Bono, vocalista do U2 e ativista há 25 anos, disse em entrevista ao jornal The Guardian que foi perseguido recentemente por anarquistas na Alemanha e na mesma semana foi vaiado por jovens empresários na Tanzânia.
A conversa com o músico irlandês realizou-se na capital de Gana, Acra, e concentrou-se maioritariamente no trabalho paralelo que desenvolve na defesa do desenvolvimento do continente Africano.
Depois de explicar que "às vezes os empresários africanos querem me matar porque digo que a saúde pública é mais prioritária que a construção de estradas", Bono disse: "fui vaiado em palco em Arusha, na Tanzânia, durante uma conferência TED, por empresários jovens", acrescentando em seguida que "na mesma semana fui perseguido na rua, na Alemanha, por um grupo de anarquistas na reunião do G8".
"Eles mostravam cartazes e gritavam 'Façam o Bono passar à ser história!' - o que, mesmo sendo uma ameaça à minha vida, achei uma frase muito boa [uma alusão à campanha 'Make Poverty History', defendida pelo líder do U2]", continuou o músico.
Concluindo a ideia, Bono defende: "portanto: estamos fazendo alguma coisa bem - estamos chateando os capitalistas na África e os anti-capitalistas na Europa. A questão é que eu não sou um idealista, nunca fui, sou bastante pragmático no que diz respeito a encontrar soluções".
Do site: Blitz (Portugal)