Em 1984, o U2 deu início à turnê 'The Unforgettable Fire'. Foi quando a banda enfrentou um sério problema em cima do palco: a dificuldade de fazer o material gravado em estúdio com o então novo produtor Brian Eno, funcionar ao vivo.
O empresário na época, Paul McGuinness, relembra aquela fase: "Foram tempos interessantes. A banda tinha que resolver o problema de recriar ao vivo a abrangente perceptiva sônica do Brian Eno. Lembro de uma vez ter entrado no estúdio durante a gravação de 'The Unforgettable Fire' e falar: “Isso quer dizer que vamos ter no palco um tecladista e uma parte de saxofone?” Estava claro que ninguém queria que isso levasse à expansão da banda, ter músicos adicionais no palco."
Adam Clayton afirma que foi um momento de dificuldades: "Já tínhamos marcado a data da turnê e pensamos em começar pela Austrália. Assim quando chegássemos a Europa e à América já teríamos a turnê bem rodada. Mas foi um desastre, o material não funcionou, por isso, antes dos shows na Europa tivemos alguns ensaios de emergência."
The Edge conta como a banda resolveu o problema: "Foi aí que descobri os seqüenciadores. Eu programava partes das teclas e deixava seguir a sua ordem. Depois tocava guitarra por cima. Colocamos um metrônomo à parte do seqüenciador para o Larry, e de repente tínhamos um tecladista numa pequena caixa preta. Mágica!"