Em Agosto de 1979, no Magnet Bar em Dublin, aconteceu um concerto da campanha Rock Against Sexism, com 50 pessoas presentes. O U2 se apresentou neste show.
O Rock Against Sexism (RAS) foi um movimento político e cultural dedicado a desafiar o sexismo na comunidade da música rock, na cultura pop e no mundo em geral. Foi primeiramente uma parte da cena do punk rock e artes.
RAS começou no Reino Unido em 1978 e, em meados dos anos 80, também esteve presente na América do Norte. Foi fortemente inspirado e influenciado pelo Rock Against Racism e os dois movimentos tiveram muitos dos mesmos participantes.
No Reino Unido, começou em meio a controvérsias quando o evento Rock Against Racism contratou algumas bandas de reggae rastafaris que alguns participantes consideravam misóginos. Isso resultou em uma discussão sobre o sexismo na música e na arte. As bandas (Aswad e Misty In Roots) responderam dizendo que era a vontade de Deus, ou que não sabiam o que era sexismo. O Rock Against Sexism do Reino Unido muitas vezes ganhou cobertura da imprensa na imprensa musical, como a NME.
O legado musical e político do Rock Against Sexism foi de muito mais mulheres tocando em bandas, trabalhando como promotoras, e uma crescente conscientização das mulheres e das perspectivas queer ( pessoas que não seguem o modelo de heterossexualidade ou do binarismo de gênero) na comunidade do punk rock. Muitos traçaram o movimento do Riot Grrrl nos anos 90 para as raízes do RAS. Desafiava o heterossexismo, a homofobia, o sexismo e o elitismo, enquanto desafiava os estereótipos das mulheres e a maneira como elas são representadas.
O U2 em sua carreira continuaria abraçando a causa da luta igualitária pelos direitos das mulheres. Bono na 'The Joshua Tree Tour 2017' dizia antes da performance de "Ultraviolet (Light My Way)" em que eram mostradas importantes figuras femininas da história: "Quero dedicar essa música para todas as mulheres maravilhosas que dividimos a nossa vida. Mulheres que resistem, insistem e persistem".
Junto com sua organização ONE, Bono realizou a campanha 'The Poverty Is Sexist' (A Pobreza É Sexista), buscando conscientizar e incentivar a sociedade civil a se unir, bem como os governos e o setor privado a fazerem investimentos estratégicos para um passo rumo à erradicação da pobreza extrema e estender as mãos às meninas e mulheres atingidas pelas mazelas associadas à pobreza, em especial a falta de acesso à educação e à saúde.
Na eXPERIENCE + iNNOCENCE Tour 2018, um vídeo no intervalo trazia a canção "Women Of The World", promovendo o trabalho da ONE Campaign para fechar a lacuna de gênero para mulheres que vivem na pobreza.
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