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sábado, 7 de janeiro de 2017
Maurício Valladares fala sobre o desconhecido U2 no Brasil em 1985
O radialista, DJ, fotógrafo e jornalista Maurício Valladares é para a geração entre 25 e 35 anos, algo como o Carlos Zéfiro da música. Seus programas de rádio no Rio de Janeiro, desde o Rockalive da extinta Fluminense até o Ronca Ronca da Rádio Imprensa, 102.1MHz, serviram como um verdadeiro catecismo sonoro. Cumprindo a função de DJ evangelista das boas novas, posto meio sem dono desde a morte de Big Boy, Mau Val apresentou ao longo dos anos um permanente Radiocurso 2º Grau, que foi de U2 a Sugar Minott.
Em uma entrevista para o blog do Raul Mourão, ele falou sobre o desconhecido U2 no Brasil em 1985:
A Fluminense foi uma referência essencial durante muito tempo. Em que momento a coisa começou a descer ladeira abaixo?
Valladares: Em 1985. Enquanto eu, a Liliane Yusim e o Sérgio Vasconcellos, batalhávamos para tocar Plebe Rude, Obina Shock, U2 e Gregory Issacs, o outro lado queria tocar Supertramp, Água Brava, Deep Purple e James Taylor.
Mas no início era assim?
Valladares: Sempre teve. Até que em 1985, todas as coisas que a gente ralava pra se tornar populares, já começavam a tocar em outras rádios. O exemplo disso dói: o U2. O André Midani foi pra Nova York em 1985 e trouxe um disco de uma banda desconhecida aqui, o U2. Ou foi uma fita de vídeo
, sei lá. E quem fez a promoção foi a Cidade e não a Fluminense. Aí eu falei: “Vem cá gente boa, o que a gente tá fazendo, as outras também estão. A gente precisa fazer uma coisa que as outras venham a fazer daqui a dois anos. Tem que armar um outro caminho”.
NOTA: No Brasil, depois de vários anos de quase completo anonimato, o U2 chegou às lojas em 1985, com seu LP 'The Unforgettable Fire'.
Na época, o presidente da Warner (antiga gravadora da banda no Brasil), André Midani, teve que mexer seus pauzinhos para trazer o grupo para as prateleiras brasileiras, já que o selo Island, até aquele momento, não possuía representação no Brasil.
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