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terça-feira, 3 de maio de 2016
"If It Be Your Will": a canção que The Edge cantou na Capela Sistina no Vaticano
The Edge do U2 se tornou a primeira estrela do rock à tocar na Capela Sistina, no Vaticano, tocando um set acústico com o apoio de um coral de jovens irlandeses.
Edge tocou no violão três canções do U2 e uma cover de "If It Be Your Will" de Leonard Cohen.
Autor de uma coleção de Salmos, Leonard Cohen há muito tempo tem sido fascinado por imagens religiosas. Isto especialmente inclui alusões cristãs, que apareceu em "Suzanne" de 1967. ("E Jesus era um marinheiro/quando ele andou sobre a água").
"If It Be Your Will" é uma declaração simples – uma oração, realmente – de resignação que começa com a promessa de entrega do cantor de sua coisa mais valiosa – sua voz – se Deus julgar necessário. Cohen faz a promessa sem condições, aceitando implicitamente que, tal como Abraham Lincoln, o Todo-Poderoso tem seus próprios propósitos.
Tendo feito a sua promessa, Cohen aumenta as apostas no segundo verso, prometendo cantar os louvores de Deus, apenas se Deus permitir. Ao fazer isso, sutilmente ele invoca a presença de Cristo através do uso da frase "broken hill", uma alusão ao Calvário. Sabemos que isto é assim por causa de uma associação de Cohen de longa data, da palavra "broken" com Cristo. Em "Suzanne", "he himself was broken". Cohen frequentemente refere-se à Cruz como "broken tree". Assim, nos dois primeiros versos, Cohen oferece à vontade de Deus os maiores presentes que ele tem: silêncio e música.
Cohen se mostrou interessado nas possibilidades de imperfeição: em "Anthem", ele escreve "há uma rachadura em tudo/que é como a luz entra." Os dois versos finais mostram a noção de Cohen de Deus como um Deus de misericórdia e de unificação, um com a capacidade de perdoar todos os "corações queimando no inferno" e vinculando "todos os seus filhos aqui/em seus trapos de luz."
Embora ele tenha escrito "If It Be Your Will" em 1984 durante os anos nascentes da direita cristã, há uma repreensão presciente, gentil, daqueles que gostariam de ver Deus como força de repúdio e polarização. Ao contrário, Cohen argumenta: Deus é um Deus da revelação e do perdão, se nós apenas o deixarmos ser.
Agradecimento: Blog Just A Song
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