Eu era tímido e reservado para além de minhas roupas. Eu era tipo Marc Bolan, eu tinha um brinco e eu costumava caminhar até a estrada, passando por Bono e sua turma, com discos de Marc Bolan e de David Bowie debaixo do braço. Ele se aproximou de mim um dia. Ele estava vestindo jeans branco, uma camiseta e sapato de plataforma. De repente ele havia decidido que eu era uma pessoa interessante para conversar. Suspeitei de algo imediatamente. E eu estava certo, pois ele só queria pedir meus discos emprestados. Peguei todos de volta depois, mas com geléia na capa e faltando os encartes com as letras.
"Bono tinha um antigo som de rolo para rolo, que não dava para tocar cassetes, então ele pegava discos emprestados e gravava de rolo para rolo, que pertencia à seu pai. Nós todos tínhamos muito em comum. Nós odiavamos futebol. Odiávamos sentar para beber cidra. Então, todos nós saímos juntos na Lypton Village, a nossa gangue, sentando nas salas de estar de cada um. Nós todos nos pintávamos, nos fantasiávamos e viajavamos sobre como se tornar famosos e mudar o mundo. Nós demos outros nomes uns aos outros: Bono foi chamado Bono Vox da O'Connell Street por causa da loja de aparelho auditivo de lá, e eu fui chamado Gavin, por causa da minha cabeça em forma de quadrado e sementes Wavin, e Friday, porque eu era capaz de se dar bem com qualquer um.
Bono é totalmente incompreendido. Acho difícil falar sobre ele porque somos como irmãos. Sei pelo cheiro dele, qual humor está com ele. Ele é provavelmente um dos caras mais engraçados que eu conheço. Ele é um lunático, porra. Ele é toda essas coisas e os personagens da Zoo TV, e fazem sentido para mim.
Ele é um performer, um artista, um entretenimento. Formamos bandas aos 15 anos de idade. Nós não somos normais."