidente na Irlanda conhecido como domingo sangrento (onde as tropas britânicas atiraram e mataram inocentes e manifestantes pelos direitos civis que estavam desarmados), esta canção desempenhou um papel importante no aumento da popularidade do grupo. Uma performance que transmite o som visceral do antigo U2 no seu melhor, e uma banda confrontando descaradamente questões sociais e políticas. Esta performance é um excelente exemplo do que atraiu os ouvintes do U2 em primeiro lugar.
O set da banda toma um rumo incomum, na sequência, com a banda tocando um cover envolvente de Bob Dylan, a canção "Maggie's Farm". Com The Edge, contribuindo com um slide guitar único e Larry Mullen, conduzindo o ritmo, Mostrava ali a banda insinuando o seu fascínio à bandas do oeste americano, que se manifestaria totalmente em seu próximo álbum, 'The Joshua Tree'.
Improvisando um trecho de "Cold Turkey" de John Lennon, que aborda a batalha de Lennon contra o vício em heroína, também está incluída, servindo como um prelúdio para um cover de "Help" dos Beatles. Essencialmente um dueto entre The Edge e Bono, "Help" obriga a enorme platéia à cantar junto.
No início daquele dia, a viúva de Lennon, Yoko Ono, havia declarado que John estava "aqui em espírito" e talvez cientes do fato de que Lennon tinha ido a gravação afirmando que desejava que "Help" fosse gravada em um ritmo muito mais lento, The Edge e Bono fizeram exatamente isso, dando maior peso para as letras no processo.
A gravação termina com um desempenho um pouco desarticulado da música de protesto "Sun City", com Lou Reed, Ruben Blades, Nona Hendryx e seu compositor, Little Steven Van Zandt, juntando-se ao U2 no palco.
Curioso é que nos reviews da época, os artigos se referem à Bono como Bono Hewson.
Um dos momentos que marcaram os shows do U2 na turnê 'A Conspiracy Of Hope', foi quando Bono pediu para um fã lhe dar uma camisa que ele estava balançando no alto.
Bono vendou seus olhos, foi para cima de um banco de alto falantes, e começou a marchar como se fosse um prisioneiro indo para um pelotão de fuzilamento. Quando ele chegou na ponta, ele tirou a venda, se tornando novamente um homem livre.
Usando a venda, Bono lembrou a todos o quão vulneráveis somos; a maneira que conduzimos a nossa visão e a nossa liberdade. Foi uma poderosa dramatização da cruzada da Anistia Internacional para ajudar as pessoas que tenham sido presas e torturadas por causa de suas crenças políticas ou sociais. Muitas pessoas não tiraram um tempo para ler os panfletos da Anistia que foram distribuídos na entrada dos shows, mas a imagem daquela figura com os olhos vendados, o pessoal não pôde esquecer.
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