Em sua coluna no O Globo, Lauro Jardim escreve que a menos de três meses da sua edição deste ano, o Rock in Rio está mudando de dono.
A Live Nation, a gigante americana promotora de eventos, comprou a parte da IMM no negócio e agora é dona de 60% do Rock in Rio. A IMM é a sucessora da IMX, empresa fundada por Eike Batista e que hoje pertence ao Mubadala, o fundo soberano de Abu Dhabi.
Roberto Medina, criador do festival, detém os 40% restantes.
Medina continua comandando o festival que, no entanto, passa a fazer parte do portfolio de eventos da Live Nation.
A Live Nation, que cuida das turnês do U2, adquiriu uma participação no Bonnaroo Music & Arts Festival em 2015 como parte da onda de compras de festivais efetuada pela maior promotora de shows do mundo, investiu milhões de dólares na melhora das instalações físicas, como banheiros, e contratou o U2 para tocar seu icônico álbum 'The Joshua Tree' em junho de 2017, após os ingressos do festival atingirem uma mínima histórica em 2016.
A Live Nation foi o único motivo do U2 aceitar tocar novamente em um festival, após as duras críticas de Larry em relação ao Glastonbury 2011, em tocar a uma distância muito grande do público.
Quando o U2 assinou seu contrato de 12 anos com a Live Nation em 2008, foi para administrar os artigos promocionais, as turnês, os direitos digitais e a marca da banda.
Com outros artistas, incluindo Madonna, a Live Nation ficou com os direitos de gravação. Com o U2, as gravações e publicidade continuaram com a Universal.
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