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quarta-feira, 10 de julho de 2019
The Edge sobre o REM: "eles são muito descontraídos e relaxados em comparação com a nossa banda"
Em 2001, durante a Elevation Tour, The Edge em entrevista para Jim Derogatis do The Chicago Sun-Times disse: "falando da longevidade do U2, parece que a única banda que restou desde que vocês começaram é o R.E.M. Vocês os ouvem bastante? Você vê paralelos entre a carreira de vocês e a deles?"
The Edge respondeu: "Acho que há paralelos, mas também acho que não poderíamos ser mais diferentes em certos aspectos. Eu realmente gosto muito deles, pessoalmente e sou um grande fã da música deles. Mas eles são muito descontraídos e relaxados em comparação com a nossa banda.
Sua atitude para com o sucesso e a ambição e onde eles querem levar sua banda e seus discos não poderia ser mais diferente, mas ao mesmo tempo eles conseguiram um trabalho incrível ao longo dos anos, e eu amo o que eles fazem. Eu acho que saindo da Irlanda, nós não sofremos nada com a sensação de que para realmente permanecer fiel às suas origens e suas raízes, você realmente deveria tentar evitar qualquer ênfase no sucesso em qualquer aspecto, comercialmente ou criticamente. Nossa atitude desde o primeiro dia foi que queríamos ser a maior banda do mundo e queríamos ser a melhor banda do mundo.
Quando assinamos com uma gravadora pela primeira vez, recebíamos tão pouco dinheiro que estávamos realmente em condições de fazer do nosso jeito. A gravadora podia ver que estava funcionando e eles perceberam que não tinham uma quantia enorme de dinheiro em jogo que poderiam perder se estragássemos tudo. Isso realmente muda todo o quadro. Se você entrar nisso como uma banda muito jovem e negociar esse contrato enorme e tirar uma boa grana da gravadora, eles começarão a pensar de uma forma muito diferente: eles estão procurando por um retorno e sucesso em um nível comercial desde o início. Eu vi isso acontecer no mundo da dança também. Os artistas ou as bandas que parecem sobreviver criativamente são os que funcionam sob o radar. Eles não têm essa enorme expectativa comercial, e isso realmente lhes poupa muito sofrimento. Qualquer conselho que eu daria a um grupo jovem seria tentar evitar o endividamento, porque é isso que os transforma em escravo das gravadoras, e não tem que ser assim".
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