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segunda-feira, 16 de maio de 2016

Dossiê iNNOCENCE + eXPERIENCE 2015 - Parte I


Estilizada iNNOCENCE + eXPERIENCE, a turnê do U2 em suporte ao disco 'Songs Of Innocence' lançado em 2014, aconteceu em arenas fechadas durante maio e dezembro de 2015.
Foi a primeira turnê da banda em arenas fechadas desde a Vertigo Tour, que aconteceu em 2005/2006.
Composta por duas pernas e 76 concertos, a iNNOCENCE + eXPERIENCE teve início em 14 de maio de 2015 em Vancouver, Canadá. A turnê passou pela América do Norte de maio a julho, e pela Europa de setembro a dezembro. Os shows inicialmente foram agendados em pares de duas noites por cidade.
Os shows foram estruturados em torno de uma narrativa solta da "Inocência", passando para a "Experiência", com um conjunto fixo de canções para a primeira parte de cada show e uma variação na segunda parte, separados por um intervalo — primeira vez em shows do U2.
O palco media o comprimento do chão da arena, e foi dividido em três seções: um segmento retangular que representa a "Inocência"; um palco b menor circular representando a "Experiência" (conhecido como "e"); e uma passarela de ligação entre eles para representar a transição entre os dois temas.
Uma longa tela de vídeo de duas faces foi suspensa acima e paralelamente à passarela; a estrutura contou com uma passarela interior entre as telas de vídeo, permitindo que os membros da banda tocassem em meio as projeções de vídeo.
Para esta turnê, o sistema de som do U2 foi modificado e colocado no teto das arenas, e disposto em uma matriz oval na esperança de melhorar a acústica distribuindo uniformemente o som por toda a arena.
A turnê foi bem recebida pela crítica. De acordo com a Billboard, a parte norte-americana da turnê arrecadou US $ 76,2 milhões dos 36 concertos esgotados. Ao todo, a turnê arrecadou US $ 152,2 milhões com 1,29 milhões de espectadores. A data final da turnê, um dos dois shows em Paris remarcados devido aos ataques de Novembro de 2015 em Paris, foi filmado para transmissão na rede de TV americana HBO, e que agora será lançado como registro oficial em vídeo da banda.

Na noite de estreia da grandiosa turnê 360° do U2 em junho de 2009, Bono disse para o consultor e amigo de infância Gavin Friday, que a próxima turnê da banda teria que ser mais intimista. Assim, durante a turnê 360°, Bono e o designer Willie Williams, que trabalha com a banda desde o começo da década de 80, começaram a discutir as primeiras ideias da próxima turnê.
Uma das primeiras sugestões de Bono foi a de começar os futuros shows da banda tocando embaixo de uma única lâmpada, em contraste com a estrutura enorme do palco que eles tocaram durante a turnê 360°.
Willie Williams estava ciente de que o cenógrafo Mark Fisher, que já trabalhava há muito tempo com o U2, estava lutando contra uma doença e não tinha muito tempo de vida. Como resultado, Willie Williams estendeu a mão para o cenógrafo Es Devlin em fevereiro de 2013 e ele foi convidado para a equipe criativa da banda. Os dois já tinham trabalhando juntos em peça de teatro e na turnê de Lady GaGa.
Willie Williams também convidou Ric Lipson, da equipe da Stufish Entertainment Architects de Mark Fisher, com base em experiências positivas com ele em projetos anteriores.

A primeira reunião de produção entre o U2 e sua equipe criativa para esta nova turnê aconteceu em março de 2013. Apesar da banda naquele momento ainda estar em gravações do que viria a se tornar 'Songs Of Innocence' e que ainda não tinha um título definido, a narrativa autobiográfica que caracterizaria o álbum já era uma ideia motriz para a sua turnê.
A banda pretendia contar a história de sua adolescência em Dublin na década de 70 e como eles foram "tentando descobrir como eles se encaixavam no mundo muitas vezes violento e caótico" fora de suas casas. Eles pretendiam fazer shows em pares e alternar o setlist entre os temas "Inocência" e "Experiência" noite a noite. Williams disse: "a astúcia nesta turnê está nas ideias, e não no hardware".
Ele achou benéfico a colaboração sobre o design do palco, entre duas empresas separadas: a empresa de Devlin e a Stufish, por causa das "maneiras completamente diferentes" em que trabalhavam.
Fisher não pôde comparecer fisicamente em quaisquer outras reuniões após o primeira, mas esteve em videoconferência com a equipe criativa através do Skype. Na reunião final que aconteceu antes de sua morte em junho de 2013, quando Bono pediu para a equipe pensar em um objeto que poderia simbolizar o U2 e ser incorporado na cenografia, Fisher sugeriu uma cruz. A ideia seria implementada em alguns dos dispositivos elétricos de iluminação do palco.

Muitas das ideias originais da banda tinham um alto custo para serem realizadas, como um quarto inflável que voava sobre o público, uma casa explodindo e uma lâmpada acesa gigante. Williams e outros funcionários também queria remover os bunkers de backline ocultando a equipe e o equipamento no palco, mas eventualmente resolveram mantê-los por razões estéticas. Incapaz de mexer com os bunkers devido à quantidade de recursos necessários para produzir os shows do U2, Williams teve uma abordagem temática para o problema, configurando um palco principal que iria levar de volta aos anos de "inocência" da banda. É o mesmo palco principal que foi usado na turnê de The Joshua Tree em 1987.
A iNNOCENCE + eXPERIENCE foi originalmente planejada para começar no início de 2014, mas foi adiada até o ano seguinte, levando a um período de projeto estendido de 2 anos.

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