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quarta-feira, 31 de julho de 2019

U2 insiste que "Exit" não é sobre uma pessoa específica e é propositalmente vaga


"Exit" de 'The Joshua Tree' é uma música sobre violência e morte. O U2 insiste que a música não é sobre uma pessoa específica e é propositalmente vaga.
The Edge, que também escreveu a letra, disse na época do lançamento que era o principal exemplo de sua nova abordagem cinematográfica para a construção de canções e foi parcialmente inspirado na leitura de The Executioner's Song, de Norman Mailer. Bono, por outro lado, falou de Flannery O'Connor e comédias negras do Deep South Of America.
"É apenas uma pequena história, exceto que eu deixei de fora alguns dos versos porque eu gostei como um sketch. É apenas sobre um cara que tem uma ideia em sua cabeça. Ele pega de um pregador no rádio ou algo assim e sai e ... eu ainda não consegui descobrir se foi um suicídio ou um assassinato. As palavras saíram muito rapidamente no último dia de gravações do álbum. Nós tínhamos trinta músicas para o álbum e escolhemos onze delas, mas eu queria uma música com essa sensação de violência, especialmente antes de "Mothers Of The Disappeared"."
América. Adam Clayton ficou chocado quando, no meio da primeira grande turnê americana, ele notou que eles haviam adotado os primeiros sinais do sotaque americano. O pânico se instalou. A MTV e a rádio americana foram subseqüentemente banidas de seus ouvidos e um SOS urgente saiu para um despacho de resgate das fitas dos shows de John Peel e Dave Fanning, para não se tornarem mais contaminados pela bile da música americana.
Livres da mácula da lavagem cerebral da mídia americana, começaram a estimular um pouco mais a superfície. Perguntado sobre quem ele estava ouvindo, Edge responderia: "Hank Williams, Archie Edwards, Willie Dixon e Mel & Kim". E Bono falou melancolicamente de ouvir Keith Richards tocando músicas gospel no piano e ele, Bono, sendo apresentado ao seu primeiro disco de John Lee Hooker com a idade de 25 anos.
"Isso não mudou minha vida, mas mudou minha atitude em relação à música. Fui para casa naquela noite e escrevi "Silver And Gold". Eu conheci T-Bone Burnett uma vez em um bar. Ele disse: 'Estou escrevendo uma música no momento, "Having A Wonderful Time, Wish You Were Her". Estou no quarto de número cinco, gostaria de se juntar a mim?' Como você pode recusar um convite como esse? Então nós saímos e escrevemos essa música. Ele então me entregou a guitarra e disse: 'Agora você toca uma de suas músicas', e eu olhei para a guitarra, virei e toquei a batida no corpo da guitarra, sem nenhum acompanhamento porque a música do U2 não tinha raiz. Nós, como grupo, formamos nosso próprio som sem nenhum background, porque nossas coleções de discos começaram em 1976 com Tom Verlaine e Patti Smith e The Clash e The Jam.
"Silver And Gold" foi minha tentativa desesperada - e eu escrevi em duas horas - para escrever uma música que pertencia a uma tradição. Eu estava escrevendo sobre a África do Sul, sobre um homem que estava no ponto de violência, que é algo que me fascina".

Bono revelou em entrevista que Brian Eno já havia sido convidado para produzir um disco do U2 na época de 'Boy'


Em 1981, o U2 se preparava para lançar seu segundo disco, 'October'. O Jornal Musicalíssimo de Portugal conversou com a banda, e publicou em sua edição de n°72.
Bono respondeu sobre alguns assuntos.

A origem do nome:

"É como se fosse uma vaga. A maior parte dos grupos se chama "The" isto e "The" aquilo. Nós preferimos nos chamar U2. Em vez de utilizarmos palavras, como por exemplo, Led Zeppelin, preferimos optar por uma letra e um número. É uma coisa universal. Onde quer que você vá, em qualquer parte do mundo, não necessita ser traduzido. As pessoas devem relacionar a música com a banda. Nós não somos uma banda punk. Não somos uma banda qualquer. Somos unicamente o U2.
Nós queremos seguir a linha que idealizamos. Não é uma questão de uma ideia construtiva. É simplesmente uma extensão de nós mesmos".

Os shows com o Talking Heads:

"A razão pela qual tocamos com o Talking Heads deve ter sido pela mesma razão que o Talking Heads quis tocar conosco. Eles são ou pertencem neste momento à mesma vaga que o U2. Talking Heads é um nome, uma gangue, um nome que transmite uma imagem ao grupo, e sua música se mantém sempre com frescor, como o U2.
A coisa principal por trás do Talking Heads é a originalidade, uma coisa que nós também estamos tentando ser, coisa que nós concordamos plenamente.
Também é claro que muita coisa está a cargo da genialidade de Brian Eno, que já foi convidado a produzir um trabalho do U2. Estas pequenas particularidades também são interessantes".

O álbum 'October':

"O fato de lançarmos ele no mês de Outubro, nos levou a chamá-lo assim. Nenhuma razão em especial.
Quando fazemos algo, no caso um novo disco, queremos que ele seja melhor que o anterior. Em função disso.... pois claro que acreditamos, sinceramente e com convicção, que o sucesso deste nosso segundo álbum venha a ultrapassar muito aquilo tudo que conseguimos com 'Boy', e que convenhamos, já não foi pouco!
O melhor é deixarmos esse juízo para todos aqueles que gostam de nós, e que como é lógico vão ser os compradores do nosso disco!

Liam Gallagher muda letra de canção para falar da amizade de seu irmão Noel Gallagher com Bono


Já faz um tempo que um enciumado Liam Gallagher reclama na imprensa da proximidade entre seu irmão Noel Gallagher com o U2.
Liam no palco em show na França no Carcassonne Festival, na performance de seu novo single, "Shockwave", mudou a letra para falar da distância de seu irmão e a amizade deste com Bono.
A canção faz parte do seu álbum 'Why Me?'.
No segundo verso do single, que orginalmente diz: "Apunhalou todos os seus amigos / E sim, é tudo sobre quem você conhece", Liam mudou a letra para: "Apunhala todos os seus amigos e sim, é tudo sobre você e Bono".
Em Janeiro de 2017, Liam foi à rede social mandar uma indireta ao irmão após ficar sabendo que ele abriria os shows da 'The Joshua Tree Tour 2017'. Segundo Liam, toda a "puxação de saco" de Noel funcionou, "sem ter vergonha".
Um seguidor perguntou para Liam se ele iria a alguma destas apresentações, e ele respondeu que preferia comer merda!

terça-feira, 30 de julho de 2019

U2 anuncia que tocará pela primeira vez em sua história nas Filipinas pela 'The Joshua Tree Tour 2019'


A Live Nation semanas atrás anunciou que o itinerário da 'The Joshua Tree Tour 2019' do U2 estava definido e que os shows anunciados seriam os únicos que aconteceriam.
Mas hoje, o U2.COM trouxe: 'E MANILA TAMBÉM.....'
Bono postou uma mensagem desenhada à mão para Manila, anunciando uma nova data da 'The Joshua Tree Tour 2019' - a primeira vez que o U2 tocará nas Filipinas.


'Chegando para sacudir vocês'

"Bono, Edge, Adam e Larry estão chegando sacudir vocês fortemente e suavemente... alto e vívido, preto e branco e colorido em 11 de dezembro".
A banda vai tocar na Philippine Arena em Manila na quarta-feira, 11 de dezembro.
"A primeira vez em Manila", diz Bono. " ... isso tem que ser um dos melhores!"
"Nós realmente queríamos trazer a The Joshua Tree Tour para a Ásia", acrescentou Edge. "Nós sempre esperávamos que incluiríamos um show nas Filipinas e agora podemos finalmente dizer que nos veremos em dezembro ... Estamos muito animados".

Para Bono, o U2 só começou com o 'The Unforgettable Fire'


Com o lançamento de 'The Joshua Tree' em 1987, Bono disse em entrevista que o considerava como apenas o segundo álbum que eles já fizeram, que o U2 só começou com o 'The Unforgettable Fire'.
De repente, eles queriam escrever músicas em que as letras não fossem rabiscadas entre os takes. De repente, Bono quis cantar corretamente. De repente, eles queriam se tornar uma banda de verdade.
The Edge disse: "Bono está escrevendo letras de uma forma que ele não havia feito até agora. Ele é muito melhor como cantor agora. E nós estamos ouvindo coisas diferentes agora. Estamos ficando mais interessados ​​nos compositores clássicos, country. É tudo relativo ao nosso interesse pela América, é como se nós realmente não descobríssemos a nossa Irlanda até que viajássemos para fora da Irlanda, e então você iria para a América e se encontraria totalmente alienado por ela.
Então, lentamente, você percebe que há diferentes níveis nisso. A América do grande R & B e artistas do país, e em direitos civis, pessoas como Martin Luther King e Bobby Kennedy.
Nós trabalhamos com T-Bone Burnett e Robbie Robertson, e Bono fez uma sessão com Keith Richards, pessoas que estão ligadas a isso. E alguns dos escritores, o novo jornalismo de pessoas como Truman Capote e Norman Mailer, o modo como eles foram capazes de te levar a um lugar - é quase cinematográfico. Nós tentamos fazer isso no álbum".

Howie B revela mais detalhes das gravações de 'Original Soundtracks 1'


Por ser um álbum altamente experimental, revelando a crescente influência de Brian Eno nas faixas, a Island Records relutou em liberá-lo como um álbum do U2, então um nome fantasioso para a banda foi criado. Assim surgiu os 'Passengers', com seu álbum intitulado 'Original Soundtracks 1'.
Howie B voou para Dublin para atuar como catalisador e oferecer uma inspiração nova nas sessões de gravações.
"Uma das primeiras coisas que Brian Eno fez foi me dar uma fita cassete. Ele disse: 'Olha, Howie, eu fiz uma fita para você ouvir um minuto de cada coisa que há nela'. Havia cerca de vinte e cinco horas de jams em fita. Ele disse: 'Vou tocar para você agora, e gostaria do seu comentário depois de cada minuto'.
Havia toneladas desses minutos. Não me lembro quanto. Eu estava tipo, 'Oh Deus, não!' Esse foi o lance de Eno para mim. Foi tipo, 'OK, o que você tem?'
U2 e Brian Eno continuaram no estúdio da banda, o Hanover em Dublin, enquanto Howie B foi enviado para outro estúdio em Temple Bar. "Eu pegava as fitas em que eles estavam trabalhando e fazia o meu trabalho - adicionava sons, ajustava seus sons. Se eu precisasse de mais bateria ou eu quisesse mudar o groove, eu colocava em cima do Larry. Algumas linhas de baixo eu substituí, algumas das guitarras eu substituí. Eu apenas fui em frente e fiz coisas, e então eu apresentei a eles. Toda noite eu ia ao estúdio, jantávamos e tocava o que eu estava fazendo. Eno vinha para o meu estúdio e tocava pequenos trechos de teclado e pequenas coisas vocais".
Howie B diz que não havia preciosismo. "Era muito livre e muito pouco a coisa U2, do jeito que eles faziam: a estrutura da música, o instrumental, o som, a duração das faixas. Mesmo não chamando isso de álbum do U2. Não havia ego lá. Era só, 'OK, vamos para alguns sons realmente interessantes, mas não vamos gastar três semanas para esse som'. As coisas mudaram muito rapidamente. Foi muita experimentação - mas você pode ouvir. Você pode ouvir que há algo especial nisso".
As faixas, disse Howie B, "não tem o verso, refrão, AB, AB, ABC padrão" que caracterizam a maioria das músicas do U2. "Foi AAAAAAAA. Ou apenas A!"

O sinônimo de um começo


Em 1981, o U2 se preparava para lançar seu segundo disco, 'October'. O Jornal Musicalíssimo de Portugal conversou com a banda, e publicou em sua edição de n°72.
Ao serem perguntados sobre o título e a capa do disco de estreia, 'Boy', e também da reação ao primeiro trabalho e os shows, responderam:

"A capa é uma boa tentativa de fazer esquecer tudo o que foi feito anteriormente em termos de rock. Trata-se, se assim se pode dizer, de uma ideia bastante original.
Bem, a criança que aparece na capa é o sinônimo de um começo. 'Boy' foi o nosso primeiro trabalho. É um nascimento.
Se reparar com atenção na feição do garoto que está na capa e contracapa, poderão surgir várias questões sobre a maneira como o garoto se expõe. O que o espera lá na frente? Será que ele será corrompido?
Sabe, nós também temos uma relação com ele. Vamos ter que lutar bastante, principalmente quando começarmos a decolar, voar alto.
Se reparar nas letras, vai notar a simplicidade delas. Foram escritas durante os últimos dois anos, ou seja, no fim da minha adolescência.
Bem, as coisas tem acontecido da melhor forma possível.
Quanto aos shows, posso adiantar que todas as audiências tem se mostrado bastante receptivas. Através do público e da imprensa, notamos que o que eles querem é uma música bem emocional e enérgica.
Viver e ser criado em Dublin é muito diferente de ser criado em qualquer outra parte da Inglaterra. Obviamente, as pessoas são diferentes. Não são tão ambiciosas e penso que isso pode ser um problema para muitos ingleses.
É muito difícil fazer uma música que agrade a generalidade das pessoas. É difícil fazer um gênero de música que as pessoas ouçam e de noite meditem sobre o que ouviram: 'Que raio de música é essa que eu ouvi? Que diabos. Quem é U2?' Nós não somos o "vulgar". As guitarras fortes e pesadas, o som monótono. Nós somente tentamos tocar uma música emocionante e agressiva e falar sobre aquilo que queremos falar".

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Em pub, Larry Mullen explica para bêbado o motivo do U2 ter tocado no Self Aid e revela qual outro instrumento tocaria na banda se não fosse o baterista


O U2 teve que enfrentar uma enxurrada de ataques públicos durante o ano de 1986. Em maio, eles participaram na Irlanda do Self Aid, um concerto beneficente de Dublin organizado pela emissora nacional de TV RTE, nos moldes do Live Aid.
Como o Self Aid foi ostensivamente projetado para ajudar os desempregados da cidade a se ajudarem, um editorial furioso e uma reportagem de capa em uma revista de Dublin criticaram o U2 por emprestar seus princípios de alto nível a um empreendimento thatcherista tão reacionário. A manchete dizia tudo: 'Rock Against People' (Rock Contra as Pessoas).
Em 1987, Larry Mullen estava em um pub de esquina, no coração das docas de Dublin.
Um bêbado abordou Larry Mullen no bar, envolvendo-o em uma discussão sobre o Self Aid, antes de contar a história de sua vida. O U2 tinha sido processado no Self Aid, ele insistiu. Larry considerou a acusação com equanimidade, explicando que, embora eles não concordassem com todos os princípios do Self Aid e, embora não tivessem funcionado como qualquer um deles esperava, ele havia conhecido um cara desempregado em um pub mais tarde, que o agradeceu pela aparição e disse que isso lhe havia encorajado.
Essa conversa sozinha, explicou Larry, era uma justificativa ampla para eles tocarem, independentemente de todas as outras trapaças. Eles apertaram as mãos calorosamente e o bêbado foi embora, impressionado.
Larry Mullen se saiu bem. Será que ele sentiria inveja do vocalista, de tomar a frente, ter massas de adoração e colocá-los na palma de suas mãos?
"Não não não. Ser cantor é uma responsabilidade terrível. Às vezes, fico com uma pequena sensação de que não me importaria de tocar guitarra, como duas notas, mas isso é o mais próximo que eu gostaria de chegar à frente".
O U2 ainda estava irritado com o Self Aid dois anos depois do concerto. "Claro que sabíamos o que era quando entramos nele", disse The Edge à NME em 1988. "Desde o início, aquela porra era um esquema muito errado".

Aquela música gospel do U2 com um espírito inquieto


1987. O U2 estava em Nova York e foi ao encontro de um coral gospel, o New Voices Of Freedom, que havia feito um arranjo para uma versão de "I Still Haven't Found What I'm Looking For". "Parecia totalmente diferente, mas soava realmente empolgante e novo", explicou The Edge no documentário de 1988, 'Rattle And Hum'. "E então nós viajamos para o Harlem e visitamos esta igreja".
Bono se referiu à música como "uma música gospel com um espírito inquieto. Um hino de dúvida mais que de fé".
No filme, a banda ensaia com o coral da Igreja Batista do Calvário do Harlem em preparação para uma apresentação no Madison Square Garden. Bono começa sozinho, enquanto os cantores do coro assistem atentamente sentados nos bancos, balançando ao som da música. Quando é a vez deles de entrar, a música se transforma.
A versão gospel do New Voices Of Freedom foi co-arranjada por Dennis Bell, Claudette Bell, Lynette Washington e Chris Bell. "Eles ficaram hipnotizados", diz Dennis Bell, que conduziu o coral naquele dia e teve uma visão de perto da reação da banda. Sua esposa, Claudette Bell, confirma: "Eles foram inspirados pela nossa versão".
Para Claudette Bell, não há ambigüidade nas letras e no som de "I Still Haven't Found What I'm Looking For". Ela diz que o anseio que ela descreve é ​​eterno.

I have climbed the highest mountains
I have run through the fields
Only to be with you, only to be with you

I have run, I have crawled
I have scaled these city walls, these city walls
Only to be with you

"Pode ser atualmente - onde as pessoas estão, você sabe, lutando pelo espaço e derrubando as pessoas por qualquer motivo", diz Claudette Bell. "Você tem um monte de paredes para escalar e montanhas para escalar ... e você só quer estar com algo que é bom".

Esta história faz parte do 'American Anthem', uma série de um ano sobre canções que despertam, unem, celebram e chamam para a ação. Encontre mais em NPR.org/Anthem.

Bono sobre Bob: "O jeito que eu vejo agora é que ele tem um novo corpo. Não tenho medo da morte e sei que vou vê-lo novamente"


2001. Elevation Tour. Enquanto muitas pessoas do público estavam enfrentando tráfego tentando chegar em casa de seu último show, Bono já estava na cabeceira do hospital em Dublin tendo chegado com um avião particular, com seu pai em seus últimos momentos de vida.
Foi uma peregrinação que ele fez noite após noite enquanto o U2 tocava na Europa.
E ele nunca esquecerá o momento em que ele viu Bob Hewson, aos 75 anos, sussurrar as últimas palavras enquanto o segurava, e sua vida se foi.
"Essas músicas que cantamos na turnê realmente me ajudaram na morte do meu pai. O problema com a tristeza é engarrafá-la e é aí que ela pode realmente acabar com você. Você tem que expressar isso e enfrentar e eu estava fazendo isso todas as noites.
Foi uma época muito estranha - eu costumava sair do palco, imediatamente pegar um avião para casa e chegar em Dublin. Eu tomava um copo de Bushmills para acalmar meus nervos e depois entrava no quarto.
Eu dormi ao lado do meu pai com o som da platéia ecoando em meus ouvidos durante os dias que ele estava morrendo.
O público do U2 é a platéia mais barulhenta do mundo e eu ainda a ouço. Provavelmente ainda havia pessoas dirigindo para casa e eu estava deitado ao lado de seu silêncio e ele apenas olhava para mim, ou murmurava alguma coisa. Eu consegui passar muito tempo com ele no final.
Nós não tivemos o melhor relacionamento quando eu estava crescendo, mas no final de sua vida nós fizemos as pazes e eu me senti muito sortudo por estar ao lado dele.
Eu estava lá quando ele disse suas últimas palavras. Ele acordou e olhou para mim e eu olhei para ele e ele disse: "Vocês são todos loucos?" e eu disse "O quê?" porque ele estava sussurrando e ele disse: "Vocês estão todos malucos? Este lugar é uma prisão e eu quero ir para casa". E eu acho que ele fez.
Mais tarde, percebi que ele poderia não ter apenas falado sobre o hospital - era sua doença que ele estava farto.
O jeito que eu vejo agora é que ele tem um novo corpo. Não tenho medo da morte e sei que vou vê-lo novamente".

domingo, 28 de julho de 2019

O especial do U2 é a música, não o músico


Em 1985, Bono teve sua "performance solo" no Live Aid, onde ele quebrou uma das regras de Bob Geldof, e desceu para a plateia, tirando a garota Kal Khalique de 15 anos de idade para dançar, e atrasando totalmente o set do U2.
Apesar da performance do U2 ter sido memorável, e considerada a melhor apresentação junto com o Queen, a atitude de Bono deixou os integrantes da banda irritados, pois não puderam tocar seu grande single de sucesso "Pride (In The Name Of Love)" e mostrá-lo para milhares de telespectadores que estavam acompanhando o concerto pela TV.
Bono fazia muito isso na primeira metade da década de 1980, e The Edge comentou: "Parece tão assustador ser o vocalista. Especialmente de onde eu estou. Você sabe, Bono desaparece na plateia e você não sabe o que está acontecendo. Você só tem que tocar e esperar o melhor, mas é muito preocupante. Eu confio em seu julgamento, eu realmente acredito, ele tem um instinto para essas coisas ... mas isso não te impede de se preocupar. Eu nem sempre entendo isso, mas eu confio nele".
Em 1987, com 'The Joshua Tree', Bono passou a ser um ícone para muitas pessoas e comentou: "Acho que devo ser um ícone muito ruim. As pessoas confundem a música com o músico. O especial do U2 é a música, não o músico. Eu e os outros somos apenas pessoas comuns e nossa profissão é fazer música. Outras pessoas constroem casas ou trabalham em uma fábrica ou lecionam. Estamos apenas começando a lidar com o nosso comércio como compositores, isso é tudo".

sábado, 27 de julho de 2019

Preparando "Springhill Mining Disaster" dos The Dubliners


Março de 1987. Colin Irwin da Melody Maker:

Sala de reuniões da empresa de gestão do U2

"Jogando seu rabo de cavalo para trás, Bono pega um microfone e se inclina para a frente, olhando com dificuldade para letras desconhecidas amontoadas no chão na frente dele ... "In the town of Springhill, Nova Scotia..."
Sorrisos, apertos de mão, um beijo para Regine, sua assessora. 'Desculpe por deixar você esperando ... Como você está? Muito bom você ter vindo. Obrigado por ser paciente. Podemos trazer alguma coisa para você? Chá? Café? Algo mais forte?'
Assim o U2 toca "Springhill Mining Disaster" dos Dubliners, uma música comovente que a banda está ensaiando para tocar no Late Late Show de Gay Byrne, como parte de um show de celebração do jubileu de Dublin, também envolvendo The Pogues, Planxty e The Fureys.
The Edge explica meticulosamente como o U2 foi criado com Coca-Cola, programas de televisão americanos e Top Of The Pops, e que só quando saíram em turnê perceberam que eram irlandeses. 'E não foi até então que percebemos o quão especial os Dubliners eram'.
Bono retorna, deslumbrando-nos com piadas. 'Ronnie Drew (vocalista do The Dubliners) chegou em Larry em um bar uma vez e disse: 'Você está com o U2?' Larry disse que sim, e ele disse: 'Jeeeeesus ... meu filho, ele ama a sua banda. Seria tão excitante para ele saber que um membro do U2 comprou para seu velho uma cerveja'. Então, é claro, Larry teve que comprar uma para ele, isso é classe real, isso é.
Veja, há dois lados para a música dos Dubliners. Um é o Paddy no bar com uma garrafa e então, quando terminar, quebrando a cabeça de alguém. O outro lado é "Springhill Mining Disaster", e é por isso que nós estamos tocando essa música'."

sexta-feira, 26 de julho de 2019

Disponibilizadas mais duas canções do set digital de 'U2 Live Songs Of iNNOCENCE + eXPERIENCE'


Foi divulgado o tracklisting de 'U2 Live Songs Of iNNOCENCE + eXPERIENCE', o set ao vivo definitivo em CD duplo de edição limitada e um set digital capturando as turnês iNNOCENCE e eXPERIENCE do U2 de 2015 e 2018.
A mixagem é de Richard Rainey, um dos engenheiros de longa data da banda.
O CD1 é 'Live Songs Of iNNOCENCE' e o CD2 é 'Live Songs Of eXPERIENCE', com uma canção gravada durante a 'The Joshua Tree Tour 2017'. O álbum está pronto, masterizado, mixado, com a sequência definida e pronto para a prensagem.
O álbum trará um livro com fotos das turnês iNNOCENCE e eXPERIENCE.

Através do site oficial, o U2 disponibilizou para os assinantes mais duas canções do set digital para download. Ouça abaixo:



Em 1987, Bono desejou que o single de "With Or Without You" entrasse no TOP 10


Quando 'The Joshua Tree' foi lançado, Bono em entrevista comentou sobre o single de "With Or Without You":

"É um ótimo single. Deus todo-poderoso, espero que entre no Top 10, eu realmente espero, é um clássico 45".

Falando em single, The Edge relembrou a última vez que o U2 tinha participado do programa Top Of The Pops:

"Fomos o primeiro grupo que participou desse programa e nosso disco despencou nas paradas", disse sorrindo. "Nós realmente nos sentimos muito estúpidos fazendo isso. Nós estávamos na mesma semana que o Echo & The Bunnymen - quando o Echo ainda estava falando conosco - e Mac sugeriu que trocássemos guitarristas. Eu realmente achei que era uma ideia muito engraçada, mas alguém disse que haveria problemas dos sindicatos, então nós não fizemos isso".

Bono: "Se não fosse por Adam Clayton, eu não estaria no U2"


Bono revelou no ano de 1987:

"Adam Clayton ... Adam Clayton. Se não fosse por Adam Clayton, eu não estaria no U2. Adam Clayton encontrou Paul McGuinness, nosso empresário. Adam Clayton agendou nossos primeiros shows. Eu devo muito a ele. Ele está totalmente comprometido em estar no U2.
Por alguns anos, eu não sabia se queria estar em uma banda e o U2 não sabia também. Achamos que poderíamos terminar. Foi depois do 'Boy', que eu achei que era um ótimo álbum. Eu perdi o interesse. Eu tinha menos interesse em estar no U2 e mais interesse em outros lados meu, se eu estava conversando com um padre católico no centro da cidade ou um pregador pentecostal, eu estava absorvendo tudo o que eles tinham a dizer. Eu estava interessado naquele lado tridimensional meu e eu achava que o rock'n'roll era um desperdício de espaço.
Eu pensei: 'OK, o U2 era bom como uma banda, mas talvez nós pudéssemos ser melhores fazendo outras coisas, como se envolver no centro da cidade ou algo assim'.
Estávamos à beira do colapso. Adam estava completamente arrasado com isso. Ele estava totalmente desiludido, porque estava mais interessado em outros espíritos como uísque ou tequila ou qualquer outra coisa em que pudesse colocar as mãos. Eu estou bem agora, eu cheguei a um acordo em estar em uma banda. Eu acho que agora é isso que fazemos melhor".

A filha de Cindy Crawford e sua camiseta de 'Under A Blood Red Sky' do U2


Kaia Jordan Gerber de 17 anos de idade é modelo e atriz.
Kaia já foi fotografada para revistas como Vogue, Teen Vogue e Pop Magazine. Em 2017 fez a sua estreia desfilando para a Calvin Klein. Desfilou para casas de moda como Marc Jacobs, Burberry, Alexander Wang, Coach, Prada, Chanel, Fendi, Moschino, e Versace, com a sua mãe Cindy Crawford, durante a Semana de Moda de Inverno de 2018.
Kaia é filha do empresário norte-americano Rande Gerber e da supermodelo Cindy Crawford.



Quando tinha apenas 10 anos de idade, Gerber estreou sua primeira campanha de moda, para a linha jovem da Versace, Young Versace. Estreou como atriz em 2016, com 15 anos, no filme 'Sister Cities'.
Kaia foi vista em Nova York usando uma camiseta do U2 de 'Under A Blood Red Sky', indo para o seu treino matinal.



Em 2018 antes do Ralph Lauren’s Show no NYFW, ela foi vista com esta mesma camiseta vintage.


U2 pode ter gravado junto com Elton John versão de "Bang A Gong (Get It On)" para álbum tributo ao T. Rex


Em 2018, o site da Variety escreveu que o legado de Marc Bolan e T.Rex será comemorado de forma extravagante neste ano de 2019, quando a BMG lançará um álbum de tributo - para o qual o U2, Foo Fighters, Elton John e outros gravaram faixas - e um documentário em homenagem ao cantor. O produtor veterano Hal Willner, que já trabalhou com o U2 e Bono, é quem está por trás das escolhas.
O projeto é um companheiro de um documentário do T. Rex proveniente da divisão de cinema da empresa, que o CEO Hartwig Masuch falou sobre com a Variety no início deste ano.
Uma fonte disse à Variety que o U2 gravou o grande sucesso do T.Rex "Bang A Gong (Get It On)", de 1971.
O site U2 Songs escreve que recebeu informações que o álbum deve ser lançado em setembro ou outubro, e que a gravação do U2 seria uma parceria com Elton John, gravada em Nova Orleans em uma parada da 'The Joshua Tree Tour 2017', com o produtor Hal Willner.
O álbum se chamará 'Angelheaded Hipster: Another Look at Marc Bolan'.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

Bono: "O que me incomoda é que quando as pessoas veem o U2, elas enxergam apenas "Sunday Bloody Sunday", e não enxergam "Drowning Man" que está no mesmo álbum"


Bono em entrevista no ano de 1987:

"Durante um período, fui influenciado pelo livro de bolso de John Lennon. Eu o carregava no bolso da camisa ... "Sunday Bloody Sunday" ... afinal, John Lennon escreveu isso primeiro.
O que me incomoda é que quando as pessoas veem o U2, elas enxergam apenas "Sunday Bloody Sunday" e o cara com a bandeira branca. Elas não enxergam "Drowning Man", que estava no mesmo álbum.
Há outro lado do U2. Claro, chegamos com cartazes em nossas mãos - e cartazes escritos em negrito - mas não é apenas sobre isso o que o U2 é".

Bono sobre a primeira vez que pediram para o U2 se encontrar com o Papa: "Ele deve ter ouvido "Gloria". Junte-se à fila com o resto dos fãs"


No lançamento de 'The Joshua Tree' em 1987, Bono afirmou que não era um pregador. Ele contou: "Certa vez, nos pediram para marcar um encontro com o Papa. Disseram-nos que o Papa queria conhecer o U2. Pensamos: 'Esta é uma boa piada - ele deve ter ouvido "Gloria". Então recebemos a mensagem e dissemos' Justo o suficiente '... Iríamos conhecer alguém.
Então eu pensei: 'Sim, eu vou conhecer o Papa, impressionar os parentes'. De certa forma, sou atraído por ele porque é polonês, gosto de poloneses e tem um coração terno, mas, por outro lado, ele é muito conservador e alguns diriam que ele retrocedeu a igreja católica alguns anos. .. Então, no final, eu disse: 'OK, vamos encontrá-lo com privacidade'. A notícia veio do Vaticano ... 'Sem imprensa? Sem publicidade? Mas a ideia era ter tudo isso!' Eu disse: 'Desculpe companheiro, junte-se à fila com o resto dos fãs'.

Dinheiro de The Edge ajudou na reeleição do Presidente da Irlanda


Foi revelado que The Edge e o chef Michelin, Ross Lewis, estavam entre os doadores para a campanha de reeleição do presidente Michael D Higgins.
Michael Daniel Higgins é o atual presidente da Irlanda desde 2011.


As revelações dos seis candidatos na corrida do ano passado para Áras an Uachtaráin (a residência oficial do Presidente da Irlanda) mostram que as despesas combinadas com eleições atingiram 1,36 milhões de euros.
Apenas três candidatos - Higgins, a senadora independente Joan Freeman e o empresário e ex-astro Sean Gallagher dos Dragons' Den - declararam doações de mais de € 600.
Os registros foram publicados pela Comissão de Normas em Escritórios Públicos (Sipo) em seu relatório sobre as eleições presidenciais de 2018.
Eles mostraram que o candidato em exercício, Higgins, recebeu mais doações e gastou mais dinheiro em sua campanha - € 367.338 - por mais sete anos no Phoenix Park do que qualquer um de seus rivais.
Peter Casey, candidato independente controverso e outro ex-'Dragon', que veio em segundo lugar, gastou o mínimo de qualquer um dos candidatos, revelando custos de € 119.911.
O Sr. Higgins e o Sr. Casey foram os únicos candidatos que ganharam uma parte da votação suficientemente alta para ter quaisquer despesas reembolsadas.
O Presidente teve € 200.000 devolvidos - a quantia máxima disponível para candidatos qualificados.
Peter Casey teve as despesas totais de € 119.911 reembolsadas.
A campanha de Higgins divulgou contribuições no total de € 41.300 de mais de 40 doadores individuais.
Doações abaixo de € 600 não precisam ser reportadas à Sipo.
The Edge, que está listado sob o nome real de David Evans, doou € 1.000, a quantia máxima permitida.
Higgins participou de um show do U2 em Dublin nas semanas seguintes à sua eleição.
Ross Lewis, o chefe de cozinha do restaurante Michelin Chapter Star, também está listado como doador de € 1.000 para a campanha de Higgins.
Das despesas totais eleitorais de Higgins de € 367.338, cerca de € 75.300 foram gastos em cartazes, quase € 50.000 em publicidade e € 143.000 sob uma categoria descrita como 'outro material eleitoral', que incluiu folhetos e € 14.400 gastos no seu site de campanha.
A senadora independente e fundadora da Pieta House, Joan Freeman, teve a segunda maior despesa eleitoral, revelando gastos de € 253.194.
Sua campanha divulgou doações de € 24.000. Entre os contribuintes listados está Des Walsh - um milionário norte-americano e ex-namorado de Joan Freeman - que doou € 1.000.
Surgiu durante a campanha que Walsh também forneceu um empréstimo de € 120.000 para a oferta eleitoral de Freeman, que a candidata disse que estaria pagando de volta com juros.
Sean Gallagher recebeu um total de 9 mil euros em doações e gastou 246,8 mil euros na segunda tentativa fracassada da presidência.
O relatório não registra doações para outros candidatos.
Um total de € 209.716 foi gasto na campanha do candidato do Sinn Fein, Liadh Ni Riada, com o Sinn Fein pagando quase € 80.000 em posters.
Gavin Duffy, outro ex-'Dragon', que chegou em último lugar nas eleições - divulgou gastos de € 163.438.
Duffy obteve 32.198 votos, o que significa que suas despesas com a eleição chegaram a cerca de € 5 por voto. As despesas de Casey foram equivalentes a cerca de 34c por voto.

Do site: Herald.ie

Kiko Loureiro, guitarrista do Megadeth, cita U2 como exemplo no rock em conquistar clientes fiéis


Kiko Loureiro é guitarrista do Angra e Megadeth e palestrante do 'We Are Omie'. Como empreendedor, ele dá dicas de como conquistar clientes fieis.
Se tem uma coisa que todo empreendedor deseja é fidelizar os clientes, o que nem sempre acontece de uma hora para outra. O caminho pode demorar e ser cheio de altos e baixos. Para encurtá-lo, analisar um velho desafio sob outros ângulos pode ser a solução.
Olhar o consumidor sob a perspectiva de fã é a sugestão que Kiko Loureiro empresta da sua vasta experiência na indústria musical.
"Enquanto um negócio tradicional foca no prospect e depois na fidelização, a banda já nasce almejando o cliente fiel", diz. Loureiro sobe ao palco do 'We Are Omie' – organizado pela fintech Omie –, para ministrar a palestra magna 'Transformando clientes em fãs'. O evento acontece no dia 8 de agosto em São Paulo (SP).
Visualizar o cliente como fã não é apenas uma questão de terminologia, mas uma forma de se relacionar com ele desde o plano de negócio. "Algumas marcas já entenderam isso. É o caso da Apple, cujos eventos de lançamento são verdadeiros shows – com direito a filas, disputa pelos melhores lugares e pessoas desesperadas para conhecer as novidades", diz Loureiro.
Nesta entrevista exclusiva ao site Pequenas Empresas Grandes Negócios, o guitarrista traz exemplos práticos do negócio do rock para dar dicas de como conquistar clientes fiéis.

1. Inicie o relacionamento com o pé direito
"Um like na sua fanpage, não significa necessariamente um novo fã. Pode ser apenas um usuário que soube da sua existência", diz Loureiro. Mas uma coisa é certa: esta é a chance de começar o relacionamento com o pé direito. "Para isso, deixe claro quem você é, sua missão, a mensagem que transmite e a experiência que proporciona", afirma. Como exemplo de bandas e artistas que fizeram isso muito bem, ele destaca o ativismo do U2 e a bandeira de conscientização da paz mundial empunhada por John Lennon durante sua carreira solo. Outro ponto fundamental é informar em quais canais o cliente pode se relacionar com a marca e consumir seus produtos.

2. Tenha empatia com o público
Loureiro conta que já era fiel ao rock antes mesmo de ser tornar guitarrista de bandas de metal. "Sei o que é ser fã e ter ídolos – no meu caso, Ozzy Osboune, Led Zeppelin e Iron Maiden", diz. Segundo ele, colocar-se no lugar do cliente é fundamental para conhecer e entender suas dores, expectativas e preferências. "Dessa forma, não se corre o risco de vender o que nem se sabe para quem é".

3. Transcenda a venda
Crie um relacionamento com o cliente que vá além da venda. Para isso, se conecte com todo o ecossistema que engloba suas preferências. "Por exemplo: se ele é fã de heavy metal, é provável que goste também de anime, Harry Potter, caveiras, games, instrumentos musicais e roupas pretas. Conhecer esse universo e estar presente nele é fundamental", diz. Por trás dessa aproximação, a intenção é demonstrar que a marca compartilha da mesma filosofia de vida ou ideais que o cliente – o que só funciona se for genuíno. "Quanto mais próximo você se fizer, mais fiel o cliente será".

4. Seja coerente
"Nunca abra mão da sua missão ou estilo para angariar vendas, tal como um roqueiro que se aventura pelo estilo romântico para ganhar mais público", diz o guitarrista. Segundo ele, esse é o primeiro passo para se perder fãs. Por isso, se uma marca levanta determinada bandeira, tudo que gira em torno dela precisa ser coerente – do discurso à prática, passando por toda a cadeia produtiva.

5. Crie conexões emotivas
Proporcione experiências positivas, dignas de criar memórias afetivas ou resgatar boas lembranças. "É como tocar aquela música que marcou toda uma geração de fãs", diz Loureiro. Ele, porém, destaca que não basta promover a conexão emotiva. "É preciso garantir que as pessoas possam sempre reviver suas emoções", afirma o guitarrista do Megadeth.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

O master de acetato oficial de 12 polegadas do estúdio para masterização do single de 45 RPM de "Angel Of Harlem"


No ano de 1988, o U2 realizou gravações no A&M Studios nos EUA para o seu próximo disco, 'Rattle And Hum'.
O que se vê nas fotos é o master de acetato oficial de 12 polegadas do estúdio para masterização do single de 45 RPM de "Angel Of Harlem".



O selo traz as informações do estúdio de gravação e especificações da gravação, como seu tempo de duração e seu som estéreo.
Transfere-se o conteúdo da fita master para a matriz de acetato também conhecida como lacquer master. É um disco geralmente feito de alumínio polido recoberto com um banho depositado por gravidade de laca nitrocelulósica (acetato de nitrocelulose) negra, ou (dependendo do fabricante) com tons azul ou avermelhados, e com uma espessura entre 0,6 e 1 mm. O equipamento usado para o corte da matriz de acetato é conhecido como "torno vertical de gravação fonográfica", o qual contém uma cabeça de corte que grava (corta e modula o corte) o sulco, transferindo a música contida na fita master para o matriz de acetato, passando entretanto por um processador que lhe aplica uma equalização especial chamada curva RIAA para gravação, o qual adapta o sinal registado às características físicas de um disco de vinil. As entradas "phono" de um amplificador ou mesa de mistura diferenciam-se de qualquer outra entrada do mesmo equipamento (para CD, por exemplo) por incorporarem uma equalização inversora da curva RIAA de gravação, e chamada curva RIAA de reprodução. A necessidade deste processo de equalização deve-se às características mecânicas do processo de gravação e reprodução, e às suas inerentes limitações e características.
Uma vez gravada a matriz de acetato ou master, esta é lavada com detergentes e coberta com cloreto de estanho, o qual permite a aderência de uma delgada capa de prata que é então aplicada.
O disco já prateado é submerso numa solução de níquel, que adere ao disco e o cobre por completo, por processo galvânicos (aplicação de uma corrente elétrica). Este disco, assim preparado, é então retirado e novamente lavado. A este processo chama-se banho galvânico ou galvanoplastia.
A capa de prata e níquel é então retirada da matriz de acetato, obtendo-se portanto uma cópia negativa da mesmo, chamada simplesmente matriz.

Hollywood permanece indiscutivelmente a capital mundial da gravação, abrigando um número impressionante de instalações de classe mundial. Henson Recording Studios é um dos mais importantes de todos. O nome pode ser menos familiar do que os de outros estúdios de referência vizinhos, como o Sunset Sound, que permaneceu o mesmo ao longo das décadas, mas os estúdios batizados em homenagem à Jim Henson Company, famosa pela produção do Muppet Show e outros shows de TV, tem uma história rica ligada a alguns dos maiores nomes da história da gravação. Até o final dos anos 90, os estúdios eram sede da A & M, a gravadora fundada por Herb Alpert e Jerry Moss no início dos anos 60.


Em 1917, Charlie Chaplin fundou seus estúdios na Avenida La Brea, e a A & M assumiu o lote inteiro em 1966, quando o crescente negócio exigia espaços dedicados para produção e escritórios. Alpert e Moss haviam fundado a A&M Records na garagem de Herb Alpert em 1962, e apenas alguns anos depois, a empresa já havia conseguido seu primeiro sucesso, ganhou seu primeiro Grammy e faturou milhões. Quando a A & M comprou os estúdios da Chaplin, eles se mudaram com mais de 30 funcionários e contrataram o engenheiro Howard Holzer, que concebeu os consoles personalizados HAECO (Holzer Audio Engineering Company) que foram instalados nos estúdios, com base em componentes como Spectrasonics EQs e Amplificadores operacionais Stephens.
Apenas dois estúdios foram planejados em 1967, mas a demanda crescente levou à adição de um terceiro estúdio em 1968. Várias salas de mixagem e outras instalações, como câmaras de eco foram adicionadas nos anos seguintes, e o complexo Henson Recording ainda inclui os estúdios A e B, C e D, bem como um estúdio de mixagem adicional.
A primeira sessão de gravação no recém-fundado A & M Studios foi o álbum 'The Fool On The Hill', de Sergio Mendes & Brasil 66, e praticamente todos os artistas que assinaram com a A & M seguiram seu caminho de uma forma ou de outra. Neste período, muitas gravações notáveis de artistas da A & M foram criadas lá: Burt Bacharach criou muitos de seus clássicos nos estúdios da A & M, assim como Wes Montgomery, o Tijuana Brass e muitos outros. Outros artistas da A & M escolheram gravar em diferentes estúdios, mas voltaram para a nave-mãe para a masterização. No final dos anos 60, Bernie Grundman foi contratado como engenheiro de masterização interna. Ele ficou com a A & M até sair em 1984 para fundar seu próprio estúdio de masterização.
Por volta de 1970, todas as salas A & M eram equipadas com máquinas 16-track. Logo, músicos que assinaram com outras gravadoras ouviram a chamada, e John Lennon e Joni Mitchell estavam entre os primeiros artistas não-A & M a gravar nos estúdios. Durante os anos 70 e 80, muitos álbuns clássicos foram mixados e masterizados na A & M, incluindo 'Rattle And Hum' do U2.
Para manter o sucesso, os estúdios foram reformados em meados dos anos 80. As salas foram reconstruídas e o equipamento atualizado, e em 1986, a A & M instalou o magnífico console AIR Montserrat Neve em seu Studio A. Acreditado ser a última mesa original construída por Rupert Neve, ela pertenceu a George Martin antes de entrar para as instalações da A & M em Hollywood.
Eventualmente, em 1989, a A & M foi vendida para a Polygram. No entanto, Alpert e Moss continuaram a administrar a gravadora até 1993. Em 1998, a Polygram foi adquirida pela Seagram e fundida com a Universal Music Group, que, em 1999, fechou todo o antigo lote da A & M em La Brea. A Jim Henson Company adquiriu as instalações no mesmo ano e reabriu os estúdios de gravação em 2000, sob o nome atual de Henson Recording Studios.

26 Anos de 'Zooropa': o U2 no seu mais puramente musical


O produtor Flood explicou: "Bono disse que queria fazer um EP e que eles começariam em janeiro, a ideia era ser algo rápido porque 'Achung Baby' tinha sido longo. Eles estavam ensaiando para os shows e eles tinham um lugar em Dublin onde eles estavam gravando, então eu apareci e Brian Eno também. Foi um álbum muito experimental, tudo nos primeiros meses foi construído em jams e peças gravadas nos shows. As coisas saíram de todos os lugares e se tornaram um registro".
"Zooropa", a música, é formada por dois segmentos: uma gravação feita em Dublin, e o segmento final, que foi inserido por Eno, de uma gravação feita em 1992. "Há truques, mas não há truques como tentando esconder as coisas, é tentar fazer manifestos artísticos. Essa é a coisa boa sobre o álbum (...) é uma arte totalmente inspirada pela arte", acrescentou Flood. "'Zooropa' foi uma tentativa de criar, a partir de momentos mágicos, eventos que poderiam se tornar músicas".
O engenheiro de som Robbie Adams, em entrevista ao Sound on Sound, disse sobre "Numb": "A música tem base em um vocal monótono, com a cacofonia da música e ruídos de fundo. Tem base em uma música originalmente gravada nas sessões de 'Achtung Baby' em Berlim, que é chamada de "Down All The Days", que era como uma balada e não se encaixava no álbum. Então The Edge teve essa ideia vocal e levou a música em outra direção".
Sobre "The Wanderer", Robbie explicou: "A música começou com um padrão simples de uma bateria eletrônica da Yamaha, então The Edge toca esse baixo raro no teclado. De todas as músicas, esta é a única que começou em um computador, feita a partir de overdubs. Depois disso, The Edge colocou a guitarra, Brian (Eno), alguns sons de órgão e depois as segundas vozes de The Edge. Em seguida, uma acústica de Bono na seção do meio, a bateria de Larry em um loop e as vozes de Johnny Cash e Bono".
A mudança de chave ocorre no papel de The Edge, credenciado como co-produtor.
"Eu não acho que meu papel mudou muito (...) Eu acho que eu tinha outro nível de responsabilidade que eu não tinha nos álbuns anteriores. Isso significava sentar com Bono em sessões de escrita, e então fazer demos completas de algumas peças, estabelecendo suas encarnações originais, que serviam como esboços quando começamos a gravá-las formalmente. E bem, geralmente, isso significava estar mais preocupado do que o resto (...) Nós estávamos começando a perder a confiança no som convencional do rock and roll - o som convencional da guitarra, em particular - e, você sabe, aquelas baterias cheias de eco dos anos 80, ou aqueles sons vocais lindos e imaculados, aquela atmosfera delicada e o reverb. Então, estamos procurando outros sons que tenham mais vida e frescor".
Bill Graham escreveu em 1993: "Mostra o U2 no seu mais puramente musical. Realmente as letras de Bono não podem ser vinculadas. Ministros europeus estrangeiros e agrícolas podem dormir tranqüilos. Se Bono tem alguma opinião sobre a PAC e sobre a crise da Bósnia, ele está mantendo-as para sua conversa em uma mesa. Em vez disso, ele se transformou em um conjunto de cifras, uma busca estranhamente nebulosa e muitas vezes mistificada, um road movie a 30 mil pés acima das artérias da Europa, uma série de sonhos em uma zona de penumbra, onde você nunca tem certeza se o U2 está tocando ao pôr do sol ou pouco antes do amanhecer.
Talvez, 'Zooropa' tenha sucesso por causa de suas ilusões. Mais focado musicalmente do que seus dois predecessores, 'Zooropa' pode ser o álbum onde o U2 descobriu um estilo maduro; onde seu lirismo encontrou seus pés na pista de dança e finalmente localizou um campo adequado para explorar novos horizontes. 'Zooropa' se mistura à medida que a música do U2 se torna perfeita novamente".

26 Anos de 'Zooropa': um disco do U2 que levou doze semanas para ser gravado


Inspirado pela reunificação alemã, o U2 desmantelou seu próprio passado em 'Achtung Baby'. No contexto das contradições entre as expectativas da União Europeia emergente e os conflitos na Bósnia e no Golfo, a banda criou a turnê ZOOTV, uma experiência maximizada de imersão sensorial no controle exercido pela mídia televisiva. 'Zooropa', originalmente concebido como um prelúdio para datas europeias, seria a trilha sonora de um mundo distorcido.
Seria um EP, talvez quatro músicas. Uma pausa se abriu na turnê ZOOTV e em fevereiro de 1993 o U2 entrou no The Factory em Dublin por algumas semanas.
A origem de 'Zooropa' está na tentativa de gravar três ou quatro músicas que sobraram das sessões de 'Achtung Baby', e lançar uma peça extensa com elas antes de iniciar as apresentações na Europa. Bono queria ir além, e no meio do caminho, pensou: "Se vamos nos preocupar em fazer um EP, vamos nos esforçar e ver se podemos fazer um álbum completo".
E eles fizeram e 'Zooropa' lançado em julho daquele ano completou 26 anos de existência.
Durante 1992, e nas passagens de som, o engenheiro Robbie Adams registrou algumas das ideias, das quais foram compilados loops. As gravações foram feitas no The Factory ao lado de Adams - e no Windmill Lane ao lado de Flood. Brian Eno trabalhou na produção por duas semanas, mas finalmente The Edge passou a compartilhar créditos de produção com Flood e Eno, devido às dificuldades de terminar o projeto antes do mês de maio, quando as datas na Europa começariam. Pela mesma razão, a banda escolheu viajar de volta a Dublin depois de cada show e seguir em frente no estúdio algumas horas antes de dormir. Durante um mês, eles continuaram até que 'Zooropa' estivesse completo.
Improvável, mas verdadeiro. É um disco do U2 que levou doze semanas para ser gravado.
"O show terminaria às 23:00", recorda Larry. "Assim que saíamos do palco, íamos direto para os carros, direto para o aeroporto, e decolávamos. Como os shows eram na Europa, normalmente eles eram uma ou duas horas à frente, então chegávamos na Irlanda por volta da meia-noite, entrávamos direto no estúdio, trabalhávamos algumas horas, íamos para casa, deitávamos em nossas camas. Muitas vezes havia alguns dias entre os shows, então íamos ao estúdio à tarde, trabalhávamos a noite toda, levantávamos no dia seguinte, íamos para o aeroporto e voávamos para a próxima cidade. Ficamos um mês nisso. Era uma loucura, mas era loucura boa, em vez de uma loucura ruim".
"Depois de estarmos na estrada por um ano, queríamos algo um pouco mais calmo", disse Adam.
Na capa de 'Zooropa', a sobrecarga visual do aparato tecnológico com o qual o U2 bombardeou os participantes de cada show tornou-se a cortina para uma espécie de bandeira eletrônica de um futuro pós-apocalíptico, onde o bebê daquele grafite feito por Charlie Whisker, estampado anteriormente no selo de 'Achtung Baby', agora parecia um cosmonauta no centro de um círculo de doze estrelas que imitava a bandeira da nascente União Européia. A metáfora era eloquente: no mar da tecnologia e no fantasma da unificação, o ser humano é apenas um bebê à deriva.
"O filho pródigo retorna e recusa a oferta de seu pai. Ele vai embora e não volta". (Bono sobre como "The First Time" começou como uma leitura da parábola do filho pródigo escrita para o Al Green).
"The Wanderer" está entre os melhores 'duetos' em que a banda esteve envolvida. "Aquela voz. Não é uma subcarga. Eu não sei como ele vive, carregando essa voz ao redor com ele. É tão pesada" (Bono, que encontrou este peso quando a banda tocou "The Wanderer" em Nashville na U2360°).
"Iggy Pop foi muito influente em termos de como ele criaria músicas em performance. Este é realmente o U2 em seu estado mais bruto. Vejo Charles Bukowski na minha cabeça e o tipo de conselho que ele dá, como "sempre dê um nome falso". (Bono sobre "Dirty Day")
O remix de Paul Oakenfold / Steve Osborne para "Lemon", se tornou um grande hit nas pistas de dança, a primeira de várias faixas de 'Zooropa' a obter uma transformação sônica do DJ / Produtor. Dois anos depois, "Lemon", "Numb" e "Stay (Faraway, So Close!)" estavam no tracklist quando a banda lançou 'Melon (Remixes for Propaganda)', um CD de edição limitada para os membros do fã-clube.

terça-feira, 23 de julho de 2019

Segurança achou que fã estava apontando arma para Bono e correu para interromper show do U2 na turnê de 'The Unforgettable Fire'


Em 25 de fevereiro de 1985, o U2 fez o primeiro show da perna norte americana da 'The Unforgettable Fire Tour' em Dallas, Texas, na Reunion Arena.
O palco não trazia mais o pano de fundo branco usado na Europa, e o show foi formatado "ao redor" - assentos em toda a Arena foram usados, com alto-falantes e iluminação colocados no teto da Arena.
Durante "Gloria" um homem no meio da multidão gritou e apontou algo para Bono, forçando a segurança a reagir rapidamente. Pensando que o item era uma arma, a segurança imobilizou o homem e Bono interrompeu o show, desta vez não ficando com raiva da segurança, mas sim do homem por causar a perturbação.

Bono conta detalhes de sua viagem para Nicarágua e El Salvador antes de 'The Joshua Tree' ser escrito


A turnê 'A Conspiracy Of Hope' em 1986 chegou em São Francisco e Lou Reed levou Bono para a Mission Street, onde as paredes estavam cobertas de slogans antiamericanos e murais cruéis. Lá, Bono conheceu o artista chileno Rene Castro.
"Fui atraído para a América Central para conhecê-lo. No começo ele não prestou muita atenção em mim, até descobrir a conexão da Anistia. A Anistia salvou sua vida. Ele foi capturado quando Allende foi morto e eles tiveram a revolução militar. Ele foi torturado, tinha um buraco no peito, abriram um buraco no seu peito, estava no estádio com Victor Jara quando ele teve seus dedos cortados e, por fim, foi brutalmente assassinado.
A Anistia Internacional tinha tirado ele de lá e pessoas da comunidade latino-americana compareceram aos nossos shows e Rene Castro me enviou algumas de suas pinturas e, eventualmente, fui convidado para ir à Nicarágua e El Salvador. Na Nicarágua, bem, foi a Revolução mais sexista que eu já vi, mulheres de uniformes cáqui em pé nas esquinas e, bem, eu não gosto de ninguém com um rifle Armalite, mas elas estavam lá, fumando e parecendo como Miss Mundo.
E então indo para El Salvador, a diferença no ar era incrível. Você podia sentir a atmosfera de malevolência das tropas. Foi horrível. Eu escrevi "Bullet The Blue Sky" saindo do medo que senti lá, usando imagens muito primitivas. Porque El Salvador parece uma cidade comum. Você vê o McDonald's, vê crianças com livros escolares, você vê o que parece ser um ambiente de classe média até que você sai vinte e cinco quilômetros da cidade e vê os aldeões e os camponeses.
Eu estava do lado de fora, a caminho de uma vila, e a vila foi bombardeada e isso me assustou. Eu não sabia o caminho a percorrer. Eles estavam rebocando a vila e havia combatentes no alto e isso era completamente. .. E este pequeno fazendeiro me disse: 'Não se preocupe'. Ele estava passando por isso todos os dias de sua vida e ele aprendeu a viver com isso, enquanto eu estava lá apenas por algumas semanas e eu estava realmente preocupado nesse ponto. As tropas abriram fogo acima de nossas cabeças enquanto estávamos ali ... apenas flexionando seus músculos ... e eu literalmente me senti doente.
A ideia das pessoas em nossos shows na América, o imposto que pagavam por esses instrumentos de tortura, era algo que eu não tinha conseguido aceitar".

"Larry esquenta, Larry queima, Larry grita, Larry desdenha, Larry entra em ebulição, Larry fala com raiva, Larry está puto, Larry ficou chateado, Larry estava louco ... "


Propaganda, a revista oficial do U2, contratou Bill Flanagan, então editor da Musician - e na estrada com a banda na ZOOTV no processo de escrever seu próprio e aclamado livro 'U2 At The End Of The World'- para explorar até onde a imagem de uma banda pode sair da realidade!
"Geralmente", diz Flanagan, "Adam é o mais rápido com uma piada, que pode ser parte do motivo pelo qual Adam tem uma imagem mais solta do que os outros três.
O humor de Bono é perdido por aqueles que assumem que tudo o que ele diz tem o peso da filosofia por trás disso - e perdem seu dom para dar um pulo em um nível olímpico.
As piadas de Edge são tão inexpressivas que voam sobre algumas cabeças.
Larry provavelmente tem o maior obstáculo a ser superado, pois o humor de Larry é complicado. Larry me telefonou depois de ler o meu livro em manuscrito e disse: "Você faz parecer que estou com raiva o tempo todo". Eu disse "Isso é bobagem, Larry, não é nada disso". Ele disse: "Deixe-me ler uma lista de algumas das suas descrições sobre mim: "Larry esquenta, Larry queima, Larry grita, Larry desdenha, Larry entra em ebulição, Larry fala com raiva, Larry está puto, Larry ficou chateado, Larry estava louco ... "
Eu tinha que admitir que Larry tinha razão. O que eu não tinha considerado e ouso dizer o que até outros membros da banda que leram o livro podem não ter notado - é que se você conhece Larry, sabe que a persona dele 'esta é a última gota' é uma piada. Mas leitores objetivos não perceberiam isso; eles acabaram de descobrir que Larry estava sempre de mau humor. Diabos, uma vez - no final da turnê do Zoo TV - Larry me cumprimentou dizendo: "Mais três semanas vendo sua cara feia!" Claro que ele estava brincando (não estava?).
Há uma outra razão pela qual o U2 ganhou uma reputação não merecida como Homens Sérios. Enquanto eles não são sufocados, eles são muito gentis. A maioria deste humor zomba de alguém ou de algo. O U2 pode ser hilário com qualquer número de pessoas idiotas que eles encontram em suas vidas profissionais. Uma variedade de prostitutas do showbiz e hipócritas desprezíveis. Mas enquanto o U2 está feliz em zombar publicamente de si mesmo e de suas próprias vaidades (em detrimento deles se os jornalistas não entendem a piada), eles são muito sensíveis em ferir os sentimentos de um alvo merecido com uma rapidinha na TV ou em uma revista.
Meu acordo com o U2 era que eu os deixaria ler meu livro sobre eles antes da publicação para que eles pudessem corrigir, contestar ou argumentar - mas eu tinha controle total sobre o que decidi manter ou alterar. Provavelmente existem coisas no livro que são irritantes para os membros da banda, momentos em que lamentavam eu estar por perto para gravar. Eu me perguntava o quanto eles me pressionariam para mudar esses trechos. Para minha surpresa, nenhum deles pediu que nada disso fosse cortado. Adam disse: "Bem, há algumas coisas que sinto muito que você tenha escrito, mas eu entendi que as regras são muito justas". O que Adam me pediu para mudar foi uma piada engraçada que ele fez às custas de alguém que não é famoso. Bono agiu da mesma maneira - ele estava muito preocupado em ferir os sentimentos de pessoas que poderiam ter sido um pouco idiotas, ou se comportado de uma forma que causasse provocações, mas não merecia ser ridicularizado na mídia impressa. Isso se tornou o padrão para Edge, Larry e Paul McGuinness também. Eles não se importavam com o que eu dizia sobre eles - eles queriam poupar os sentimentos dos outros. Se isso significaria que a sua própria sagacidade pudesse não vir através, seria para eles um comércio justo.
Eu nem sempre concordei com as mudanças que o U2 queria - em alguns lugares eu deixei suas piadas de caras sábios à custa de pessoas idiotas. Mas eu achei que era notável que eles estivessem tão dispostos a se divertir publicamente e tão incomodados com o pensamento de provocar publicamente outra pessoa. Eu percebi então que, tão grande quanto o senso de humor deles, o senso de humanidade deles é ainda melhor.

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Teranex 2D foi usado para transmissão ao vivo do show do U2 em Paris na iNNOCENCE + eXPERIENCE


No dia 7 de dezembro de 2015, o U2 realizou um concerto ao vivo transmitido pela televisão. O concerto virou o registro 'U2 iNNOCENCE + eXPERIENCE: Live in Paris'.
A Maniac Films foi contactada pela empresa de transmissão Ductch United, que precisava de uma unidade Blackmagic Teranex 2D para realizar a conversão de padrões para a transmissão ao vivo.
A unidade Blackmagic Teranex 2D foi enviada para Londres para se juntar aos membros da equipe que estavam indo para o evento e forneceram conversões ao vivo para a transmissão ao vivo na HBO.


O Processador Teranex 2D da Blackmagic Design é um conversor de padrões de qualidade avançada, assim como conversor de formato de vídeo e dispositivo de captura e reprodução, tudo em uma única peça. Como conversor de padrões, ele pode converter os principais formatos de televisão em qualquer outro formato de televisão, com a mais alta qualidade. As conversões são indistinguíveis dos masters originais. E sobre a funcionalidade de captura e reprodução, o Teranex pode converter formatos e capturar arquivos – através da porta Thunderbolt – em um computador para edição.
O que faz o Teranex tão bom é a avançada tecnologia SIMD – desenvolvida e patenteada pela Teranex – que permite cálculos instantâneos em milhares de pixels nas posições X, Y simultaneamente e entre os quadros do vídeo. O processamento é aplicado dentro dos quadros e entre os quadros ao mesmo tempo, produzindo um desentrelaçamento superior, interpolação inter-quadro e redução de ruídos.
Sobretudo, o processador possui um desentrelaçamento de extrema alta qualidade, conversão up/down, conversão cruzada SD e HD, conversão de padrões SD e HD, detecção e remoção automática de cadência (mesmo em conteúdos editados), redução de ruídos, escalonamento ajustável, conversão de formato, e conversão de timecode; e acompanhando toda a funcionalidade de conversão de vídeo está a capacidade de conversão de áudio de 16 canais.
As conversões de padrão podem ser empregadas por outras razões além da necessidade geral de conversão. Conversões podem ser feitas, simplesmente para proteger equipamentos como decks, switchers, transmissores e codificadores de padrões não suportados. E, além disso, o Teranex pode ser utilizado para sincronizar e converter sinais de vídeo.

Larry Mullen: "Eu gostaria de agradecer a Bono, Edge e Adam por serem a minha banda de suporte"


"Eu assumo toda a culpa por nós", diz Larry. "É o melhor trabalho que esses caras já tiveram. Na verdade, é o único trabalho que esses caras já tiveram. Eu podia tocar um pouco. Você sabe, eu conseguia tocar um pouco. E eles não podiam tocar nada".

"Larry tinha 14 anos, Edge tinha 15 anos, eu tinha 16 anos. Adam tinha 16 anos", diz Bono. "Eu me lembro de Adam como sendo aquele que tinha o plano. Ele conhecia todas aquelas palavras extravagantes, como ação, fricção. E ele tinha um cabelo afro louco. Ele parecia o Michael Jackson ao contrário.
Edge estava no canto meio quieto, atento e mal humorado, como todos os guitarristas parecem. E Larry estava apenas, você sabe, lá estava ele. Ele era apenas uma estrela, obviamente".

"Parecia que naquela sala caótica, se você pudesse manter o tempo por mais de cinco minutos, você era um superstar", diz Larry.

Quando o U2 se tornou a maior banda do mundo nos anos 80, de alguma forma, para muitas pessoas, eles também se tornaram uma das bandas mais sérias. ZOO TV e os anos noventa quebrou essa imagem do U2.

"Precisamos que você faça alguns sons na bateria", diz Bono.

"Ligue para o meu manager", diz Larry.

"Enviamos uma carta ao sr. Paul McGuinness", diz Edge, "solicitando seus serviços para tocar bateria".

"É a música que estávamos tocando ontem à noite", diz Bono. "Aparentemente você fez um tremendo trabalho, mas o resto de nós ..."

"Surpreendentemente você estava bem", diz Adam.

"Enfrentamos um problema que enfrentamos no passado", explica Bono. "A música não tem refrão".

"Aha!", Larry diz.

Novembro de 2005. Los Angeles. "Vamos flertar com Larry em seu aniversário", diz Bono.
Pela primeira vez desde a performance em uma cozinha no norte de Dublin no século anterior, o U2 se tornou simplesmente 'The Larry Mullen Band' novamente.
Larry foi até o microfone e, sozinho no palco e usando o chapéu de Bono, dirigiu-se ao público.
"Obrigado por terem vindo à minha festa de aniversário. Vocês podem deixar seus presentes na porta. Eu gostaria de agradecer a Bono, Edge e Adam por serem a minha banda de suporte".

Bono imita Axl Rose, mas não deixa palco em show da ZOOTV no Canadá em 1992


Guns N' Roses/Metallica Stadium Tour foi uma turnê conjunta, com as duas bandas assumindo o headline, pela América do Norte. A turnê durou de 17 de julho até 6 de outubro de 1992.
Em 8 de agosto de 1992 - no Stade Olympique da cidade de Montreal, Canadá - durante o show do Metallica (mais precisamente na introdução da música "Fade To Black"), o vocalista James Hetfield sofreu queimaduras de segundo e terceiro graus em seus braços, mãos, pernas, costas e rosto, principalmente na parte esquerda do corpo. O acidente, causado graças a uma confusão relacionada ao novo sistema de pirotecnia, fez com que Hetfield ficasse no local onde sairia uma chama de aproximadamente 4 metros.
Após Hetfield ser levado para o hospital, Lars Ulrich foi até o microfone principal e anunciou o fim do show do Metallica, passando para a próxima atração, o Guns N' Roses.
Um longo atraso precedeu a performance do Guns N' Roses. Além dos costumeiros problemas de Axl Rose de demora em subir ao palco, o acidente anterior prejudicou a dinâmica da troca de palco. O público começava a ficar inquieto.
O início da apresentação aconteceu de qualquer jeito, pois os amplificadores de retorno não estavam devidamente programados para a banda. Ou seja, os músicos não conseguiam ouvir o que tocavam. Aparentemente, isso não foi resolvido e por volta dos 40 minutos de performance, Axl Rose alegou problemas de garganta e depois de perguntar à multidão: "Que horas são?", anunciou: "Nós temos que ir ...", finalizando a apresentação. Um tumulto seguiu-se no público de 10.000 pessoas.
No dia 27 de agosto de 1992, foi a vez do U2 de se apresentar no mesmo local, pela turnê ZOOTV.
Em "The Fly", muitos dos slogans foram traduzidos para o francês, como foi feito na França na parte européia. Foi então que Bono perguntou: "Que horas são?", como havia feito Axl Rose no mesmo lugar. Mas o show do U2 continuou!
Daniel Lanois se juntou à banda no palco B com uma guitarra para tocar com eles. Foi sua primeira participação como convidado em um show do U2.
Durante "Desire" um fã pulou no palco e foi imediatamente abordado por um grande segurança, mas Bono acenou para o segurança que estava tudo bem e se sentou e cantou o resto da música diretamente para o fã.
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