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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Roger Waters criticando rock n roll em estádios e o U2


Q Magazine - Novembro de 1992

Roger Waters, ex Pink Floyd, falando sobre rock n roll em estádios:

"O rock'n'roll nos estádios é realmente horrível. Esses shows são como as festas de Tupperware - realizadas em homenagem ao Grande Deus Tupper - com 50.000 pessoas, só que não compram a Tupperware, compram cachorros-quentes e camisetas e ocasionalmente, olham para assistir aquelas telas de vídeo repugnantes que estão fora de sincronia e fazem você se sentir mal e te torturam.
É engraçado como as pessoas tentam contornar a ganância de tudo isso. Como o U2 cuja lógica é (ele passa a imitar um sotaque irlandês) "Ohhhh, nós temos que tocar nos estádios, porque todos os nossos fãs querem vir nos ver". Bem, tudo bem; dê realmente a seus fãs essa merda de show em um estádio - mas, pelo amor de Deus, não lhes cobrem 25 libras por isso!"
Em Outubro de 2018, Roger Waters fez seu rock n roll em estádios pelo Brasil, com ingressos custando até R$810,00, e com muitas polêmicas devido aos protestos políticos nas apresentações.

A brasileira Susana Yamamoto conta como passou a trabalhar com o U2, e revela uma saia justa com uma escolha para o 'HerStory'


O site U2BR realizou uma entrevista com a brasileira especialista em design de animação, Susana Yamamoto, que foi a responsável por criar o conceito por trás das imagens das mulheres para o momento 'HerStory' dos shows de 2017 e 2019 da 'The Joshua Tree Tour' do U2.


Susana falou para o site:

"Eu morava na Inglaterra. Eu saí do colegial, não sabia muito o que fazer, resolvi aprender inglês. Fui para a Inglaterra, me apaixonei por Londres. E aí quando eu voltei para o Brasil, eu não queria entrar para a vida acadêmica. Eu não queria ser professora. Então minha amiga falou de uma faculdade de animação chamada Melies, acho que ainda deve existir, era um curso que durava um ano, chamava Voyage, que você aprendia a contar história, a parte 3D que é a modelagem e animação, um pouco de cinematografia. Eu amei o curso! Eu saí do curso, trabalhei um pouco no Brasil, nem um ano. Meu namorado é inglês, então eu resolvi voltar para Londres. Aí quando cheguei aqui meu portfólio era péssimo. Liguei para várias produtoras, inclusive uma era brasileira, chamava Samba Creative. Eles me acolheram e aprendi muita coisa lá. Muitas noites perdidas.
Eu fiz muito trabalho corporativo no começo. Era um estúdio pequeno. Os primeiros trabalhos eu não lembro direito para qual companhia era. Você faz tanto trabalho, ainda mais quando é um estúdio pequeno para comercial. Acho que foi para a Tetra Pack, uma animação que a gente fez e ficou legal. O estúdio fechou e eu entrei na vida de freelancer. Conheci meu amigo Warren Chapman, que me chamou para trabalhar no Treatment Studio, companhia que estou até hoje, que trabalha com visuais para shows.
Esse estúdio que eu estou trabalha para vários artistas. Um dos diretores é o Willie Williams. Acho que eles têm um contrato de 10 anos com o U2, não sei de quando tempo, até eles pararem de tocar provavelmente. Meu primeiro trabalho para eles foi em 2015, eu fiz as ondas japonesas de "Until The End Of The World", mas não cheguei a ir em turnê, foi a primeira vez que trabalhei com eles. E foi até legal porque, não sei qual diretor falou, acho que foi o Willie, que disse que o Bono tinha agradecido, que a banda tinha gostado muito. Normalmente, as bandas não falam isso diretamente para você. Achei simpático.
Depois teve a turnê de 2017, que eu cheguei a sair com eles, não posso chamar de tour, porque foi mais um 'rehearsal', que durou 2 meses, fomos para Houston e depois para Vancouver, quando eu fiz o HerStory. Nenhuma das ideias do show fui eu quem tive. Eu sou a pessoa que faz o design e a animação. Acho que quem teve essa ideia foi não sei qual membro da banda, acho que talvez o Bono.
A sobrinha do Willie conhece a Alice Wroe, ela é uma ativista feminista e ela estava fazendo esse projeto 'HerStory', então foi perfeito porque combinou e acho que como ela tinha pesquisado muito sobre isso, ela escolheu, mas eu sei que muita gente deu opinião porque até antes do show, uma hora antes do show eu estava trocando nomes de mulheres e mulheres, porque eles não conseguiam se decidir, quem ia e saía; teve até uma mulher, eu não vou lembrar o nome dela, ela estava no primeiro show de Vancouver, e se você pesquisar sobre ela, ela era uma criminal que tinha matado o marido (risos). Teve uma mulher da imprensa que perguntou: 'mas porque essa mulher está lá?'. Na verdade, uma era branca e a outra era negra e rolou essa confusão, teve que tirar ela também, infelizmente".

Adam: o péssimo hábito no internato St. Columba, de ficar próximo à suja lixeira dos pratos, com um garfo esperando para salvar as sobras de comida de outras pessoas


'U2 At The End Of The World', por Bill Flanagan:

A família britânica de Adam se mudou para a Irlanda quando seu pai, um piloto, aceitou um trabalho na Aer Lingus quando Adam tinha cinco anos. Eles se estabeleceram em Malahide, um belo subúrbio de Dublin que ainda parece e dá sensação de ser uma vila dos anos 1940. Os Claytons tornaram-se amigos de uma outra família britânica de colonos na cidade, os Evans. O jovem Adam ia à escola primária com o pequeno Dave Evans antes de ele ser conhecido como Edge. Os meninos foram então separados pelo cruel conselho de diretores da escola. Depois que Adam foi expulso por não dar a mínima para nada, ele aterrissou em um colégio onde voltou a se juntar a Dave na Mount Temple School, onde conheceu Larry e Bono.
Bono conta uma história engraçada sobre ir com Adam, aos dezesseis anos, para invadir o internato St. Columba, depois que Adam foi expulso. Sendo protestante, Bono tinha conhecido algumas pessoas diferentes - Mount Temple era um colégio muito aberto com seus costumes e aceitava garotos católicos e protestantes - mas como Adam não havia comparação, Bono não conseguia acreditar. Eles pularam o muro e um amigo de Adam os convidou para ir ao dormitório. Um sujeito bastante solícito, chamado Spike, enfiou a mão no bolso de sua jaqueta e tirou um pacote de haxixe. O quarto estava decorado com pôsteres de Hendrix e eles diziam coisas como: "você tem ouvido o álbum novo do Beck?" Então todos pegavam guitarras e as tocavam com um estupor hippie, extasiados. Ali, imaginava Bono ao escutá-los, era onde Adam aprendia todos aqueles termos técnicos - "gig", "fret", "jamming" – que tanto havia impressionado Bono, Edge, e Larry que eles imaginaram que ele era algum tipo de gênio musical e eles tinham que tê-lo na banda. Bono ficou impressionado ao perceber que todos naquele lugar falavam daquele jeito!
O diretor descobriu sobre as aparições noturnas de Adam e enviou aos seus pais uma carta educada, mas sutilmente ameaçadora, que está agora emoldurada acima do vaso sanitário na mansão de Adam, a mansão de onde se avista St. Columba e onde as trilhas de caminhada e os jardins fazem fronteira com a propriedade da escola, como um glorioso dedo médio sendo mostrado à escola que o expulsou e um exemplo comovente a todos os garotos presos lá, dando a entender que há pelo menos uma alternativa à perpetuação do sistema britânico de aulas que a escola adota, com suas políticas.
A marca que St. Columba deixou em Adam, segundo seus companheiros de banda, era o péssimo hábito do internato de ficar próximo à suja lixeira dos pratos, com um garfo esperando para salvar as sobras de comida de outras pessoas. Edge diz que Adam espera pela sobra de uma batata, com a vigilância de um falcão para espetá-la do lixo. "Mesmo agora", Edge insiste, "se Adam estiver andando por um corredor de hotel e ele vê algo deixado do lado de fora, em uma das bandejas do serviço de quarto, ele vai estender a mão e pegar".
"Eu o vi salvar a metade de um hambúrguer", Bono argumenta, exaltado, "com a dentadura postiça de um outro hóspede ainda nele!"

Tradução feita pela equipe do U2 Ultraviolet Fan Club Brazil

segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Trecho de "The Miracle (Of Joey Ramone) Miraculous Metal Remix", utilizado na eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018 quando Bono deixava o palco


Nos shows da eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018, Bono deixava o palco após a última canção do show "13 (There Is A Light)", e no sistema de som era ouvido um remix da canção "The Miracle (Of Joey Ramone)", a faixa que abria as apresentações da iNNOCENCE + eXPERIENCE Tour 2015.
Agora, com a exibição do corte para a TV de 'U2 eXPERIENCE Live In Berlin', o nome deste remix inédito foi revelado, e ele pode seu ouvido parcialmente nos créditos do programa: "The Miracle (Of Joey Ramone) Miraculous Metal Remix", feito pelo St Francis Hotel:

The Edge sobre Bono: "Em algum momento em que a banda acabar, ele poderá concorrer ao cargo de prefeito de Dublin"


Entrevista para a Rolling Stone da Alemanha no ano de 2002:

Às vezes, é preocupante ter alguém por perto que muda constantemente do Superman para Clark Kent, de estrela do rock a ativista político sério?

The Edge: Os vocalistas das bandas de rock são os grandes comunicadores, esse é o trabalho deles, é para isso que eles estão aqui. Com Bono, as coisas seguiram seu curso, e ele não consegue transmitir suas ideias apenas para o público do U2. Ele também conseguiu fazê-lo em um nível político. Seu trabalho é bastante simples: ele posa com eles para fotos, faz com que pareçam bons, se o ajudarem no cancelamento da dívida.

Isso não se torna um pouco cansativo a longo prazo?

The Edge: Ele sabe que não é muito legal. Não parece bom para um rock'n'roller ficar constantemente com os políticos. Mas ele não se importa. Ele continua nos dizendo: "Eu mantenho essa campanha o máximo de tempo possível e espremo o máximo possível desses caras".
Parece se tornar uma história sem fim: três anos atrás, ele parecia ter apertado a mão de todos, de Clinton ao Papa, todo mundo que tinha algo a dizer. Mas ele não pode ser parado e não se afastou de Putin e George Bush. Mas, devido à sua persistência e tenacidade, ele ganhou credibilidade nos círculos políticos. Embora eu deva admitir que às vezes assume dimensões assustadoras.

O que assusta você?

The Edge: Às vezes, fico chocado com o que as pessoas que ele encontra. Se ele fala com um liberal como Bill Clinton, tudo bem. Mas George Bush? Isso foi longe demais para o meu gosto.

Você poderia tê-lo impedido de fazer isso.

The Edge: Sem chance. Mas eu realmente tentei. Conversei com ele: "Bono, por favor, você realmente não quer encontrar George Bush, não é?" Ele apenas riu: "Edge, eu sei o que se passa pela sua mente. Mas eu encontraria qualquer pessoa que apoiasse minha causa". Eu não pude acreditar e o pressionei novamente: "Bono, isso não é apenas incrivelmente desagradável - é uma merda, especialmente se você considerar a política que ele defende". Ele apenas disse: "Eu sei, mas posso aguentar a maldade". Tivemos uma longa discussão sobre isso, mas finalmente, ele conseguiu o que queria. Seja como for: se, no final, o governo Bush decidir apoiar a campanha em grande escala, valeu a contribuição.

E o que o U2 fará se Bono entrar na política?

The Edge: Eu não sei. Provavelmente todos votaríamos nele. Mas não acho que ele considere isso seriamente nos próximos vinte anos. Mas em algum momento em que a banda acabar, ele poderá concorrer ao cargo de prefeito de Dublin.

Colaboração do U2 com a empresa de streaming JioSaavn da Índia aconteceu porque Guy Oseary é um dos investidores


Para ajudar no suporte do show da 'The Joshua Tree Tour 2019' que aconteceu em Mumbai na Índia, O U2 lançou 4 remixes inéditos por quatro artistas indianos populares.
A gravadora in-house da empresa de streaming JioSaavn, Artist Originals (AO), recrutou Lost Stories, OX7GEN, Karsh Kale e Amaal Mallik para produzir remakes de canções do U2.
Além disso, uma nova canção do U2 em parceria com AR Rahman, chamada "Ahimsa", foi lançada para impulsionar a primeira turnê do U2 na Índia.
O U2 procurou a JioSaavn nos estágios de planejamento de seu show em Mumbai, para conseguir uma ajuda no alcance de um público indiano e promover a data do show.
Rishi Malhotra, co-fundador e CEO da empresa de streaming de Bollywood, JioSaavn, disse: "Acreditamos firmemente que música é cultura - é arte e ação se unindo para moldar mentalidades, mudanças positivas e, finalmente, gerações. Boa música sempre carrega uma mensagem real. É uma honra levar "Ahimsa" ao mundo, da Índia, com amor. Trabalhar com o U2, AR Rahman e suas equipes é a experiência de uma vida. Fazer boa música, emocionar as pessoas e deixar um legado de esperança é um sonho para todos nós da JioSaavn".
O empresário do U2, Guy Oseary, disse: "Colaborar com a equipe JioSaavn na faixa muito especial do U2 e AR Rahman, "Ahimsa", antes da vinda da banda à Índia para o primeiro show em Mumbai, foi uma experiência excepcional. Acredito na JioSaavn desde o primeiro encontro com Rishi, há quase cinco anos. Sempre adorei a visão única deles para artistas que desejam alcançar seus próximos cem milhões de ouvintes".
JioSaavn afirma ser o maior serviço de streaming de música da Índia e conta Guy Oseary como um de seus investidores desde 2016.
A carreira de Oseary na indústria do entretenimento abrange décadas de conquistas. Na Maverick Records, ele levou o selo a vendas de mais de 100 milhões de discos em todo o mundo. Sua Maverick Films supervisionou a série de filmes Crepúsculo, com um total combinado de mais de US $ 2 bilhões em vendas globais. Além de trabalhar com Madonna por mais de 25 anos, Oseary trabalha ao lado de alguns dos melhores managers do setor musical, representando alguns dos maiores artistas do mundo.
"Sou um grande apoiador e investidor em streaming de música há anos", disse Guy Oseary quando anunciou a parceria. "JioSaavn é o principal serviço de música em um dos maiores e mais dinâmicos mercados do mundo. Muitos artistas adorariam que sua música chegasse aos mais de 1 bilhão de habitantes da Índia. Desde que estive no ramo da música, esse processo sempre foi muito complicado; agora, através de JioSaavn, é finalmente possível ter um verdadeiro parceiro local na Índia que consiga isso e trabalhará lado a lado com artistas e seus managers".
Rishi Malhotra disse: "Nossa perspectiva global e abordagem local nos permitiu criar uma poderosa economia de streaming na Índia. Guy e eu estamos desenvolvendo colaborações únicas com artistas e estamos honrados em tê-lo como parceiro e investidor. Guy tem instintos incríveis em entretenimento e mídia. Ele entende que não estamos construindo o Spotify ou Pandora da Índia. Estamos construindo JioSaavn na Índia, para a Índia, e estamos entusiasmados em trabalhar com ele para construir a empresa a longo prazo".

domingo, 29 de dezembro de 2019

Quando a assistente do U2 foi atrás de Larry Mullen por ele ter repreendido um membro da equipe de turnê injustamente


'U2 At The End Of The World', por Bill Flanagan:

Cidade Do México, 1992.
Apesar de todo o crédito dado ao U2 e a Paul McGuinness por empregarem tantas mulheres, no entanto, ouvi a opinião de uma minoria que diz que, enquanto todas as mulheres desempenham papéis de apoio, funções delicadas, todas as decisões criativas são tomadas por homens.
A Principle mantém valores patriarcais sob o brilho de ser progressista e não-sexista. É difícil resolver isso; é muita coisa para os olhos do espectador. Eu não vou negar que muitas das mulheres ao redor do U2 são gentis, pessoas amáveis, mas o U2 também é.
Há pessoas no mundo da música que dirão a você que Ellen Darst e/ou Anne-Louise Kelly são os verdadeiros cérebros dessa roupa e McGuinness costura a bainha. Sem dúvida há outras pessoas que assumem que Paul, o cara, deve fazer todo o trabalho intelectual e as mulheres no comando são apenas secretárias glorificadas.
As pessoas vêem o que querem ver. Se o discurso contra as mulheres da Principle é porque elas são muito gentis e amáveis, talvez elas tenham feito mais progresso ao feminizar as percepções do U2 do que poderiam ter conseguido se tivessem adotado os chamados valores masculinos.
Suzanne Doyle, a assistente do agente da turnê, surge indignada perguntando por Larry. Parece que ele repreendeu um membro da equipe por algo que não foi, diz Suzanne, culpa do cara e ela quer que ele se desculpe. É uma hierarquia incomum essa que o U2 criou, onde as pessoas que trabalham para eles têm o direito de lhes dizer que eles estão se enchendo de vaidade e trazê-los de volta a terra quando as suas cabeças grandes começam a interferir nas operações ou na moral. Sempre me surpreendo que, longe de me tratarem como o garoto novo na escola, os membros da equipe que eu mal conheci me cumprimentam pelo nome, me dão tapinhas nas costas e me convidam para me juntar a eles quando vão à procura de diversão. Esse tipo de generosidade é raro em turnês de rock.
"Isso vem de cima para baixo", diz Sheila Roche. "Bono me disse que se algum figurão alguma vez vier ao backstage e me incomodar, posso mandá-lo se foder. Você tem ideia do tipo de alívio que isso é? Algumas pessoas (Los Angeles é a pior quanto a isso) são tão grosseiras. São tão exigentes e ingratas. Elas ganham ingressos de cortesia e se elas vêem alguém com ingressos de cortesia melhores que os delas, ficarão chateadas conosco. O prestígio delas é determinado por quão bons são os lugares grátis que elas têm!"

Tradução feita pela equipe do U2 Ultraviolet Fan Club Brazil

Bono, 30 anos atrás: "Admito que somos atraídos por questões que unificam as pessoas em vez de dividir elas"


Há 30 anos, no ano de 1989, Bono foi questionado em entrevista:

O U2 não parece lidar com o tipo de política que pode realmente incomodar ou alienar seus fãs. No filme 'Rattle And Hum', você fala sobre o apartheid e depois pergunta: "Estou incomodando vocês?". Quase todos os EUA se opõem ao apartheid. No entanto, você nunca fala sobre questões como aborto, Israel e os palestinos, pena de morte, AIDS, direitos dos gays. Vamos falar sobre alguns deles. Como você se sente, por exemplo, sobre o aborto?

Bono: Eu apenas tenho minhas próprias ideias. Eu acredito que é direito de uma mulher escolher. Absolutamente.

Você já falou sobre isso em concerto? Ou em qualquer contexto?

Bono: Não.

E esse é o tipo de coisa que pode alienar alguns fãs...

Bono: Se eu tivesse me inspirado a escrever uma música sobre isso, chegaria aos olhos deles, assim como [os defensores do apartheid] enxergaram "Silver And Gold". Admito que somos atraídos por questões que unificam as pessoas em vez de dividir elas.

Não são esses problemas, os mais difíceis, aqueles que realmente exigem que as pessoas desistam de algo, que realmente friccionam as pessoas e as forçam a olhar para si mesmas? Você e seus fãs não se deixam intimidar por não falar sobre eles? Sobre direitos dos gays, por exemplo, ou AIDS?

Bono: Eu tenho falado sobre a AIDS. Você viu que em Cuba alguém com o anticorpo, nem mesmo com a doença, está sendo colocado em quarentena por toda a vida? O que me interessa é que os pacientes com AIDS estão sendo vistos como os novos leprosos.

E essas atitudes e essa política não estão enraizadas na homofobia? Não é um argumento para falar sobre os direitos dos gays?

Bono: Ok. Meu ponto principal em qualquer sexualidade é que o amor é a coisa mais importante. O amor é isso. A maneira que for que as pessoas queiram se amar está bom para mim. Isso é diferente de abuso, seja homossexual ou heterossexual.
Mas sua pergunta é: por que não escrevemos sobre esses problemas? O motivo é que não há minutos suficientes no dia, ou dias no ano, para abordarmos todos os abusos dos direitos humanos e porque, no final, esse não é o nosso trabalho. Nossa maneira de lidar com isso é tentar entender o que está por trás de todo abuso de direitos humanos, chegar ao cerne do problema, mais ao núcleo do que à casca.
E isso, é claro, sempre me trará de volta à ideia de amor. Espiritualidade. Que Deus é amor. Que o amor não é uma situação de flores no cabelo, é algo que você precisa fazer acontecer. Tem que ser feito, algo concreto.
Veja, com problemas como o de Belfast na Irlanda do Norte ou o racismo nos estados do sul na América, você está lidando com comunidades enraizadas. Quando você lida com visões ilógicas, os infernos que são apenas mais profundos, a resposta não é um argumento, frequentemente. Eles não são problemas do intelecto.
Sou amigo de um pintor em Los Angeles. Voltando para a Irlanda do Norte, ele testemunhou um assassinato, um assassinato real em um campo. Ele foi procurado para interrogatório e teve que ir embora como resultado disso. Ele é protestante. E ele me disse que, apesar de se casar com um católico e ser um homem muito correto, quando ouve canções rebeldes, os pelos da nuca se arrepiam! Ele não pode evitar! Ele me disse que não podia explicar, era como se estivesse em seus genes.
É por isso que sempre vou olhar não para a carne da situação, mas para o espírito. Estas são condições espirituais, mal-estar. Você sabe que o ódio está além da razão. O amor é um antídoto para isso.
Isso volta ao motivo pelo qual eu queria Van Morrison na turnê da Anistia Internacional. Muitas pessoas pensam que ele não parece politicamente motivado. Mas esse homem é um cantor de soul, e sua música derrete o coração mais duro. Isso é muito político, porque é um comportamento de coração duro que resulta em intolerância, racismo, mente fechada e ganância - todas as coisas com as quais lidamos.
Devo dizer a você, e você pode não querer ouvir isso: me pego indo longe do específico, e ainda mais para o universal, mais para aquele ponto que eu chamo de "libertação".

sábado, 28 de dezembro de 2019

Fotógrafo francês Stephane de Bourgies agradece por generosidade e entusiasmo de Bono em encontro


O fotógrafo francês Stephane de Bourgies em seu Instagram:

"O que posso dizer sobre esta foto? Não há necessidade de uma legenda especial, porque você pode imaginar a importância que ele representa em meus "encontros"; apenas ... Obrigado Bono, obrigado por sua incrível generosidade e entusiasmo".




Forbes: "Bono conseguiu acender seu próprio fogo inesquecível nas mídias sociais filipinas"


William Pesek escreve sobre economia, mercados e formulação de políticas em toda a Ásia. Ele reside em Tóquio.
Pesek para a Forbes escreveu:

"À medida que o ano caótico da Ásia chega ao fim, tudo o que resta a fazer é avaliar os danos e a esperança para um 2020 mais gentil e amável. É hora de homenagear - expor, mais especificamente - aqueles que moldaram, dominaram ou foram expostos em 2019. Lhes ofereço o 'Naked Awards'. Por favor, rufem os tambores!"

E então William Pesek "premiou" Bono:

Prêmio Pró Bono: para o vocalista do U2, Bono, que não encontrou o que procurava em Manila no início deste mês. Em seu primeiro show nas Filipinas, a banda irlandesa provavelmente imaginou que os fãs de rock and roll seriam legais com um urro para os campeões da liberdade de expressão, incluindo a jornalista Maria Ressa. Muitos não gostaram. Ressa, diretora executiva do site de notícias Rappler, há muito tempo é um espinho ao lado do presidente Rodrigo Duterte. Bono conseguiu acender seu próprio fogo inesquecível nas mídias sociais filipinas".

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Quando uma canção do Pink Floyd foi comparada com sonoridade "U2"


"Take It Back" é uma canção do Pink Floyd, lançada no álbum 'The Division Bell' em 1994.
A faixa foi lançada como o terceiro single do álbum.
Para a gravação das guitarras, David Gilmour utilizou uma Gibson J-200 e um E-bow para os efeitos sonoros.
A canção foi tida, por parte da crítica, como uma imitação da sonoridade do U2, e não foi recebida positivamente.
Em um comentário: "algumas guitarras parecendo um pouco com as tocadas pelo guitarrista The Edge na banda U2, mas David Gilmour também foi pioneiro no uso dessas guitarras "atmosféricas" (como na música "Run Like Hell", do álbum 'The Wall')."
Outro comentário: "A única música que realmente se destaca é "Take It Back", que soa como algo gravado pelo U2 com sua guitarra com eco e vocais quase ao estilo Bono. A razão pela qual ela se destaca é porque é a música mais pop".



Bono se chateia que 'War' do U2 não seja tão reconhecido


A explosão do punk produziu grupos como o The Clash.
O The Clash foi a primeira banda de rock n roll que os integrantes do U2 viram tocar. Foi em 1977, em Dublin.
"Depois que conhecemos o Clash, foi como o início do que seria o U2", conta Bono. "Nós sabíamos que não havia a possibilidade de sermos tão legais como eles, o que provou ser verdadeiro, mas nós sabíamos que poderíamos nos aproximar desta parte de justiça social".
O The Clash agiu como se acreditasse que a música poderia mudar o mundo, e abordou questões de maneiras muito mais específicas.
Bono em 1989 disse em entrevista: "Eu pensei que era muito específico. Eu também gosto do mistério da música. Eu não iria estragar o mistério da música. Quando lançamos 'War', o Clash fez o possível para plantar a bandeira vermelha, se você quer saber, e todas as contradições disso. Mas eu os respeitei por isso. Eu os respeitei pelo álbum 'Sandinista'. Eu acho que foi um LP extraordinário, e acho que a Revolução da Nicarágua foi mantida completamente fora da mídia na Europa, e então havia essa banda de rock chamando sua atenção.
Mas depois disso, eles foram finalmente estrangulados pela imprensa. Eu acredito que havia tanto antagonismo em relação ao grupo nos últimos anos, que eles realmente não aguentaram. E com o Clash desaparecido, ficou claro o caminho para a música "pop". A ideia de que o rock 'n' roll poderia realmente fazer a diferença ficou fora de moda por um tempo. "Obrigado, Deus!", gritaram os pós-modernistas.
OK, naquele momento, lá estava eu, com a porra da bandeira! Eu tinha lido o manifesto de John Lennon, como "coloque sua declaração nas costas". Dê uma chance à paz! E, certo, eu estava pronto para exibir um pouco as músicas como em um cartaz. Tomei essa ideia no LP de 'War' e acho que foi um ponto de virada, não apenas para o U2, mas na música dos anos 80. E me chateia que o LP não seja tão reconhecido".

Bono: "Como solista, sou mediano na melhor das hipóteses. Mas com a banda? Não há nada melhor, juro"


Na segunda vez que Nelson Mandela foi preso em Robben Island em 1964, e ele foi o 466º prisioneiro naquele ano. Seu número de prisão permaneceu 466/64 até 1982, quando ele foi transferido para a prisão de Pollsmoor e recebeu o número de prisão 220/82. "Prisioneiro 46664" continua sendo usado como um título de reverência para ele. Pouco antes da morte de Joe Strummer, ele e Bono co-escreveram a música "46664" para Mandela como parte da campanha contra a Aids na África.
Em 29 de novembro de 2003, um evento chamado '46664 Concert' foi realizado no Green Point Stadium, na Cidade do Cabo. Foi organizado por Mandela e seu objetivo era aumentar a conscientização sobre a disseminação do HIV / AIDS na África do Sul.
Em entrevista para Oprah, Bono falou sobre estar no palco no concerto:

"Não me lembro de me sentir tão bem quanto desta vez. Você certamente tem momentos em que a música deixa você de joelhos e você é apenas uma pequena parte dela. Mas na maioria das vezes, infelizmente, você é uma parte muito grande disso. E você é autoconsciente, ou algo o está irritando ou é pouco ensaiado. Então, sim, há momentos como a noite passada, quando estávamos de pé cantando uma melodia - "É uma longa, longa caminhada para a liberdade" - e a multidão começa a cantar conosco, embora nunca tenha ouvido a música antes. Acabara de assistir a esse homem extraordinário, Nelson Mandela, que nos ensinou uma lição, fazer aquela longa caminhada até o pódio. Enquanto todo mundo cantava, percebi que éramos convidados da nação da África do Sul. Eles estavam cantando o hino, ele estava sorrindo para a multidão - e nós estávamos no meio.
Foi ainda mais comovente porque era uma platéia predominantemente branca cantando para ele. Fiquei parado pensando, isso pode ser um grande milagre que estamos testemunhando.
E não houve qualquer problema de ambos os lados.
Eu estava bem nocauteado. Eu desejei que toda a minha banda estivesse lá. Com a banda, teríamos derrubado aquele local, porque havia muita energia naquela multidão.
Como solista, sou mediano na melhor das hipóteses. Mas com a banda? Não há nada melhor, juro. Me divirto quando estou tocando com a banda".

quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

U2 na lista da Forbes dos 10 artistas mais bem pagos da década


A Forbes divulgou nesta semana a lista com os artistas mais bem pagos da década. A lista anual de músicos mais ricos da Forbes geralmente está repleta de nomes de pop e rap, e quando se olha para a contagem durante toda a década, o pop ainda domina, mas alguns artistas de rock ainda figuram firmemente.
O principal ato de rock da década, de acordo com a Forbes, é o U2. Eles são o número 4 na lista, com US $ 675 milhões ganhos na década de 2010. A publicação afirma que a turnê 360° do U2 arrecadou mais de US $ 700 milhões e, quando esse dinheiro é ajustado pela inflação, na verdade dá mais de US $ 800 milhões. Esse é realmente o valor mais alto para uma turnê desde que a Forbes começou a fazer a contagem.

O TOP 10:

1. Dr. Dre – US$ 950 milhões
2. Taylor Swift – US$ 825 milhões
3. Beyoncé – US$ 685 milhões
4. U2 – US$ 675 milhões
5. Diddy – US$ 605 milhões
6. Elton John – US$ 565 milhões
7. JAY-Z – US$ 560 milhões
8. Paul McCartney – US$ 535 milhões
9. Katy Perry – US$ 530 milhões
10. Lady Gaga – US$ 500 milhões

"Nós escrevemos "I Will Follow" em duas cordas. Se você não consegue obter duas cordas, vai se foder!"


No começo do U2, Bono previu: "Seremos enormes, como os Beatles, The Who".
Anos mais tarde, após o sucesso de 'The Joshua Tree', Bono em entrevista disse:

"Eu nunca quis que o U2 fosse a maior banda de rock 'n' roll do mundo, apenas a melhor. Quanto mais eu sei sobre rock 'n' roll, mais eu não sei ... Há dez anos, quando pensei em fazer parte de uma banda de rock 'n' roll, vi muita coisa. Eu vi tudo: estar no rádio, televisão, fazer filmes, discos, estar na estrada. Era enorme, como um espectro muito amplo de coisas que eram muito importantes. Agora esse espectro diminuiu para nada. A essência do que é ser uma banda de rock 'n' roll para mim, agora, são apenas três minutos e meio. Não dando entrevistas, não estando na televisão, nem tudo o que acompanha isto. O que abafou o som do circo rock 'n' roll foi a música rock 'n' roll. Apenas uma coisa. Essa é a coisa mais emocionante para mim.
Para tentar entender a loucura, encontramos sanidade na música. Todo o resto, quartos de hotel, carros, ônibus, aviões, gravadoras, produtoras de cinema ... é incrível. Simplesmente incrível.
Às vezes eu conheço bandas jovens. Eu digo apenas uma coisa a eles. Eu apenas digo: "Você sabe que uma música pode mudar tudo para você. Tudo."
Eles dizem: "Não posso comprar o equipamento. Nós não temos luzes. Nós não temos PA. Estou desempregado". Apenas digo: "Coloque na música. Não coloque isso para mim. Coloque em uma música e então eu vou ouvir".
Um jovem punk veio até mim e disse: "Nós não podemos pagar pelas cordas, cara. Você tem porra de aviões". Eu disse: "Nós escrevemos "I Will Follow" em duas cordas. Se você não consegue obter duas cordas, vai se foder!"."

Picture This! e All Tvvins brincam sobre mensagens recebidas de Bono


All Tvvins é uma banda pop irlandesa de Dublin. Em 2016, a banda lançou seu álbum de estréia, 'IIVV', que estreou no número 2 nas paradas irlandesas.
É formada por Conor Adams e Lar Kaye.
Em entrevista, foi perguntado para Conor se é verdade que o U2 é fã do All Tvvins.
Conor riu nervosamente com a pergunta. "Eu não sei. Eu gostaria de acreditar nisso. Isso seria bom. Fomos ver o U2 na 3Arena e eles nos enviaram uma pequena mensagem personalizada. Você nunca sabe para quantas pessoas eles fazem isso. Mas vamos dizer que eles são", disse Conor.
"Conhecemos The Edge. Ainda não conhecemos Bono. O que eu amo sobre eles é que eles continuam se reinventando. Eles se movem com o tempo, que, ame ou odeie, é impressionante a maneira como eles permanecem relevantes".
O Picture This! também disse que eles também receberam mensagens quando foram ver o U2 no 3Arena, com o vocalista da banda Ryan Hennessy até recebendo um auto-retrato de Bono com sua nota.
"Bono disse a Lar em sua mensagem: 'Ei Lar! Sinto uma presença no prédio - é você?'. Eu recebi um dizendo: 'Oi Conor, espero que você goste do show'", disse Conor, rindo com bom humor.
"Eu fiquei com o meu e depois vi o do Lar e fiquei tipo: 'Ah cara! O dele é bem mais legal'. O Bono é assim".
Sorcha Richardson, cantora e compositora de Dublin, que abriu shows do All Tvvins, disse que sua melhor amiga na escola era Eve Hewson, a filha de Bono.

Vídeo: 'U2 eXPERIENCE Live In Berlin' (Corte De 75 Minutos - TV)


O U2 selecionou uma edição especial de 75 minutos da apresentação de duas horas de 'eXPERIENCE Live In Berlin', e este corte para a TV pode ser assistido abaixo! 

quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Bono explica como a música chega até ele


Em entrevista, Oprah perguntou para Bono: "Como a música chega até você?"
Bono explicou: "Eu nunca vi a música. Para mim é um quebra-cabeça. Ouço acordes de uma melodia, e somente quando trabalho até o fim posso estar em paz. Até lá, é como uma contração.
Apenas sai. Não há escolha. É meio embaraçoso porque acontece quando você realmente não quer. Você está escrevendo uma música na parte de trás de uma sacola da Air India e não está escrevendo porque precisa de um hit - está escrevendo porque precisa de um pouco de sono. Você tem que colocá-la no papel para que você possa acalmar a irritação.
Uma das coisas que os hits têm e que a boa música sempre tem, você sabe - a música parece que já estava lá".
Oprah: "Como sua música "Beautiful Day"."
Bono: "Não sei se essa é ótima. Mas quando você tropeça em certas melodias, pensa: 'Isso já estava lá'."
Oprah: "É como o que Michelangelo disse: 'A escultura já estava na pedra'."
Bono: "E eu não acho que ele estava apenas sendo inteligente. O hit - o que pode ser chamado de música eterna, se você quiser ter uma mente aberta - é uma música com a qual a maioria das pessoas se familiariza. E o extremo mais extremo desse espectro é a música".

terça-feira, 24 de dezembro de 2019

Após duas semanas, show do U2 nas Filipinas ainda causa barulho


O U2 recentemente realizou o seu primeiro e histórico show em Manila, Filipinas, pela 'The Joshua Tree Tour 2019'. E ainda há barulho por lá por causa da parte do show com conteúdo mais político e de ativismo social.
Quando Bono homenageou as mulheres do mundo todo durante o 'Herstory' em "Ultraviolet (Light My Way)", foram mostradas imagens da jornalista, CEO e editora executiva do Rappler, Maria Ressa, a revolucionária Melchora Aquino, a ex-presidente Corazon Aquino, a senadora Pia Cayetano, as cantoras Lea Salonga e Maria Carpena, a ativista Liddy Nacpil, a ambientalista Joan Carling e a ativista das mudanças climáticas Marinel Ubaldo.
Reações positivas e negativas imediatamente começaram a surgir, com apoiadores do presidente filipino Rodrigo Duterte, e também opositores.
A maior parte das críticas citava que Maria Ressa responde por cinco processos por evasão de impostos, e que Bono também têm problemas fiscais junto com a banda.
Duas semanas após a apresentação, a mídia de Manila ainda escreve sobre esta parte do show, e parte dizem que Bono foi vítima de "Fake News" para seu discurso.
Nas redes sociais, uma mensagem:

"A premissa básica de nosso governo é que o poder reside no povo. Duterte mantém o apoio e a aprovação da maioria. Nós votamos nele. Ele fala por nós. Não votamos em Ressa. Nós não ligamos para ela. Ela não fala por nós. Sinta-se livre para admirá-la, e nada do que você disser vai mudar a ideia que pessoas tem sobre isso".

O colunista Romy P. Mariñas do The Manila Times escreveu:

"Para dramatizar sua defesa dos direitos humanos em seu show na Philippine Arena em Bocaue, Bulacan, em 8 de dezembro passado, mostraram Corazon Aquino e Maria Ressa. Escolhas bastante ruins.
As imagens foram para mostrar que o U2 sempre defendeu os direitos humanos, especialmente onde eles foram ou são supostamente violados com impunidade, incluindo as Filipinas.
Ao escolher essas duas "vítimas" de abusos políticos, Bono mostrou ter pouca visão, um grande desapontamento para um ativista social de renome que por acaso é rico e famoso e que esperávamos não ficar aquém dos altos padrões para as escolhas políticas que ele faz.
Aquino "restaurou" a democracia, apenas para entregá-la aos oligarcas, enquanto Ressa "defendeu" a liberdade de imprensa, apenas para ser revelada mais tarde como alguém supostamente exercendo violações de propriedade pelo Rappler.
Duvidamos que Bono sabe que pelo menos 12 ativistas agrícolas foram mortos a tiros perto dos portões de Malacañang - residência oficial do Presidente da República das Filipinas - apenas alguns meses depois que Aquino se tornou a líder do país através de um golpe de estado, que foi comercializado como a "Revolução EDSA" de 1986.
Ou que os trabalhadores açucareiros foram abatidos na Hacienda Luisita também durante seu mandato como presidente por exigir a redistribuição da vasta propriedade açucareira de propriedade dos Aquinos e da família de Corazon Cojuangco Aquino.
Se Bono exercitasse a sabedoria ou fizesse sua lição de casa, ele também projetaria uma imagem de Suu Kyi de Mianmar (Birmânia), uma ganhadora do Prêmio Nobel da Paz que acabou se tornando um fracasso, recusando-se a defender o suposto genocídio cometido contra os rohingya em seu próprio país.
Aliás, ela tinha sido comparada à Aquino.
Apenas os politicamente ingênuos comprariam o mantra do cantor irlandês de que os direitos humanos não podem ser "comprometidos".
Com ou sem você, Bono, a luta pelos direitos humanos em meu país continuará da maneira que acharmos melhor, não através dos olhos de alguém da Irlanda do Norte que, supomos, não conheceu nenhum filipino cujos direitos humanos tenham foi violado. Aliás, ele alguma vez já conheceu Corazon Aquino ou Maria Ressa?"

O Rappler escreve:

"Embora o U2 nunca tenha sido explicitamente inclinado para a direita ou para a esquerda, a banda sempre juntou os cacos das pessoas marginalizadas. (Eles não são irrepreensíveis, é claro - parece irônico que um grupo que defenda causas ambientais se transporte ao redor do mundo em um jato particular). O U2 é e sempre será político".

Rina Jimenez-David para o Inquirer:

"Lamento dizer que nunca fui fã do U2, pelo menos da música da banda, embora eu esteja ciente do status que o vocalista Bono detém não apenas como estrela do rock, mas também como ativista global, defensor de causas tão abrangentes quanto os The Troubles na Irlanda do Norte, apartheid, pobreza e desigualdade, meio ambiente e igualdade de gênero. O U2 nunca capturou minha imaginação.
Mas agora eu sou fã. Isso ocorre principalmente porque durante o seu primeiro show aqui, o U2 dedicou uma parte da apresentação para prestar homenagem a mulheres e ativistas de direitos humanos, destacando a irmã sitiada Maria Ressa.
Mesmo com esse tributo emocionante do U2, no entanto, o status de mulheres filipinas comuns permanece em terreno instável, com liberdades fundamentais ameaçadas por homens misóginos em posições de poder".

Em esquema de corrupção no Brasil, ex-governador da Paraíba pedia ingressos para show do U2


No último final de semana, o programa Fantástico, da Rede Globo, exibiu uma matéria sobre mais um escândalo de corrupção no Brasil.
Dessa vez trata-se do ex-governador da Paraíba, Ricardo Coutinho (PSB), que foi delatado pelo empresário Daniel Gomes, que tinha contratos com o governo do estado na área da Saúde.
Desde 2010, Ricardo gravou conversas e reuniões com o governador, e segundo a matéria da Globo, tanto a Polícia Federal quanto o Ministério Público analisaram mais de mil horas de reuniões e pedidos de propina.
A reportagem do Fantástico inicia com uma conversa entre Daniel Gomes e Ricardo Coutinho, em agosto de 2017, relativa ao interesse do ex-governador de participar de um show do U2, em São Paulo, que aconteceria dois meses depois. No diálogo, o socialista busca supostamente o acesso à apresentação com custos geridos pelo empresário.

RICARDO:
– Show do U2 que eu queria ir, em São Paulo.

DANIEL:
– Show do U2. Eu acho que até eu conseguia para um dia.

Trailer de 'U2 eXPERIENCE Live In Berlin', que será lançado na íntegra em 2020


Do site U2.COM

Em 2018, a banda levou 'Songs Of Experience' para a estrada pela América do Norte e Europa.
Foi uma turnê amplamente elogiada, mas em meio à crescente crise de refugiados e à ascensão da política extremista na Europa, a última noite em particular, na Arena Mercedez-Benz de Berlim, em novembro passado, foi elogiada como um show para este momento no tempo.
Como o diabólico alter-ego de Bono, Macphisto, coloca: "Lembre-se, Berlim, sempre que você vê um jornalista sendo aniquilado ou crianças sendo separadas de seus pais, sempre que os perdidos ou os solitários são levados pela maré nas fronteiras fechadas ... você vai me encontrar".
Com o início de um novo ano, a banda selecionou uma edição especial de 75 minutos da apresentação de duas horas, que será exibida como um programa especial nas redes de TV em 2020. No final de um ano tumultuado e divisivo em muitos países, a chamada das primeiras exibições é que este é um programa para aproximar as pessoas. E no Reino Unido, pela primeira vez em um filme-concerto, a Sky Arts e a Sky One vão exibir o programa ao mesmo tempo, em dois canais.
Além de "New Year's Day", "City Of Blinding Lights", "Pride (In The Name of Love)" e "One", o show apresenta uma série de canções de destaque de 'Songs Of Experience', incluindo "You're The Best Thing About Me" , "Summer Of Love", "Get Out Of Your Own Way", "Love Is Bigger Than Anything In It's Way" e "(13) There Is A Light"...
Enquanto este é o corte de 75 minutos, no início de 2020 teremos notícias sobre o lançamento do show completo ...

segunda-feira, 23 de dezembro de 2019

Pop e protesto pareciam não se encaixar pós 11 De Setembro. E o U2 derramou bálsamo nas feridas americanas com "The Hands That Built America"


No ano de 2002, The Edge deu uma entrevista para a Rolling Stone da Alemanha, A edição perguntou:

Springsteen digeriu o 11 De Setembro em seu evangelho "The Rising", enquanto outros artistas preferiram escrever canções políticas. Paul McCartney cantou "lute pelo direito de viver em liberdade", Neil Young murmurou "Let's Roll". E enquanto George Bush prepara uma nova guerra contra o Iraque, Bon Jovi canta frases como "agora estamos unidos, permaneceremos como um", mostrando-se bons americanos. Como é que pop e protesto parecem não se encaixar no momento?

Edge: "Boa pergunta. Acho que muitas dessas músicas foram provavelmente uma reação imediata ao 11 De Setembro. Mas não acho que o pop tenha perdido seu instinto político nesse sentido. Springsteen encarou o assunto de uma maneira muito não patriótica, ele lamenta com letras gentis e pensativas. Se os EUA começarem uma guerra contra o Iraque, o que, espero, não aconteça, também veremos protestos aumentando no pop".

Mas até o U2 derramou bálsamo nas feridas americanas com "The Hands That Built America".

Edge: "Primeiro de tudo, é a trilha sonora do filme de Martin Scorsese, 'Gangs Of New York', que trata do nascimento da América. Começamos a escrever essa música antes de 11 de setembro, mas as últimas linhas foram escritas após o ataque.

"There's a cloud on the New York skyline"?

Edge: "Sim, como muitas outras pessoas, nós nos simpatizamos com as vítimas, especialmente com os bombeiros - homens que simplesmente fizeram seu trabalho, que foram às torres em chamas para salvar a vida de outras pessoas e morreram ao fazer isso. Essa solidariedade foi apropriada. Essas eram apenas pessoas normais que não tinham nada a ver com os estrategistas de poder em Washington".

Tim Farriss do INXS se recorda dos bons tempos de amizade com o U2


A trágica morte de Michael Hutchence foi revisitada em um aclamado novo documentário, 'Mystify'.
Tim Farriss, do INXS, falou sobre o declínio e queda de seu companheiro - mas também se lembrou dos bons tempos e da amizade com o U2.
O U2 aterrissou na Austrália na semana em que Farriss falou com a Hot Press. Em um concerto no Sydney Cricket Ground, Bono dedicou "Stuck In A Moment You Can Get Out Of" a Hutchence.
"Significou muito", diz Farriss sobre a música. "E isso significaria muito para Michael. Michael estava muito próximo de Bono e Ali. Foi a mesma coisa de quando fizemos uma turnê com o Queen. Existem algumas bandas que, quando você faz turnê com eles, se tornam amigos. Queen e o U2 eram diferentes de muitas bandas porque eles saíam juntos. Assim como nós. No começo, quando estávamos viajando pelos EUA, pudemos ver semelhanças entre nós e o U2. Ainda mais do que com Duran Duran, que eram nossos outros companheiros. Estávamos todos viajando pelos EUA ao mesmo tempo. Nós podíamos nos encontrar bastante. Sempre houve uma sinergia. Lembro-me de estar gravando 'Full Moon, Dirty Hearts' ... Estávamos no estúdio gravando músicas e Michael estava no telefone. 'Michael, com quem você está falando?' Ele dizia: 'Oh, é só o Bono'."

Amaal Mallik fala sobre sua versão de "Beautiful Day" para o EP 'The Eternal Remixes' do U2


Para ajudar no suporte do show da 'The Joshua Tree Tour 2019' que aconteceu em Mumbai na Índia, O U2 lançou 4 remixes inéditos por quatro artistas indianos populares.
A gravadora in-house da empresa de streaming JioSaavn, Artist Originals (AO), recrutou Lost Stories, OX7GEN, Karsh Kale e Amaal Mallik para produzir remakes de canções do U2.
O EP digital teve o nome 'The Eternal Remixes'.
Amaal Mallik, um dos compositores e diretores de cinema mais famosos da Índia, criou a primeira versão em hindi chamada "Beautiful Day" (Amaal Mallik Hindi Reprise).
As letras em hindi são cantadas por Yash Narvekar e escritas por Kunaal Vermaa.
Yash Narvekar é um cantor, compositor e letrista indiano que escreveu e cantou "Mere Dil Mein" no filme Half Girlfriend, "Teri Yaadon Mein" em Behen Hogi Teri e "Gulabi 2.0" em Noor.
Mallik diz: "O U2, por acaso, é uma das bandas mais famosas do mundo de todos os tempos, e eles influenciaram minha própria música e playlists. De fato, quando eu estava na faculdade, ganhei uma competição de canto com uma música do U2. Quando me foi apresentada a oportunidade de reinventar "Beautiful Day", eu sabia que precisaria ir além. Tê-los ouvindo minha música ou até mesmo estar cientes disso, ainda soa como o sonho de um adolescente! Uma colaboração com alguém tão lendário e célebre como o U2 é uma experiência de humildade para mim, e só tomo isso como uma oportunidade para aprender e me esforçar mais no que faço. Isto é pessoal e muito especial para mim. Espero que isso seja traduzido para os ouvintes da minha versão de "Beautiful Day". Eu pedi a Kunaal Vermaa para escrever e Yash Narvekar para cantar a versão. Essa colaboração cultural entre dois artistas imensamente populares marca um grande marco na indústria musical global".
Sobre a recriação do clássico, ele diz: "Na minha opinião, recriar um clássico é arriscado e não deve ser incentivado. 'Então, por que fazer esse?', eu me questionei. A resposta, na verdade, foi um clique instantâneo. Quando as pessoas que fizeram a música me confiaram para dar uma nova direção, meu coração disse: 'Por que não?' Os criadores dessa música confiaram em mim e eu me certificarei de lhes dar algo para lembrar. Estou empolgado que a minha versão os alcance, e realmente espero que eles e o público sintam o amor, o apego e a dedicação que tenho em relação a essa banda e com o cuidado com que tratei a colaboração. Isto é pessoal e muito especial para mim".

domingo, 22 de dezembro de 2019

"Electrical Storm": amor em um tempo estranho e confuso


No ano de 2002, o U2 lançou seu single "Electrical Storm". Na Rolling Stone da Alemanha, foi perguntado para The Edge: "A canção "Electrical Storm" descreve a tensão antes de uma tempestade que se aproxima. Isso é uma metáfora para a atual incerteza global?"
Edge respondeu: "É uma música de amor, antes de tudo. É uma música sobre o amor em um tempo estranho e confuso. Queríamos capturar a atmosfera pós 11 de Setembro, esse sentimento de "Quem sabe o que vai acontecer?". Reflete um clima que ainda está presente hoje. Mas isso não é um comentário para a situação política geral. Acho que, no momento, todo mundo está prendendo a respiração, esperando que não haja uma guerra contra o Iraque, mas uma resolução diplomática do conflito.
Espero que as ameaças dos EUA (de uma guerra contra o Iraque) sejam apenas um blefe e que elas não façam nada sem o consentimento da ONU. Um cenário de horror. Qualquer esforço individual dos EUA seria fatal. A política atual dos EUA geralmente tem muito pouco em comum com a visão de mundo multilateral de Bill Clinton.
Estivemos em turnê nos Estados Unidos após os ataques. O que eu devo dizer? Dividir o mundo entre o bem e o mal não é um conceito. Mas, além dos gritos de guerra dos novos "cold warriors", também ouvi opiniões diferentes. Eu conheci pessoas durante a turnê que disseram: "Não podemos continuar assim. Temos que nos perguntar por que o mundo nos odeia tanto". Uma responsabilidade global também exige o reconhecimento das origens do terror - a divisão entre o Primeiro e o Terceiro Mundo. Este é um assunto que Bono apresenta ao público em sua missão de cancelamento de dívidas para os países pobres. Muitas pessoas nos países do Terceiro Mundo se sentem enganadas pelo Ocidente. Esta situação é um terreno fértil para extremistas".

sábado, 21 de dezembro de 2019

Os momentos divertidos do U2 terminaram?


Em uma edição da Rolling Stone da Alemanha, foi perguntado para The Edge: "No final dos anos 80, o U2 frequentemente se lamentava que eles eram levados muito a sério. Nos anos 90, vocês tentaram superar a seriedade usando a sátira: por exemplo, você saiu de um limão gigante usando um chapéu de cowboy enorme. Depois, Bono estava na capa da revista Time, e ao lado dele a séria manchete: 'Bono pode salvar o mundo?' Os momentos divertidos terminaram?"
Edge respondeu: "Eu consegui aceitar o fato de que o U2 é musicalmente e politicamente relevante. Nos anos 80, a situação era diferente: a mídia retratou caricaturas de nós mesmos e nós os ajudamos a fazer assim. Nós éramos as boas pessoas do rock.
Hoje, nos sentimos autoconfiantes o suficiente para desabafar e dizer: Isso é quem somos. Somos quatro bastardos, mimados pela sorte, talvez até talentosos, mas isso não significa que não usamos nossa posição para assuntos sérios. E as pessoas fazem a diferença entre a nossa música e a causa. No que diz respeito à campanha de cancelamento da dívida, não se trata de Bono, mas da causa que ele apoia. Toma muito do seu tempo, mas podemos conviver com isso. A música é a prioridade, depois a política".

sexta-feira, 20 de dezembro de 2019

Universal Music no Japão anuncia que performances do U2 na 'The Joshua Tree Tour 2019' serão mostradas na TVK


O site U2 Songs escreve que a a Universal Music no Japão anunciou que performances do U2 serão mostradas na TVK no Japão.
O programa irá ao ar na segunda-feira, 23 de dezembro, 00:00, e trará três músicas tocadas nos concertos recentes shows no Japão: "Where The Streets Have No Name", "I Still Haven't Found What I'm Looking For" e "With Or Without You".
Videoclipes de "Where The Streets Have No Name" e "With Or Without You" também serão exibidos.
Cada show da turnê do U2 permitiu o acesso da imprensa a três músicas, sejam para vídeo ou para fotos. Os profissionais eram trazidos para uma plataforma elevada no meio da multidão, montada durante a performance de "Pride (In The Name Of Love)" e, em seguida, podiam fazem registros nas três primeiras de 'The Joshua Tree'.
Essas três músicas que serão exibidas no programa correspondem ao que a mídia está autorizada a filmar.

Peter Neill conta como sua carreira foi impulsionada após fotografar um show do U2


Peter Neill fotografou alguns dos maiores artistas da indústria da música.
O diretor de arte e consultor de design Steve Averill (o cara que batizou o U2) ajudou a impulsionar a carreira de Peter Neill como fotógrafo profissional de música. Desde então, Peter trabalhou com uma variedade de clientes de alto nível, incluindo o próprio U2.
Peter conta:

"A crise econômica estava em pleno andamento na Irlanda e meu mundo de TI estava em desmoronando. Então tive um pouco de sorte. Steve havia projetado todas as capas dos álbuns do U2. Um amigo me falou sobre um contrato de TI que Steve estava precisando na empresa de design gráfico dele. Eu tinha trabalhado muito com TI ao longo dos anos e, por isso, me inscrevi no emprego esperando poder conhecê-lo. Por sorte, consegui o contrato, conheci Steve e mostrei a ele o meu trabalho e praticamente implorei que ele me desse uma chance fotografar o U2. E foi assim que consegui meu primeiro show, em 2009, em Sheffield. E fiz tudo de graça, obviamente!".

O show foi extremamente bom e recompensou Peter com algumas imagens impressionantes. E um ano depois, ele foi convidado a fotografar a banda novamente em concerto na França. Uma das imagens que ele tirou lá resultou em uma capa de revista da Billboard. E esse foi realmente o momento que iniciou a carreira de Peter.




Com um portfólio dos dois shows do U2, Peter se aproximou de uma agência chamada MCD, a maior promotora de shows da Irlanda e se ofereceu para fotografar seus shows de graça, apenas para criar um corpo maior de trabalho. "Eles aceitaram a ideia e eu acabei fazendo 60-70 shows para eles ao longo dos próximos dois anos. Isso me deu muita experiência e, mais significativamente, me colocou em contato diretamente com muitas bandas, e a primeira banda que realmente me levou a sério foi o The Script".

Relembrando o show do U2 no King's Hall em Belfast, Irlanda Do Norte, pela 'The Joshua Tree Tour' em 1987


Em 24 de junho de 1987, o U2 levou a sua 'The Joshua Tree Tour' para o King's Hall em Belfast, Irlanda Do Norte.
Foi um show que atraiu muito interesse da mídia e foi a Ulster Television poucas horas antes do show, que conseguiu que o repórter Ivan Little entrevistasse Bono apenas alguns minutos depois que o avião da banda pousou no Aeroporto Internacional de Belfast.
"Ele me disse que Belfast tinha uma reputação, fora da Irlanda, de ser o melhor público do mundo e, em seguida, acrescentou" isso é verdade mesmo", lembra Ivan.
"Perguntei se havia alguma surpresa para o show do King's Hall e ele respondeu, brincando, que a única surpresa seria se eles continuassem em sintonia".
Eles permaneceram em sintonia e houve outra grande surpresa, mesmo antes do U2 subir ao palco naquela noite.
A banda convenceu a lenda, o cantor e o ex-vocalista do Velvet Underground, Lou Reed, a abrir o show.
Quando o U2 entrou no palco, Bono disse: "Este é o melhor público do mundo e vamos dar o melhor concerto de rock and roll que essa cidade já viu".
Uma grande pergunta que estava sendo feita antes do show do King's Hall era se "Sunday Bloody Sunday" estaria no setlist.
Diziam que o local iria explodir se incluíssem sua música sobre o dia mais sombrio de Derry em seu repertório.
E foi a sétima música que eles cantaram naquela noite. E não houve um murmúrio de descontentamento dos 6.000 fãs.
Como lembra o fã Geoff Caves, foi um dos momentos mais memoráveis ​​do show.
"Havia uma bandeira irlandesa de três cores e uma union jack (bandeira nacional do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda do Norte) que foram retiradas durante aquela música. Todo mundo que esteve lá se lembra do incidente da bandeira, Bono dizendo: 'você pode tirar suas bandeiras, estamos cansados ​​de bandeiras'", disse ele.
"Foi um momento bastante icônico. Muitos jovens se reuniram em um lugar em Belfast, que normalmente não se misturavam, e houve uma chamada de Bono para retirar as bandeiras e isso foi obedecido".
Ironicamente, apenas cinco meses após o show em Belfast, o IRA provocou a fúria de Bono depois de matar 11 pessoas em um atentado em Enniskillen.
Uma das canções mais políticas do U2 sobre o The Troubles, a banda tocou pela primeira vez no Maysfield Leisure Centre de Belfast em 1982. Bono havia dito que nunca mais cantaria a música se o público não gostasse, mas a resposta foi positiva, embora o vocalista tenha continuado a apresentá-la com as palavras "esta não é uma música rebelde".
O Rev. Steve Stockman, da Igreja Presbiteriana de Fitzroy, em Belfast, também esteve no show do King's Hall.
Outro momento memorável para ele foi nos meses que antecederam o show - quando o U2 chegou em Belfast em março de 1987 para lançar o álbum 'The Joshua Tree'.
Ele lembra que a banda fez uma aparição surpresa à meia-noite na Makin'Tracks, uma loja de discos no centro da cidade.
Steve e o conhecido artista Colin Davidson pegaram uma fila para ver o U2 naquela noite e ambos lembram que os membros da banda eram "calorosos, amigáveis ​​e interessados" em conhecer os fãs.

Versão alternativa de "The Wanderer" seria lançada em 'Original Soundtracks 1' do Passengers


Por ser um álbum altamente experimental, revelando a crescente influência de Brian Eno nas faixas, a Island Records relutou em liberar 'Original Soundtracks 1' como um álbum do U2, então um nome fantasioso para a banda foi criado. Assim surgiu os 'Passengers'.
Brian Eno revelou em seu diário 'A Year With Swollen Appendices':

"Exposto o conceito dos 'Passengers' para a banda - que caiu bem. Todos nós pensamos que um disco U2 / Eno não poderia ser lançado discretamente - seria divulgado pelas lojas como "o próximo disco do U2". Também ouvimos o CD - que pareceu muito bom.
Ouvimos "Always Forever Now" - ótima combinação: erótica e futurista (futurótico).
Além disso, a nova "Wanderer" (um take antigo que eu encontrei entre minhas fitas) foi um sucesso imediato - Bono queria como uma música em seu próximo álbum. Também tocamos outra peça daquelas sessões - um take de "Zoo Station" com barulhos do meu sintetizador. Vamos chamá-la de "Bottoms" (do programa de TV italiano 'Show Us Your Bottom')".

quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Diário De Fãs: encontrando The Edge em Manila


Pocholo Concepcion para o Philippine Daily Inquirer: "Em 10 de dezembro, na noite anterior ao show do U2, eu estava no escritório terminando o trabalho quando um amigo, Jing Garcia, me mandou uma mensagem para descer rapidamente ao Agimat, um bar em Poblacion, Makati: "Andito sila".
"Sila" significava U2. Em pouco tempo eu estava na Agimat, e Jing apontou para a mesa onde estava o guitarrista do U2, The Edge, com um grupo que incluía a chef Margarita Fores, sua irmã Bledes e o chef americano Mario Batali. The Edge estava bebendo Joe's Brew, uma cerveja artesanal local.
No dia anterior, em seu restaurante Grace Park, em Rockwell, Makati, Fores preparou o jantar para o vocalista do U2, Bono, Edge e três amigos, incluindo Batali.


No Agimat, as pessoas pareciam relaxadas, contentes em olhar de relance para Edge, embora provavelmente todas esperassem uma chance de tirar uma selfie com o músico irlandês cujo estilo de tocar guitarra define o som do U2.
Consegui tirar fotos de Edge com a câmera do celular, que estava a cerca de três metros de distância.


De maneira casual, o parceiro de negócios do Agimat, Jun Sabayton, aproximou-se da Edge para se apresentar. Quando vi Jun levando Edge em direção a Jing e eu, essa foi a sugestão para conhecer a estrela do rock.
Ele foi amigável, tinha um sorriso fácil e um aperto de mão quente".

O diretor Quark Henares postou uma foto com The Edge nas mídias sociais no Agimat Foraging Bar.
Segundo Quark, ele estava trocando gentilezas com The Edge, quando "alguém adorável o suficiente disse a ele 'esse cara é um ótimo diretor". Ele disse: 'Sério? Me dê seu cartão'."
Nas mídias sociais, Henares escreveu: "Agradeci a ele por um dos melhores shows da minha vida quando o vi no Madison Square Garden. Agradeci a ele por ser corajoso o suficiente para dizer o que eles disseram sobre o governo. Ele nos agradeceu pela comida e bebida, especialmente o caranguejo. PORRA, THE EDGE TEM MEU CARTÃO DE VISITAS!"


Nas mídias sociais, o Agimat revelou que a visita de The Edge foi pré-agendada com uma semana de antecedência, e mantido em segredo.
"Foi uma honra para nós mostrar produtos e a cozinha filipina para The Edge, sua adorável esposa, o chef Mario Batali e o resto do grupo", disse o perfil do Agimat, acrescentando que o "ponto alto da noite foi quando eles nos disseram que estavam "deslumbrados com a comida".


Clos Nua, empresa de Bono e do hoteleiro Paddy McKillen, compra o antigo Tramyard Cafe em Dalkey


Documentos obtidos pelo jornal britânico Sunday Times mostram que Bono está se unindo ao promotor imobiliário Paddy McKillen para construir um centro cultural e de bem-estar em Dublin.
Segundo os documentos, o músico e hoteleiro Paddy McKillen planejam converter o antigo local do café Tramyard, um local no subúrbio de Dalkey, em um centro de lazer, saúde e cultura.


Segundo um relatório do MSN, havia boatos de que Bono havia comprado o lugar no ano passado, e os documentos mostram que a empresa dele e de McKillen, Clos Nua, agora é dona do lugar e que os executivos solicitaram permissão de planejamento para alimentos, varejo e espaço de lazer, contendo uma "sala de plantas e local cultural". O documento afirma que o local poderia ser usado para sediar eventos como palestras, exposições, exibições e seminários.
A Clos Nua apresentou uma solicitação ao conselho do condado de Dun Laoghaire Rathdown para reconstruir o local de 2.320 m² - supostamente vendido por pouco menos de € 3 milhões no ano passado.
Os planos mostram que o prédio principal do local também incluirá espaço para escritórios e parte de uma casa de um chalé existente será transformado em café e bar. O bar e restaurante original do Tramyard Cafe foi forçado a fechar as portas em 2016 devido a uma ordem do Supremo Tribunal irlandês relacionada a regulamentos de segurança contra incêndio.
Outras propostas incluem um jardim paisagístico e um centro de saúde oferecendo "serviços médicos locais, tecnologia cosmética, pilates e ioga".


A inscrição diz: "Todos os tipos de usos culturais são viáveis ​​no espaço, que também possui um lobby e uma área de bar generosos. O local seria operado profissionalmente e disponível para uso da comunidade durante festivais e eventos".

Como Bono tentou comprar Luggala, que pertenceu à família Guinness e que o U2 procurou para servir como local de gravação


Bono tentou comprar Luggala, a propriedade e casa em Co Wicklow pertencente até recentemente pela família Guinness e lar de Garech Browne até sua morte em 2018.
A propriedade de 5.000 acres localizada no Luggala Lodge, uma joia gótica de um andar do século XVIII, situada à beira de Lough Tay, perto de Sally Gap, foi colocada à venda em 2017 e vendida no início deste ano.


Browne, um patrono das artes que era apaixonado por música e poesia irlandesa e levava uma vida um tanto excêntrica como um dândi boêmio, é o tema do documentário da RTÉ, 'Last Days At Luggala'. Ele morreu em Londres em março de 2018 a caminho da Índia para Roundwood.
A venda da propriedade (ocasionada em grande parte pelas consequências do estilo de vida de Browne com champanhe no café da manhã) despertou intenso interesse de uma série de ricos compradores internacionais, em meio a pedidos para que o Estado a comprasse para adicionar ao Parque Nacional Wicklow. Enquanto o Escritório de Obras Públicas discutia a compra de pelo menos parte do patrimônio dos vendedores, a Barbican International Corporation, um fundo família da Guinness com sede em Guernsey, entrou no evento com pessoas ricas que gostariam de fazer parte disso.
Um deles foi Bono, atuando em conjunto com várias outras pessoas, que queriam garantir que Luggala fosse protegida e preservada.
"Estávamos todos com medo de que alguém a comprasse e a arruinasse, mas aparentemente o novo proprietário é ótimo", disse Bono em entrevista.
Bono conheceu Luggala nos anos 80, quando o U2 procurava um local de gravação alternativo à relativa esterilidade dos estúdios convencionais.
Como muitos antes dele e desde então, Bono foi cativado pela beleza do local - o lago, a casa e a floresta ao seu redor.
"Fomos lá para ver e foi aí que certamente caí sob seu feitiço", disse Bono. "É como a Terra Média. É realmente difícil descrever - os sentimentos naquele local. Eu tinha 24 anos. E então você conhece essa criatura [Garech Browne] e percebe que ele está apenas realizando essa tarefa realmente vital para a música irlandesa. Aquelas árvores! As árvores parecem ter milhares de anos, embora não possam ter. Eu nunca vi árvores assim. E então o jardim de musgo. [Garech] era bastante horticultor. Ele estava interessado em musgos. O lough é tão profundo quanto a face das rochas é alta. É uma propriedade extraordinária e impressionante".
Preocupado com o fato de a propriedade ficar "perdida" ou "destruída pela Disney", Bono procurou criar um consórcio - "um monte de pessoas que se interessavam e se importavam com isso" - para comprá-la de Brown, que havia expressado desejo de permanecer vivendo lá até sua morte, apesar de qualquer negociação da propriedade.
"A certa altura, estávamos em pânico e tentando reunir algumas pessoas para ver se poderíamos ficar com ela, mas eu falhei nesse esforço", disse ele.
Questionado sobre o quão longe o empreendimento chegou, Bono respondeu um pouco melancolicamente: "Não longe o suficiente!"
De acordo com Nick Crawford, o agente imobiliário de Dalkey que administrou a venda com a Sotheby's de Londres, havia cerca de 30 partes interessadas em comprar.
"Tivemos muitas ofertas", disse ele, enquanto se recusava, por razões de confidencialidade, a discutir quem estava por trás de qualquer uma delas.
"Todas essas pessoas são muito reservadas. Eles são bem conhecidos nos negócios, na música, computadores, na moda ou são bem conhecidos. Você está lidando com bilionários".
Uma venda havia sido acordada antes da morte de Browne. "Fizemos" venda acordada "para uma parte que não foi concluída. Nós pensamos que era um ajuste perfeito: eles estavam comprando, ele foi autorizado a ficar e ele [teria] ido para seu túmulo feliz", disse Crawford ao The Irish Times. Quando o negócio não deu certo, outras partes haviam perdido o interesse em comprar a propriedade.
Uma delas, embora aparentemente apenas por curiosidade e sem intenção de comprar, era a cantora norte-americana de 26 anos, Ariana Grande.
"Ela ouviu falar e disse que adoraria dar uma olhada. Então, como um favor, fizemos", disse Crawford.
"Olhando para o livro do visitante, ela viu uma foto de Garech e disse: 'Oh meu Deus, ele é o homem mais incrível que eu já vi na minha vida'. Era uma fotografia de Garech em uma de suas roupas. Ela tem 110 milhões de flores em sua conta do Instagram e disse que Garech Browne era o homem mais interessante que já tinha visto!"


O eventual comprador foi um investidor italiano de 63 anos e um magnata imobiliário, o conde Luca Rinaldo Contardo Padulli. Ele administra a Camomille, uma empresa de investimentos, e também possui cerca de 25.000 acres nos condados da Inglaterra, bem como em Norfolk, North Yorkshire e Londres.
De acordo com Companycheck.co.uk, os interesses comerciais do Conde têm £ 36,3 milhões (€ 42,7 milhões) em dinheiro, que, juntamente com ativos avaliados em £ 365,2 milhões e passivos de £ 47,2 milhões, dão a ele um patrimônio líquido de £ 318,3 milhões .
Para Bono e seus associados, houve um "grande alívio" na compra porque significa que Luggala "será preservada pelo menos por mais um tempo".
Ele diz que a melhor maneira de honrar o legado de Garech Browne agora seria o Estado ajudar a preservar o arquivo da Claddagh Records, empresa que Browne fundou em 1959 para promover a música e a poesia irlandesas.
O arquivo tem uma riqueza de músicas, incluindo gravações do flautista Leo Rowsome e trabalhos iniciais dos Chieftains, além de gravações de poetas como Patrick Kavanagh, Austin Clarke e Seamus Heaney.
"Acho que o Estado deveria realmente pensar no arquivo, realmente deveria. A Claddagh Records não tem preço", disse Bono.
Ele se arrependeu de não ter fechado o acordo do consórcio?
"Eu preciso de outro projeto como um buraco na cabeça", ele brincou. "A senhora Hewson estava revirando os olhos. [Mas] teria causado grande dor a mim e aos outros se tivesse caído em mãos erradas".
Bono no documentário elogiou Garech Browne, por lhe dar uma educação musical.
O cantor contou como Garech, que era um patrono das artes e amante da história e da música irlandesa, o apresentou à pipe music tradicional na imensa propriedade de Wicklow.
Em um trecho do documentário, Bono explicou como, quando era um jovem músico, Garech o ajudou a ampliar seus horizontes e conhecimentos da música tradicional da Irlanda.
Ele disse: "Eu não sabia nada sobre música tradicional da Irlanda, o punk rock era o marco zero. O passado não existia. E o que aconteceu, queríamos apagar. E percebemos que na verdade não tínhamos ouvido isso. Não tínhamos ouvido um grande flautista. Foi um momento incrível sentar aqui nesta sala, com este homem e pedir que ele explicasse o que era um grande flautista. Ele realmente me ajudou a me abrir para algo que agora não consigo acreditar que vivi sem".
"Conhecer [Garech] ... ele me pareceu uma pessoa que poderia não estar lá. Ele poderia não existir. Este local poderia não existir. Poderia ser uma invenção da nossa imaginação", explicou Bono em 'Last Days At Luggala'.
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