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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Remixando U2: Paul Oakenfold explica como foi trabalhar nas canções da banda - Parte 01

Paul Oakenfold é o DJ responsável por diversos remixes de canções do U2, de álbuns como 'Achtung Baby' e 'Zooropa', além do disco de remixes 'Melon'.
Ele também era um dos caras por trás dos toca-discos, mantendo platéias felizes com suas discotecagens antes das apresentações do U2 na turnê Zooropa.
Paul e seu parceiro Steve Osborne fizeram nome com seus remixes denominados "Perfecto", para bandas de rock como Happy Mondays, Stone Roses e Primal Scream. Eles, naturalmente, foram escolhidos também pelo U2, quando a banda decidiu remixar seu próprio material, no início da década de 90.
"Quando nós primeiramente fomos convidados para remixar "Mysterious Ways" em 1991, nós não mudamos muito ela", explicou Oakenfold. "Então a gravadora veio e disse: "não, retrabalhe ela toda. Não se reprimam."
E foi então que Paul e Steve deixaram sua marca no remix, pois para a faixa funcionar em uma pista de dança, eles sempre insistem em uma mão livre para remover ou substituir qualquer coisa que não vai funcionar: "A estrutura geral precisa ser modificada. Você precisa de uma introdução, uma ruptura e um Outro. Podemos oferecer uma estrutura de clube."
Bateria ao vivo é a primeira coisa à ficar de fora: "quase todos os registros dance apresentam baterias eletrônicas, e é essa batida perfeita que as pessoas estão familiarizadas. Bateria ao vivo preenche apenas parcialmente, pois ela entra e sai da gravação, e isso realmente não funciona. Linhas de baixo tem que ser resistentes, ou elas precisam ser modificadas. Devido à isso, Larry Mullen e Adam Clayton realmente não estão em muitos dos remixes que fazemos."
Os trabalhos de guitarra de Edge são frequentemente cortados também: "os clubes não são assim tão interessados nas guitarras, por isso ou costumamos perdê-las ou pegamos um riff de guitarra da parte geral e organizamos algo em torno dele. Então eu mudo qualquer outra instrumentação que eu não gosto, qualquer coisa como uma linha de teclado mais alta."
"Eu sabia que quando estávamos fazendo "Mysterious Ways", ela não seria uma grande gravação para clubes, porque é uma música de down-tempo, e elas nunca funcionam bem em clubes. Mas eu sabia que ainda seria um registro credível, porque usei loops de hip-hop e outros ingredientes".
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