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quarta-feira, 12 de março de 2014

Por trás das gravações de "Theme From Mission: Impossible" com Larry Mullen e Adam Clayton

A nova matéria para o Fã Clube UltraViolet Brasil (www.ultraviolet-u2.com) já se encontra disponível para leitura!

O link se encontra abaixo:

O LINK DA MATÉRIA NO SITE DA ULTRAVIOLET

Um dos temas mais famosos de uma série de televisão, é o de Missão Impossível, composto pelo argentino Lalo Schifrin em 1966.
30 anos depois, em 1996, a série deu origem ao primeiro longa-metragem para os cinemas, estrelado por Tom Cruise.
Uma regravação do clássico tema, mas em uma versão mais dance, ficou por conta de Larry Mullen e Adam Clayton, o baterista e o baixista do U2.
Adam Clayton disse que quando era pequeno, era um tema inesquecível, que o fazia relacionar facilmente o tema à série.
Larry comentou que quando ele ouviu a versão original, ele sabia que era uma incrível peça de música. Mas quando se ouve no registro, você começa a perceber o quão complexa ela é.
O pedido inicial veio para o U2 fazer uma versão do tema para o longa, só que eles não podiam porque estavam no meio da gravação do disco 'POP'. Adam e Larry pensaram que poderia ser interessante eles "darem uma festa sozinhos".
Não houve referência ao U2, por isso tirou a pressão da dupla em um nível, das expectativas de que aquilo iria ser alguma faixa de rock, basicamente, e assim dando à eles a permissão para fazerem o que quisessem.
Um dos maiores problemas que Adam e Larry enfrentaram ao aceitarem trabalhar na trilha sonora do filme, foi que houve uma conversa de se fazer várias versões diferentes de "Theme From Mission Impossible" e colocá-las todas em um CD em seguida, que seria como um 'Music Inspired By'.
Larry, obviamente, mostrou sua insatisfação em uma entrevista para a Soundtrack Magazine no ano 2000: "No geral era um bom disco, mas acho que é aí onde Hollywood e o negócio da música colidem. Para eles é uma coisa puramente comercial. Não importa o conteúdo dentro, mas só a coisa externa, vendê-lo e colocar uma foto de Tom Cruise na capa, ou o que for. Sempre achei que uma trilha sonora de filme deve contar sua própria história; deve ter a sensação de um filme , em vez de uma coleção de canções, uma coleção de idéias."

Larry Mullen deu todos os detalhes sobre a criação e a gravação da releitura feita para a canção: "Nós começamos com o tema clássico de "Mission Impossible" da série de televisão, que estava em 4/5. Comecei a trabalhar em Nova York, enquanto Adam começou a trabalhar em Dublin. Levamos um tempo para fazer estas demos. No meio do processo telefonei para Adam e disse: "Eu estou tendo alguns problemas terríveis aqui, eu não consigo fazer essa coisa de groove", porque eu estava trabalhando com este tipo de seqüência de tempo. Ele disse: "Eu estou tendo um problema semelhante aqui. Eu decidi fazer uma abordagem séria e eletrônica, mesmo que não seja utilizada na trilha sonora. Talvez seja algo que possamos usar em um lado B".
Ele me tocou o que tinha feito, mas eu não estava certo de que aquilo seria apropriado como o tema principal. Mais tarde, ele me telefonou de volta e havia uma seção que ele tinha feito, que parecia que estava em 4/4. Eu pensei: "talvez eu devesse tentar fazer isso em 4/4! Quem poderia me ajudar nisso?"
Fiz isto juntamente com David Beal, um amigo meu baterista de sessão, que se envolveu em eletrônica, e conseguimos um groove 4/4, apenas com um bumbo e caixa. Assim que isso aconteceu, a coisa toda mudou. Sabíamos então que poderíamos realmente fazer um groove e criar algo que as pessoas pudessem dançar. Chamei Adam para falar sobre isso e então ele voou para Nova York. Fomos para o estúdio e ele colocou seu baixo nisso, eu coloquei bateria de verdade, e nós iríamos gravar cordas reais e refazê-las, mas ficamos sem tempo, então pegamos samplers da versão original de Lalo Schifrin. Nós juntamos tudo, voltamos para Londres, mixamos, e enviamos a canção para eles, basicamente finalizada."


Mas as coisas não foram tão fáceis para Larry e Adam, e o baterista do U2 acabou um pouco frustrado com o projeto: "Eu pedi para ver o filme e eu falei com Tom Cruise. Ele disse: "Eu não posso te dar isso. Eu posso enviar-lhe um trailer, eu vou enviar-lhe um script, mas eles realmente não querem que eu faça isso."
Ele foi muito útil e me mandou um script e um trailer, então eu fui capaz de ter uma ideia do como ele iria ser.
Eu gostaria de ter visto o filme, na verdade gostaria de ter feito mais música para o filme, se eu tivesse visto. Eu estava ciente que Danny Elfman (responsável pela trilha sonora do filme) tinha feito as marcações no filme e eu estava muito consciente, porque ele já tinha feito uma grande versão para o tema e marcações do filme. Chegamos um pouco mais tarde no projeto, e ele foi empurrado de um lado um pouco e me senti um pouco mal por causa disso. Eu teria adorado ter feito mais música para o filme, mas sei que teria sido politicamente incorreto."
Adam Clayton disse: "Larry trabalhou arduamente para chegar ao ponto, e onde eu não fui tão decisivo ou crítico, ele foi. Foi ótimo trabalhar com ele e fazer parte da equipe."
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