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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Lady Day got diamond eyes....

As improvisações que foram o pontapé inicial de muitas canções do U2 não estavam acontecendo tão facilmente. The Edge percebeu que eles precisavam de novas maneiras de compor, e sua reação era caracteristicamente sensível. Ele decidiu que aprenderia. Ele tinha chegado com a base para ‘Desire’ e ‘Hawkmoon 269’ na guitarra acústica. Agora adicionava à lista ‘Angel Of Harlem’. De uma perspectiva musical, alguma coisa aconteceu. Porque ele estava no centro das coisas na parte acústica, The Edge encontrou mais dificuldades para identificar um espaço para si mesmo na guitarra elétrica. Ele ia ter que aprender algumas pancadas estilo Steve Cropper, para encaixar-se num tipo de doce balada soul.
Bono vinha pensando sobre Billie Holiday. Uma amiga sua, uma garota chamada Alexis que ele tinha encontrado em San Francisco quando ela tinha 15 ou 16, tinha se mudado para Londres e mantido contato. Ela tinha dado a ele uma biografia da cantora que eles chamavam de Lady Day. Sua fascinação tinha sido um exemplo perfeito, e o U2 viajou ao redor dos EUA, e a busca pelas estações gospel, jazz e R’n’B, foi intensificada. ‘Angel Of Harlem’ foi escrita na estrada, mas ela tem o pulso de Nova York em suas veias, com John Coltrane, Charlie Parker e Miles Davis fazendo aparições ao lado da estrela do cenário.
A letra tem um visual forte, sensação cinematográfica, mas com os Memphis Horns, que completaram o quadro. Algo familiar com Southside Johnny e o Asbury Jukes saberiam de onde estavam vindo. “Engraçado, eu posso ouvir Dylan nisso mais do que Stax”, Bono sorri agora, e a referência faz sentido. O que é importante, de qualquer forma, é o absoluto domínio disso tudo. Em sua odisséia musical através do coração da América, a banda tinha decidido pelo swing do Sun Studios em Memphis e fizeram uma sessão lá. Com Memphis Horns, com a assistência de Cowboy Jack Clement na mesa, eles gravaram o que se tornaria um tributo não só para Billie Holiday mas para o grande legado da boa música que a América tinha deixado para o mundo. Comemorativa, ela continua sendo um dos melhores momentos do U2.
“É uma canção de jukebox”, Bono diz. “Nós não temos muitas canções de jukebox, talvez 6 ou 7, mas é uma das que as pessoas tocam em bares”.
E em qualquer outro lugar que eles precisam para obter esse ataque.

Agradecimento: Rosa - U2 MOFO
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