Malala Yousafzai, a ativista paquistanesa de 16 anos que foi atacada com dois tiros pelos talibãs por defender o direito das meninas a receber educação, foi agraciada nesta terça-feira com o prêmio "Embaixador da Consciência" da Anistia Internacional (AI).
A organização humanitária anunciou a divisão do prêmio entre Malala com o ativista e artista americano Harry Belafonte.
A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu na prefeitura de Dublin com a presença de The Edge, Bono e do músico britânico Roger Waters, um dos fundadores do Pink Floyd.
"Harry e Malala são verdadeiros Embaixadores da Consciência, falam claramente sobre os direitos universais, a justiça e a dignidade humana e encorajam outros a seguir seu exemplo", destacou na nota o secretário-geral da AI, Salil Shetty.
A jovem ativista paquistanês se declarou "profundamente honrada" pelo prêmio, que representa uma oportunidade para "lembrar a todo o mundo que há muitos milhões de meninas como eu que lutam a cada dia pelo direito a ir à escola".
Belafonte foi homenageado por sua trajetória, caracterizada pelo compromisso na luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e mais recentemente pela preocupação com a situação das crianças na guerra na Síria.
"Desde seu nascimento, me dediquei a defender os princípios sobre os que se erige Anistia Internacional. É uma honra receber este reconhecimento. A posição da Anistia sobre qualquer abuso universal dos direitos humanos foi valente e é nossa bússola moral", declarou o multifacetado artista, de 86 anos.
A entrega do prêmio em Dublin homenageou o poeta e dramaturgo irlandês Seamus Heaney, ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1995, que morreu no último dia 30, aos 74 anos.
Um poema seu escrito para AI, "From the Republic of Conscience", foi a inspiração para que a Anistia Internacional criar em 2003 o prêmio "Embaixador da Consciência".
UOL