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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

U2 comparece ao funeral do poeta irlandês Seamus Heaney

Vencedor do Nobel de literatura de 1995, o poeta irlandês Seamus Heaney, de 74 anos, morreu nesta sexta-feira (30), "após uma breve doença", segundo comunicado da família. Ele estava internado em um hospital em Dublin.
Discípulo do poeta Phlip Hobsbaum (1932-2005), Heaney era considerado o poeta irlandês mais importante desde W. B. Yeats (1865-1939). Filho mais velho de um agricultor católico, foi pouco a pouco se afastando do ambiente rural da meninice, primeiro para os estudos, como aluno interno, no St. Columb's College (graças a uma bolsa que recebeu em 1951), e, depois, para frequentar a Queen's University de Belfast, onde participou de um famoso grupo de "creative writing", organizado por Hobsbaum.
Segundo o professor e tradutor Paulo Vizioli, em artigo escrito para o Estado em 1998, Heaney era autor de versos precisos e cheios de frescor e tentava vencer "o paradoxo de estar se servindo da linguagem culta da poesia para dar voz a uma classe da qual sabe estar separado exatamente pelo domínio dessa linguagem alheia a ela, num dilema parecido com o do poeta inglês Tony Harrison ao procurar interpretar os sentimentos da classe operária da qual provém".
Ao anunciar o Prêmio Nobel, em 1995, a academia sueca destacou em sua obra a "beleza lírica e profunda ética que exaltam os milagres do dia a dia e o passado vivo". No Brasil, teve publicado em 1998, pela Companhia das Letras, o volume bilíngue Poemas, com tradução de José Antônio Arantes.
Bono escreveu no The Guardian: "cada encontro que tive desde que me tornei um fã em tempo integral, eu levei comigo um livro de poemas de Seamus Heaney. Eu sempre acho que se você está prestes a pedir a alguém uma coisa, é uma boa idéia dar uma coisa primeiro. Então dou sempre poemas de Seamus Heaney. Seamus esteve em cada viagem que eu fiz, e houve muitas ocasiões que uma leitura de suas palavras me manteve à tona. A maioria das amostras vidas neste tipo de trabalho é muito concreta, cheio de fatos, mas todos nós temos que olhar para reestruturar-nos ocasionalmente na poesia. Seamus era o lugar onde eu fui para ele. Foi a tempestade silenciosa que nunca voou para a cidade. Algumas destas frases são como tatuagens, para mim, muito perto do coração".


Adam Clayton compareceu com sua agora esposa, Mariana Teixeira.

Agradecimento: ESTADÃO - U2 NEWS
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