O termo slipstream é algo complicado de ser definido. Foi criado pelo escritor de cyberpunk Bruce Sterling, num artigo publicado originalmente em Julho de 1989. Ele escreveu: "...este é um tipo de escrita que simplesmente faz você se sentir muito estranho; o modo como viver no século XX faz você se sentir, se você é uma pessoa de certa sensibilidade".
O termo foi utilizado pelo U2 na canção 'Zooropa', na linha: "I hear voices, ridiculous voices. Out in the slipstream. Let's go, let's go overground...".
A ficção slipstream tem consequentemente sido citada como "a ficção da estranheza", a qual é uma definição tão clara quanto quaisquer outras em uso. Escritores de ficção científica como James Patrick Kelly e John Kessel, editores da 'Feeling Very Strange: The Slipstream Anthology', argumentam que a dissonância cognitiva está no coração do slipstream, e que este é menos um gênero do que um efeito literário, como horror ou comédia.
O slipstream recai entre a ficção especulativa e a ficção convencional. Enquanto alguns romances slipstream empregam elementos de ficção científica ou fantasia, nem todos o fazem. O fator comum que unifica estas composições literárias é algum grau de surreal, de não inteiramente real ou decididamente anti-real.